História My Security - New Bodyguard

Chanyeol saiu do escritório perplexo. Oh, ele iria ser o guarda costas de uma pessoa famosa! E o melhor, rico, podre de rico, ricaço. Se tinha uma coisa que Byun Baekhyun era, essa coisa era rico. Quando o senhor da agência lhe disse o valor do salário, Park quase caiu para trás. O que ele receberia era mais — muito mais — do que ele precisava.

E Kyungsoo ainda dizia que ser segurança era uma má profissão, tsc.
Diz isso pro meu cheque, pinguim.

Quem visse aquele homem todo sorridente e inquieto no banco do ônibus, a caminho de casa, ansioso para contar a nova e boa notícia, certamente iria pensar que o homem havia ganhado na loteria.

Bem, era quase isso.

Mesmo com dificuldades financeiras e tudo mais, seus pais nunca quiseram que nem Chanyeol e nem Kyungsoo trabalhassem. Mas ambos nunca deram muito ouvido aos pais, nesse quesito, Kyungsoo, por ser mais velho, foi o que começou a trabalhar mais cedo. Sendo cozinheiro em uma pequena lanchonete, seu salário não era lá essas coisas, mas facilitava muito a vida de sua família. A dois meses, quando seu pai perdeu o emprego, trancou sua faculdade de gastronomia e se dedicou ainda mais ao trabalho. Pelo menos fazia uma coisa que realmente gostava, cozinhar, mesmo que sejam coisas poucas e simples.

Assim que pisou o pé fora do terceiro ano do ensino médio, Chanyeol também começou a procurar um emprego, procurou de tudo mesmo. Queria logo iniciar sua faculdade. Um dia, dentro de um ônibus e voltando para casa sem ter encontrado nada, viu uma placa em um grande prédio. Ali dizia-se treinar guarda costas e, já com o treinamento completo, alguém os contratavam. Não pensou duas vezes antes de dar sinal no ônibus e descer do mesmo, rumo ao prédio grandioso.

Para quem não sabia nem como chutar uma bola de futebol, Chanyeol se saiu muito bem no treinamento.

Usou todo o pouco dinheiro que tinha nisso.

Depois de alguns meses, com o certificado já em mãos, Chanyeol foi contratado por um advogado criminalista, o qual ensinou muitas coisas, as quais Park teve um certo receio de aprender. O advogado insistia que um dia ele precisaria dessas dicas, já que pretendia permanecer no emprego, dizia.

Em menos de um ano, o moreno já tinha o dinheiro que dava para pagar quatro faculdades. Avisou o senhor Kim que queria deixar o emprego, sem explicar os seus reais motivos.

Uma coisa que aprendera com seus pais: nunca misture vida pessoal com trabalho. E não saia contando o tamanho da sua cueca para estranhos.

Dispensado de seu serviço, ajudou durante alguns meses seus pais, enquanto estudava para uma prova, afinal, não iria gastar todo o dinheiro na faculdade. Tentaria ganhar uma bolsa de, pelo menos 60%. Já ajudaria e muito.

Prestes a fazer o vestibular, seu pai deu a notícia do desemprego. Sem pensar ou hesitar, Chanyeol deu a sua mãe todas as suas economias. Todo dinheiro que ganhara trabalhando.
Mesmo a mais velha negando, Park apenas colocou o dinheiro em sua mão, fechou a mesma, dando um beijo na testa de sua mãe em seguida.

Kyungsoo ficou muito orgulhoso do irmão naquele dia.

— Omma? Appa? Cheguei! E com boas notícias! — Silêncio — Ué, cadê o povo da casa? — Jogou sua mochila no chão, e foi andando até o quarto que dividia com irmão. A porta estava semiaberta, curioso como só Park Chanyeol sabia ser, olhou pela frestinha. — Ah Kyungsoo! — Tampou os olhos, e obviamente sem ver, abriu a porta — Que pouca vergonha!

Kyungsoo parou o que estava fazendo e olhou para o irmão com sua melhor cara de tédio.

— Eu não posso nem dançar?

— Dançar? — Destampou os olhos — com qual música? Não ‘tô ouvindo nada!

O mais velho ergueu o celular com o fone de ouvido conectado. Apontando para as orelhas depois.

— Com essas orelhas enormes e não escuta… Você tem tomado banho direito?

Chanyeol achou estranho a pergunta, e começou a cheirar a própria roupa.

— Sim, porquê? Estou fedendo?

— Não, só surdo mesmo — Kyung pegou o celular de dentro da calça, o que fez Chanyeol fazer uma cara de nojo, e colocou o dedo sobre o play, mas sem realmente colocar a música para tocar. — Vai ficar ai?

— Vou ver você dançar, maninho — Provocou.

— Eu vou voltar a dançar Roll Deep… — Avisou.

