História My Sweet Ilusion - Please dont jump, I Love You

Era uma corrida contra o tempo, as lágrimas escorrendo em abundancia pelo meu rosto, a respiração falha, e minhas pernas fracas de tanto correr. Eu estava escorada na parede de uma loja qualquer, minha bolsa estava jogada do meu lado dando a um estranho a rouba-la, se essa fosse a preocupação principal iria estar tudo bem. 

 

 

 

Mas não, não é! 

 

 

Eu soluçava alto, me engasgava com minha própria saliva por desespero. As pessoas que passavam me olhavam com dó, outras com repulsa. Afinal, eu era uma estudante que estava fora da aula, jogada no chão de uma loja com a roupa toda suja e ainda chorando igual uma criança que não ganhou um doce após a janta.  

 

"Quando eu estava tocando seu corpo, só faltava vomitar" 

 

"Só porque dormi com você estou apaixonado?" 

 

"Olhe ________, o único motivo de eu ter ficado com você" 

 

"Ele sente nojo de você" 

 

Essas frases estavam martelando em minha cabeça. Eu queria gritar, queria aliviar aquela angustia. 

 

 

  - _________! - Levantei minha cabeça e olhei para TaeHyung. - Finalmente te encontrei. - Ele se abaixou e ficou na minha frente. - Você está bem? Oh Deus, claro que não. 

 

  - T-Tae, o que você e-está fazendo? Tá p-perdendo a-aula. - Lhe avisei gaguejando de tanto soluçar.

 

  - Você é mais importante do que aquela aula de física idiota. - Ele falou tentando quebrar o clima, mas nada me faria rir agora. - Vem, levanta. - Disse estendendo a mão, mas eu recusei, não queria ser um peso morto para o Tae. Então, ele bufou e puxou meu braço para que eu levanta-se.  - Não vou te deixar aqui, você não tem escolha. - Esclareceu sério. 

 

Recuei um pouco e suspirei derrotada, segurei o braço do Tae e começamos a andar.  

 

Meu choro ainda é presente, minha garganta doía muito. A cada passo que dávamos eu me sentia mais fraca, tanto fisicamente como psicologicamente. Passou alguns minutos e eu percebi que o caminho que estávamos seguindo era para minha casa, arregalei os olhos e parei de andar. 

 

  - Não q-quer que eu vá para c-casa agora, n-não é? - Perguntei enquanto tremia, só de imaginar a reação do meu irmão ao saber a história me deixava com medo. 

 

  - Está mesmo achando que não vou falar com ele? __________ pelo amor de Deus, ele é o único que vai te ajudar.  Não viu como o Jimin te tratou, eu te avisei que ele não prestava. - Ele disse com raiva. - Aish, se não soubesse que ele é mais forte que eu, eu iria arregaçar a cara dele. Vamos SIM falar com seu irmão. - Fiz um não com a cabeça, ele iria brigar comigo, eu não queria piorar a situação.  Tae bufou e segurou em minha cintura para me dar mais força para andar. Comecei a chorar mais ainda, eu sabia que não iria conseguir faze-lo mudar de ideia, sabia que meu irmão iria gritar e me dizer coisas horríveis para mim, então apenas aceitei que não iria conseguir mudar nada.  

 

No meio do caminho ele me perguntou o que o Jimin tinha exatamente falado, ditei tudo. Por um momento vi a tristeza em seu olhar. 

 

 

Não demorou muito para chegarmos na frente da minha casa, comecei a me mexer e abracei Tae com toda minha força. Ele suspirou e me abraçou também.  

 

  - Não vou deixar que ele faça algo com você, não se preocupe. - Então ele levou seu dedo até a campainha e pressionou o botão, fazendo um breve som. Em questão de segundos meu irmão abriu  a porta , ele estava com uma calça de moletom e sem camisa, fazendo Tae encarrar o abdômen definido do meu irmão por alguns segundos, porém ele balançou a cabeça e olhou nos olhos do meu irmão, que estava espantado e desentendido com a situação.  

 

  - Mas o que... - Antes que meu irmão pudesse terminar a frase, Tae o empurrou sem força e me guiou até o sofá. - Alguém pelo amor de Deus, me diz o que esta acontecendo.  - Ele perguntou assim que fechou a porta e veio ate mim. Tae voltou da cozinha com um copo d'agua, me entregou e eu bebi um pouco. Então JungKook se ajoelhou em minha frente e levantou minha cabeça para que eu encara-lo.  - Espero ser a ultima vez que eu vou perguntar. O que aconteceu? - Tentei engolir o bolo que se formava em minha garganta, eu iria chorar de novo, isso não era nenhum segredo, ficamos por algum tempo nos encarando. Quando eu decidi falar o Tae me cortou. 

