História My Sunshine - 5 - Sofrência - Parte 1 de 2

-Rogue! Que porra é essa?! - Berrei, quando o moreno me pegou pelos braços e me pôs dentro de uma jaula onde uma salamandra de fogo dormia.

-Você primeiramente precisa aprender a ser cuidadosa. - Arregalei os olhos, encarando o emo de sorriso sádico.

-Isso REALMENTE é necessário?! - Berrei, agarrando as grades.

-Shhh, ela vai escutar. - Ele sorriu mais ainda.

-Seu... - Me calei, sentando no canto contrário daquela salamandra. Tch.

-Vai ficar aí por um dia, ela provavelmente vai acordar antes, então... Sayonara~ - Rogue sorriu, sumindo em uma fumaça negra.

Filho da...

Horas se passaram, e agora esse bixo acordou.

Ela tá me olhando...

O que eu faço?

Começo a choramingar, ao ver que ela se aproximava.

Ela começou a me cheirar, enquanto eu permanecia estática. No fim, ela recuou e voltou a dormir.

Que porra?

Eu achei que ia morrer!

ROGUE SEU DESGRAÇADO!

Mais horas e horas se passam, até que minha barriga começa a roncar.

Que horas devem ser?

Olhei para o céu, impaciente.

-Rooogueeee, tenha dóó...~

Alguns minutos depois, surge uma sombra do lado de fora da jaula.

-Rogue! Por que não veio logo?! - Berrei, com raiva, sentindo um arrepio na espinha quando a lagartixa... Salamandra, me encarou bufando chamas.

-A porta tá aberta, menina... - Ele resmungou, sonolento. Fico com uma pokerface, e começo a me arrastar com raiva até a porta.

Começo a ignorar a presença do moreno, seguindo direto pra dentro da casa, mas paro, quando sinto uma presença sinistra atrás de mim.

-Você... Não vai... Fugir... Não é...?

Sinto um arrepio no corpo todo, virando lentamente para o emo que me olhava de modo penetrante com seu sorriso demoníaco.

Glup.

-N-Nope.

-Bom, Lucy-san. Vou te ensinar um pouco sobre como usar espadas... Você pega... - Ele joga a espada nos meus braços, cambaleio. - E sacode ela pros lados.

-... - Nos encaramos pokerface. - Okay! - Sorri e desferi um golpe bem no estômago dele.

-PORRA, LUCY! - Ele gemeu de dor, arrancando a espada da barriga dele.

-Olha a boca. - Sussurrei, emburrada.

-Tch. Certo, continuando...

~-~-~-~-~-~-~ ...Dias depois.

Já faz praticamente um mês que comecei a treinar com o Rogue. E sabe... Não recomendo ele como tutor não...

Bom, acabei por tentar treinar um kansou pra pelo menos não ter que ficar carregando minhas armas por aí, é a vida.

Ainda não descobri o que eram aqueles olhos vermelhos que me observavam, mas... Juro que vou descobrir.

Whatever, acabei considerando Rogue como um irmão, apesar daquela feição sádica, ele é um bom amigo.

EU SOU MUITO MASOQUISTA, SOCORRO.

Ele tentou me matar diversas vezes, mas escapei de todas elas, felizmente, eu acho.

As vezes, no meio da mata, eu via sombras e ouvia barulhos de arbustos se mexendo, mas nunca resolvi procurar algo lá.

Rogue começou a sair toda meia-noite pra caçar, pois eles não gostavam de voltar à cidade. Mas, logo logo não tem como recusar...

Sting tem me irritado bastante, mas dei um jeito de fazê-lo recuar, com minhas espadas.

A não ser que ele queira ser o jantar daquela salamandra lá.
Aliás, o nome dela é Hikari. É um bichinho de estimação qualquer do Sting. Que facínio por salamandras, não é mesmo? Dá pra fazer um yao...

Bom, bom, deixemos isso pra lá.

Heheh, comecei a gostar dessa vida com esses gêmeos.

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