— Adeus! — Riu e andou até a sala, esquecendo-se de perguntar algo. Bufando, voltou ao quarto do irmão, o pegando na pior parte da dança, ou melhor, para alguém de fora da família. — Jesus Cristinho.

— O que é agora Chanyeol? — Percebeu a presença do maior no quarto e tirou um dos fones, era seu dia de folga, tinha o direito de dançar as músicas de sua diva.

— Onde está a mãe e o pai?

— Foram pagar algumas contas, ou melhor, negociá-las — O menor sentou na cama e suspirou fundo, tirando os fones.

Chanyeol percebeu como o humor do irmão mudou, então, logo tratou de dar a notícia. Mas claro, sem dizer para quem trabalharia. Assim como da última vez. O irmão voltou a dizer que aquele trabalho era um tanto perigoso, mas ao ver o tanto de zeros que possuía o salário do irmão, o deu um abraço e disse que aquele era o melhor emprego do mundo.

Bipolar, não?

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A única coisa, o único ponto negativo, a coisa que o deixou um pouco receoso novamente, era a ideia de ter que ir morar com um ídolo. Não parecia ser uma boa coisa. Não gostava de dividir nem sua casa com Kyungsoo, isso porque o baixinho era seu irmão, quem dirá com um ídolo? Ainda mais o tão querido Baekhyun, as meninas de sua escola, e alguns meninos, eram fanáticos pelo Byun.

Particularmente, Chanyeol não via a mínima graça no garoto chatinho, ele era bonito? Era, mas era só isso. Apenas beleza e status.

Seus pais, ao contrário do que pensava, não tentaram impedir muito que ele fosse. O que resultou em um caçula com bico nos lábios. Seus pais acharam muito bom seu filho “cuidar” de uma pessoa famosa. O bebê deles! Trabalhando para um cantor!

Kyungsoo achou a notícia ainda melhor, quando descobriu que o irmão ia morar com o Idol, teria o quarto todinho para si.

— Não está esquecendo nada amorzinho? — Perguntava sua mãe, a mulher estava encostada na porta de casa junto ao outro filho e o marido. Chanyeol negou, já do lado de fora da casa, esperando o carro que levaria o segurança até o hotel onde Baekhyun estava hospedado.

Um carro preto e luxuoso estacionou na frente da casa, chamando a atenção de um garotinho que brincava na rua naquele início de noite.

— Eu mandarei dinheiro todo mês, e venho visitar a senhora e o senhor daqui a um mês.

— Se cuida, filhotinho — Sua mãe limpou uma lágrima que escapava de seus olhos.

— Sim mãe. — Chanyeol deu um sorriso pequeno — Vocês se cuidem, eu volto logo.

Acenou para a família e entrou no carro, se segurando para não se emocionar. Seu coração apertando por saber que só daqui um mês veria seus familiares. Kyungsoo acenou e mandou um beijinho com mão, o irmão repetiu o ato mesmo que outro não pudesse ver por causa dos vidros escuros.

— Vamos? — O motorista perguntou, Chanyeol assentiu.

— Vamos.

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Chanyeol nunca tinha visto um hotel tão lindo na sua vida. O saguão era todo branco, detalhes em dourado enfeitavam o local, junto a algumas flores também brancas, que davam um charme ao local. Um tapete vermelho escarlate chamava a atenção, Park sentiu uma vontadezinha de desfilar por ele, mas se conteve.

Com sua mochila nas costas e uma pequena mala de rodinhas em mãos, foi até o recepcionista, que via alguma coisa muito interessante em seu computador da Apple.

— Com licença — Forçou uma tosse, chamando a atenção do homem. Este que se assustou com a voz grave de Park, arrumou o seu óculo no rosto e fez um gesto para que dissesse seu nome. — Park Chanyeol, Bodyguard.

— Oh sim, pode subir senhor Park, sua entrada já está autorizada. Avisaram que você viria, sinta-se à vontade! — Deu as chaves para o mais alto — Bom trabalho e boa sorte!

— Boa sorte? Porquê? — Perguntou confuso.

— Você vai entender, logo, logo. — O recepcionista riu fraco. — Quarto 352A. No último andar.

Chanyeol deu de ombros, não dando muita bola para o senhor de idade. Caminhou até o elevador, apertando o botão do último andar. Não se sentia nervoso e muito menos ansioso, iria ser que nem da última vez que trabalhou no ramo, tirando a diferença que um era Advogado e outro um Idol de sucesso, não haveria problema.

Bateu na porta do quarto que lhe fora informado, esperando alguns minutos até alguém finalmente abrir.

Um garoto de roupão, pele clara e bastante maquiagem abriu a porta. Seus cabelos estavam secos, o que indicava que o mesmo tinha saído do banho a um certo tempo. O roupão branco, felpudo e aparentemente macio cobria até os joelhos do garoto. Chanyeol manteve a expressão séria quando o garoto o encarou, esperando uma apresentação.

— Olá senhor Byun, a partir de hoje, serei seu novo guarda costa.