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História My Soundtrack - 2 Temporada - Happy Birthday, Kim


Escrita por: justineirajdb

Notas do Autor


Espero que gostem e boa leitura <3

Capítulo 6 - Happy Birthday, Kim


Fanfic / Fanfiction My Soundtrack - 2 Temporada - Happy Birthday, Kim

Eu não conseguia sentir nada. Apesar do som acelerado do meu coração. Estava frenético. O tom da voz dele me vez levar um pulo, e claro, me deixar petrifica no lugar, com a foto na mão e completamente assustada.  

- Me dá isso... - ele pegou a foto com força da minha mão. 

- É verdade... Ele está vivo? - não conseguia arquitetar nada em mente. O fato de ter aquela foto ali, comprovando a existência do Justin me deixou completamente desestabilizada. Agora eu tenho a confirmação. Ele está vivo, Justin está vivo! 

- Não... Não é ele.  

- Não é ele ou você não quer que seja ele?  

- Ele está morto. MORTO. EU MATEI – gritou Matt me assustando. Ele estava desesperado.  

- Mat... 

- Não era pra você ver isso... Não era pra saber dele. Era pra está aqui, comigo, sem saber de nada... Eu não vou perder você, NÃO VOU – Matt andava pra lá e pra cá, colocava a mão no cabelo, parecia perturbado com uma ideia ruim, o deixando completamente surtado. Aquilo estava me assustando 

- E você acha que eu vou ficar quietinha como uma cadela comportada? Obedecendo você e transformando a cada dia minha vida em uma mentira? Você realmente achou que ia funcionar? Que teria o poder de apagar o que está aqui, gravado no meu peito? Não dá, Matt... Não dá pra você viver uma mentira, e muito menos obrigar as pessoas a viver ela com você. Você não pode... 

- CALA A BOCA – Matt caminhou até mim com passos pesados, como um lobo prestes a devorar sua presa... por pura raiva. O olhar que ele lançava pra mim me assustou tanto que eu levei um susto quando constatei que ele estava ao meu lado, e logo em seguida fui arremessada no sofá com tanta violência. E pela força e rapidez do ato, me senti bastante tonta. 

- FOI VOCÊ QUE FEZ ISSO. FOI VOCÊ QUE ME FEZ MATÁ-LO. O QUE ESTÁ VIVENDO AGORA É TUDO CULPA SUA. - Matt me pegou pelo braço, me dando um tapa no rosto. A ardência foi tão grande, mas o tombo do sofá veio logo em seguida. 

- Me solta... Me solta, Matt. Por favor! - Matt me arrastava pelo braço para fora do escritório, com bastante força e uma raiva nunca vista antes. 

- Pode implorar a vontade... Eu já te deixei inúmeras chances mas você sempre, sempre brinca comigo. Sempre despreza tudo o que eu faço, tudo... E agora eu sou o errado, né. Agora eu sou o vilão. Então vamos ser o vilão. 

- Matt, não. Por favor, não me machuca.  - Ele pegou meu cabelo e foi me arrastando por ele até a sala principal. Meus gritos ecoavam pela casa, tão alto, mas minha raiva por ele estava mais alta, sem duvida. Ele estava louco... Louco. Me soltou no chão da sala como se eu fosse um lixo. As lágrimas corriam pelo meu rosto sem parar, pela dor que viria em seguir. Eu sabia que estava ferrada, mas eu não me importava. Minha cabeça doía tanto... 

- EU ODEIO VOCÊ - gritei 

Sua risada estridente fez minha raiva aumentar mais... 

- Tudo isso que você está vivendo é culpa sua... Tudo seria tão mais fácil se você tivesse escolhido a mim – ele se agachou e tocou meu rosto, me afastei imediatamente – Mas escolheu me ver como o vilão... Quebrar minhas regras, me fazer de otário.  

- Ah, então você vai bancar o vilão? Sério? Eu pensei que já estava desempenhando essa função.  

