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História My Sweet Friend - Só mais um dia


Escrita por: Delirare

Notas do Autor


Depois de muito tempo, venho marcar esta fanfic como "Terminada".
Pois é, foi muito complicado continuar a escrever depois do que aconteceu e ainda tive diversos problemas familiares que só contribuíram para o adiamento do fim de MSF.
Aos que ainda seguem e se dispuserem a ler, peço que compreendam que sim, esse capítulo encerra a fanfic, e não, ele não saiu como eu esperava. Eu realmente esperava bem mais de mim mesma, mas eu não poderia ficar enrolando por mais tempo.
Espero que leiam com o carinho que vocês sempre tiveram e que eu amo muito.
E mais uma vez, desculpem-me pela demora.

Capítulo 22 - Só mais um dia


O tempo passou rápido desde que resolvemos os assuntos com Lindsey. A barriga dela cresceu tão rápido que mal  pudemos notar. De repente, ela já estava com sete meses completos e em contagem regressiva para o nascimento de pequena Bandit. Começamos a realizar apostas sobre como seria a mais nova integrante da família e Lindsey estava - por incrível que pareça - tranquila com o que se aproximava.

O quarto estava pronto, assim como as bolsas dela e da neném quando Lindsey sentiu as primeiras contrações. Sete meses e duas semanas, estávamos indo bem até então. Porque não conseguimos aguentar mais um pouco? 

Chegamos com Lindsey pálida e suando frio ao hospital. A colocaram em uma maca e informamos os enfermeiros de sua situação delicada. O médico responsável pelo caso de Lindsey foi chamado e então tudo o que podemos fazer foi esperar e torcer por notícias boas. Frank não soltou minha mão em nenhum momento, me levou para a capela do hospital e lá ficamos até que alguém aparecesse com informações. 

Tirei aquele momento na capela não só para rezar, mas também para refletir sobre os últimos acontecimentos, sobre nosso caminho até aqui e o porque de tais. O mal que a Lindsey nos fez - à Frank e à mim - para que nos separássemos, o modo como as coisas mudaram de forma tão repentina e a vida da Lindsey por um triz agora. Me perguntava se tudo isso era consequência de suas artimanhas. 

Mesmo se fosse, não quero que ela morra agora, não quero que Bandit cresça sem a mãe e nem que Lindsey parta sem ver a filha crescida e saudável. Rezei por minha filha, pedi que ela nascesse forte, com saúde de sobra, inteligente e de bom coração. Frank ao meu lado também rezava, as lágrimas em seus olhos enquanto observava a imagem de Nossa Senhora denunciavam seu desespero, sua dor. Não soube quanto tempo se passou, mas para mim, parecia que uma eternidade tinha se transcorrido até que o médico apareceu. 

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-Ahá! Eu disse que aquele bebê não era dele! Eu disse! - Mikey gritou para a televisão, assustando o namorado na cozinha que quase deixou os ovos fritos caírem no chão.

-Dá um berro desse mais uma vez e você vai comer esse café da manhã no chão mesmo, ouviu? - Ray gritou da cozinha antes de ouvir o telefone tocar. 

-Nossa! Olha quanta moral ele tem! Tirou do cu mesmo, foi? - Mikey falou com ar de deboche, mas não ouviu resposta. - Ih! Ficou nervosinho? Quem cala consente, Ray. - Riu com as próprias palavras antes de ver o namorado correndo para a sala com o celular na mão. - Ray? O que houve? 

-Se arruma, rápido. Artie ligou e disse que está indo para o hospital com Lindsey, parece que ela entrou em trabalho de parto. - Avisou enquanto pegava as chaves do carro e corria para a garagem. - Te encontro lá fora! - Gritou antes de bater a porta. Poucos minutos depois, os dois namorados estavam a caminho do hospital, o trânsito do horário de pico não ajudava e eles estavam mais lentos do que gostariam. 

-Frank está lá? - Mikey perguntou tentando se distrair do estresse do trânsito. 

-Ele sempre está lá. Pediu para que encontrássemos eles na capela do hospital. - Respondeu andando mais um pouco com o carro. 

-Acha que ela vai conseguir? - Mikey perguntou. - Não que eu goste dela tipo melhores amigos, mas não quero ver ninguém morto. - Explicou rapidamente. 

