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História My Sweet Coffee Boy - Fim


Escrita por: purpurinadoxoxo

Notas do Autor


"História terminada?"
"Sim, esta história está concluída."

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI DEU ATÉ UM TRECO NO CORAÇÃO E NO DE VOCÊS????? HSUAHSUASHAUHSUAH

Esse capítulo ficou bem maior do que o que eu costumo fazer, mil desculpas. Não queria acabar e me empolguei! HSAHUSAHUSAH

VIADOS, Obrigada por acompanhar até aqui. Vejo vocês nas notas finais!

Capítulo 8 - Fim


Eu não estava certo de sobre como deveria agir diante daquela situação. Lá estava eu, observando KiHyun terminar seu café enquanto minha mãe falava sobre coisas aleatórias com meu pai ou me perguntava como havia sido meu dia. Após algumas perguntas que também fizeram ao meu convidado, subimos para meu quarto com Maat, e eu não sabia o que seria de mim assim que fechasse a porta do aposento com KiHyun lá comigo, logo depois do que aconteceu. Mas uma coisa era certa: Eu estava tão feliz! Minha felicidade não cabia dentro de mim. Só de lembrar que ele correspondia aos meus sentimentos e que havíamos acabado de nos beijar, meu coração começava a acelerar. No entanto, o que estava por acontecer me trazia uma sensação não muito agradável. Eu estava com medo do novo, não sabia o que esperar.

—Agora tudo vai ser diferente não é?! –KiHyun quebrou o silêncio que se fez no quarto. Naquele momento eu virei para ele e me sentei a sua frente, no chão do aposento.

—Acho que sim, mas não tenho a menor ideia de como será. –Sorri fraco. –Só espero que seja um diferente bom. –Ele estava com uma expressão nova no rosto, como se pela primeira vez estivesse se sentindo realmente feliz. Era diferente até de quando ele adotou Aquiles.

—Acho que chegou a hora de eu fazer algumas perguntas e você me responder. –Ali eu percebi que estava prestes a conhecer um lado oculto de KiHyun, no exato momento em que ele me direcionou um olhar sugestivo e um sorriso de canto, me deixando ainda mais intrigado. –Desde quando sabe do que sente por mim? –Não acreditei que ele estava me perguntando aquilo. A vergonha que eu estava sentindo por tê-lo beijado já não era o suficiente?

—Quase um mês. –Eu precisava responder, mesmo morrendo de vergonha.

—É engraçado como dois meses se passaram tão rápido. –Fitava o chão enquanto falava, talvez também não estivesse tão à vontade para falar desse assunto. –Eu tenho a impressão de que já te conheço há tanto tempo, e por isso eu quero te pedir desculpas. –Não entendi muito bem o motivo, até que ele me explicou melhor, agora olhando em meus olhos. –Por não ter me aberto tanto com você. Você sabe, eu tenho um pouco de dificuldade com isso, mas não há muito que saber sobre mim de qualquer forma.

—Não tem problema. Acho até interessante ir descobrindo com o tempo. –Tudo que eu queria era colocar um saco na cabeça. Eu devia estar muito vermelho.

—Seus pais sabem? Digo, sobre você... –Ele não precisou completar a frase, já havia entendido o que quis dizer.

—Nem eu sabia, até te conhecer. –Procurei por minha gatinha, apenas para não ficar olhando para KiHyun naquela situação desconfortável. Até o momento, eu ainda não sabia o motivo de estarmos falando sobre aquilo.

—Entendi. –Sua expressão mudou totalmente, agora transparecia preocupação.

—Por que essa cara?

—Não é nada. É só uma coisa boba da minha cabeça. –Bom, decidi não insistir.

—Mas e você? Seus pais sabem?

—Sabem. Esse é um dos motivos de eles fazerem tudo ao contrário do que eu quero. Eles não aceitam isso, mas agora eu cago pro que eles falam. –KiHyun se levantou e foi até a janela para olhar a paisagem. Eu estava um pouco inseguro, mas levantei e fui até ele ficando ao seu lado. Nós dois olhávamos para a grama do chão logo em frente à minha casa, sem dizer palavra alguma.

 

Eu não sabia o que fazer, o que pensar, o que dizer. Só sabia que queria KiHyun comigo. Não sei até quando, mas até quanto tempo durasse aquele sentimento dentro de nós.

