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História My Sin [Camren] - Esclarecimentos P1


Escrita por: Triumpharmony

Capítulo 48 - Esclarecimentos P1



Escutem Who Are you, das quintas. (O capítulo inteiro, vão dando repeat na música)

-Sim, Lauren. Sou eu. -Inês sorriu a abraçando. 

-Oh meu Deus! -Lauren chorava feito criança no ombro da mais velha. -O que é tudo isso? Então você era a mulher com quem eu sonhava toda noite!

-Você sonhava comigo? -Inês perguntou surpresa. 

-Tecnicamente sim, mas eu não sabia quem era você. Todas a noites, a mesma mulher, e eu correndo por um jardim. 

-Lembranças da sua infância, Lauren. -Inês sorriu acariciando a face da morena.

-Porque você me abandonou? -Lauren a acusou cruzando os braços. 

-Não foi bem assim, Lauren. -Inês disse tristemente. 

-Como não? De repente você sumiu do mapa! Agora eu me lembro, depois de passar uma tarde na sua casa eu nunca mais te vi. -A morena disse pensativa.

-Se você estiver disposta, eu vou te contar todos os detalhes dessa história que seu pai escondeu de você. -Inês respondeu determinada.

-O meu pai? -Lauren riu sem humor. -Sempre ele.

-Não o culpe. Tudo na vida tem um motivo. -Inês respondeu tristemente. 

-Tudo bem, madre. -Lauren disse e se sentiu estranha.

-Me chame de vó, Lauren. -Inês segurou a mão dela sorrindo.

-Pode respeitar meu momento, por favor? -Lauren disse na lata. - Do nada eu descubro que a madre que tanto tem carinho por mim, é a minha avó que sumiu. Eu... eu estou confusa. -Disse se arrastando pela parede.

-Me desculpe. -Inês pediu cabisbaixa. -Mas... quer conversar aqui, ou na minha sala? 

-Aqui. Ninguém sabe da existência desse lugar, quer dizer.. somente eu e a..

-Camila. -Inês completou para o espanto de Lauren.

-Como você sabe disso?!

-Lauren, eu sou sua vó. -Foi a vez das duas rirem. -Eu te conheço, e sei do que apronta mais do que você imagina. -Piscou o olho deixando Lauren corada.

-Comece logo antes que eu desista de tudo isso. -Lauren disse nervosa.

-Fale direito comigo. -Inês disse séria. -Vou lhe contar tudo, também é difícil pra mim.

-Difícil? Você só vai contar o que houve, a afetada nisso tudo sou eu. -Rosnou.

-Preferia a Lauren de antes. -Inês rebateu. -Bem, por onde você quer que eu comece?

-Do início, porque meu pai não gostava de me deixar com você, porque ele não me dava atenção? 

-Bem, vamos lá...

Flashback

-Michael, vou pegar a Lauren para irmos tomar sorvete de tarde. -Inês disse ao filho que se encontrava no escritório. 

-Eu posso impedir isso? -Disse frio sem tirar os olhos dos papéis.
-Não sei, você é o pai. Você decide. 

-Apesar de eu não querer que você a veja, a menina te ama. Então eu não posso simplesmente sumir com você da vida dela, a menos que algo aconteça. 

-Se depender de mim, nada vai acontecer. 

-Então vá, Inês. Vá. -Disse sem paciência. -Mas quero Lauren aqui antes das 19h30.

-Como quiser, filho. 

-Não me chame assim! -Michael gritou batendo os punhos na mesa.

-Eu sou sua mãe, não grite comigo! -Inês disse séria. 

-Você não é minha mãe, você só é uma mulher asquerosa e pecadora. Eu tenho vergonha de ter sido gerado por você. -Mike cuspia as palavras na face de Inês. 

Silêncio. Um tapa estalado.

Inês abriu a boca em um perfeito "O" quando viu o que tinha feito. Seus dedos perfeitamente marcados na face de Mike.

-Saia já daqui, e leve Lauren. Fique com ela em sua casa e aproveite, essa vai ser a última vez que você irão se ver. -Disse com ódio

Fim do Flashback

-E de fato, aquela foi a última vez que eu te vi, até quando você chegou aqui em Wisconsin. -A madre disse limpando uma lágrima. 

-E o que houve? -Lauren disse séria. Havia herdado o autoritarismo de Mike, coisa que Inês abominava.

-O acidente Lauren, o acidente. -Inês contou e voltou a chorar. 

-Que acidente? -Lauren perguntou curiosa e nervosa.

-Como você sabe, seu pai possuía um grande conhecimento sobre a área neurológica... -A madre começou a contar e Lauren assentiu.

Flashback

-Onde você vai, Mike? -Clara perguntou ao ver o marido descer nervoso e com o rosto marcado.

