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História My Sexy Listener - My american dream


Escrita por: chaelisamaniac

Notas do Autor


Voltei mais cedo do que imaginavam, sim?

Espero que curtam o capítulo!

Capítulo 17 - My american dream


Eu quero bater no Hayden. Enlouquecidamente, até sentir que minha raiva passou. O amigo de Lauren só se encosta na parede da sala, ainda bebendo da sua bebida e rindo com nossas reações, tagarelando sobre algo aleatório.

 

- Ele tá bêbado? – Sussurro na orelha de Lauren, sentada no meu colo, na verdade, aninhada em mim, me abraçando forte.

 

- Hm ... não. Parece, mas não. Ele nunca dirige quando tá chapado, e o único jeito de ter chegado aqui foi com o seu carro, então não. Ele só deve estar meio aleatório.

 

Dou de ombros e aperto meus braços mais no quadril de Lauren, aproveitando nosso momento fofo. Era bom ficar abraçada com ela, e como ela não manifestou vontade de sair do meu colo, permanecemos ali, juntas.

 

- Vocês estão parecendo um casal de namoradas. Argh, isso me embrulha o estomago. – Fazendo careta de nojo Hayden anda até a cozinha de Lauren.

 

- Você fala como meu amigo Lucky. – Brinco com o garoto, que somente ri e procura por algo na cozinha, abrindo armários e gavetas. Ele encontra um copo de plástico com desenhos do Transformers e despeja agua ali.

 

- Hayden e Lucky deveriam sair. Só acho.

 

Lauren diz, sorrindo para mim e fazendo carinho na pele do meu pescoço, e resisto a vontade de fechar meus olhos como um cachorro manhoso. – Eu também. A gente podia sair um dia desses. Na sua folga, sei lá. Falo com Lucky.

 

Lauren se remexe em meu colo rapidamente, e a olho, esperando que ela dissesse que algum bichinho mordeu ela ou sei lá. Mas não era isso. A garota estava sorrindo, e muito. Sorrio de volta, confusa. – O que foi?

 

Seus olhos verdes estão inexpressivos. – Você está me chamando para um segundo encontro. E quer que eu conheça seu melhor amigo.

 

Ela está sorrindo muito, meu deus. O que isso quer dizer? – E...?

 

- E que isso é um passo em nossa relação, senhorita Cabello.

 

Coro ao ouvir a palavra “relação”. Estamos evoluindo aqui? –Claro que é. Quero que faça parte da minha vida. Sei que eu pareço uma virgem medrosa, sem companhia, mas eu quero fazer parte do seu mundo. E quero que você faça parte do meu.

 

Sussurro a última parte porque não queria que Hayden ouvisse e risse. Eu me sentia sensível próxima a Lauren e não menti em nada que disse, porque eu queria muito que ela fizesse parte do meu mundo. Eu conseguia imaginar nós saindo juntas, apresentando ela a Dinah, Mason, Lucky, Sam, papai. Todas as pessoas de expressão da minha vida. Queria que eles soubessem o bem que ela me fazia, mesmo com tão pouco tempo. Gay, eu sei. Mas real.

 

 

- Eu aceito. Podemos sair quando você puder. – Eu e garota trocamos sorrisos significativos e ela me dá um selinho rápido, se levantando do meu colo. Como em algum tipo de imã estúpido olho para Lauren de costas, seus cabelos negros longos e bagunçados caindo em ondas por suas costas, o short apertado e aquele bumbum grande e ...

 

Merda, Camila! Controle a droga dos seus hormônios! Olho para minha calça de uniforme e para meu alivio vejo que minha ereção abaixou, o que me possibilita me levantar daquele sofá e me esticar. Faço exatamente isso enquanto escuto Hayden e Lauren conversarem na cozinha, um rindo do outro. A risada de Lauren é linda.

 

 

- Ele literalmente começou a gritar como uma bichinha! Nunca segurei tanto meu riso como hoje. – Gargalha Hayden, sendo acompanhado de Lauren. Chego como quem não quer nada na cozinha, vendo a interação dos dois e me lembrando de mim e Lucky.

 

Lucky.

