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História My Soundtrack - 2 Temporada - Slide


Escrita por: justineirajdb

Notas do Autor


Um pouco atrasada? Um pouco... Mas não para um novo recomeço

Esse cap pode ser um pouco parado, mas é o primeiro... é só uma apresentação. A vidinha dá Amelia está sendo bem tranquila.
Slide do Calvin Harris, com quase nenhum significado. Mas uma batida q eu AMO e que anda agitando a manhã de uma certa jovem.

Boa leitura <3

Capítulo 14 - Slide


Fanfic / Fanfiction My Soundtrack - 2 Temporada - Slide

 

Estava muito frio no aeroporto, apesar do calor no Rio do janeiro, a noite havia esfriado bastante. Passei no banco do aeroporto mesmo, para trocar o dinheiro. E fiquei bastante surpresa com a enorme quantia em dinheiro que a havia no cartão da Amélia. Pattie se assegurou até da minha vida financeira. A atendente do banco ficou surpresa, assim como eu. O dinheiro usado é o dólar australiano e é representado pelas siglas AUD$, e em suas notas contém variados rostos e cores, com pessoas importantes para o país. A moeda é muito bonita, de um formato antigo, que me deixou um tanto animada e curiosa para saber mais sobre o local da minha nova estádia.  

Com uma quantia necessária na carteira e uma poupança gorda no cartão, eu andava confiante até a fila do Check-in. Nada poderia dar errado, e não deu. Fui muito bem recebida e notava o quão as pessoas tratavam bem a Amélia, que apesar de ir de classe econômica, carregava com si, uma expressão bem mais leva. Que eu denominei de um novo recomeço.  

 

[...] 

 

A avião pousou no aeroporto depois de quase um dia inteiro. Houve uma troca de avião, atraso, e eu estava muito cansada. Não sabia como seria o local onde vou morar, não sabia quase nada da Austrália, estava ansiosa para o que estava me esperando.  

Assim que entrei na Terminal, encontrei toda aquela gente esperando as pessoas que chegavam até o salão. Muitas vozes, choros e sorrisos. Pude notar olhar pelo celular e enxergar 8h do dia seguinte ao qual eu viajei. Mas era pelo horário do Brasil, então olho pelo telão e vejo 18h da noite. 10h de fuso horário. E então é aqui que eu me desespero. Não posso me perder nessa cidade á noite! 

Fico pedido licença para passar, mas é muita gente. E eles parecem não ouvir o que eu digo, ou não entender. Até que um cara começa a balançar a mão como um louco, chamando não só a atenção das pessoas, como a minha. Noto que ele carrega uma folha na mão, escrito em letra legível 'Amélia Carter'. E eu passo um segundo tentando reconhecer esse nome, até a tapada dar por si, que sou eu. Que burra! 

- Hi! - o cumprimento 

- Oz! - diz alegre, me cumprimentando também. Percebo que ele notou minha cara de confusa, pois imediatamente explicou - Es 'oi' en australiano – ele diz.  

- Pera aí, o inglês da Austrália não é o mesmo inglês tradicional? - pergunto confusa 

- Não, querida – ele ri – Mucho diferente, mais complicado.  

Estávamos falando em inglês, o meu inglês. E confesso que fiquei com um certo medo. Quanto mais complicado? Por outro lado, foquei no aquele homem falava. O inglês dele era o meu inglês, mas não era o inglês. Meio confuso, eu sei. Ele falava do inglês que eu entendia, mas carregava um sotaque espanhol. O que facilitava entende-lo. Porém antes que eu fizesse qualquer outra pergunta, ele me puxou pelo braço e me arrastou dali. Soltei meu braço imediatamente. Ele não se importou, continuou andando. E eu fui atrás. 

- Desculpe por no me apresentar – o homem diz assim entramos em seu carro – Meu nome es Lorenzo. Mas isso tu já sabes 

- Sei? - digo sem entender. 

- Sí. Nós falamos por telefono. Lembra? - diz Lorenzo, se virando para mim. Fico sem saber o que falar – Deve está tan cansada que não lembra  

- Pois é... - Pattie deve ter falado com ele por telefone se passando pela Amélia, e deve ter esquecido de me dizer. 

- Então... O senhor é o quê?  

- Oh, eu soy professor. Tenho una oficina no centro.  

- Bacana... - digo me acomodando na cadeira do carro. Nossa... estou muito cansada. 

- Vou te levar la casa de uma amiga. Ela tem una bela família. Grande amiga. 

- E minha casa? - pergunto confusa. 

- Te levarei lá. Mas antes precisa comer, comer bein. Senão vai ficar caindo pelos cantos de canseira e fome. Não puedes! 

Rio com o seu comentário. O sotaque dele me faz rir, mas é gracioso. E ele parece ser um bom homem. Por isso, me aconchego na cadeira e o deixo me levar para o destino. 

 

[...] 

- Amélia! - sinto alguém me balançar - Amélia! 

