História My Security - When you least expect it...

Chanyeol ficava tão sexy segurando uma arma.

O rosto sério, as veias de seu braço e pescoço pulsando ao que parecia ser de raiva não passaram despercebidas por seus olhos, mesmo que o momento não fosse o mais propício para notar tal coisa, este pensamento surgiu ao olhar o mais novo gritar com Sehun.

Sehun...

— Chanyeol, eu já mandei você abaixar esse negócio.

— Mas, Baekhyun…

— Não vai me dar um abraço de boas vindas, Hyunnie? — Hyunnie. À quanto tempo não escutava esse apelido?

— Quer saber? Continua segurando isso aí. — Disse a Chanyeol, referindo-se a arma.

Deu um sorriso de lado, como confirmação.

— Cínico. O que você quer? — Perguntou após fechar a porta de entrada. — E como entrou aqui?

Sehun sorriu antes de sentar em um dos braços do sofá, olhando com desdém para Chanyeol.

— Pode mandar o Yoda aí abaixa essa arma? Não estou me sentindo confortável, e você sabe que eu não consigo me expressar bem quando não estou a vontade. — Deu um sorriso sem mostrar os dentes. — E respondendo a sua pergunta, eu nunca te devolvi a cópia da chave, se lembra?

Ia falar, porém um barulho o impediu.

Chanyeol destravou a arma, sorrindo largo, atraindo mais uma vez a atenção de Baekhyun.

— Olha o respeito, posso fazer de você um queijo suíço. — Girou a arma com o indicador e voltou a apontá-la em direção ao Oh, segurando-a com uma mão apenas.

Byun arregalou os olhos ao que viu Sehun engolir em seco e olhar nos olhos de Park.

Ele não estava de brincadeira quanto a história de enchê-lo de buraquinhos.

— Okay, okay. Chega né?  — Disse o mais baixo entre eles. — Pela última vez, em nome de Jesus, abaixa essa arma. Não gosto delas. — Relutante Chanyeol baixou à, porém permaneceu com ela em mãos. — E você! — Apontou para Sehun. — É melhor dizer logo o que quer, se não quiser que eu chame a polícia!

— Você. Eu quero você, meu Hyunnie.

Seu corpo travou.

Encarou a faceta mais do que seria de Sehun, esperando alguma risadinha ou alguma frase do tipo “eu estou brincando, quero dinheiro” mas nada disso ocorreu. Toda a reação que depois daquela frase veio de Chanyeol, que tossiu algumas vezes.

Sem dizer nada, apenas trocando um olhar com Baekhyun, saiu da sala e foi para seu quarto.

Já tinha se metido em coisa demais para um dia.

— O que deu nele? — Perguntou Sehun, estranhando a ação do que, ao que tudo indicava, era o novo segurança do seu Baek.

— Isso certamente não me interessa, e a você também não. — Respondeu indiferente. — Diga logo o que você quer. Eu tive um dia cheio e tudo o que eu quero é minha cama.

Sehun assentiu, sentando-se corretamente sobre o sofá, sem tirar os olhos do Byun.

Ele não tinha mudado muita coisa, mas parecia ainda mais bonito do que da última vez que o viu. A pele branquinha e os olhinhos brilhantes, o corpo de curvas quase femininas juntamente com aquele par de coxas que ele amou apertar a alguns meses. Tudo praticamente igual.

— Eu quero conversar Baekhyun.

— Nós já estamos conversando, e deixando claro, que é contra a minha vontade.

Sehun passou as mãos pelos cabelos castanhos, sentindo uma pontada dolorosa no peito. Seu corpo sendo tomado por um sentimento que, a alguns meses, vinha lhe perturbando:

A amargura.

— Por favor Baek, eu apenas quero conversar. — Implorou, a ponto que levantava e segurava a mão do baixinho que gelou ao toque. — Me esclarecer…

Puxou sua mão, que repousava entre as duas do mais novo.

— Você já esclareceu tudo quando foi embora. — Seus olhos arderam e ele soube que não aguentaria muito tempo ali sem chorar. — Vá embora.

— Me escuta Hyunnie…

— Não me chame mais assim! — Esbravejou.

— Eu não vou embora até você dizer que vai me escutar. — Insistiu.