Recebi um tapa na cara bem forte. 

- Tão insolente... Você sabe o que eu faço com garotas insolentes? - o encarei... ele riu em resposta. 

- Matt... Não. Por favor... 

- Matt... por favor, por favor... Faça! - ele debochava de mim. Ele então, me puxou pela cintura, me colocando brutalmente sobre seus ombro. Tentava me mexer, balançava, mas ele era muito mais forte. Gritava alto, pedia ajuda, mas nada aconteceu.  

Saindo da sala, eu vi que muitos dos funcionários estavam ás estreitas, olhando horrorizados pelo o que acontecia logo a sua frente. Mas claro, nenhum deles me ajudaria. Nenhum dele. Chorava sim. Mas, aquela seria a última vez. Será á última vez... A risada maléfica do Matt me trouxe a realidade, me lembrando de que antes dos sonhos, vinham os pesadelos. E agora noite será mais um deles.  

[...] 

Na tarde do dia seguinte, enrolada na toalha, eu abro a porta do banheiro. Todos se viram para olhar pra mim, e acredito que não por aquele provavelmente ser um dos dias mais tensos pra eles, por conta da festa, mas pelas marcas no meu corpo.  

- Cadê minha roupa, Lisa? - ela imediatamente me estende um cabide com o conjuntinho que eu terei que vestir. 

Estava me arrumando pra falar com meus pais.  Essa é a coisa que eu mais gosto de fazer, apesar de não ser diretamente eu, já que sempre tem bastante gente ao redor. Ainda mais hoje. A chamada de vídeo ocorre tudo bem. Vê-los me partiu o coração, a saudade e o medo é tão grande, tão indescritível. A felicidade em saber que tudo aquilo logo acabará, que a distancia logo será quebrada, me causa um friozinho na barriga. Uma onda de emoções se instala na minha garganta, me provocando uma sensação de medo. Medo do que está por vir, medo do que virá até eu enfim matar essa saudade, de enfim tê-los em meus braços. Afinal, toda essa luta foi por eles. Meu amor pela minha família. Sempre e para sempre. 

 Matt ainda não falou comigo hoje, e nem apareceu. Há todo momento Henry estava ao meu lado. A casa provavelmente deve está cheia de gente organizando os últimos ajustes, como comida e as flores. As organizadoras que me ajudaram também devem está lá. Podia ouvir do quarto a passagem de som. Assim que a chamada de vídeo acabou, eu resolvi descer.  

- Kim, eu não acho uma boa ideia descer agora, os funcionários estão lá embaixo arrumando as coisas ainda. Daqui a pouco você tem que se arrumar. Sem falar que o Matt disse... 

- O Matt é que se foda. Eu não me importo. Se ele quiser dar alguma ordem como faz com seus soldadinhos, que fale diretamente comigo. Caso contrário, eu me recuso a ouvir - calço minha sandália e saio do quarto sem ouvir nem um pio.  

Escuto muitas vozes ao redor da casa. Vejo muitas pessoas circulando na casa. Uma senhora com um bandeija de cookies passa por mim, me fazendo segui-lá atrás daquela delícia. Dali, me deparo com o salão mais lindo que eu já vi em toda minha vida. Estava tão lindo. Todo iluminado, com decorações de mesa, uma mesa repleta de comida, palco enorme. Sem falar a área externa. Estava tudo um sonho de consumo. Se isso tudo não tivesse um preço, eu certamente estaria aos pulos de felicidade. 

- Você deve ser a aniversariante do dia – me virei e encontrei dois pares de olhos castanhos escuro. Ele falava em português. O que me deixou levemente encantada e simpatizada com o rapaz. Ele tinha em média de uns 16 anos, tão novo. O que fazia ali? 

- Quem é você?  

- Alan. Não me falaram do quão linda você é... Uau, agora entendo porque o Sr. Matt é tão louco por você 

- Trabalha pro Matt então... 