Acordo assustada, dando de cara com Lorenzo à minha frente. Ele suspira de alivio quando eu abro os olhos, mas noto que ele não está sozinho. Um garoto moreno olha para mim com curiosidade.  

- Oi – digo para ele. Ele não me responde, invés disso, corre. Me deixando ali, sem tender. 

- É o Dan, ele es muito tímido - Lorenzo me leva a uma grande casa. A casa é um luxo, muito bonita e confortável. Logo avisto o garotinho. Dan, seu nome.  

Lorenzo me explica que ali é a casa da sua amiga, que pelo o que me disse, se chama Mary. Ela é mãe de duas crianças, é ex-professora e atualmente é uma dona de casa. Antes que ele pudesse falar mais sobre ela, á avisto em cima de uma trocadora. Cuidando de um bebê. Assim que nos avista, abre um sorriso bonito e simpático. Nos chamando para entrar. 

- Entrem, entrem... Não querem ficar doente né - sua voz é bonita, mas eu não entendi NADA do que ela disse. E esse 'crook' na frase, me deixou ainda mais confusa.  

- Crook - Sussurrei confusa. Ela olhou para mim e soltou uma risadinha.  

- Nosso inglês é diferente. Encurtamos muito as palavras, abreviamos. Quando cheguei aqui estava igual a você, não entendi nada – disse Mary rindo  

- Não vai demorar mucho para aprender – diz Lorenzo. 

- Agora vamos entrando. Aposto que está com fome, hein – ela diz devagar. Me fazendo entender algumas coisas do que ela diz.  

Mary preparou cordeiro assado. Ela disse ser uma comida típica da Austrália. Disse também que ficou muito ansiosa com a minha chegada e me denominou de 'brasileira do momento'. Pude perceber que apesar de muito simpática, ela era uma boa mãe. Apresentou seus filhos, Dan e Lisa. A menina era bem novinha, tinha 2 anos de idade, já o Dan, o garotinho tímido, tinha 6 anos. E era muito inteligente.  

Lorenzo explicou que ela que cuidou e arrumou a casa aonde vou morar. E disse também que eles são amigos de longa data, ambos são professores. Ele, luta e artes maciais e ela professora de literatura. Depois de jantarmos, Lorenzo sugeriu ficar com as crianças por um tempo, enquanto Mary me levava até a minha casa. Ela, muito generosa, se ofereceu para me levar até lá de carro. Não recusei. Estava tão cansada que era capaz cair na rua até andando, ainda mais depois que havia comido. A preguiça e o cansaço bateram real.  

Assim que entramos no carro, eu percebi o obvio que não vi antes. Ela estava do lado do passageiro e DIRIGINDO. Quando disse para ela que havia alguma coisa errada, ela começou a rir da minha cara. Mas logo se conteve para me explicar. Disse que na Austrália, se utiliza o lado esquecendo para dirigir, e não o direito. É a mão inglesa. E aquilo me deixou mais confusa em relação ao Austrália. Eu estava ferrada! 

 

[...] 

 

Minha nova casa era na rua de trás da dela. Era em uma rua tranquila, com muitas arvores e bem organizada. Mary me levou até um confortável apartamento. Informou que é muito difícil encontrar uma boa moradia para comprar, mas falou que quando quer para tudo tem jeito. Dei de cara com um flat muito bonitinho. Não era grande, nem pequeno. Era bem Amélia. Do jeitinho que eu precisava. Havia um janelão, que mostrava toda a rua. Era tudo tão simples, mas tão lindo. Tudo estava organizado. Eu e ela subimos para morrer com as malas. E uma coisa muito bacana que notei, foi que tudo estava ali. Geladeira, fogão, prateleira, cama, guarda-roupa. Tudo! 

- Uau, tem tudo aqui. Parece que já morava gente aqui – sento-me no sofá novo e confortável. 

- Com o dinheiro que me deu, pude comprar muita coisa. O custo de vida aqui é alto, mas quando se é dona de casa e tem dois filhos você sabe aonde encontrar as melhores coisas com os melhores preços - rio com seu comentário. 

Pelo jeito Pattie cuidou de tudo MESMO. E eu fico feliz e agradecida. Ando pela casa e noto o quão linda ela é. As coisas não foram totalmente abastecidas. E não há nada na geladeira. Mary diz que não comprou nada de alimento pois não sabia do que eu gostava e queria, e também porque tinha receio de estragar. Agradeci pelo seu serviço. Expliquei que não poderia falar muito pois estava muito cansada, e tinha medo de falar o que não devia. Ela me dá seu telefone, e disse que eu posso falar com ela quando quiser. Menos de madrugada, porque o sono dela é precioso. E ela não abre mão por nada. Posso entender porquê.  

Depois de tomar um banho, e pegar uma muda de roupa da mala, eu me deixei na cama. O apartamento se encontrava silencioso. Não me assustei com aquilo, pelo contrário, foi maravilhoso não ouvir nada. E então me dei conta, de que não era o silêncio do meu apartamento, era o silêncio da minha mente. Ela estava tranquila. E esse definitivamente, era o primeiro passo para uma busca pessoal. Uma busca por mim.  