-Não faz mal admitir que ela se tornou uma boa pessoa, sabe Mikey. - Riu do bico que o namorado fez. - Seria triste se ela não conseguisse. Bandit vai precisar da mãe, isso não podemos negar, e claro que Linsey não merece partir sem ver a filha crescer. - Suspirou lentamente. - Vamos rezar pelo melhor. 

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A sala branca estava movimentada e o cheiro de álcool prevalecia no ambiente. Uma seringa e Lindsey não sentia seu corpo da cintura para baixo. O som de metais batendo e vozes de ordens médicas. Seu obstetra estava lá, podia vê-lo na sala, conversando com os demais auxiliares que se moviam de um canto ao outro da sala com bandejas cheias de algo que ela desconhecia. E nem queria saber, só queria que aquilo acabasse o mais rápido possível, e que acabasse bem. 

Sentiu uma pressão em seu abdômen e seus olhos começaram a ficar embaçados. Via a sombra de seu médico movendo-se de forma rápida, assim como todas as outras sombras na sala. Pareciam com pressa. Sentiu uma mão tocar seu ombro e um balançar suave.

Sentia sono. 

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O som constante incomodava os ouvidos. Fazia quanto tempo que estavam ali? Não saberia responder, não soube nem o que comeu de manhã, nem que roupas vestia antes de sair. Tudo havia se apagado na velocidade de um sopro e o tempo se passava na velocidade de um furacão. Onde estava esse médico? 

Quando ouviram o som de passos, ambos os rapazes no local se levantaram para receber o médico aflitos, tentando pegar algum mísero sinal pelo olhar ou modo de caminhar do profissional que se dirigia aos dois ali parados. 

-E então doutor? Como foi? - Frank perguntou ao médico, já que Arthur parecia ter medo da resposta. Apertou a mão do namorado que o olhou apreensivo.  Tentou sorrir, passando um pouco de confiança. 

-Bom, senhores Way e Iero, quero pedir que se sentem. Preciso explicar a situação e quero os senhores calmos. - O médico pediu, recebendo um assentir de Frank que sentou-se, levando o namorado junto. 

-Pode falar doutor, estamos ouvindo. - Frank deu a permissão necessária para ouvir a sentença médica, o coração batendo rápido contra o peito. 

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Sete anos depois

-Aí a tia disse que eu tinha passado no teste e que eu seria a princesa esse ano! - A garotinha de cabelos lisos e negros contou animada, recebendo um abraço do mais velho. 

-Isso é ótimo, princesa! Já contou pro seu pai? Ele vai ficar muito feliz. - Incentivou a menina que saiu correndo da cozinha em direção ao quarto do pai. 

-Papai! Papai! - Chamou entrando no quarto e encontrando o pai com vários papéis na mão. 

-O que houve querida? - Perguntou deixando os papéis sobre a escrivaninha e pegando a filha nos braços. - Está sorridente, aconteceu algo bom? - Perguntou vendo a filha assentir, abrindo o sorriso ainda mais. 

-Eu vou ser a princesa esse ano. Vou estrelar no teatro, papai! - Exclamou para o pai que a abraçou forte. O sorriso idêntico ao da menina em seus braços. 

-Você conseguiu! - Gritou erguendo o braço livre em uma comemoração exagerada. 

-Eu consegui! - A menina gritou enquanto os dois pulavam no quarto. Logo os dois já decidiam quem convidariam para ver a peça e o assunto se estendeu por horas. 

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O auditório estava cheio e mais pessoas chegavam a cada minuto. A peça de fim de ano estava prometendo ser uma das melhores dos últimos cinco anos. Atrás das cortinas, crianças corriam por todos os lados com suas professoras e colegas. Maquiagem, figurino e falas. 

Um par de olhos esverdeados encaravam a plateia por uma brecha na cortina, o vestido lilás e branco encostava no chão e as mãozinhas cobertas por luvas macias seguravam a cortina com nervosismo. Procurava por seus convidados, mas não conseguia encontrá-los por mais que tentasse. Fileira por fileira e nada. Suspirou antes de fechar a cortina. Será que não viriam vê-la? 