- Sim, comecei hoje. Só estou ajudando com o som... - olhei ao redor e não havia ninguém passando o som na área externa. 

- Não vejo ninguém passando o som aqui. 

- Eu vim pelos bolinhos... - ele abriu um sorriso animado, e parou a Dorota logo á frente pegando três bolinhos que ela carregava na bandeja cheia. 

- Você é brasileiro? Por que fala muito bem o português, tem até sotaque – comentei 

- Você quer um bolinho? - ofereceu se aproximando 

- Não. Você é brasileiro mesmo ou... 

- Kimberly, estou aqui por você. Trouxe o que precisa. Agora dá pra pegar logo o bolinho – peguei imediatamente da sua mão, pelo seu tom de voz nada meigo e mandão e pela surpresa repentina. Está aqui por mim? Como assim? 

- Hã... Você está com os... 

- Isso aí. Deixei as coisas no seu quarto. - ele disse, e em seguida dando uma mordida do bolinho enchendo a boca – Aquele balão parece bem útil. Faça um bom uso.  

E em seguida, saiu. Olhei ao redor constatando se era só eu que tinha presenciado essa cena um tanto estranha. Procurei a merda do balão que o garoto disse, e avistei um balão amarelo grande e gordinho em cima de uma das mesas. Então as ideias começaram a rodar minha cabeça. Eu tinha que fazer as coisas AGORA, eu não teria mais chance. Os garotos estão me dando os utensílios para a fuga, eu só tenho que usa-los corretamente ao meu favor. Fui treinada pra isso, ele me treinou muito bem. Agora é hora de deixa-lo orgulhoso.  

Subo pro quarto apressadamente. Aonde será que esse garoto colocou? Meu quarto estava com algumas pessoas. Pedi que se retirassem e logo tratei de procurar. Como as arrumadeiras estavam organizando meu quarto, certamente devem ter mexido. Comecei entrar em desespero. Preciso achar os itensilhos dos meninos. Olho de baixo da cama, nos armários, até que vejo uma caixa bem bonita em cima da mesa do centro. Ah... Não estaria tão obvio. Abro a caixa e encontro vários doces...Mas ela está muito pesada pra só haver doces. Retiro todos os doces da caixa e encontro um fundo falso. Lá, avisto três armas; Dois revolveis e uma pistola. Havia uma caixinha transparente com pequenas bolinhas pretas, parecia bolinha de gude. Havia um papel de instrução, informando que era gás químico. E uma faca pequena. Era o kit que eu precisava.  

Pego o balão amarelo e coloco as bolinhas pretas, juntos com um bolinho de dinheiro que haviam deixado ali, e alguns papeis brilhantes. Basta um estouro, para balão amarelo apagar todo mundo.  

- Pode pendurar o balão aqui pra mim, por favor - peço pra um rapaz. 

 Começou. 

[...] 

 

O resto da tarde correu como eu imaginava. O mundo girou aos meus pés. Desde cabelereiro á massagista. Fizeram as minhas unhas, cortaram meu cabelo, cobriram meus machucados, hidrataram a minha pele, só faltaram me lapidar em ouro. Coloquei tudo o que pediram para colocar, e quando enfim – graças a Deus -, me olhei no espelho. Vi o resultado de uma tarde inteira. 

- Bicha, a senhora é destruidora mesmo viu, viado? - Eno disse fazendo todos rirem, e eu também 

- Você está tão linda, Kimberly – April batia palma como se estivesse feito o melhor trabalho de sua vida. 

E ali, encostado no fundo da sala, eu vejo o Matt. Me olhando como um falcão. Ele pigarreia. E todos saem da sala. Que merda! 

- Tão linda... Tão encantadora... - Matt se aproxima com um buquê das minhas flores preferidas na mão - rosa champanhe. E uma pequena caixinha.  