— Porque você tinha que aparecer logo agora? — Questionou não dando tempo do outro responder. — Você quer que eu te escute para que? Hum? — Desafiou. — Pra eu ouvir da sua boca o quanto eu sou um fardo? Um estorvo? — Tentava não gritar ao ponto que lutava para manter suas lágrimas dentro dos olhos.

— Eu precisava de uma satisfação para o Suho me deixar  ir embora.

Baekhyun concordou com um manear de cabeça.

— E com certeza dizer que eu sou um fardo, mimado, chato, vazio e insuportável foi seu melhor argumento não é?

Uma lágrima pingou no chão, mas ele não deixou as seguintes virem. Apertou os olhos com as mãos.

— Vai embora Sehun. — A voz baixa quase não sendo ouvida. — E não volta, por favor.

Ainda com os olhos fechados e respirando fundo, sentiu um par de braços envolver sua cintura, lhe abraçando forte.

— Não chora, por favor Baek. — Disse rente aos cabelos no menor, afundando seu rosto ali.

— Me larga. — Disse, a voz saiu abafada.

— Eu sinto que você não quer isso. — E não queria mesmo, mas… — Vamos sair? Por favor, eu prometo te explicar tudo sim?

— E-Eu não sei… — Juntou um pouco de força e empurrou o maior com uma delicadeza que não lhe pertencia naquele momento.

— Eu sei que essa semana sai o seu novo álbum, e que vai estar tudo muito corrido. Mas eu só preciso de 15 minutos.

Baekhyun estava em cima do muro, decidindo a aceitar ou não escutar as “explicações” do mais novo. Em seu ponto de vista o que ele tinha feito consigo não tinha explicações, ele apenas o deixou.

Entretanto, que mal faria escutar o maior? Logicamente ainda se sentia abalado ao falar dele e com toda certeza ainda sentia algum sentimento por ele, porém, independente do que ele tinha a lhe dizer, não esqueceria de tudo que ouviu e muito menos daria o braço a torcer.

O máximo que Sehun receberia de sí era a atenção por alguns segundos, e depois um adeus.

— Que tal daqui a duas semanas? Eu vou começar a promover meu álbum essa semana, e não vou estar com tempo. Sem contar que eu tenho dar uma desculpa a Suho.

Sehun sorriu. Como a muito tempo não sorria, largo e feliz, fazendo seus olhos quase sumirem por completo.

— Pra mim está perfeito! — Disse contente. — Só tem mais uma coisa.

— O que? — Questionou.

— Não leve o… o… o cara que me apontou aquela arma, okay? Sei que ele é seu novo guarda costas — Baekhyun não soube o porque de Sehun, ao pronunciar a antiga profissão, usou um tom de desprezo. — Mas eu quero conversar apenas com você, eu interrupções, apenas nós dois.

Byun apenas assentiu, sem ter muito o que dizer.

— Acho que agora você já pode ir. — Caminhou até perto da porta.

— Ah, sim sim. Você deve estar cansado e eu estou atrapalhando o seu descanso.

— Está mesmo. — Baek respondeu sem hesitar, grosso que só ele. Mas nem isso fez o sorriso do castanho sumir.

Antes de ir embora, perguntou:

— Nos vemos em duas semanas, no nosso lugar, sim?

— Em duas semanas, no nosso lugar.

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Subiu para o seu quarto, esquecendo-se até de pegar algo para comer na cozinha.

Sehun estava em sua mente, e parecia negar-se a sair.

Foi então que pensou em Chanyeol.

O modo como seu segurança parecia nervoso, prestes a esvaziar o cartucho de balas de sua arma todinho no Oh, extremamente lhe fez sorrir.

Era a segunda vez no diz que ele tentava lhe proteger, mesmo que do jeito mais errado.

Antes de ir tomar um bom banho e ir dormir, percebeu ainda estar usando o casaco do outro. O casaco era preto com alguns detalhes em cinza, e, mesmo não querendo admitir, tinha o cheirinho de Chanyeol. Não que ele andasse cheirando o maior, mas…

Puxou um lado da blusa, levando-o até o nariz, puxando devagar o ar a fim de sentir melhor o cheiro, o qual não lhe lembrava nenhum perfume. Como se fosse novo, exclusivo.

Único.

Abriu a porta de seu quarto indo em direção ao do Park, que era quase de frente ao seu. Quando entrou viu o maior já ressonando baixinho e se permitiu rir, ele dormia com a boca aberta e todo espalhado na pequena cama de casal.