-Resolver tudo de uma vez por todas. -Respondeu pegando as chaves do carro.

-À que se refere? -A mulher perguntou preocupada.

-Não te interessa, Clara. Somente fique em casa e preste atenção no telefone.

Mike entrou no carro e saiu disparado. Seu destino? A casa de Inês. 

[...]

-Lauren ama brincar de escorregar sabão. Brincadeira de pobres, de onde essa garota puxou isso? -Disse após entrar pelos fundos da casa com umas compras que fez pelo caminho. -Nada mal se brincar um pouco com um sabão extra espumoso. -Disse sorrindo.

Ele não media esforços para conseguir o que queria. Mal herdado dos Jauregui. Mike subiu as escadas até o terraço de Inês e observou tudo atentamente. A altura da grade baixa até as escadas, a queda perfeita. 

-Um pouco de detergente nas grades.. -Disse espalhando o produto pela pequena grade que revestia o terraço da casa. -Escorregadio. -Sorriu ao passar mão por ela. -Um pouco de sabão no chão, para quando colocarem mais a espuma ficar maior ainda...

Após arrumar todo o esquema, o mesmo voltou até a grade a fim de medir a altura. 

-A queda perfeita. -Sorriu engenhoso. -Diretamente à escada, a perda de memória será automática. 

Correu de volta à saída pelos fundos ao ouvir a voz de Lauren.

-Vovó, vamos brincar no terraço?!

-Vá, Lauren! Vou fazer biscoitos para você! 

Mike correu sorrindo diabolicamente.

-Adeus, Inês. Perdão, Lauren

Fim do Flashback

-MEU PAI QUASE ME MATOU? -Lauren gritou inconformada.

Inês assentiu silenciosamente deixando as lágrimas caírem. 

-Como vocês descobriram isso? -Lauren perguntou chorando.

-Seu pai, só usava cartões de crédito para comprar qualquer coisa. Então enquanto tirava os produtos da sacola, deixou a nota de compra cair. E eu encontrei, e lá estava o nome dele e todos os materiais do acidente na lista. -Inês disse cabisbaixa. -Eu não acreditei que o mesmo seria capaz de fazer sua filha cair de 3 metros de altura somente por desentendimentos familiares.

Flashback

-Vovó, olha! Eu estou brincando de sabão, ok? -Lauren gritou lá de cima.

-Lauren! -Inês disse correndo da cozinha. -Cuidado, meu anjo! Aí é muito alto e perigoso de se escorregar. A vovó coloca a lona pra você aqui na grama!

-Pode deixar, vovó! Eu já sou grande. - A grande teimosia dos Jauregui reinava na pequena. 

Lauren começou a jogar mais sabão no chão e em seguida um balde de água. A espuma logo começou a se formar com rapidez, e muita espuma. Tanta espuma que Lauren mal conseguia enxergar algo no meio dela. Depois de escorregar bastante, a pequena coçou os olhos com as mãos cheias, causando o ardor imediato. 

-VOVÓ!  -Gritou da grade enxergando com um olho só. 

-Oi, Lauren! -Inês correu novamente já com os biscoitos em mãos. 

-Entrou sabão no olho da Lolo! -Disse se apoiando na grade.

-LAUREN, CUIDADO! -Inês gritou ao ver o corpinho da mesma escorregar da grade e se espatifar na escada, rolando até a grama.

A mesma derrubou os biscoitos pela grama e correu até Lauren, já desacordada.

-LAUREN! -Gritava desesperada. -Oh meu Deus, uma ambulância! -Dizia alto com a pequena no colo. 

Os vizinhos alarmados com a gritaria correram para ajudá-la e em menos de dez minutos as duas foram encaminhadas para o pronto socorro.

[...]

-Você é uma irresponsável!  -Mike rosnava na sala de espera.

-Eu não fiz isso, Michael ! Eu lavo todas as minhas roupas na lavanderia, não tem razão pra eu ter sabão extra espumante na minha casa!

-Quer razão melhor do que satisfazer os gostos da Lauren? -Acusou-a.

-Eu jamais descuidaria dela assim.

-Eu te disse que seria a última vez que vocês se veriam, provavelmente Lauren não irá se lembrar de você tão cedo.

-Eu não acredito. Você foi capaz de fazer isso com a sua própria filha, Michael? 

-Você tem provas contra isso? -Esnobou. -Espero que você volte para o quinto dos infernos, que você chama de convento e esqueça de Lauren. A não ser que você queira ser denunciada por quase matar a própria neta. Que mal seria pra cabecinha confusa dela ter uma avó criminosa, não? 

-Você ganhou dessa vez, Michael. Mas eu jamais vou desistir da minha neta.