- Quando eu te vi, a primeira vez naquela festa do Bieber, assustada, com uma carinha de deslocada, completamente  desajustada ali, eu pensei 'aquele mundo não é pra ela'. E quando a gente conversou, e vi que você não era como as outras, fúteis e gananciosas, eu me encantei. Era engraçado ouvir seu sotaque, estava claro que você não era americana. Era encantador te ver tão deslumbrada com tudo, o seu jeitinho... Esse corpo que, Jesus... Seu sorriso... É obvio que eu não fui o único. E esse foi a porra do problema. 

- Matt, eu... - ele fez sinal para parar. 

- Tenho coincidência do que fiz, mas te querer de mais me faz fazer coisas... Me faz ser assim. Me doí saber que nunca, nunca terei você e mais ainda, seu amor.  

- Se essa é sua forma de conquistá-lo, matando, me afastando de quem eu amo, me machucando, me agredindo, me ferindo... SIM. Você nunca o terá - ele se aproximou pra perto de mim.  

- Aceita ás flores e o presente, pelo menos 

- Rosa champanhe – peguei de sua mão e cheirei as belíssimas rosas. - O que tem aí? 

Ele me entregou a pequena caixa. Abrir, e encontrei um pequeno anel. Ele tinha uma pedra linda azul. Única e simples. Sorria e coloquei no meu dedo. Tão lindo. 

- Gostou? - Matt estava olhando pra mim e sorrindo. 

- É lindo...Obrigada. 

- Você é meu paraíso. Mas eu talvez seja seu inferno – disse Matt. Olhei pra ele e compreendi o que ele dizia.  

- Sou sua ruína - concluí 

- Ou minha salvação - sorriu pra mim.  

Caminhei até ele. Ele estava tão lindo. De terno, cabelo bem penteado. Aquele corpo, o sorriso, os olhos... Ele era um pedaço de mal caminho. Literalmente. Toquei em seu rosto fazendo um leve carinho, me aproximei ainda mais e sussurrei no seu ouvido: 

- Você nunca será capaz de me fazer esquecer o inferno que me fez passar. - me afastei dele e abri a porta do quarto, o convidando a se retirar. Ele saiu do quarto sem me olhar, em passos pesados. 

Corro pro atrás da mala com o kit de socorro da Kim. Coloco a pistola presa na liga da perna, e pego um casaco de pele com bolso dentro, guardo ali um revolve e o carregamento das balas. É claro que eu não vou vestida de casaco, mas posso leva-lo comigo. Saio do quarto e encontro Henry no corredor, ao lado da minha porta. Abro um sorriso assim que o vejo, estava todo arrumado, formal, e de gravata vermelha. 

[...] 

Desço lá pra baixo e encontro o salão lotado de gente. Amigos do Matt, claro. Cumprimento alguns, agradeço elogios e os parabéns recebidos. Vou até o escritório para chamar o Matt, não dá pra receber todos os convidados sozinha. São amigos dele, não meus.  

Sem bater na porta eu entro mesmo assim, bem devagar, para ver se descubro algo em relação ao Justin. Até agora parece ser um sonho. Acho que só vou conseguir acreditar de verdade, quando vê-lo. Mas assim que abro a porta, vejo uma cena um tanto... nojenta. 

Matt está de costas para a porta, com as calças arriada até a perna, fodendo alguém. A raiva me sobe, um sentimento não esperado. Mas o que vem a seguir, é ainda mais ridículo. A garota que está com ele é a Lisa. Pelo visto os boatos são verdadeiros. A falsa Lisa e o monstro do Matt fodendo no escritório, enquanto a idiota aqui tem que cumprimentar os convidados e servir de cadela presa na coleira. Toco na pistola presa na minha perna, é a hora perfeita.  