 

 

  - Foi o Jimin. - Ele disse rápido e curto, Jungkook na hora o olhou.  - Ele humilhou a _______ na frente da escola toda, a xingou dizendo que sentia nojo dela, e o único motivo de ter ficado com ela foi por uma aposta. - Abaixei a cabeça assim que vi Jeon trincar seu maxilar, suas veias do pescoço começaram a aparecer. Tudo ficou um silêncio total, onde a única coisa que se ouvia era a respiração pesada do Jungkook. Então o moreno pegou um vaso de vidro decorativo e jogou no chão com toda sua força fazendo o mesmo se quebrar em mil pedaços.  

 

  - EU LHE AVISEI, NÃO AVISEI? - Ele veio ate mim e puxou meu cabelo para que eu olhasse. TaeHyung viu e ia vim ate ele impedir. - Não encosta em mim Kim TaeHyung. - Então o loiro engoliu o seco e recuou.  - EU LHE DISSE QUE PARK JIMIN NÃO PRESTAVA, E OLHE NO QUE DEU. - Ele gritava e apontava seu dedo para mim. - EU CANSEI DE TE AVISAR, CANSEI DE CUIDAR DE VOCÊ COMO SE FOSSE UMA CRIANÇA, E QUANDO EU TE DOU UM PONTO DE CONFIANÇA, É ISSO QUE VOCÊ FAZ?  - Meu rosto molhando novamente pelas lagrimas, um Jungkook totalmente alterado e um TaeHyung sem saber o que fazer, era isso que se passava agora.  - Imagina quando Appa e Omma descobrirem, vão ficar tão decepcionados ao saber que a filha deles se tornou... - Parou por alguns milésimos para buscar a palavra certa. - Isso. - Eu me sentia humilhada pela segunda vez hoje, a tristeza dominava meu corpo. Eu apenas queria ir para meu quarto e  dormir para esquecer tudo isso. 

 

 

  -  Calma cara, também não é assim. - TaeHyung foi se aproximar e quando foi tocar no braço do Jeon o mesmo o empurrou com força, para afastar. 

 

 

  - Se eu soubesse que você iria ser essa decepção para mim, não iria fazer questão de pedir para meus pais te tirarem do orfanato.   

 

Chega! Essa foi a gota d´água.  

 

 

Mordi o braço dele que estava me puxando e corri para meu quarto. Tranquei a porta e me joguei na cama chorando desesperadamente. Porque isso tem que acontecer  comigo? 

 

 

 

 

Jeon Jungguk P.O.V  

 

 

 

  - VOCÊ TEM MERDA NA CABEÇA? - TaeHyung gritou vindo para cima de mim. - VOCÊ ACABOU DE DIZER QUE SE ARREPENDEU DE ADOTA-LA. COMO VOCÊ PODE SER TÃO INSENSÍVEL? PORRA, OLHA COMO VOCÊ A TRATOU. 

 

  - E VOCÊ TRATARIA COMO SUA IRMÃ QUANDO SOUBESSE QUE ELA É UMA VADIA HUMILHADA? - Gritei sem paciência. Sua expressão se esvaziou toda, seu rosto ficou sério, por certo momento achei que ele iria me matar. Então, ele veio até mim e me deu um soco forte no rosto. Coloquei a mão no lugar atingido e o olhei espantado.  

 

  - Antes de dizer uma coisa dessas, se coloque no lugar dela. - Então o loiro pegou sua mochila escolar e foi embora.  

 

Me joguei no sofá e comecei a massagear minhas têmporas. Eu fiz a coisa certa? 

 

Suspirei pesado e fui até meu quarto, coloquei uma calça jeans preta, uma camisa branca lisa e meu tênis. Sai do meu quarto e fui até o da ______, quando eu ia bater em sua porta, eu ouvi uns ruídos, aproximei minha orelha da porta e consegui ouvir claramente os fungos e choros de minha irmã. Encostei minha cabeça na porta e fiquei ali por alguns segundos.  

 

 

  - Me desculpa.  

