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História My Sweet Sin - O Amargo Mais Doce


Escrita por: Cayla_Terumi

Notas do Autor


Well, aqui estou um com uma fanfic que ainda não sei se vai der long ou não, então por enquanto será uma two-shot.
Pode ter coisas que vocês não vao entender, pois são apenas dois capítulos, qualquer coisa que vocês não entendem, pode der esclarecido no caso de fazer uma long-fic. Então, pensem nisso como uma apresentação... Talvez??

Capítulo 1 - O Amargo Mais Doce


Novamente estava avaliando sua aparência no espelho no espelho, apreensiva. Estava bom o bastante? Espera! Por que estaria se importante com isso? Não havia nada demais nisso.... Ou havia? A mulher de olhos puxados deu um longo e pesaroso suspiro, não devia estar se importando, mas estava, revirou os olhos e olhou para sua aparência no espelho
Estava trajando um vestido que ia até acima de seus joelhos de cor verde, um salto de plataforma, que inclusive era bege e branco,  brincos brancos, um colar com uma pedra verde, que ele lhe dera e uma bolsa, onde colocou o que poderia ser necessário, embora nunca precisasse, era melhor remediar.
Estava bom, ate demais na sua opinião, mas gostava assim. Saiu andando controladamente, para não sair correndo e assim que estava chegando na porta, uma empregada da casa foi até a mesma.

- Onde a Senhora vai? - Perguntou a empregada - Esta muito linda, senhora - Elogiou-a, e embora houvesse um sorriso em seus lábios, havia um certo brilho em seu olhar, como se quisesse insinuar algo... Mas, de um modo indireto

- Eu... Bem... - O que falaria? Mesmo sem saber o que fazer, ajeitou sua postura, mandou  falso olhar superior para a empregada e respirou fundo - Eu vou fazer compras, isso tem algo a ver com você, Dona Mylliana? - A empregada se encolheu e seu coração se contorceu, não gostava disso, mas precisava faze-la parar.

- Não, Senhorita Heidemann... Sinto muito, pela meu intrometimento - E abaixou a cabeça, como estivesse arrependida, o que obviamente não era verdade, mas precisava "reconhecer" seu lugar.

- Ótimo - A mulher manteve seu olhar superior e saiu andando.

Assim que saiu do território da casa e já estava na rua, soltou sua respiração e seu corpo relaxou... Por que mentiu? Não havia por que mentir, não tinha nada demais, mas, o que pensariam dela? Era errado aquilo, mesmo que não houvesse nada demais? Talvez...

Andando por pelo menos dez minutos, chegou a praça e começara a procura-lo, divagando o olhar pelas pessoas ali presentes, o encontrou, trajava: Uma calça jeans, sapatos escuros, uma blusa cinca de manga curta, um casaco verde e um cachecol fino e azulado e seus cabelos curtos, presos em um rabo de cavalo desleixado e isso o deixava muito atraente, não que ele não fosse, muito pelo contrario.

Andou ate ele calmamente, com o coração acelerado, e as pernas bambas, se sentia uma adolescente com o seu primeiro amor... E talvez realmente fosse.

- Boa tarde, James - Pronunciou, chamando-o a atenção, viu seus ombros se levantarem numa espécie de choque, ele estava bem distraído.

- Oh, você chegou, Nayumi - O loiro lhe ofereceu um sorriso e gentil e quando estava se abaixando para lhe dar um beijo da bochecha, surtou internamente.

- E-eu so-sou casada! - Lhe disse rapidamente, enquanto seu corpo endurecia, mas tinha que admitir que queria muito ser beijo. Ah, e como queria... Porém, seus pensamentos foram interrompidos, pela risada baixa do loiro.

- E ainda, sim, você veio, não? - Havia um sorriso sugestivo em sua face e a mesma corou, aquela expressão a fazia esquecer até mesmo do pecado que estava cometendo.

- B-bem, mas por que você me chamou? - Indagou enquanto desviava seu olhar do maior que parecia querer devora-la e tinha que admitir que isso a deixava "animada".

- Nada importante, apenas queria passar um tempo com você - Seu coração disparará, e sua boca secou, odiava momentos assim, pois nunca conseguia responder a altura - Vamos lá - O loiro pegou a sua mão e saiu andando entre as pessoas que se localizava naquela praça. E a mesma nem teve tempo de protestar.

Depois de um tempo andando, James parou em frente a uma loja de doces, mais especificamente sua loja favorita, a famosa "My Candy Love". Uma expressão alegre como a de uma criança tomou conta de sua face, ele realmente adorava doces, não? Entrou sem pestanejar, enquanto puxava Nayumi consigo.

- Oh, Senhor Ashmith, que bom vê-lo novamente -  Cumprimentou alegremente o balconista, com um sorriso sincero em seu rosto.

- Olá, Oliver, é bom vê-lo também - Respondeu o loiro ao moreno, enquanto fitava os doces da vitrine, como se fitasse ouro.