—KiHyun. –Disse apenas para que ele se voltasse a mim e eu pudesse olhar seus olhos castanhos e admirar tão de perto tudo que um dia eu discuti com BaekHyun. Como sua boca era perfeitamente desenhada, como seu lábio inferior fazia uma voltinha e ficava tão próximo do queixo, como o brinco que usava combinava consigo. Eu estava admirando cada parte de seu rosto, inclusive o sorriso que nele surgiu, assim que percebeu o motivo pelo qual eu havia o chamado. Um sorriso tão lindo que me sentia totalmente privilegiado de poder ver tão de perto, e ainda mais: de ser o motivo dele. Por isso eu também sorri, e antes que pudesse me dar conta, KiHyun já estava se aproximando para novamente eu me perder em seus lábios. Para mim, parecia que quanto mais o tinha, mais eu o queria e não me cansava. Não me cansava de trazê-lo mais para perto com uma das mãos, que circundava sua cintura, e acariciar seu cabelo com a outra, não me cansava de sentir uma de suas mãos em meu peito e a outra em minhas costas, não me cansava de sentir seu beijo, que começara lento, ficando cada vez mais necessitado e mais rápido. Aos poucos fomos diminuindo o ritmo e voltando a realidade, da qual havíamos nos perdido, pois parecia que o tempo havia parado, e eu olhei nos olhos de KiHyun, que disse algo totalmente inusitado.

—ChangKyun, não me peça em namoro, por favor. –Uma confusão interna tomou conta de mim. Não que eu fosse fazer qualquer pedido naquele momento, mas por que será que ele não queria? –Quero que você me conheça melhor, para que não se arrependa de qualquer atitude impulsiva. –Assenti ao seu pedido, concordando com ele. Afinal fazia apenas dois meses que nos conhecíamos, mesmo que parecesse muito tempo.

—Eu quero te apresentar uma coisa. –Para quebrar aquele clima, soltei KiHyun de meus braços e me direcionei ao videogame. –Vamos ver se você se sai bem. –Ele me olhou com reprovação, mas se aproximou e sentou-se ao meu lado, disposto a tentar. Dei um dos controles em sua mão enquanto ligava o console. Escolhi um jogo de luta que aparentemente o assustou, pois a expressão em seu rosto entregava que ele não havia gostado muito da ideia.

—Olha só, isso aqui é uma coisa pela qual eu não me interesso. –Disse, tentando fugir da minha tentativa de familiarizá-lo com aquilo.

—Joga pelo menos uma partida, por favor. Eu prometo que leio qualquer livro que você quiser. –Aquele momento onde a gente apela, não é mesmo?! –Se você me ganhar, é claro.

—Tudo bem, vamos jogar. –Para minha surpresa, KiHyun jogava muito bem para quem não gostava daquilo, o que me deixou intrigado depois de uma disputa acirrada pelo primeiro round.

—Você com certeza já jogou isso, não é possível. –Sua expressão vazia deu lugar a um pequeno sorriso travesso.

—Minha irmã gostava desses jogos e eu jogava com ela às vezes. –Me olhou como um lobo que havia acabado de tirar sua máscara de ovelha.

—Você me enganou! –Fiz como quem não estava acreditando.

—Não enganei! Você só não sabia disso. –Riu, apertando o botão de start do meu controle para voltarmos ao jogo. –Olha aí, vai começar e você tem que perder pra mim. –Eu estava totalmente surpreso com aquilo. Eu de fato estava prestes a conhecer um lado de KiHyun que havia ficado escondido talvez por anos.

Não foi dessa vez que perdi para KiHyun, afinal eu jogo sempre e ele já não jogava a tempos, mas ficamos nessa de melhor de 3, melhor de 5, até dar a hora que KiHyun deveria estar saindo da faculdade, então o levei até a porta de casa para que pudesse seguir o caminho para a sua. Nos despedimos apenas com um abraço, pois estávamos na rua e meus pais na sala, logo não nos beijaríamos ali. Além de que não era como se fossemos namorados.

Assim que KiHyun foi embora, voltei para meu quarto ainda tentando assimilar aquele dia. Assim que abri a porta, deparei-me com minha mãe sentada na cama com uma sobrancelha arqueada e braços e pernas cruzados.

—O que eu fiz? –Ninguém precisava falar nada pra eu saber que levaria uma bronca.

—Im ChangKyun, eu tenho cara de trouxa?

—Não senhora. –Respondi com a cabeça baixa, esperando para descobrir o motivo pelo qual estava levando bronca.