 

 

Desci até a sala e peguei meu celular e a chave do meu carro. Fui até o mesmo destrancando e entrando. Comecei a dirigir até meu destino. Em minha mente se passava mil coisas. Estava arrependido, sabia que tinha feito  Eu estava nervoso, estou agindo por impulso, porém será necessário.  

 

Estacionei meu carro na frente do colégio da _____ e fui ate a diretoria.  

 

  - Bom dia. - Falei simpático para a diretora. 

 

  - Oh, senhor Jeon. Não esperava sua visita hoje. Achei que estava na faculdade. - A senhora de idade disse supressa. 

 

  - Hoje vai ter uma apresentação do pessoal da noite, então não vai ter aula para os demais. - Eu e ela éramos amigos de longa data, afinal, ela já foi minha diretora. - Poderia me fazer um favor?  - Perguntei confiante. 

 

   

   - Claro, apenas pedir. - Respondeu sorrindo.  

 

  - Poderia me dizer aonde é a sala do aluno Park Jimin? - Perguntei novamente. A senhora fez uma expressão confusa. 

 

  - Park Jimin? Deixe me dar uma olhada. - Então ela pegou uma pasta que provavelmente tinha o nome dos alunos da manhã e foi na letra "P".  - Aqui, Park Jimin, terceiro ano, sala 18, segunda porta a direita no segundo andar. - Agradeci e me curvei indo até o local. O sorriso que eu tinha conversando com a diretora sumiu assim que dei as costas, você vai pagar, Park Jimin! 

 

A cada passo meu nervoso aumentava, eu queria mata-lo. Cheguei até a sala com o número "18" estampado na porta. Abri a mesma vendo a sala uma baderna, era troca de aula, ou seja , nenhum professor.  

Avistei Jimin em uma carteira afastada dos seus amigos, ele tinha uma expressão preocupada e estava mexendo no celular. Fui até ele, e ele percebeu, ele levantou e veio ate mim.  

 

 

  - Graças a Deus Jungkook, você sabe onde está a ________? Estou ligando, mas ela não atende. - Senti a fúria subir a minha cabeça, agarrei a gola de sua blusa e dei um soco em sua bochecha com toda minha força, fazendo o mesmo cair no chão. A sala inteira parou para nos observar, tudo ficou um silencio agradável.  

 

 

  - Desgraçado. - Sussurrei enquanto chutava seu corpo, o mesmo tinha uma expressão de dor, e assustada ao mesmo tempo. Me ajoelhei do seu lado e segurei mais uma vez em sua gola. - A próxima vez que mexer com minha irmã, vou fazer bem pior nesse seu rostinho de playboy.  - Me levantei e olhei ao redor, as pessoas que olhavam disfarçaram, saí da sala e fui até a saída da escola. Fui ao estacionamento e entrei no meu carro, minha respiração estava falha, comecei a socar o volante e chutar os ar. 

 

 

 [...]

 

___________ P.O.V  

 

 

Hoje está fazendo uma semana deis do acontecimento, eu não saio do meu quarto deis do dia. Não comi nada, eu estava sem fome alguma, não consegui dormir também, eu estava um bagaço. Olheiras profundas e o rosto magro, corpo fraco e totalmente desidratada. Me sentia um lixo, inútil, eu queria acabar com toda aquela dor. E sabia exatamente como.  

 

Com dificuldade extrema, me levantei e fui em passos lentos até minha escrivaninha, peguei a chave da gaveta e abri a mesma. Tinha um porta jóias, que eu ganhei da minha Omma antes de vim para Seul estudar com o JungKook. Peguei o potinho de porcelana com um formato de coração e abri dando de cara com o pingente que minha verdadeira mãe me deu antes de me largar no orfanato. Pergunto-me como seria se eu ainda estivesse com ela, eu teria uma vida totalmente diferente. Peguei o pingente e coloquei em meu pescoço, mas não era ele que eu estava procurando. Meus olhos brilharam quando eu dei de cara com a lamina semi-nova brilhante. Peguei a mesma com a mão tremula e levei até meu pulso. 