Não vale a pena. Não vale. Por mais que eu esteja com muita raiva, não posso estragar o plano baseado no meu ódio no momento. Respiro fundo e me afasto dali. Entro no salão, e mais pessoais me cumprimentam, mas eu apenas dou um sorriso falso e vou direto no bar. Preciso de um bebida, preciso me recompor.  

- Uma tequila para a donzela – levanto a cabeça e encontro Alan.  

- Está servindo bebidas agora? 

- Daqui eu tenho uma visão privilegiada do salão.  

- Quero que isso acabe logo... 

- Começamos a hora que quiser 

Olhei ao redor... Estava tão lindo. Mas é tão falso. Aquilo não era nada do que eu pensava. Como o Matt queria que eu fosse feliz ali? Como, se nem mesmo era verdadeiro comigo? Isso tem que acabar. Eu não nasci pra essa vida, eu não nasci pra ser brinquedinho, não nasci pra ser mulher do gangster, e não nasci pra ficar por baixo.  

Avistei o Matt no salão, sorrindo. Lisa não estava ao seu lado. Tudo estava as mil maravilhas. Todos comendo, sorrindo, o DJ tocando Bounce Back – Big Sean. O salão estava mais iluminado do que nunca. Os fotógrafos estavam andando por aí, fotografando as pessoas. Vinham me cumprimentar como se eu fosse a Rainha Elizabeth II, coitados, mal sabem o que a 'rainha' pode fazer. Então, ali, observando tudo aquilo do bar, é que vejo muitos homens de gravata vermelha. Não iguais, mas discretamente vermelha. E isso me deixa bem mais aliviada. 

- Boa noite – escuto a voz do Matt no microfone. Ele está em cima do palco. - Senhoras e Senhores, essa é uma noite especial pra mim. Por isso, pensei em festejar da melhor forma possível. Estão vendo aquela linda mulher ali – ele apontou para mim, fazendo todos me olharem – Ela é a merecedora de tudo isso. Essa mulher, está fazendo 20 anos hoje. E eu fico imensamente feliz em saber que ela está comemorando comigo. Está aqui comigo.  

Ele olhou pra mim e estendeu a taça de champanhe que segurava 

- Parabéns, meu amor. Feliz aniversário. Eu amo você. Um brinde á essa noite.  

Todos baterão palmas e brindaram, gritando meu nome em comemoração. Olhei pro Alan e pra alguns homens de terno vermelho. Essa palhaçada tem que acabar! Peguei Matt sorrindo pra mim. E não fiz outra coisa, a não ser sorrir também. Então escuto um corro de voz destinado á mim "Feliz aniversário, Kim". Um bolo enorme caminha sobre mim. E antes mesmo de responde a tamanha festa, o balão explode. Fazendo o bolo cair no chão, e logo eu percebo que não é só o balão que continha explosivos, o bolo também.  

Pego a minha arma e descarrego na primeira pessoa que encontro, Lisa. E sem dó, miro em sua cabeça. A partir dali, a guerra é declarada. Escuto pessoas gritando, barulho de coisas quebrando e muito tiro. Me agacho e atiro em todos que não estão de gravata vermelha, pois grande parte é inimigo. Tento avistar Matt, e começo a ficar desesperada. 

- Kim, por aqui – Henry me encontra. O mesmo tem respingos de sangue na blusa branca. Ele tenta me puxar, mas á todo momento tem que disparar e desviar para não ser atingido pela guerra ao nosso redor.  

Corro com ele pelo salão. Antes que eu pudesse me encostar na parede para recarregar a pistola, levo uma corronhada na perna. Levanto a cabeça e encontro o amigo de Matt. 

- Vagabunda, você não vai sair daqui.  

Em um movimento rápido, me levanto. Chuto sua arma a fazendo cair, mas logo sou cercada por atrás em uma chave de braço. De repente, sinto respingos em mim, e noto que vem do cara que me agarrou por trás. Henry o pegou. Corro pra pegar a arma que caiu no chão e atiro no cara á minha frente. 