- E quem seria esta bela dama? - Perguntou animadamente enquanto fitava a japonesa com interesse.

- A-ah... Eu sou Nayumi Toriyama, é um prazer conhece-lo - Apresentou-se timidamente ao balconista gentil.

- Seria ela sua namorada, James? - Perguntou com um sorriso sacana em sua face e voltou a fita-la enquanto estreitava levemente os olhos - Mas, sabe... Tenho a impressão de te-la visto antes, em algum outro lugar... - Levou a mão ao pensativo. Teria visto ela em algum, outro lugar? Era difícil, pois não é comum você ver asiáticos naquele país.

- Tenho certeza que deve estar confundindo com alguma outra pessoa - Respondeu o maior acanhado, querendo contornar a situação - Mas, deixando isso de lado. Já decidiu o que vai querer, Nayumi? - Ah... O jeito como pronunciava seu nome era um graça... Porém, não era o momento apropriado para se deleitar com esta maravilhosa voz.

- Bem... Ainda não - Respondeu fitando a vitrine que estava cheia de suculentas e saborosas opções a sua disposição, era sua primeira vez naquela loja, com certeza gostaria de provar alguns docinhos.

- Oliver, gostaria de três donuts recheados com cobertura de chocolate, um bolo de morango, alguns tubinhos ácidos e uma torta de limão - A menor estava impressionada, ele realmente gostava de doces e isso o deixava fofo.

-  Er... Eu quero uma torta de maracujá e... Só, eu acho, nunca estive aqui não sei o que escolher direito - Pronunciou tímida, realmente era uma mulher indecisa.

- Linda, Senhorita, recomendo os folhados de chocolate, oh, hoje está no capricho! - Levou a ponta dos dedos perto da boca e a estalou enquanto abria a mão, um gesto para enfatizar a gostosura do doce. Por que, não?

- Claro, então vai ser um pedaço da torta de maracujá e o folhado de chocolate - Respondeu sorrindo.


Estavam calmamente comendo seus doces, enquanto admiravam a beleza do parque, a folhagem das árvores adquiriam uma cor alaranja, um dos sinais de que o outono estava chegando, sem contar o vento gélido que algumas vezes acariciava seu cabelo, fechou os olhos para apreciar melhor o momento, e sentiu algo gelado em sua bochecha, mas não era a brisa e sim... Dedos, os mesmo acariciavam gentilmente seu rosto, por mais que fossem poucas as vezes que sentia aquele toque, sabia exatamente que era os dedos gélidos e gentis de James.

- No que está pensando? - Indagou o loiro, havia uma expressão preocupada em sua face - Você... Você não está com os pensamentos nele, está? - A tristeza em sua voz era quase tangível e isso estilhaçava seu frágil coração, não gostava de ouvi-lo falar daquela maneira, era quase uma morte para si.

- Não! Não...  Estou, eu apenas estou aproveitando o momento - Respondeu sincera ao loiro, e as linhas de preocupação do rosto dele desapareceram, como se nunca estivesse lá a alguns segundos naquela face.

- Tome - Pegou uma garfada de sua torta e levou próximo aos lábios da mulher que estava estática ou melhor dizendo, tímida.

- N-na-não, não precisa! - Suas bochechas arderam, ah! Que vergonha!

- Se não comer logo, vai cair do garfo, sem contar que meu braço esta começando a doer - Pronunciou, tentando persuadi-la a comer, o que deu certo, mesmo tímida abocanhou o pedaço da torta de limão.

- Hum... Realmente os doces de lá, são divinos - Comentou enquanto saboreava o gosto da torta que espalhava em sua boca.

- Sim, esse é um dos motivos de ser minha loja favorita - Um sorriso nostálgico se espalhava pela seus lábios, como se estivesse lembrando-se se uma memória delicada e muito querida.

- "Um dos motivos"? - Questionou Nayumi - Tem quantos motivos, exatamente? - Perguntou curiosa, obviamente ele queria manter certo mistério para deixar a mulher curiosa.

- Qual é o primeiro, então? - Qualquer dia desses sua curiosidade iria mata-la.

- Você - Respondeu curto e direito, enquanto a mulher arregalou os olhos sem entender e James deu uma risada baixa e gostosa de se ouvir - Você não se lembra, não é? - Era  pergunta retórica, mas ainda sim Nayumi balançou sua cabeça para os lados, lhe respondendo - Creio que foi sua primeira vez aqui, você estava perdida, e passou por aquela loja, foi onde conversamos pela primeira vez também, bem, obviamente você não se lembra - Agora era um sorriso melancólico estava em sua face.