 

  - Quanto tempo. Meus dias estavam tão felizes que eu nem me lembrava de sua existência. - E após essa frase fiz o primeiro corte. Grunhi de dor vendo o sangue escorrer pelo meu braço e pingar no chão. Fazia tempo que eu não me cortava, e infelizmente me desacostumei.  Alguns segundos fui fazendo outros cortes, não eram grandes, mas fundos, fazendo com que o sangue saísse em abundância. Assim que terminei a tortura joguei a lamina na escrivaninha, eu me sentia melhor, mas não o suficiente. Eu precisava de mais. E foi com esse pensamento que tirei a roupa que estava usando e coloquei um moletom preto, uma calça jeans azul escura e o primeiro tênis que vi pela frente. Guardei a lamina no bolso do moletom. Peguei meu celular e escrevi um texto para três pessoas.  

 

" De : __________"  

" Para : Kim TaeHyung" 

 

" Hm Olá? Não sei como começar essa mensagem, você foi uma das pessoas mais importantes que apareceu em minha vida, sempre me alegrando e me fazendo sorrir, eu só tenho que agradecer por tudo. Cada momento de loucura que tivemos e cada vergonha que passamos, nunca irei esquecer de seus gritos exagerados  e da sua paixão pelo meu irmão, de quando sempre me animava nos piores momento, você é a pessoa que mais me conhece no mundo, sempre soube se eu estava feliz ou triste, a hora de brincar e de levar a serio, sempre me defendendo de tudo. Enfim, eu só quero que você consiga superar minha próxima ação. Eu te amo, não se esqueça disso seu louco <3 " 

 

" De : ____________" 

"Para : Jeon Jungkook" 

 

"Hey irmão, queria escrever isso para você a um tempo, a uma semana atrás para ser exata. Quero que saiba, que depois de tudo, eu te desculpo, sei que não fez por mau, sei que estava tentando e proteger, e sei também que estava certo. Eu sou sua maior decepção, sou uma vergonha para a família, e sei que tem vergonha de dividir o sobrenome comigo, porém, nunca vou esquecer nossos momentos de irmão, cada conselho e cada bronca, dos nossos dias no parque. Vou sentir saudades disso, quero que saiba que não sei exatamente o que eu estou fazendo,  queria você aqui comigo para me ajudar, mas sei que não quer olhar para minha cara, que provavelmente ira me bater de novo. Bom, eu te amo, embora talvez você não possa dizer o mesmo <3 " 

 

 

" De : _________" 

" Para : Park JiMin" 

 

 

" Acho que você nem quer olhar em minha cara, eu sei disso, porem eu não poderia deixar tudo sem ao menos dizer como me sinto. Quando estávamos próximos, eu me senti a pessoa mais feliz do mundo, senti que você iria me proteger e amar, assim como você prometeu depois daquela noite. Mas, nem tudo é um mar de rosas, acho que você sempre esteve certo, eu sou apenas uma babaca carente que se apaixonou perdidamente pelo menino mais popular da escola, clichê não? Jimin, você não tem ideia de quanto eu me senti aquele momento, foi uma dor mais angustiante de ser abandonada pela mãe, ou ser agredida pelo irmão, foi eu ter sido magoada pela pessoa em que confiei minha vida, confiei meu corpo e meus sentimento, pela pessoa que me fez sentir bem apenas por conversar com ela, pela pessoa que eu sou perdidamente apaixonada. Sim Jimin, eu ainda te amo, pois sou muito fraca para recusar, sou fraca de mais para tudo e quero me desculpar por fazer você passar vergonha estando comigo, mesmo você nem ligando para mim. Eu achei que tudo poderia mudar se eu ficasse com você, mas eu estava enganada, e eu só quero que você saiba que eu vou endireitar tudo, eu estou indo para o centro de Seul, não sei ao certo o que fazer mas estou indo. Eu vou concertar tudo, confie em mim. Eu admito, eu estou com medo, eu estou com muito medo. E por favor, não se esqueça que eu te amo. "  

 

 

"Enviar" 

 

 

 

Eu estava chorando muito, eu preciso fazer isso, vai ser melhor.  

 

Fui até a janela do meu quarto e pulei a mesma. Estava andando normalmente pelas ruas, como uma adolescente normal. A rua estava fria, era inverno em Seul, mesmo assim as ruas estavam lotadas. Ótimo, assim ninguém poderia me reconhecer ou desconfiar. O prédio não ficava tão longe, já que eu morava perto do centro, a caminhada foi tranquila e suave. Eu estava me sentindo bem, eu iria fazer a coisa certa.  

Fiquei refletindo o caminho inteiro. Como que pode a vida ser tão ruim conosco? Eu estava tão feliz, estava tão bem. E tudo desmoronou. 