 

Uma semana depois: 

Slide do Calvin Harris preenchia meu ouvido. Eu amava essa música, principalmente para correr. Chego no portão do prédio pingando. 1h de corrida. Era um bom começo. E para melhorar, subi até o 5 andar pelas escadas, sim. Nada de moleza. Mas não é porque eu gosto de exercícios e estou em buscar de me tornar uma musa fitness, e sim porque estou atrasada. Pattie havia me inscrito em um curso muito diferente de tudo o que eu havia feito. Havia muitos fatores divertidos: Primeiro; Era uma empresa que treinava os jovens que gostavam de eventos, fotografias e organizadores. Segundo; éramos encaminhados para empresas que trabalhavam com isso, o que deixava tudo muito divertido e Terceiro; éramos pagos. Sim! Pagos! Bom, era meio que integral esse trabalho. Na parte de manhã curso, á tarde aula prática nas empresas.  

Era um grupo, e diversas empresas. Eu estava me adaptando, e conhecendo pessoas da minha idade e até mais velhas. Conheci duas pessoas um tanto diferente no terceiro dia, o que me fez simpatizar com as duas. 

Estávamos no meio da aula, quando uma colega de turma sai da sala correndo dizendo algo como 'My mother makes the hospital to die' E eu entendo algo como minha mãe vai morrer no hospital hoje, por isso seu desespero. Todos tentam acalmar ela, e eu me aproximo e digo palavras de conforto, peço para manter a calma que tudo vai ficar bem. Então escuto uma risada, e procuro a pessoa mal-educada que está rindo nesse momento.  

Uma loira do batom vermelho se aproxima de mim e isso me intriga. É para mim sua risada? 

- Você acabou de confundir 'to die' com 'today'. A mãe dela não vai morrer, só vai para o hospital hoje. - E essa informação me deixa muito sem graça. Culpo envergonhada o inglês australiano. E ela sorri para mim amigavelmente, dizendo que está tudo bem. Em seguida se apresenta. 

- Nancy, sou fotografa, e americana. Então... sei o sufoco que está passando aqui – diz sorrindo para mim. 

- Na verdade, ela não sabe não. Ela passou pelo mesmo micão que o seu, por isso toda essa empatia. - diz um rapaz bonito que está ao seu lado 

- E você, quem é? - pergunto 

- Demetrio – diz olhando para o meu corpo – Monitor do grupo e seu novo amigo 

Nancy e Demetrio se tornaram meus salvadores. Me ensinavam gírias e me compravam café. Nancy era a mais que ficava comigo, ela era da minha turma. E era muito talentosa. Já Demetrio era o primo dela, e namorava a garota da quão a mãe precisava ir para o hospital, e que pelo que soube, não gostava da Nancy e nem a Nancy dela.  

Depois que saia do curso, na maioria das vezes eu ia até a academia do Lorenzo. Ele estava me ensinando a praticar vários golpes legais, além de sempre me indicar locais legais para visitar. Como o dessa manhã, onde eu corri no Kesterton park. Um parque muito tranquilo e fresco. Ás vezes, Mary ia comigo, a gente marcava de ir e ela levava a Lisa também. Mas era bem difícil, porque ela sempre tinha muita coisa para fazer. 

O meu flat estava todo a minha cara. E havia comprado algumas plantas, e até rosas de vez ou outra. Estava sempre afim de passear por aí e conhecer cada lugar. Na maioria das vezes sozinha, ou de bicicleta. Ainda me emprestou a sua. Sobre meu carro, lindo, meu sonho, mas não dá para dirigir. Lorenzo tentou me ensinar, mas eu quase o estraguei. É muito difícil para mim dirigir do lado esquerdo.  

Depois de um dia cansativo, cheguei em casa exausta. Estava tão cansada que decidi não preparar nada, apenas liguei para um fast food e esperei a comida chegar. Antes de entrar no banho, escuto a campainha tocar. Estranho a comida ter chegada tão cedo, mas vou lá mesmo assim. Pelo olho magico não avisto ninguém. E isso me faz correr até a cozinha e pegar uma faca. Nunca se sabe... Abro a porta receosa, e não encontro nada.  

Até tropeçar em algo. Uma caixa. Percebo algo se mexer inquietamente na caixa e isso me assusta. Não dá tempo da coragem me preencher, pois de repente, algo pula no meu colo, revelando algo inesperado. 


Notas Finais


O que será que tem dentro da caixa??

Até dia 18... xoxo

👇🏾👇🏾👇🏾 Links:👇🏾👇🏾👇🏾
Exemplo do Flat da Amelia: http://weheartit.com/entry/295858603

* Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=8Ee4QjCEHHc
* Spotify: https://open.spotify.com/track/6gpcs5eMhJwax4mIfKDYQk


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