- Essa foi por pouco – disse Henry.  

Entramos dentro da casa, que pelo que eu vi, iriamos para o terraço. Em todo momento tivemos que revidar sempre aos tiros, era a única forma de sair dali. A porrada estava comendo. E eu tinha que sair dali. Passando pelos corredores, encontro a Dorota caída. Henry nota meu desespero em vê-lá aqui, e logo tratou de arrastar fora do local. Não podíamos perder tempo. Quando do nada, Henry cai no chão, com um tiro na perna.  

- Acha mesmo que pode fugir de mim? - me viro, me dando de cara com Matt 

Disparo em sua direção, errando miseravelmente.  

- Você não vai embora. Eu não vou deixar, nem por cima do meu cadáver  

- Então eu terei que te matar.  

Sem perceber, vejo ele avançar em cima de mim, me jogando no chão e me imobilizando. Nossas armas caem no chão. Tento levantar e domina-lo, mas ele é muito mais forte.  

- Está presa! 

- Será mesmo? - chuto suas partes, o fazendo urrar de dor. Aproveito e levanto correndo atrás da arma. Quando sou puxada pela perna. Agarro sua mão envolta da minha perna, e faço um nó a fazendo torcer, e ele imediatamente solta, causada pela dor. Pego a arma e imediatamente me levanto.  

- Quietinho aí - grito. Miro a arma nele o deixando imobilizado. 

- Você não tem coragem de atirar.  

- Ah não? - atiro na sua perna. E ele exclama dor. 

- VADIAAAA 

- Eu nunca vou te perdoar. Você a pior pessoa que eu conheci. Um mostro que destruiu a minha vida. E agora eu vou acabar com a sua. 

Miro em seu coração, mas antes. Seus olhos azuis me prendem a atenção. Estão tão tristes. Por que tem que ser assim? Com os olhos cheio de água, eu destravo a arma. Sem pena, sem culpa. Atiro no seu peito. Tiro do meu dedo o anel dado por ele mais cedo, e jogo em sua direção. 

Tudo poderia ter sido diferente  Vejo balbuciar por algumas palavras. Mas antes que eu pudesse ser tomada pela culpa, sim, a culpa. Pego Henry pelo braço o ajudando a se levantar e corro com ele até o terraço.  

- Vamos, Henry.  

Logo que chegamos no terraço, avisto um helicóptero. E uma sensação muito boa passa por mim, o ventinho da felicidade. Mas logo minha alegria é interrompida por ataque dos amigos e soldadinhos do Matt. Eu e Henry corremos até o helicóptero no meio do tiroteio. Com o coração na boca, eu corro sem com olhar pra eles, apenas pro helicóptero. Alguns homens descem do helicóptero para o nosso socorro, e revidam contra eles. Uma troca de tiro se inicia, enquanto eu e Henry corremos.  

- Corre, Kim – grita Ryan. Corro o máximo que eu posso. O helicóptero já está em movimento, levantando voo de vagar, para que desse tempo de entrarmos e partimos sem que os outros arrisquem acabar com a nossa partida.  

Assim que alcanço o helicóptero. Sinto o braço de Ryan me puxar para dentro. Sorrio aliviada. Meu Deus, deu tudo certo. Sinto meu coração á mil. Estou livre.  

- Bem-vinda de volta, Kim – Ryan me dá um abraço. Sorrio agradecida. 

Estou tão feliz em viver esse momento. O helicóptero sobe levantando voo. Alguns homens foram atingido e permaneceram no local. O local por onde eu fiquei trancada por meses. Mas agora está tudo bem... Solto um suspiro de alivio.  

- Kimberly... - Henry segura a minha mão. Olho pra ele e vejo que há algo diferente. Ele está soando, e muito gelado.  

- Henry...  

- Você é a garota mais forte que eu já vi. - diz, deixando umas lágrimas cair. 