—Quem era aquele garoto? –Só o que faltava era a mãe perceber o que rolava entre mim e KiHyun e resolver implicar com a situação.

—Um amigo, KiHyun.

—Amigo. –Suspirou. –Vou precisar perguntar mais uma vez se tenho cara de trouxa? Ou você vai me falar a verdade? –Acho que eu me ferrei.

—Mãe, ele é um amigo.

—Até onde eu sei amigos homens não ficam se beijando.

—Eu estava beijando ele? Quando? –Aquele sonso.

—No seu quarto, algumas horas atrás.

—Alguém precisa dizer a senhora que olhar pela fechadura da chave não é educado. –Em um segundo, ela já estava de pé me dando uns tapas na cabeça.

—Você me respeita, garoto. –Falou assim que terminou de me bater. –Senta lá. –Segui até a cadeira do computador, para onde ela estava apontando. Nossa, começaram a passar quinhentas coisas pela minha cabeça. Será que meus pais não aceitavam homossexuais? Era só o que me faltava. –ChangKyun, eu sempre suspeitei que você não gostasse de meninas, mas ainda tinha a esperança de que fosse só coisa da minha cabeça, então nunca fiquei muito preocupada com isso. E aí você aparece com esse garoto aqui, traz ele para seu quarto e fica se beijando com ele... E você tem noção de como seu pai está? –Olhei para ela na expectativa da resposta, que com imaginava ser péssima. –Ele não está nem aí! –Colocou a mão na cabeça, como quem tem um problemão, e começou a andar de um lado para o outro enquanto falava pelos cotovelos. –Ele sempre foi nem aí pra nada, mas caramba! É o filho dele, que quer namorar um homem. Como ele não está revoltado? Só diz que você tem que fazer suas próprias escolhas e essas coisas. –Agora ele diz isso, não é?! Onde esse “pai nem aí” estava quando eu fui trabalhar no Butler Café? –Pra você saber, eu não sou a favor desse relacionamento. Não quero você trazendo esse garoto pra cá, entendeu?

—Sim. –Na verdade acho que o maior problema nem era eu e KiHyun, mas o fato de meu pai não estar ligando para isso, o que era muito bom no meu ponto de vista. Minha mãe estava prestes a ter um ataque do coração, e eu estava prestes a soltar fógos de tanta felicidade. Ela me proibiu de trazê-lo em casa, mas não me proibiu de vê-lo. –Mas por que você não concorda?

—Porque vai ser um arraso na família. Sabe como minha família é, todos prezamos pela família tradicional. Não será permitido que você decida que gosta de homens. Que problema que você me arrumou, ChangKyun! Não sei onde foi que eu errei criando você!

—Então o problema não é você. É sua família, meus avós, meus tios e todo o resto?

—Sim e não, ChangKyun. Olha só, eu te amo. Você é meu filho, mas não posso negar que isso me envergonha em meio a minha família. Eu fui criada do mesmo modo que eles e penso como eles, então sei que você vai se tornar a ovelha negra da família. Todos nós reprovamos isso. Tanto eles, quanto eu.

—Então Prazer, sou a nova velha negra da família. –Estendi a mão pra ela como quem se apresenta, recebendo seu olhar de reprovação e duas mãos na cintura, numa pose de quem não aceita aquilo de modo algum. –Não se preocupe, eu assumo toda a responsabilidade. Você não me criou errado, eu sou assim e acabou.

—Você não tem a menor ideia da confusão que isso vai dar. –Ela pegou minha mão e finalmente apertou, concordando com meu posicionamento. –Eu deveria te expulsar de casa e te deserdar, e você não sabe quantas vezes eu vou ter que ouvir isso dos meus pais e dos meus irmãos. Já estou até com dor de cabeça, vou me deitar. –Soltou minha mão e saiu do quarto bufando. Fazer o que, não é mesmo?! Não dava pra ser perfeito.

Olhei a minha volta, encontrando Maat deitada no chão a me observar. Levei-a para a cama comigo e a coloquei no meu peito, como costumo fazer, acariciando seu pelo enquanto me lembrava daquele dia. Era quase impossível de acreditar que KiHyun e eu estávamos nos beijando em frente à janela de meu quarto, a mesma para a qual em todas as manhãs olhava para conferir o clima antes de sair para o trabalho, e que agora eu e ele tínhamos algo a mais. Estava tão feliz que sorria por tudo e havia até me esquecido do dia cansativo de trabalho. Levantei-me da cama e fui para o banho, logo retornando vestido e pronto para passar algum tempo no computador jogando online com YoungJae, resultando em novamente eu jogado por cima do teclado acordando às uma da manhã com minha mãe gritando um monte de coisas no meu ouvido. Mas não tem problema, aquele havia sido o melhor dia da minha vida.