- Ah, eu lembro! - Disse animada - Lembro como se fosse ontem - E deu uma risada - Mas, é verdade que não reparei na loja, o que é uma pena! De qualquer forma, sinto muito por isso

- Eu entendo, Pulcherrimam omnium - Novamente seu sorriso gentil, estava em sua face, seu olhar foi em direção ao relógio em seu pulso que estava coberto pela manga - Oh, sinto muito, mas eu preciso ir - Anunciou de levantando abruptamente

- O quê? Mas, já? - Sua tristeza é mais que audível, não queria se separar dele, sem contar que queria perguntar a ele o que significava a tal palavra, mas talvez não fosse o momento apropriado

- Bem, eu tenho que ver algumas coisas, você pode vir comigo, mas não poderei lhe dar muita atenção

- Tudo bem! - Decidiu-se rapidamente - Não me importo.

 

Ou talvez se importasse, sim. Era como se não estivesse ali, e isso deixava a mesma com raiva, mesmo que não tivesse esse direito. Estavam em um quarto de um antigo orfanato católico da cidade, lugar onde James cresceu inclusive. O cômodo era extremamente simples e aconchegante, havia uma cama de solteiro, uma mesa de madeira com uma gaveta que estava coberta de papéis que o loiro estava analisando com ex-tre-ma atenção, havia também um fogão pequeno de quatro bocas.

Inflou suas bochechas, queria a atenção dele, queria o toque ele... Queria ele, com toda sua força, mas era errado. Um pecado, e não podia querer isso.

- Farei um pouco de chá para você, isso deve ser cansativo - Comentou, enquanto se levantava para começar a preparar, assim que colocou a água para fever, ficou lá em pé, pensando sobre coisas aleatórias.

Até que sente braços rodearam seu corpo pequeno, e seu corpo endurece, que inesperado! E talvez para piorar a situação, ou melhorar, o loiro da uma mordida em seu pescoço, e a menor solta um suspiro prazeroso. E acomodou seu queixo no ombro da japonesa.

- Você o ama? - Perguntou em um tom de voz quase inaudível.

- O-o que?! - Não estava acreditando no que ele perguntou a ela.

- Eu perguntei se você ama aquele homem, Nayumi? - Seu tom de voz foi mais alto, porém  a seriedade permanecia, o que a fez estremecer.

- Eu... Bem, eu... - Como responderia? Ela tinha que fazer tudo de acordo com o plano. Então, por isso respirou fundo - Sim, eu o amo - Respondeu de olhos fechados. E os braços se soltaram de seu corpo, e virou-se para ele, agora que podia. Deparando com o olhar amargurado e totalmente e entristecido, não conseguia suportar ver aquele olhar e desviou, olhando para o chão.

- Sinto muito, eu almejava por algo que não posso ter... Você tem um lugar para voltar - Seu coração e alma estava sendo jogado em poço de escuridão, não suportava ver o homem que amava, sofrer, queria faze-lo sorrir, sempre! - Por favor, va embora - E James saiu andando em passos largos pela porta.

Passou-se uma hora e chá já estava frio, mas nada de James, não queria deixa-lo, seus pensamentos de tristeza e culpa foram totalmente interrompidos por uma porta sendo aberta e se deparou com o loiro a sua frente.

- James! Eu - Mal teve tempo de continuar sua frase, pois o loiro puxou seu braço e a prensou contra a parede

- O que você ainda esta fazendo aqui?! - Perguntou em tom exalando raiva, mas ainda era possível sentira tristeza por baixa das camadas vermelhas do excesso de raiva - Esta querendo me enlouquecer?! - Aproximou o corpo da maior, em uma tentativa necessitada de sentir o corpo dela.

- James, me deixe explicar - Sua voz foi calada por um beijo forte e rápido. E mesmo tendo dito tão pouco, era possível sentir sua voz embargada, juntamente com seus olhos cheios de lágrimas.

- Era pra você ter ido embora - Mordeu o pescoço - Não consigo me controlar quando você esta perto de mim - Em seguida fez uma trilha de beijos cálidos até o canto dos seus lábios, que pareciam lhe chamar. Não tardou nem minutos e Nayumi começou a derramar suas lágrimas.

- É errado? - Perguntou com a voz embargada, e soluçando histericamente, fazendo James parar para fita-la - É tão errado, eu estar casada com um homem e ainda sim, desejar e amar outro? - Sua voz soava confusão e desespero, aquilo estava-a matando!

- Isso é o que chamamos de adultério - E a beijou ferozmente, sendo correspondido a altura, enquanto a descolava da parede e os braços pequenos e frágeis da mulher rodeavam seu pescoço, em uma tentativa de contato e tentar aprofundar o beijo.

- Sim, mas... - Tentou sibilar algo quando seus lábios se desgrudaram do loiro, mas ele logo os conectou novamente, esperava a tanto tempo aquele momento.

- Agora não pense nada que não seja em mim - A pegou no colo e a jogou na cama - Isto pode ser um pecado, mas é o Meu Doce Pecado - E mais uma vez seus lábios se juntaram, tentando saciar o desejo a tanto tempo reprimido por eles. E James tinha razão, era errado, era um pecado, mas um doce pecado.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, qualquer dúvida me pergunte.
Peço, que não pensem mal da protagonista, por favor, ta?


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