Eu ainda me encontrava abraçada a Hoseok, minhas lágrimas ainda não haviam cessado, me encontrava em um estado de desespero e choque. O homem que ainda me amparava não estava bêbado, e isso foi o suficiente para ele cair em si e decidir me levar pra casa, saímos da festa sobre olhares, olhares esses que acarretavam sorrisos maldosos e maliciosos.
O caminho da festa até meu dormitório foi silencioso, eu ja havia parado de chorar.
-Momo, me perdoe... Eu só não me segurei ao ver aquele babaca te segurando, você sabe que ele ia te obrigar a fazer coisas que você não gostaria. - disse ele com um peso enorme de culpa em suas palavras, culpa que me cortou o peito, ele apenas tentará me ajudar.
- Tudo bem Jung, na verdade, quem me deve perdão é o Mark, mas ele só se lembrará do ocorrido desta noite graças aos hematomas deixados por você, ele está bêbado demais. - falei tentando suavizar o clima que até no presente momento estava pesado demais.
-Tudo bem meu anjo, só não quero você perto dele, ele é perigoso, não gosto dele. - disse ele fazendo uma careta de nojo, esta que arrancou uma gargalhada minha.
- Tudo bem, papai, se é assim que o senhor prefere... - eu disse fazendo um sinal de rendição com as mãos.
- Vem cá, pequena, deixa eu te dar um abraço.
Nosso caminho até o dormitório foi engraçado e amoroso, Hoseok era um amor de pessoa e eu devia um imenso obrigado a ele por ter me salvado de Mark.
- Chegamos, My Hope. - disse a ele apontando meu dormitório.
- Bem que você podia me convidar pra entrar não é? Ta frio aqui fora e é perigoso para o bebê.
- Que bebê? - ele levantou as mãos - ah, você? - falei rindo - vai dormir Hope, o nosso dia hoje foi agitado, principalmente pra você, seu rosto está com um pequeno arranhado da briga de minutos atrás, vá cuidar disso. - disse eu adentrando ao apartamento e indo em direção ao meu quarto.
- Eu te odeio Hirai Momo, nem para cuidar de uma criança indefesa como eu. - ele gritava do lado de fora, no final acabou rindo do que acabará de falar.
Apenas entrei em meu quarto, tomei um longo banho e, pela primeira vez após a briga eu encarei meu braço, estava muito roxo, teria que usar blusa de mangas compridas pelas próximas semanas para esconder e hematoma. Depois de analisar meu braço decido ir dormir e em séculos não sucumbi-me ao desejo insano de olhar minhas redes sociais e mensagens, eu só queria dormir e assim fiz.
(...)
Acordo com alguem batendo na porta, na verdade, este individuo a esmurrava.
- Quem é o imbecil que bate em minha porta? - falei gritando demostrando todo o meu ódio de estar sendo acordada de madrugada
- Sou eu Momo, o amor de sua vida, também conhecido como Jimin.
- O que você quer aqui? - eu ainda estava deitada, não levantaria atoa
- Quero falar com você. Abre a porra da porta. - me levantei após a ordem e fui abrir a porta
- O que você quer, Jimin? Eu estava dormindo, e ainda está de madrugada, você deveria estar na festa.
- O Hoseok me contou o que houve entre você e o Mark, eu deveria ter te acompanhado até o banheiro, eu sou um péssimo amigo. - ele estava arrependido.
- Para de coisa, eu já estou bem, nada de ruim aconteceu comigo. Viu só, eu estou bem? - disse eu apontando para todo meu corpo demonstrando que eu estava ótima.
- Seu braço está roxo, Momo, como você está bem? Seu braço está muito feio. - eu havia esquecido do braço. Droga!
- Isso não é nada. Quer entrar? - disse apontando para o meu quarto.
- Claro.
Assim que Park adentrou meu quarto olhou minuciosamente pelo cômodo, ele não deve estar acostumado com quartos arrumados, homens são bagunceiros.
- Por que aquela roupa ali não está no guarda-roupa? - disse ele apontando para um short que eu usava mais cedo, antes de ir pra festa. - eu odeio bagunça, meu quarto é super arrumado. - é, acho que me enganei.
- Mentira, todo homem é bagunceiro, nem vem, Park Jimin, você está me enganando.
- Quer que eu te mostre meu quarto? - ele esticou a mão para que eu a pegasse.
- Eu estou usando pijamas, você é louco.
- Anda, eu moro dois andares acima de você, ninguém nem vai notar nossa presença. - ele ainda permanecia com a mão esticada.
- Tudo bem. Vamos! - e assim eu agarrei a mão dele e fomos.
5 minutos depois já estávamos no andar de Park, e era igual ao meu.
- Aqui. Esse é meu quarto. - ele apontou para o quarto ao meu lado, este tinha o número 365.
- Agora me mostre o seu quarto tão organizado. - disse eu com um sarcasmo e irônica perceptíveis.
- Vamos entrar então.
Quando ele abriu a porta meu queixo foi ao chão, o quarto era muito organizado, não tinha uma pluma fora do lugar. Ele dividia o quarto com outra pessoa.
- Com quem você divide o quarto? - perguntei curiosa.
- Com o Hoseok. Na verdade, ele que me motivou a ser tão organizado. Quando me mudei pra cá o Hoseok já morava aqui, e o quarto era muito organizado, e eu era totalmente o oposto dele. Um dia, eu cheguei bêbado, Hoseok também estava bêbado, mas ele chegou, tirou a roupa que usava e guardou. Eu apenas tirei a roupa e joguei no chão. No outro dia, eu acordei sendo espancado pelo Hoseok, ele me batia com as roupas que eu tinha jogado no chão, e doía - ele começou a rir - nunca vi o Hoseok tão macho quanto aquele dia. Depois disso, eu nunca mais quis experimentar outra surra de roupa, e desde então eu sou muito organizado. - ele deu um sorriso cheio de orgulho de si.
- Preciso dividir o quarto com o Hoseok para aprender a ser organizada. - Park riu após essa afirmação minha.
- o Hoseok é uma das melhores pessoas que eu conheço, ele sempre é amigo de todos. Eu ja o conheço a dois anos, e eu tenho tanta história com ele que é impossível ser contado apenas em uma noite.
- E os outros meninos?
- Isso é história para outra noite, neném. Vamos dormir, eu estou cansado.
Ele apenas deitou na cama e virou para o canto para dormir, ele é estranho. Eu até iria para o meu quarto, mas estou com medo de andar sozinha, decido então deitar-me na cama do Hoseok.
(...)
- Bela adormecida, acorda, eu quero deitar na minha cama. - era a voz de Hoseok.
- Para de coisa e deita ai na cama também, deixa eu dormir, merda.
- você me respeita que eu sou mais velho que você. - ele falou rindo.
- okay vovô, agora deita ai e dorme.
Hoseok deitou-se ao meu lado e me abraçou para deitarmos de conchinha, eu não recusei, o perfume dele é inebriante, e ele é quente e confortável, apenas deixei rolar. Ele se aconchegou na região do meu pescoço e suspirou, ato que me arrepiou, e ele percebeu.
- Por que se arrepiou, Momo? - ele sussurrou tais palavras em meu ouvido, não estava fácil pra mim, não mesmo.
- Está frio, por isso arrepiei. - menti.
- Ah, quer que eu te aqueça? Sou muito bom para isso.
- Vai dormir, Hoseok! Deixe-me dormir também.
- Se assim prefere.. Vamos apenas dormir então.
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