 

 

 

 

~~//~~

 

 

 


—HyungWon, para de ser implicante, eu estou falando sério. Deveríamos fazer algo juntos. –MinHyuk dizia ao namorado enquanto este o ignorava ao analisar suas anotações administrativas.

—Eu já ofereci a minha casa, acho que só falta HyungWon parar de ser antissocial. –BaekHyun falou na expectativa de conseguir qualquer resposta do mais alto, que estava ali em seu posto rodeado por nove rapazes que discutiam o dia e o local em que faríamos o campeonato de jogos no Xbox.

—Só vou se vocês pararem com a palhaçada e forem convidar LuHan. –Finalmente HyungWon se manifestou.

—Eu também acho que deveríamos convidá-lo. Não tem nada de mais em ele ir. –KyungSoo apoiou, pois adora ver o circo pegando fogo e isso era nítido em seus olhos. –Se ele não quiser ir tudo bem, mas precisamos chama-lo e eu voto para SeHun ir lá falar com ele. –Em dois meses bastante coisa havia acontecido, inclusive SeHun voltar a sua paixão por LuHan, que começava a demonstrar interesse por HyunWoo, deixando o mais alto se corroendo de ciúmes.

—Eu não quero, mas tenho certeza que o moreno sedução ali quer ir lá falar com ele. –Debochou, alfinetando HyunWoo que não estava nem aí para a situação até o momento.

—Tudo bem, eu o chamo. –Disse apenas porque sabia que SeHun não permitiria que ele realmente fosse até LuHan para convida-lo, o que de fato aconteceu. Antes mesmo que HyunWoo pudesse atravessar o salão, SeHun já havia saído correndo até a entrada da cozinha. –Sabia.

—ChangKyun devia chamar KiHyun também. –BaekHyun exclamou animado. –ChanYeol vai. –Referia-se a seu namorado.

—Posso ver isso. –Respondi. Eu e KiHyun estávamos cada vez mais próximos e eu o conhecia melhor a cada dia, sempre descobrindo algo novo. No entanto o que eu mais gostava era ver como KiHyun havia mudado além do fato de se abrir mais. Agora ele ria mais, falava mais, até fazia piadas e implicava com as pessoas. Sim, com as pessoas. KiHyun começou a andar comigo e com meus amigos, inclusive JooHeon, MinHyuk e BaekHyun, o que o fez se acostumar com esse ambiente descontraído que ele não conhecia. Ele mudou para melhor e eu nem sabia que isso era possível, mas estava adorando. Ainda não estávamos namorando e muito menos havíamos nos beijado de novo nesses dois meses que se passaram depois de nosso primeiro beijo. Não que não quiséssemos (eu, por exemplo, queria muito), mas nós estávamos tentando conviver como apenas amigos e evitávamos sair sozinhos juntos, para que não houvesse a oportunidade de acontecer.

—Gente, mas demora isso tudo pra convidar uma pessoa pra um campeonato de videogame? –BaekHyun me tirou do transe em que havia entrado ao pensar em KiHyun, e percebi que já estava há algum tempo devaneando. –Vou lá ver o que está acontecendo e eu espero que seja o que penso.

—Ah, esse flagra eu quero presenciar! –MinHyuk saiu correndo atrás do mais baixo, com um grande sorriso travesso no rosto.

—Tudo bom, gente? –Perguntaram assim que abriram a porta, com uma expressão de confusão em seus rostos. –O que está acontecendo? –Nesse momento todos nós ficamos curiosos de saber o que era, mas ao que parece eles não tiveram resposta, apenas observaram SeHun sair da cozinha com um pequeno sorriso e então fecharam a porta e o seguiram, retornando para onde todos se encontravam.

—Ele vai. –Disse, finalmente.

—Ok, e isso tem a ver com ele estar apontando a faca para você? –MinHyuk estava com os olhos arregalados e nos deixou preocupados com aquela informação.

—Então... –Começou a explicar. –LuHan e eu temos uma relação muito peculiar. Quando nos verem dessa forma saibam que é porque está tudo bem, mas se nos verem abraçados podem estranhar.