Respirou fundo, sorrindo. O quarto tinha o mesmo cheirinho da blusa, em todo o canto, das cobertas ao Closet.

O cheiro de Chanyeol.

Ficou de joelhos ao lado da cama vendo o maior no mundo dos sonhos, vez ou outra ele sorria, consequentemente fazendo Baekhyun sorrir também.

Levou a mão aos cabelos pretos do Park sem muito receio, em uma carícia leve, sentindo a maciez das madeixas negras em contato com sua mão. O cheiro fraco de Shampoo junto a pouca umidade nos fios indicava que ele tinha tomado banho não fazia muito tempo.

— Obrigado. — Sussurrou. — Sabe, eu nunca teria coragem de apontar uma arma para o Sehun, muito menos ameaçar transformar ele em um queijo suíço. — Riu. — Mas eu agradeço por ter feito isso… Eu não sabia que ele iria aparecer depois de tudo aquilo, pra ser sincero, eu nunca mais queria vê-lo. — Disse verdadeiro, sentindo seus olhos arderem.— Eu vim deixar sua blusa, mas como você já desmaiou aí, eu devolvo ela amanhã. Boa noite Chanyeol.

Após fechar a porta do quarto e ir para seus aposentos, Chanyeol abriu os olhos, piscando-os algumas vezes antes de virar o rosto na direção da janela com os vidros fechados mas com as cortinas abertas.

Um suspiro pesado escapou de seus lábios antes de fechar os olhos e tentar dormir.

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Ainda era terça-feira e Chanyeol já pedia por arrego.

Nunca, em toda a sua vida, imaginara que acompanhar e proteger um ídolo, em plena sua semana de comeback, fosse tão massante.

Não fazia nem 48 horas que o novo videoclipe de Baekhyun tinha sido liberado e postado, que o menor já tinha dado três entrevistas, apareceu como convidado especial em um programa da tarde, fizeram uma sessão de autógrafos — gigantesca na opinião do Park — e agora ia em direção a sua empresa, conversar com Suho.

Mas antes, tinha que enfrentar o batalhão — como Chanyeol tinha nomeado — de fãs que estavam aglomeradas na porta do local.

— Como nós vamos passar por elas, Chanyeol? — Baekhyun perguntou, levemente inquieto no banco do passageiro.

— Sei lá. — Bagunçou os cabelos, tirando os fios que caiam um pouco sobre seus olhos. — Será que o Harry Potter empresta a capa dele?

— Não seja idiota. — Deu um tapa forte no braço de Chanyeol, que o olhou com o semblante indignado. Suspirou, não notando a expressão do mais novo. — O jeito vai ser encarar elas de frente.

— E com “encarar de frente” o que exatamente você quer dizer?

— Sai do carro e tenta não deixarem elas arrancarem algum pedaço meu.

E a semana estava apenas começando.

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Quarta-feira.

Oito horas da manhã

— Baekhyun! — Chanyeol gritou. — Será que você pode, por favor, tirar essas tranqueiras da escada?! — O maior gritou novamente, descendo com cuidado a escada, como se a mesma fosse um campo minado.

— Não são tranqueiras! — Escutou a voz manhosa de Baekhyun. — São apenas algumas roupas que eu vou dar para a doação! — Explicou-se.

— Você vai dar uma calça que tem um buraco na bunda, para a doação? — Perguntou, enquanto levantava a peça de roupa e atravessava seu dedo pelo rasgo.

— Okay, algumas são para a doação e outras para o lixo mesmo. — Admitiu.

— Tranqueiras. — Disse por fim, jogando a calça por cima do ombro, a peça fazendo um baque surdo ao cair novamente na escada, e descendo devagar, terminando de arrumar seu cabelo com a mãos.

— Minhas roupas não são tranqueiras, Chanyeol! — Gritou de seu quarto. — Eu estou fazendo uma boa ação, tá?!

— É, boa ação. — Ironizou. — Dar roupas feias as pessoas é uma boa ação!

— Você é feio, minhas roupas não! — Apareceu no topo da escada, levemente suado e com um chapéu de praia na cabeça.  

Chanyeol levantou uma sobrancelha.

— Vamos a praia e eu não to sabendo? — Questionou.

Byun revirou os olhos.