 

Meu melhor amigo deve estar completamente desesperado agora, preocupado com a irmã e Mason. Eu acabei me esquecendo de todo esse problema, mas vendo isso agora, sinto um vazio dentro de mim. Ally e Mason eram meu casal favorito, e eu me inspirava muito nelas, queria ter uma relação daquele jeito, uma relação com um amor assim. Agora, elas estavam quebradas e eu me perguntava porque as coisas tinham que dar errado. Todos esses pensamentos me deixam para baixo, e fito meus pés descalços. O amor era para ser um alivio, uma benção na vida das pessoas, mas parecia que só trazia problemas.

 

Se faz silencio na cozinha e sinto o toque de uma mão na manga de meu uniforme, e levanto o rosto vendo que era uma Lauren me fitando ansiosa.

 

- O que foi, Camz?

 

- Nada. Eu só estava pensando. Meus amigos andam com problemas, e não sei como ajudar.

 

- Defina problemas. – Rebate Hayden, bebendo no seu copo.

 

Coço a cabeça e me encosto em um armário simples de madeira que havia ali na cozinha. A cozinha de Lauren não era muito grande, mas era arrumada. Tudo na mais perfeita ordem, com vasos de plantas apoiados em uma pequena janela, o cheiro de café entrando nas minhas narinas.

 

- Duas das minhas melhores amigas namoravam. E eu apoiava tanto elas, era o casal que eu mais me inspirava, então de repente elas terminaram, porque uma delas traiu a outra, e eu queria tanto poder fazer algo, mesmo sabendo que não tenho nada a ver com isso.

 

- Bem, isso é meio triste. E um pouco cruel. – Diz Hayden, pousando seu copo na pia vazia, e andando até mim. Ele coloca uma mão em meu ombro direito – Mas a vida é assim, Camila. Pessoas decepcionam pessoas, sem nem mesmo sentir um pouco de remorso, e sei que é uma merda, mas se acostume. A vida não é um mar de arco-íris.

 

E ele sai da cozinha, me deixando sozinha com Lauren e pensativa. Um fato era certo: ele tinha um pouco de razão. Hoje em dia o egoísmo prevalece e ninguém ama mais como amava antes. O amor está ficando escasso. Lauren se aproxima de mim, colocando as mãos em meu quadril, nos colando em um meio abraço. Fito a garota grudada em mim, a boca inchada e vermelha, os cabelos bagunçados e o semblante preocupado. Coloco meus braços ao redor de seu pescoço. Erámos da mesma altura.

 

 

- Ele pode ser meio mau as vezes, eu sei disso. Me desculpe. –Sacudo a cabeça em negativa. Eu não me sentia chateada pelas palavras de Hayden, só pensativa.

 

- Está tudo bem, Lern. Ele não disse nenhuma mentira. Eu só queria que fosse diferente, ou que eu pudesse fazer algo.

 

Passo meus dedos nas bochechas de Lauren, e ela se aconchega em mim, abraçando-me pela cintura e enfiando o rosto em meu peito. Eu estava amando todo aquele nosso contato.

 

- Você pode.

 

-Como assim?

 

- Você pode amar como nunca. Pode mostrar para essa teoria boba de que, o amor é muito mais que dor. O amor é vida, a vida simplesmente não tem sentido se não há amor. Então ame. – Murmura, a boca encostada em meu peito e sorrio fraquinho com suas palavras. Era a mais pura verdade também. Eu não me conseguia imaginar sem as pessoas que eu amava, pessoas que eu faria qualquer coisa.

 

- Você é incrível. – Brinco com ela, dando beijos em seus cabelos negros, ouvindo um roncar discreto vindo do peito dela.

 

-Você me adora, Cabello. Admita.

 

Ela ergue o rosto do meu tronco, fitando-me. Mordo o lábio fingindo que estava pensando muito sobre o que ela acabou de dizer. – Talvez.

 

Lauren semicerra os olhos e me dá um soquinho, soltando-se do meu corpo e se afastando. Sinto falta de seu calor e a puxo pela cintura, deixando-a de costas para mim, meu quadril batendo no seu por trás. Passo minhas mãos por sua barriga e as deixo ali, sentindo ela colocar as suas acima das minhas. – Eu adoro você, Jauregui. Adoro muito.

 

Sussurro em sua orelha e lhe dou um beijinho na bochecha. – E é totalmente reciproco. Eu devia agradecer seu amigo por me procurar?

 

Solto uma gargalhada bem alta, mas alta mesmo, tanto que faço aquele tradicional barulho de uma foca engasgando, fazendo Lauren rir. Fico envergonhada com minha reação. – Lucky mijaria nas calças se ouvisse você dizendo isso, meu deus.