—Ta. –BaekHyun olhou estranho para ele. –Com tanto que ninguém morra na minha casa, está tudo bem.

Terminamos de decidir os últimos detalhes do campeonato até LuHan terminar suas tarefas e podermos ir embora, pois já havia passado o horário de nosso expediente e a cafeteria estava fechada há vinte minutos. KiHyun já havia passado por lá para tomar seu café e nós pudemos conversar bastante, já que agora ele interage muito mais. Eu sabia que chegaria em casa e ficaria conversando com ele pelo celular sobre o quão chata era aquela aula de terça-feira e como ele queria estar dormindo. E eu diria a ele que já estava com saudades, mas não receberia um “eu também” como resposta.

Algo que percebi com o passar do tempo é que KiHyun é carinhoso apenas quando quer. Na maioria das vezes ele gosta de ser frio e agir como se não se importasse comigo. Por exemplo, se eu dissesse a ele que o amo, sua resposta seria: “eu não.”, mas não era verdade, ele apenas gosta de ser irônico nesse ponto. E eu sinceramente não ligo, na verdade gosto disso nele. Gosto do modo como ele implica comigo quando eu tento ser mais afetivo, e já faço as coisas sabendo da reação que ele terá. Assim nós implicamos um com o outro e levamos nossa relação com uma amizade muito gostosa de se ter, e a cada dia me apaixono mais por ele.

 

 

 

~~//~~

 

 

Finalmente o dia do campeonato de videogame havia chegado. Era sábado a noite e estávamos todos muito ansiosos e animados. Saímos do trabalho e fomos juntos para a casa de BaekHyun, KiHyun que já estava por lá foi junto e no portão do prédio encontramos ChanYeol que subiu conosco para o apartamento aconchegante. Na sala, havia apenas uma pequena mesa, um sofá e uma grande TV, o que nos dava bastante espaço para sentarmos onde quiséssemos. Enquanto ChanYeol ligava o console, todos nós decidíamos quem iria jogar primeiro contra quem (bom, mais ou menos isso, porque na verdade MinHyuk e JooHeon estavam quase saindo no tapa para tomar essa decisão, e KyungSoo e JongIn estavam discutindo o sabor das pizzas que pediríamos). KiHyun e LuHan apenas observavam, como quem estava presente apenas para cumprir protocolo, e Hoseok precisou interferir na situação pois KyungSoo estava batendo em MinHyuk com a almofada por não conseguir falar no telefone com toda aquela gritaria. Imagino que a casa de BaekHyun nunca havia recebido uma visita animada como aquela.

Quando conseguimos nos entender e já estava tudo preparado para começarmos o campeonato, ChanYeol chamou a atenção de todos para sua mochila.

—É o seguinte: A cada rodada, quem perder vai ter que tomar um shot. –Tirou duas garrafas de Vodka de dentro dela, nos apresentando sua ideia maluca para deixar todos nós doidões.

—É sério isso, senhor Park? –BaekHyun o olhou com cara de tédio.

—Não é sempre que tem essa galera toda aqui com a gente, Baekkie. –Respondeu ele, esperando nosso posicionamento.

—Eu gostei da ideia, estou dentro! –JooHeon exclamou, sendo acompanhado positivamente por Hoseok, HyunWoo, KyungSoo e MinHyuk. Apenas SeHun, HyungWon e JongIn disseram que era melhor não. KiHyun, LuHan, BaekHyun e eu apenas nos abstivemos. Como a maioria ganhou, acabou que todo mundo entrou na proposta.

Após algumas rodadas HyungWon já estava rindo atoa, MinHyuk estava mais elétrico do que o normal, HyunWoo e JongIn pareciam com sono, Hoseok ainda se mantinha sóbrio, bem como eu, JooHeon e ChanYeol, BaekHyun cantava uma música qualquer com KyungSoo, e KiHyun e LuHan riam de piadas mal contadas por SeHun. Logo a primeira garrafa estava vazia, a segunda já se encontrava depois da metade e a essa altura nem sabíamos ao certo quem estava ganhando o jogo, mas com certeza a final seria entre ChanYeol e JooHeon, que eram os mais sóbrios ali.  KiHyun havia se unido à BaekHyun em uma canção que MinHyuk dançava enquanto HyungWon morria de rir, Hoseok estava discutindo com JongIn sobre qualquer coisa, HyunWoo dormia no colo de KyungSoo, que assistia juntamente comigo ChanYeol e JooHeon jogarem.