— Não. — Respondeu. — Você quer fazer uma boa ação? — perguntou do nada, confundindo o outro.

— Depende…

— Depende de que criatura? — Pôs as mãos na cintura, impaciente. Escutando uma risada do maior.

— Depende da ação. — Disse simplório.

— Pois bem. — Bateu uma mão na outra. — Use essas pernas compridas que Deus lhe deu e me ajude a pegar uma das malas que estão na última prateleira do meu closet. Ela tá cheia de roupas que eu não uso, mais não da pra pegar. — Fez um bico involuntário nos lábios, odiava ser baixinho.

— Só se você me fizer um favor. — Ergueu o dedo indicador, vendo o biquinho irritado de Baekhyun dar lugar a uma expressão desconfiada.

— Que favor?

— Tira essas tranqueiras da escada e pegou sua cueca suja que está pendurada no corrimão.

— CHANYEOL!!!

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No mesmo dia, às oito horas e quarenta minutos da noite da noite.

Tudo o que mais desejavam no instante, era tomar um banho quente e cair em suas camas.

Baekhyun estava no topo das das paradas de sucesso. Sendo assim era óbvio que ele teria que se apresentar em programas de televisão,

Mas o que Chanyeol não esperava era que, sem querer, enquanto ficava em frente a porta do camarim, protegendo o cantor de futuras fãs malucas que poderiam aparecer ali, era começar a escutar uma voz melodiosa e quase angelical vir do outro lado da porta.

A voz doce cantava uma música até então desconhecida para si, um amante de música. Boas, diga-se de passagem.

Olhou para o começo e o fim do corredor onde se encontrava, vendo se alguém estava por ali.

Vazio.

Grudou a lateral de seu rosto com a porta que separava Baekhyun de si. Ouvindo com mais clareza a voz do mesmo.

Mesmo acompanhando Baekhyun para todos os lugares e sempre estar na sua cola, ainda não tivera o prazer — sim, prazer. — de ouvir sua voz do menor de outra maneira que não fosse implicando consigo ou brigando com Suho. — O que acontecia com uma frequência impressionante.

Aquela só poderia ser uma de suas novas músicas. Claro. Era a única explicação que conseguia achar para não se lembrar da canção de lugar algum. E tinha que admitir: Sua voz era linda.

Ele cantava com calma e apaixonado, apenas sua voz era o suficiente para que sentisse a emoção que o menor aparentava querer passar a suas fãs com aquela música. Os pelinhos de seu corpo se arrepiarem quando o mais velho atingiu uma nota mais alta.

Era apenas um aquecimento, mas já assemelhava-se a um show.

Começou a sentir uma sensação estranha, como se sentisse a presença de mais alguém no corredor. E ele estava certo, assim que voltará a sua posição séria, arrumando os óculos negros sobre os olhos, uma moça de cabelos pretos e uma espécie de fone na cabeça apareceu no começo do corredor, andando a passos rápidos até o Park. O uniforme azul e a prancheta nas mãos indicava que ela era uma das Staffs do programa musical.

— Avise ao senhor Byun terminar de se aquecer e se preparar para entrar no palco. Ele será o próximo. — Chanyeol assentiu. — Dez minutos. — Avisou e com a mesma pressa que apareceu, sumiu.

Ele bateu na porta antes de entrar, escutando um “pode entrar” e abriu a mesma rapidamente e depois fechou. Vendo Baekhyun em frente a um espelho, sentado terminando de colocar suas lentes azuis.

— Você é o próximo, tem dez minutos Baekhyun. — O menor assentiu, distraído com seus olhos, dando os últimos toques em sua maquiagem.

Chanyeol puxou uma cadeira largada no camarim e sentou ali, encarando Baekhyun pelo espelho.

— Por que você usa lentes Baekhyun? — Perguntou apenas por perguntar, tentando se distrair enquanto não dava a hora de irem embora.

— Tenho problemas de visão, não algo muito grave mas evita algum possível acidente. — Encontrou os olhos de Chanyeol refletido no espelho e sorriu.

— Então porque não usa a transparente? Aquelas que só tem grau?

Baekhyun remexeu-se na cadeira antes de responder.

— Eu… não gosto muito dos meus olhos. — Chanyeol levantou as sobrancelhas, curvando o seu corpo para frente. — A cor deles, são feios.