 

- Quero dizer isso a ele, então. Agradecer a Lucky ...

 

Ela dá uma paradinha, esperando que eu diga o sobrenome do meu amigo. - ... Blue Smith.

 

- Lucky Blue Smith, por me trazer uma das pessoas mais doces, fofa, linda, sexy, e quem eu não consigo parar de pensar por menos de 5 minutos. Parabéns, Lucky!

 

Exclama Lauren, batendo palmas, e a acompanho, rindo como nunca. Ela se afasta de mim, dessa vez ficando de frente, me dando a agradável vista do seu rosto. Ela parece tão feliz. Seus olhos verdes brilham de excitação, as bochechas estão vermelhas e eu devo estar igual. Me sinto uma criança de 5 anos ao lado dela.

 

- Ele vai ficar se achando muito. Me trouxe uma das melhores coisas da minha vida.

 

A garota morde o lábio ao me ouvir. Pelo o que parece eu tomei uma injeção de coragem hoje.

 

- Você está me fazendo corar, garota.

 

- Que bom. – Murmuro, ficando com meu rosto próximo ao seu – Assim você pode saber como me sinto desde que te conheci.

 

E a beijo, colocando minhas mãos em sua nunca, apertando os fios de cabelo que havia ali, tomada pelo desejo grande que sentia por ela e sua boca perigosa. Lauren coloca as mãos em meu quadril, puxando-me para si como uma leoa faminta, enfiando a língua em minha boca, causando faíscas em mim. Meu estomago sempre parecia se revirar quando nos beijávamos, de um bom jeito.

 

- Vocês podem parar com toda essa agarração? Jesus, vocês me deixam excitado desse jeito! – Grita Hayden, da beira da cozinha, e rio com os lábios ainda grudados ao de Lauren.

 

- Babaca. – A garota de olhos verdes mostra um dedo do meio para o amigo, que lhe mostra língua.

 

Ficar ali com eles estava muito bom, mas eu precisava ir para casa e me trocar, para ir a terapia. Provavelmente Kat deveria ir comigo, já que nenhum de meus amigos deu sinal de vida ou parecia bem-humorado para isso. Dinah havia sumido depois do começo da aula.

 

- Eu tenho que ir, Lern. Tenho terapia daqui a pouco, e preciso me trocar. Meu pai me mata se eu faltar.

 

Volto descalça para a sala, calçando meus tênis esportivos e pegando minha mochila, procurando pelo meu celular. Vejo que há uma mensagem de Sam, perguntando como tudo estava.

 

- Você faz terapia? Por que?

 

Quem me questiona é Hayden. Olho para ele de canto, ainda arrumando as minhas coisas. – Sim.

 

- E por que? – Ele insiste. Fico um pouco desconfortável com sua pergunta. Percebendo como estou, Lauren sai em minha defesa.

 

- Ela faz isso para poder se aliviar. Todo mundo precisa de alguém para conversar além da família, e você sabe disso, Hayden. É melhor você ir, Camz. Não quero que se atrase. Hayden te leva na sua casa, não é?

 

- Claro. – Pego minha mochila, colocando ela nos ombros, somente por uma alça. Olho para Lauren, que me encarava, e sorrio terna, indo até a garota e lhe dando um beijo longo, que logo se aprofunda. Ela segura meu rosto todo o tempo em que nos beijamos e parece relutante quando me solto.

 

- A gente se vê, Lern. Vamos marcar nosso encontro. Ou quem sabe você vai lá em casa. – Ela sorri, deixando à mostra uns dentinhos de coelho fofinhos que ela tinha.

 

- Vai ser um prazer. Me mande mensagem mais tarde, depois da terapia.

 

- Okay. Tchau. – Lhe dou um beijo na bochecha, e saio do apartamento junto a Hayden. Quando saímos lá fora vejo ele andar até um Opala meio velho, mas não faço perguntas e entro. Ele liga o rádio e uma música de alguma banda indie começa a tocar.

 

Todo o carro está em silencio. Gosto de Hayden, mas ele parece absolutamente bravo com algo hoje, e não quero incomodar. Somente lhe dou meu endereço. Ele passa as mãos no cabelo com muita frequência.

 

- Não está com raiva de mim, né? – Ao ver minha expressão confusa ele explica – Sobre o que eu disse das suas amigas.

