História My Sweet Sin - Chapter I

          2 ANOS ATRÁS...

    24 de agosto de 2014 - Hospital de Inceville, CA.

Eu olhava para as minhas mãos enquanto me afogava em lágrimas. Motivo? Acabei de saber que meus pais estão mortos. Uma coisa um tanto assustadora para uma garota de 14 anos. Ouvi a porta se abrir e levantei meu olhar, era Anna, uma enfermeira que fiz amizade. Ela sorriu tristemente e veio até a mim.

– Calma, princesa. Eu sei que é ruim, mas você tem que pensar que agora eles estão em um lugar melhor. – disse acariciando meus cabelos. – Você não está sozinha – Limpou as lágrimas que desciam em minhas bochechas.

Depois de um tempo eu já estava mais calma, mas ainda desciam lágrimas. Eu fitava a parede acinzentada ao lado e nem percebi quando um homem entrou e se sentou ao meu lado. Dei um pulo pelo susto, ele riu fraco.

– Me desculpe, senhorita Bieber, mas você não havia me respondido, então tomei a liberdade de entrar.

– Não... tudo bem, só me assustei um pouco. – Sorri, limpei meus olhos com as costas das mãos e funguei – Pode me chamar de Amanda... – Deixei a frase no ar esperando que ele diga seu nome.

– Joseph. – Levantou sua mão e eu o cumprimentei. – Amanda, poderia me responder algumas coisas? – Pegou um bloquinho e uma caneta.

– Claro.

– Ótimo. – Escreveu algumas coisas e olhou para mim – Você tem 14 anos certo?

– Sim.

– E a onde você mora, Amanda?

– Sou de Manhattan, Nova York.

– O que veio fazer na Califórnia com seus pais?

– Viemos passar as férias de verão em Malibu. Eles também iam me levar para Los Angeles, porém não... não... – Meus olhos começaram a se encher de lágrimas. Olhei para cima e respirei fundo, impedindo que as lágrimas desçam. Ele anotava algumas coisas no bloquinho.

– Certo... e você conhece algum parente seu que possa te ajudar? – Pensei e me lembrei de tio Justin.

– Sim... eu tenho um tio que mora em Los Angeles.

– Sabe onde ele mora?

– Não...

– Sabe o número do telefone dele ou qualquer outro meio de comunicação?

– Não, mas meu tio é empresário. É bem fácil de encontrar um modo para falar com ele.

– E qual é o nome dele?

– Justin. Justin Bieber.

– Ok, Amanda. Obrigado. – Sorriu e saiu logo em seguida.

Me levantei e fui até o banheiro que tinha ali, lavei meu rosto e fiz minha higiene. Quando saí, vi Anna entrar com meu almoço. Sorri e voltei para cama.

                       [...]

Olhei no relógio ao lado e marcavam 7:13 p.m, me aconcheguei ainda mais na cama e me permiti dormir. Eu estava cansada, meus olhos estavam vermelhos por conta das lágrimas que caíam até uns 15 minutos atrás. Funguei o nariz e fechei os olhos, ouvi três batidas na porta e então a mesma se abriu, não mexi nenhum músculo. Eu só queria um pouco de paz no momento. Ouvi passos e me parecia ter mais pessoas ali.

– Ela está dormindo... – Uma voz rouca disse em tom baixo, como se não quisesse me acordar.

– Quer que eu a acorde?  – Ouvi a voz de Anna.

O quê? Mas que absurdo! Não, vocês não vão me "acordar"!

– Oh, não. Deixe-a dormindo, apenas avise que eu estive aqui – disse a pessoa da voz rouca.

– Tudo bem então. – Ouvi eles se afastarem e por fim fechar a porta. Ouvia a conversa abafada deles lá fora se afastando...

Eu queria saber quem era o dono daquele voz rouca e calma, mas eu estava tão cansada.

Agradeci mentalmente a pessoa e me deixei levar pelo cansaço.