[...]

 

 

 

 

Eu estava encarando o grande prédio na minha frente de 284 metros e 55 andares, seria doloroso, eu acho. Entrei pelas portas do fundo e fui de escada, foi bem cansativo, mas em minutos eu já estava na cobertura. Por sorte a porta estava aberta, fui em passos lentos até a beira, tinha apenas uma pequena barreira que poderia ser facilmente pulada. Fiquei em cima dela e comecei a encarra o chão, eu me sentia grande, todas aquelas pessoas andando rápido, daqui de cima não passavam de formigas. Me sentei na barreira e comecei a analisar o céu, estava escuro, denunciando que iria chover. Comecei a chorar, será que vale a pena? Eu me perguntava, sei que minha atitude é totalmente imatura, mas do que adianta continuar a viver, se for desse modo? Sofrendo.  

Meu irmão disse que se arrependia de ter me adotado.

Meu amor disse que sentia nojo de mim. 

A dor é grande, não sei se tenho outra escolha.

 

E foi com esse pensamento que eu e levantei novamente na barreira, meu coração estava acelerado, ele poderia sair pela minha boca a qualquer momento. Abri meus braços os deixando retos e levantei uma perna, e quando eu ia pegar impulso ouço o barulho da porta de abrindo com força. Olhei para trás e vi a pessoas que eu menos esperava nesse mundo.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Park... 

 

 

 

 

 

 

Jimin...? 

 

 

 

 

O ruivo estava vermelho e ofegante, trajava uma calça jeans preta e uma regalam preta.  

 

 

 

  - J-Jimin? -Perguntei estatica. - O-O que você esta f-fazendo aqui? - Minha garganta começou a fechar. Por que ele veio? Como descobriu que eu estava aqui?

 

  - O que você pensa que está fazendo? - Ele perguntou eufórico. Em passos rápidos ele veio até mim e me puxou me abraçando. - Você não pode fazer isso. - Ele falou enquanto me apertava com toda sua força. 

 

  - E-eu posso, e eu v-vou. - Gaguejei confiante. Tentei me soltar dele, impossível, ele era muito forte. Então ele começou a chorar.  

 

  - Eu preciso de v-você, preciso de você comigo. - Ele falou. - Garota, por céus, fiquei louco sem notícias suas. Não estava com coragem para ligar ou ir até sua casa, pensei que nunca mais quisesse me ver. Sei que errei aquele dia, eu juro que nunca quis dizer aquelas palavras para você. - Não pode ser verdade, ele...Ele esta brincando de novo comigo! - Por favor, não pule. - Ele me apertou mais forte. - Eu te amo. - Eu não estava conseguindo processar aquilo, eu queria gritar, dizer que era mentira.  

 

 Minha cabeça começou a latejar de dor, era muita informação. Ele estava mentindo, isso era óbvio. 

" Eu sinto nojo de você" 

Essa frase estava martelando novamente, coloquei minha mãos em meus ouvidos e apertei forte. 

- PARA! Me deixa em paz! É tudo mentira, você está mentindo.  Você disse que sentia nojo de mim! - Gritei eufórica com o coração saindo pela boca. Comecei a surtar. Me debati nos braços do ruivo, que não quis me soltar. 

Senti uma pontada forte em meu peito e como um estalo, lembrei da lâmina. 

Peguei ela e fiz um pequeno corte no braço do Jimin, apenas para ele se assustar e me soltar.

Corri em direção da beirada. Era agora ou nunca. E eu não queria continuar ali.

 

  - ________! NÃO SE ATREVA. 

 

 

 Então eu me joguei, consegui ver Jimin na borda com a mão estendida. Tudo começou a ficar embaçado. Meu coração estava a mil. Jimin gritava desesperado, conseguia enxergar ele com o braço esticado em minha direção.

 

Então é isso? É isso que a a morte separou para mim? Sempre me imaginei morrendo por velhice, acidente de carro, ou doença. Mas suicídio nunca me veio à cabeça.  

 

Meu corpo se chocava com o vento, meus cabelos sendo bagunçados pelo o mesmo, eu estava encarando Jimin, ele gritava meu nome, gritava por socorro.

 

A última coisa que vou ver na vida será seu rosto.

 

Sorri e fechei meus olhos, esperando a minha morte, que não iria demorar 

 

 

 Capítulo 3: " Não pule, eu te amo"