A professora de artes, que era responsável pela peça chamou os alunos para se reunirem e avisou que a peça iria começar. Os alunos para o primeiro ato colocaram-se em seus lugares enquanto murmuravam suas falas, repassando cada uma delas apesar do nervosismo. Todos sorridentes e ansiosos. 

A cortina se abriu. 

A pequena menina fazia suas partes impecavelmente, desviando o olhar vez ou outra para a platéia quando tinha a chance, atrás de seus convidados que não conseguia encontrar. De repente, quando já estava desistindo, já no último ato, encontrou quem procurava com tanta vontade. Os cabelos negros e a pele extremamente pálida no meio da multidão junto com seus tios e pai. Todos ali, sentados, um do lado do outro, sorrindo para a pequena menina. 

Bandit se sentiu radiante naquele momento. 

Sua família estava ali. 

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A peça acabou depois de todos os envolvidos no projeto agradecerem ao público. Curvaram-se e saíram com calma, descendo a escada para o camarim. A menina seguiu os amigos e então desfez-se do vestido e maquiagem com a ajuda da professora que logo a liberou, parabenizando a pequena por sua ótima atuação. 

Saltitou até o lado de fora da sala de teatro e procurou seus familiares na sala cheia. Muitos pais estavam presentes e ela por um momento pensou que estava perdida. Recebeu elogio de alguns pais e colegas que a assistiram e então seguiu procurando até ser pega no colo por braços conhecidos. 

Aquele perfume... 

-Mamãe! Você veio! - A menina disse feliz, vendo a mulher sorrir para si. 

-Claro que sim. Peguei o vôo mais rápido pra poder te ver! Não perderia a apresentação mais linda do mundo por nada! - Beijou a bochecha da filha antes de lhe sussurrar algo. - Estou muito orgulhosa de você, princesa. Te amo! 

-Também te amo mamãe! - Beijou a bochecha da mãe e a abraçou mais uma vez. Lindsey vivia viajando por conta do trabalho na multinacional, mas falava com a filha todos os dias por chamada de vídeo e a visitava em todas as datas importantes, sem exceções. Depois do coplicado parto, Lindsey necessitou de transfusão sanguínea urgente, mas conseguiu sobreviver para o alívio de todos. - Cadê o papai e os tios? - Perguntou passando o olhar pela multidão. 

-Estão nos esperando no carro. Vamos todos jantar fora para comemorar! - Explicou, colocando a filha no chão e a levando para o estacionamento de mãos dadas. 

-Onde vamos comer? - Perguntou curiosa como sempre era. 

-Onde você quiser! Hoje a princesa manda! - A mulher disse, vendo a pequena soltar um "yeah". 

-Quero comer batata frita, hambúrguer e sorvete, muito sorvete! - Falou animada enquanto se aproximavam do carro. 

-E coca-cola? - Lindsey perguntou com um olhar cúmplice para a filha que sorriu. 

-Sim senhora, muita coca-cola! - Confirmou antes de entrar no carro. - Meus súditos, para a lanchonete mais incrível do mundo! - Gritou  antes de ser recebida por abraços dos tios e dos pais. 

-Sim, Vossa Alteza! Como desejar! - Arthur exclamou ligando o carro e partindo para o destino desejado. 

-Minha filha estava tão linda naquele palco! A melhor de todas! - Lindsey comentou vendo Mikey e Ray concordarem. 

-Tirei tantas fotos que a memória da câmera acabou. - Frank disse enquanto passava as fotos, visualizando uma por uma com um sorriso orgulhoso no rosto. - Lacrou, Ban! 

-Não esqueça de me enviar essas fotos, pelo amor! - Lindsey pediu vendo as fotos junto de Frank. 

-Pode deixar, hoje mesmo te passo todas. - Piscou para a mulher e os dois começaram a admirar as fotos, comentando sobre uma ou outra. 

E esse era só mais um dia do resto de suas vidas.


Notas Finais


Essa é minha última despedida como a Tia Missmess. Obrigada a todos por terem me acompanhado até aqui.
Killjoys, make some noise! Ainda estamos vivos e seremos eternos Killjoys, MCR ainda toca em meu coração, todos os dias.
Sejamos fortes!

Bejooooos!!
~Missmess


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