— Seus olhos são lindos, Baek. Quem disser o contrário? — Deixou escapar mais não deu muita importância.

Baekhyun manteve seu olhar fixo nos olhos de Park, através do espelho, por algum motivo não conseguia desviar do contato visual. Quando pareceu se dar conta do que tinha escutado, sentiu um calor na região das bochechas e um suor frio desceu por sua espinha.

— N-ninguém. — Desviou o olhar, fingindo achar o pequeno potinho onde guardava suas lentes mais interessante do que olhar para o moreno. — M-mas...você acha mesmo? — mordeu sua língua, ao notar o quão idiota aquela pergunta era.

— Eu acho eles perfeitos.

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Uma semana depois.

Baekhyun estava com fome.

Já passava das duas da tarde e ele nem sequer tinha levantado da cama, seu corpo parecia ter sido atropelado por um caminhão, as promoções de seu álbum estavam acabando consigo.

Ele mal tinha descido para tomar café.

O dia estava, estranhamente, frio. Contribuindo para o seu dia de preguiça da semana.

E por falar em semana, a alguns dias, tinha recebido uma mensagem de Sehun, perguntando se o “passeio” deles ainda estava de pé. Por um momento pensou em questionar ao outro como conseguiu seu número, porém lembrou que, mesmo depois de ser abandonado pelo Oh não trocou de número.

Por que todas as noites, desde aquele dia, o pequeno encarava até altas horas o aparelho, esperando qualquer sinal de vida vindo do antigo segurança.

Qualquer sinal mesmo, até um: “Aqui é um amigo de Sehun, sinto lhe informar que ele foi atingido por um piano que despencou de um guindaste e no momento nós estamos no I.M.L. reconhecendo os seus pedacinhos“.

E antes que o menor continuasse sua lembrança de como os tempos eram quando ele vivia com Sehun, a porta de seu quarto foi aberta, revelando um Chanyeol vestido com um avental rosa e um sorriso acanhado.

— Vim dar uma olhada, pra ver se você ainda tava vivo. — Passou pela porta, mas não avançou nenhum paço. — Você nem desceu pra tomar café. Tem algo errado?

Baekhyun encarou o segurança, fazendo um biquinho com o lábio inferior.

— Ter preguiça excessiva é errado por acaso? — Perguntou sem a intenção de receber uma resposta, um sorriso pequeno foi dado por parte do Park. — Eu quero me fundir com essa cama. — Disse preguiçoso, espalhando-se na cama de casal King que ocupava uma grande parte da parede de seu quarto.

— Eu entendo, se pra mim, que não canto, danço, dou autógrafos ou fico fazendo aquelas poses bonitinhas... — Fez um bico, colocando o indicador sobre a bochecha. —… me sinto quase morto, você então…

— Eu quero férias! — Disse o maior riu.

— Você não quer descer pra comer? — Park mudou de assunto. — Eu fiz comida.

— Sabe cozinhar? — Perguntou recebendo um aceno positivo. Estreitou os pequenos olhinhos. — Como eu vou saber se você não colocou algum veneno na minha comida, huh?

— Você vai ter que provar pra saber. — Sorriu.

Baekhyun resmungou alguma coisa, aninhando-se ao travesseiro.

— Eu to cansado, mais tarde eu vou comer…

— Não. Você não tomou nem café, e eu vi que ontem você também não jantou. Baekhyun, você pode ficar doente sabia? — A voz seria logo atraiu a atenção do Byun.

— Uma vez ou outra não faz mal Chanyeol… — disse, apelando com sua voz manhosa. Mas nem isso fez Chanyeol mudar de idéia.

— Faz sim e eu vou trazer a comida, deixa a porta aberta. — E assim, saiu.

Baekhyun cruzou os bancos rente ao peito, ainda deitado, encarando o teto. O bico emburrado e as bochechas infladas, como um sinal de que não estava acreditando que seria “forçado” a comer, logo deram espaço para um sorriso, meio que a contragosto, sem perceber. Byun mordeu o cantinho dos lábios enquanto sorria.

Ele sorria porque, mesmo de um jeitinho atrapalhado e entre linhas, conseguia ver que Chanyeol estava preocupado consigo.

Abafou um gritinho com a mão e balançou as pernas contra o colchão macio, fazendo alguns pequenos barulhos.

Chanyeol preocupava-se, além do que deveria ser o profissional, com ele.