Flashback off

-Ele é completamente doente. -Lauren disse atordoada. 

-Isso tudo é culpa dos Jauregui. -Inês disse. -Essa família é fria, não nutrem sentimentos uns pelos outros a não ser a gana de passar por cima. -Inês disse rancorosa.

-Isso tudo é tão horrível. -Lauren dizia chorando.

-Mas desde que eu fui tirada de perto de você, eu jamais te abandonei. -Inês disse sorrindo/chorando.

-Como?!

-Eu e sua mãe sempre trocávamos correspondências. Sem seu pai saber, é claro. -Inês disse puxando a mesinha do canto pra frente e revelando à Lauren uma gaveta secreta.
A mesma abriu a gaveta calmamente e retirou de lá um bloco de cartas enorme, e entregou uma em especial à Lauren.

Querida, Inês. 

Hoje como você sabe, é o aniversário de Lauren. Ela está fazendo sete anos e está enorme! Ela já arrancou os dois dentinhos da frente que você tanto gostava, eles estão crescendo, segue a foto junto com a carta. Infelizmente, Michael fez de tudo para a mesma não lembrar de você, retirou todas as suas fotos dos álbuns de família, porta retratos e guardou em uma caixa no sótão. Eu sei que você tem uma prova contra ele, só não sei referente à que. Mas use-a Inês. Sei que Lauren sente sua falta, pois ela disse que vem sonhando com uma moça com as suad características. Ela só não sabe quem é. Nosso casamento vai de mal à pior, Michael é mandão. Eu ficaria bem acaso essa prova o fizesse se ferrar coma justiça. Lauren está mais apegada à ele, mas o mesmo continua rígido com a pequena. Mas sei que ela aguentaria ficar longe dele, pra ser sincera até eu preferiria. Estarei contigo sempre, afinal você é a melhor vó do mundo. Risos.

Atenciosamente, Clara Morgado.

 

Lauren fechou a carta chorando e entregou a Inês enquanto via a pequena foto dela sem os dentes da frente. 

-Minha vida toda foi uma mentira.. -Lauren disse triste.

-Todos esses anos, tudo relacionado à você eu guardei aqui. Fotos, notícias, cartas e etc. Até o seu paninho de dormir. -Inês sorriu ao tirá-lo da gaveta da mesinha.

-Como puderam nos separar?

-Como seu pai pôde. Somente ele é o responsável por tudo isso. -Inês disse triste.

-Meu pai é um monstro. Eu não posso confiar em ninguém mais! -Lauren disse inconformada. 

-Há duas pessoas nas quais você pode confiar. -Inês sorriu. -Na sua avó aqui... 

-E quem é a outra?

-Na sua namorada, Camila. -A velhinha disse para o espanto de Lauren.

-OH MEU DEUS, COMO VOCÊ SABE DISSO?!

-Lauren, eu sou sua vó e desde pequena você nos dava sinais.-Ela riu. -E o jeito como vocês se olham... É intenso demais. Digno de um amor verdadeiro. 

-Droga! Nós tentamos esconder todo esse tempo, pra você descobrir! -Lauren resmungou. -E não vai nos repreender? 

-Não.  Tudo o que eu mais quero é ver o seu sorriso. -Inês sorriu. 

-Mas você deve saber que antes de eu entrar aqui, eu tinha uma namorada. Keana. -Lauren olhou pra baixo se lembrando dela. 

-Sim. Mas você não a amava.

-É claro que eu a amava, mas eu tive de vir pra cá e tudo acarretou na morte dela! -Lauren gritou chorando.  -Ela se matou por não me ter por perto!
Inês abaixou a cabeça sentindo a dor nas palavras da neta.

-Vocês mais velhos acham que nós jovens somos incapazes de amar por conta da maioria assombrosa que não está nem aí. Mas há pessoas de almas velhas, assim como eu que procuram o amor nas pequenas pessoas.

-É claro que sim. Todos tem o direito de amar. Mas você ama Camila, e você apenas gostava de Keana por ela te fazer bem. Com Camila, cada pequeno gesto é diferente. Eu percebo isso, e não minta para si mesma, Lauren. Eu entendo muito desse assunto. 

-Mas que diabos você entende sobre o amor?! -Lauren rosnou.

-Você ainda não ligou os fatos? Lauren, eu sei da existência dessa torre, quando você pensou que somente você sabia. Eu sei das gavetas e da portinha secreta.

Lauren arregalou os olhos.

-Quem é você? 

-Eu sofri de amor, Lauren. -Inês disse entregando uma carta à Lauren. -Leia o remetente dessa carta.

O coração de Lauren errou a batida ao ler em letras caprichadas.

-Remetente: Inês Mary Handcocks Jauregui.




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