—Cadê o LuHan e o SeHun? –KyungSoo me perguntou, aleatoriamente.

—Não sei. –Olhei a minha volta, não encontrando sinal algum de nenhum dos dois. –Acho que eles foram ao banheiro.

—Juntos? –KyungSoo riu, me fazendo perceber o que havia  falado. Nós dois começamos a rir juntos e então nos levantamos e começamos a andar pela casa de BaekHyun em busca dos companheiros perdidos. Os encontramos no corredor que ia pro quarto e, por incrível que pareça, eles estavam apenas conversando. –Achei que estivessem se pegando.

—Não mesmo. –LuHan riu como se KyungSoo tivesse contado a melhor piada. –Estamos só conversando sobre a vida. SeHun passou muito tempo sem falar comigo, precisamos colocar o papo em dia.

—É, mas até que a ideia dele não é ruim. –SeHun disse, fazendo cócegas no outro.

—Na casa dos outros? Nem morto. –LuHan bateu no mais alto para que parasse de cutuca-lo. –Se quiser me leva pra sua casa, seu trouxa. Já tem alguns anos que a Senhora Oh não reclama dos nossos barulhos de madrugada. Lembra disso? –Começaram a rir juntos.

—Para de falar essas coisas na frente deles. –Reclamou. –Olha, eu vou ligar pro taxi. –SeHun pegou o telefone e fez uma ligação, mas desistiu pois não sabia o endereço de onde estava.

Eu e KyungSoo voltamos para a sala e nos sentamos novamente no sofá. Dali a algumas horas o efeito da bebida começou a passar e quem não havia bebido mais já estava retornando a realidade. E então KiHyun se sentou ao meu lado no sofá.

—Essa noite está sendo a mais legal da minha vida. Eu nunca tinha ficado doidão junto de tanta gente. –Sorri para ele, contente em saber que ele estava curtindo o momento sem se importar com suas inseguranças. No entanto, ele nitidamente estava com muito sono e logo fechou os olhos, pegando no sono.

—Eu te amo, KiHyun. –Falei, acariciando seu rosto e imaginando que já estivesse dormindo, mas para minha surpresa recebi uma resposta.

—Eu também te amo, ChangKyun.

Meu coração deu um salto de meu peito e eu sorri involuntariamente, fechando os olhos e curtindo aquele sentimento gostoso que o momento havia provocado. Mal me dei conta de quando havia caído no sono.

 

 

No dia seguinte, BaekHyun gritava pela casa para todos acordarem. Abri os olhos e me deparei com um KiHyun sonolento também abrindo os olhos, olhei para o outro lado e vi MinHyuk dormindo abraçado a HyungWon no chão, KyungSoo com Hoseok apoiando a cabeça em seu ombro e HyunWoo em seu colo, JooHeon estava perto da porta, dormindo ao lado de SeHun, LuHan e JongIn. Todos acordaram assim que BaekHyun saiu da cozinha batendo uma colher na panela.

—Seus marmanjos, nem aí pra hora da Coreia. Podem levantar, já são três da tarde!

—Quê? –KiHyun deu um pulo do sofá, procurando seu celular pela casa e o encontrando em cima da mesa. –Nossa, meus pais devem estar achando que eu morri, preciso ir pra casa.

—Ah, se eles acham que já morreu, fica mais aí. –MinHyuk batia na perna dele, sentado no chão.

—Não, eu preciso mesmo ir. –Olhou para mim, como quem pergunta se eu ia junto. –Ai, que dor de cabeça. –Riu, me fazendo sorrir junto e levantar para ir embora com ele.

—Gente muito obrigado pela noite, deveríamos fazer isso mais vezes, mas agora é hora de irmos. –Me despedi de todos e saí do prédio com KiHyun. Seguimos o caminho andando até chegar o local onde precisávamos nos separar, e então nós paramos a caminhada e a conversa sobre a noite passada para nos despedirmos.

—Até amanhã, ChangKyun. Foi muito bom passar essa noite com vocês. –Sorriu.

—Amanhã não. Quero que você vá lá em casa hoje a noite. –Sugeri, estava formulando uma surpresa em minha cabeça, só precisava que ele aceitasse.

—Tudo bem. Que horas?

—Às cinco. –Dei um beijo em sua testa e atravessei a rua, acenando de longe para ele que me olhava sem entender muita coisa.