 

- Não. Está tudo bem.

 

- Eu não disse por mal, ou pra te magoar, mas é a real. As pessoas são egoístas e o amor dói.

 

Ele nada diz. E eu também não. Quando ele estaciona o carro em frente ao jardim bem cuidado da minha casa, pego minha mochila e o olho meio sem graça.

 

- Obrigado, Hayden. Pela carona.

 

- De nada, Cabello.

 

- Mande um beijo para Lauren, certo?

 

Ele sorri. Sem motivo. – Mando sim, Camila. Eu mando. Nos vemos por aí.

 

Pisca, e dá a arrancada no carro assim que desço e fecho a porta. Vendo a fumaça escapar e só sacudo a cabeça. Ele parecia muito com Lucky. Quando chego em casa, Kat não parece saber que eu havia matado aula, e me recebe bem, preparando um copo grande de achocolatado e me mandando tomar banho e me vestir, para irmos à terapia.

 

Visto uma roupa legal, até. Uso minha blusa de botões azul nova, e jeans preto, acompanhada de meus All Stars brancos. Meu humor estava até bom, tudo por conta de Lauren. Nada poderia me desanimar, porque eu sabia que ela estava ali, para poder me ouvir. E que me achava uma coisa boa em sua vida.

 

- Já podemos ir, querida?

 

Kat me espera na sala, usando um vestido de flores bonitinho, e eu rio. Ela estava adorável, e digo isso para ela, fazendo a mulher corar. Papai deixou sua Land Rover aqui, então vamos nela mesmo, Kat dirigindo. A senhora me questiona coisa da escola, sobre meus amigos, e fica extremamente chateada com o problema de Mason e Ally. O consultório de Hailey estava não muito cheio quando cheguei, então fui atendida rápida.

 

A jovem mulher me cumprimenta com um sorriso largo, e lhe abraço, desconfiada. Certeza que isso tem a ver com os chupões na sua pele.

 

- Como vai, Mila?

 

- Estou bem. E você? Finalmente arrumou um namorado? Ou namorada? Vai que...

 

- Meu Deus, Camila! – Ela dá um gritinho – Estamos aqui para falar de você, e não da minha vida amorosa. Você é terrível.

 

Resmunga e rio. Hailey parecia uma criança quando queria. Ela estava com a sua prancheta na mão, e vejo de rabo de olho que meu nome estava escrito inteiro nela, acompanhado e algumas palavras soltas. Vi de relance a palavra mãe e tremo internamente. Não quero falar de Sinu. Não quero que isso estrague meu dia ótimo.

 

 

- Você sabe por que estamos aqui, Mila. Seu pai me disse sobre o seu encontro com a sua mãe e....

 

- Eu não encontrei ela. Só a vi na porta de uma loja. E ela não é a minha mãe.

 

Hailey suspira ao me ouvir. – Tudo bem. Você viu Sinu. O que sentiu sobre isso?

 

- Desprezo.

 

- De verdade. O que sentiu de verdade, Mila. Sabe que pode me falar.

 

Ela parece sincera. Hailey está fazendo seu trabalho, eu sei, mas não quero dizer a ela como me sinto de verdade. Ela vai contar para papai, e eu não quero atrapalhar ele mais, lhe enchendo de preocupação. Então finjo.

 

 

- Eu só senti, sei lá. Eu não a via por muito tempo, então foi um choque. No mais, estou bem com isso. Sério.

 

 

Sorrio falso. A terapeuta estreita os olhos mas parece acreditar em mim. – Muito bem. Isso é melhor que eu imaginava, estamos fazendo progressos mocinha.

 

Eu queria dizer. Mas não confiava o bastante. No fundo, ninguém sabe as lutas internas que cada um tem, e julgar alguém sem saber é algo tão idiota. Cada pessoa tem sua luta diária. Então não julgue. Meus pensamentos se viram para Brad, e imagino o que ele deve passar em casa. O que ele deve sentir por ter um pai tão idiota. E sinto pena por ele. Sinceramente. Ninguém de Constance imagina isso. E me lembro de Amber, e do quanto fui grossa com ela e me amaldiçoo. Ela só queria me ajudar e eu só e rebati, como um animal raivoso. Preciso falar com ela. Me redimir. E precisava ajudar Mason e Ally.

 

Minha vida andava mais animada do que imaginei.


Notas Finais


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