Suspiro, olhando para a dupla de Dragon Slayers em minha frente.
-O que vocês ainda tão fazendo aqui? – Perguntei, os olhando com uma expressão confusa.
-Eu que o diga, loirinha. – Ouvi Sting rosnar, com uma expressão cínica.
-Tch, calem a boca. Lucy-san, por que você saiu da sua guilda? – Dizia o emo, que me olhava de modo confuso.
-Eles me espancaram e me expulsaram de lá. Eles não me queriam lá.
-Eles quem? – Ouvi Lector murmurar, pela primeira vez.
-Meu próprio time. Ou melhor, ex-time. De qualquer forma, isso não é algo que devam se importar. – Sorri falsamente, vendo a carranca de Sting.
-Tch, essa loira não precisa de ajuda mesmo. Vamos deixar ela aí e... – Sting já se dirigia para a provável saída da floresta, mas foi segurado por Rogue.
-Lucy-san, você precisa de uma ajuda?
-Não, eu acho... De qualquer forma, só quero saber a saída desse lugar. – Murmurei, impaciente.
-O que acha de passar o dia no nosso apartamento? Você parece bem cansada, loira. – Sting murmurou, com uma expressão irônica.
-Seria um prazer, Sr. Abelha. – Retruquei, cínica.
-Seus... Tch, vamos logo com isso. Por aqui, Lucy-san. – Rogue resmungou, enquanto eu e Sting nos encarávamos com faíscas saindo de nossos olhos. – Venham logo!
-Certo. – Sussurrei, ainda olhando com raiva para o abelha que andava até o moreno. – Fro-chan, você gosta de abelhas?
-Naum, Lu-chan! Por quê? – O pequeno exceed sorriu, pulando para o meu colo.
-É que tem uma logo ao nosso lad... – Acabei me calando, pois senti uma aura negra na volta do loiro. – Desnecessário.
Ficamos caminhando em silêncio, com apenas a voz de Frosch cantarolando sem parar, até chegarmos em uma cabana velha no meio do mato. Nossa, que belo apartamento. Revirei os olhos.
-Bem vinda ao nosso lar, Lucy-san, sinta-se em casa. – Rogue murmurou, jogando sua katana no canto da sala, enquanto Sting já estava espatifado no sofá.
-Arigato... – Sussurrei, observando a sala completamente arrumada, mas ao mesmo tempo, bagunçada. Bom, estava bom até demais pra uma casa abandonada no meio da floresta. Começo a rir, sentindo o olhar confuso da abelha sobre mim.
-Que foi, loira? Enlouqueceu, é?
-Não te interessa, abelha rainha.
-Tch, blondie-baka.
Suspiro, ignorando o olhar raivoso do abelha que me seguia.
Olho pra minha cintura, percebendo que as minhas chaves e chicote, ironicamente, ainda estavam ali. Sorrio, feliz.
Cara, se eu perdesse eles...
Mal consigo imaginar o quão puta eu ficaria.
-O que vocês tão fazendo aqui? Por que não ficam na sua guilda? Lá não tem apartamentos? Por que vocês tão em missão? O que têm que fazer? – Comecei a tagarelar sem parar, ao ver que Rogue se sentou no sofá, ao lado de Sting, que permanecia estirado lá.
-Não estamos mais na Saber. Nos expulsaram de lá.
-Ué, então como vocês tão em missão?
-Já ouviu falar em missões independentes? Pois é, loira. – Ouvi Sting resmungar, com raiva. Ouxe, pra que tanto stress?
-Ah, ok... Bom, eu disse que não precisava de ajuda e talz, mas...Vocês poderiam me ajudar a treinar?
-Treinar, loira? Sério? – Sting me olhou com uma cara de tacho.
-Claro, Lucy-san. Do que precisa?
-Queria o suficiente pra esfregar na cara daqueles desgraçados que não sou inútil. – Sussurrei, com uma expressão fria.
-Inútil? Mas claro que você é, blondie! – Simplesmente o encarei com uma expressão vazia, vendo-o estremecer.
-Lu-chan, você quer ser minha mamãe? – Ouvi Frosch sussurrar, dando um largo sorriso inocente. Coro instantaneamente, porque né?
-Q-Que? Frosch, oras... – Sussurrou, Rogue, com suas bochechas ruborizadas.
-C-Claro, Fro-chan! Claro! – Ri, nervosamente, vendo o sorriso do mesmo aumentar, e a ruborização do moreno também.
-Ora, Frosch! Ela não pode ser a sua mãe! O Rogue não ficaria com essa loira peituda! – Lector berrou, com raiva. Sting assentiu com a cabeça, vendo o moreno corar, mas de raiva.
-Sting! Lector! Já para fora! – Rogue expulsou os dois pra fora, enquanto Frosch começava a chorar.
-Aww, Fro-chan! Não fica assim, a mamãe tá aqui! – Sorri, apertando o pequeno contra mim, em um abraço.
-Lucy-san. – Encarei o moreno, que me olhava com sua trágica expressão fria. – Me desculpe pelo comportamento daqueles dois, eu não queria...
-Nah, não tem problema, Rogue-san. Já tô até acostumada. – O moreno apenas sorriu levemente, se dirigindo à cozinha. – Ah! Rogue-san, poderia me ensinar a manusear espadas e talz? – Ele apenas assentiu, entrando na cozinha em silêncio.
Acabei por cochilar ali mesmo, ouvindo os gritos e choramingos dos dois que ainda estavam na rua.
-Lucy, você não deveria estar dormindo num momento desses, sua lesada. – Ouvi uma voz feminina e arrogante, atrás de mim.
-Tch, que loira irritante. – Ouvi também uma voz masculina e fria, ao meu lado.
-Sua tonta! Por que fez isso comigo?! – Essa voz eu reconhecia. Era a dela, a de Lisanna.
Eles ainda me perturbavam mesmo em meus sonhos, eu não aguento mais isso.
-Tch, loira burra. Não tem mais o que fazer além de nos importunar? Deveria morrer!
-É, ela é completamente inútil na nossa guilda. Não precisamos dela.
-Apenas uma substituta.
-Apenas.
-Substituta.
-Inútil.
-Desnecessária.
Começo a gritar, percebendo que as vozes aumentavam sem parar. Eu não aguento mais! Eu não aguento mais!
.
.
.
-Lucy, por que você não aceita o que você mesma é? – Ouvi uma voz fria, mas que transferia tranquilidade. – Você não devia se sentir assim, Lucy. Não seja como nós. Nós somos os verdadeiros monstros. Você deveria perdoá-los, não caçá-los. – Ouvi uma risada feminina. – Não escute. Mate-os logo, loira! Você é capaz! Não se diminua e dê tudo de si... Para ensiná-los uma lição. – As risadas se intensificavam, enquanto minha dor de cabeça começava.
Que droga...
...foi essa?
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.