- Fico feliz em ouvir isso, mas olha... – noto uma mancha vermelha no seu toráx. - Henry... Vai meu Deus... Calma, vai ficar tudo bem. 

- Forte e uma péssima mentirosa – ele solta uma risada - Você está virando uma mulher incrível, sabia? Me desculpa se eu não pude fazer nada antes... Eu tinha medo de arriscar. Mas chegou á hora. 

- Não vamos transformar isso em uma despedida, porque não é uma - começo a entrar em desespero

- Kim, eu preciso ir. Essa luta não é mais minha. Minha divida já foi paga. 

- Não... Você não pode me deixar agora. Eu estou com medo, não vá. Temos muito o que vê,  aprender... 

- Você está feliz agora. Está indo encontrar sua felicidade. Está livre... Minha missão acaba aqui 

- Não... Não fala isso – pego sua mão e seguro forte. - Você vai aguentar, a gente já está chegando 

- Você foi pra mim como uma irmã, minha irmãzinha... - ele respirou com dificuldade e voltou a falar – Nunca desista da sua luta. Lute com unhas e garras por aqueles que ama. Pela sua família, pelo seu amor... Não deixa falsas escolhas te levarem para longe.  Você é uma grande garota... Seja sempre bela. - e com lagrimas nos olhos, ele disse pela última vez - Feliz aniversário. 

- Henry... 

Verifiquei sua pulsação e nada... 

- Henry... Por favor... Não. 

- Kim, ele se foi – disse Alan 

- Não! Eu não posso... perde-lo - soluço. Não posso perder o henry. Ele esteve comigo desde o primeiro dia. Nos tornamos amigo. Ele sempre esteve comigo, me motivando e me mostrando sim, que era possível sair dali. Que ficar chorando e batendo o pé não levaria a nada. Ele me ensinou que ser o melhor pra nós mesmos era a melhor forma de sermos os melhores para quem amamos. Toda sua história, tudo... Acabava aqui? Assim? E sua liberdade? E sua vida? Ele merece tanto... Por tudo o que ele passou, por tudo que se arriscou por mim. Não posso deixa-lo. 

- Você não vai perde-lo, vai liberta-lo.  

Fechei o olho de Henry e Ryan me puxou para um abraço. As lagrimas não paravam de rolar. Não consigo me conformar que tudo acabou assim pra ele. Que nossa amizade acabou aqui. Com ele me salvando... Mas não posso ser egoísta e deixar que ele fique apenas para o meu agrado. Henry é um homem que já sofreu demais, que fez péssimas escolhas e pagou muito caro por suas consequências. Não vou deixar isso acontecer comigo. Não mesmo. Ele esse tempo todo me alertou que tem escolha sim. Tudo tem. E por ele e por todos aqueles que eu amo, eu farei o possível e impossível para escolher as melhores. 

 

Acordei com Ryan me balançando. Um pouco desanimada, eu levanto da cadeira. Era madrugada. Não sabia aonde estavamos e sinceramente, nem perguntei. A perda do Henry me deixou desestabilizada. Mas eu confiava no Ryan e sabia que ele não faria nenhum mal comigo. Por isso, desci do helicóptero e o acompanhei.  

Nos encontrávamos em um grande edifício. Pegamos um elevador, e uns dois homens nos encontrou. Ryan os cumprimentou, logo me apresentando. Reparei que logo que ouviram meu nome, ficaram surpresos, provavelmente por me verem ali, já que eu estava meio ocupada nos últimos meses. Entramos no que pareceu ser um apartamento bem grande. Tudo bem lindo e luxuoso, os meninos adoram viver bem. Mas a pessoa que eu procurava, não estava ali. 

- Ryan, cadê o Justin? - perguntei 

- Justin não está. Quem está, sou eu – uma mulher muito bonita e de uma aparência jovem sorriu simpática para mim – Muito prazer, Pattie.  


Notas Finais




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