 

 

 

~~//~~

 

 

KiHyun sempre foi muito pontual, então não me assustei quando às cinco horas em ponto a campainha de casa tocou. Desci as escadas e abri a porta, mas não para ele entrar e sim para eu sair.

—Ué?! –Interrogou a me ver trancando a porta.

—Vamos à praia? –Entreguei as chaves do carro de minha mãe em sua mão.

—Como assim? –Riu soprado. –Quer que eu dirija pra você até a praia?

—Eu não tenho carteira ainda, então é bom nos apressarmos se não vamos perder a hora. –Andei rápido até o carro, seguido por ele que me olhava como se eu fosse maluco, mas no fundo sabia que eu estava aprontando alguma coisa.

Meia hora depois, estávamos chegando à praia e o sol já estava se pondo. Perturbei KiHyun para que estacionasse rápido e saí do carro assim que ele virou a chave, correndo ao outro lado e o puxando de dentro do mesmo, mal permitindo que ele trancasse as portas. Corri com ele até perto da água, me sentando na areia e olhando para o sol que se punha bem a nossa frente.

—É lindo, não é?! –Perguntei, me referindo à bela paisagem que observávamos.

—Sim. –Se sentou ao meu lado, dobrando as pernas e apoiando os braços em cima delas. –Por que me trouxe aqui? –É claro que ele sabia o motivo, seu sorriso no rosto não deixava disfarçar.

—Ontem você disse que me ama. –Olhei em seus olhos, logo em seguida rindo de uma possibilidade que passou pela minha cabeça e eu decidi externar. –Se é que você se lembra, não é mesmo?

—Na verdade não. Você deve estar mentindo.

—Tudo bem, mas você disse. Eu me lembro perfeitamente! –Insisti, sabia que ele também se lembrava. –Mas o que eu quero saber é: Você aceita namorar comigo?

—Ah, não sei. Será que eu devo? –Falou sério para si mesmo, com o olhar direcionado para o sol. Aqueles segundos em silêncio pareceram uma eternidade. Eu sabia que ele estava apenas fazendo um suspense, mas eu queria ouvir aquele “sim” o quanto antes. –Não. –Olhou pra mim inicialmente sério, mas logo sorriu e me beijou.

Nossa, que saudade que eu estava daquele beijo. Não sei se era a emoção do momento ou a vontade que eu estava guardando durante dois meses, mas aquele foi de longe o melhor beijo que demos. KiHyun se afastou e me olhou nos olhos.

–Claro que eu aceito.  

 

 

E novamente eu o beijei como se fosse o fim do mundo. Na verdade, ele podia acabar naquele momento que eu não me importaria.

Pois naquele momento, eu havia acabado de eleger um novo melhor dia da minha vida.


Notas Finais


GALERA

MEU
DEUS
DO
CÉU

SE EU TO MORTA? EU TO MAIS QUE ISSO!!!
manos,,, eu nem sei!
Eu ia falar alguma coisa, mas eu nem sei.

Eu to muito emocionada de ter terminado minha primeira fanfic! Passei por uns perrenguesinhos básicos, mas terminei! Nossa, espero realmente que vocês tenham gostado! De verdade <3

Queria citar o nome de todos vocês, mas a lista vai ser muito grande, então eu quero apenas agradecer a TODOS que me acompanharam até aqui, que não desistiram da história e nem de mim! Amo vocês!!!!!

Gente, sério... É uma emoção muito grande chegar ao fim da primeira história. Concluir com sucesso, sabe?! Quero muito agradecer a todos vocês, que sempre me incentivaram com os comentários e tudo o mais. Amo vocês e eu vou falar isso mais umas quinhentas vezes!

Me perdoem qualquer errinho e não desistam de mim!

Beijões da Maru e até a próxima!




OPA, PERAI HSUAHSUAHSAUSHUAH
Já ia me esquecendo????
Parece que eu vou ficar devendo alguns capítulos extra não és mesmo? HSUAHSUAHS
Bom, fiquem ligados porque eu não sei quando que eu vou postar esses Extras, mas um dia sai e eu tenho algo a falar sobre eles: Serão capítulos com números de palavras diferentes. Então eu posso postar um com 200, com 1k, com 6k... Enfim, só pra vocês não se assustarem se verem um capítulo extra com 300 palavras apenas.
Agora sim,

BEIJÃO PURPURINADO E MUITO OBRIGADA A TODOS <3


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