1. Spirit Fanfics >
  2. My Sweet White Rose >
  3. O poeta e a rosa

História My Sweet White Rose - O poeta e a rosa


Escrita por: AndyLotus

Capítulo 13 - O poeta e a rosa


“Com amor: Albafica....”

 

  Minha cabeça latejava pela tamanha dor que sentia. Abri meus olhos, lentamente, deparando-me com uma das mais belas imagens que poderia ser vista. Seu sorriso, aqueles belos olhos azuis escuros, o cabelo castanho preso em um coque frouxo e a suavidade de sua voz ao pronunciar meu nome....

  _Você acordou. – ela sorriu enquanto acariciava meus cabelos carinhosamente. 

  Estava surpreso, as lágrimas corriam por meu rosto sem parar, seus finos dedos passeavam por meu rosto na inútil tentativa de secar as lágrimas que insistiam em cair. – Você cresceu tanto, Manigold. – o sorriso doce continuava formado em seus lábios. 

  Uma risada desengonçada saiu de minha boca dentre os soluços. – Oi mãe.... – foi tudo o que disse antes de me virar para si, ainda deitado, e abraça-la com todas as minha forças. – ...senti tanto a sua falta.... 

  Ela nada respondeu, permitindo-me chorar com a cabeça repousada em seu colo, sem me desfazer daquele abraço apertado que tanto me fez falta. 

  ***

  _Por que está aqui? – ela quebrou o silêncio, fazendo-me despertar de meus devaneios e voltar ao passado. – Tenho certeza que sua hora ainda não chegou....

  _Eu não tenho mais motivos para viver, mãe... – a interrompi, contendo a tristeza que se acumulava cada vez mais em meu peito. – Infelizmente....

  Estávamos sentados lado a lado na areia branca em que antes pisávamos, observando o belo e calmo mar que se chocava contra algumas rochas que ali haviam. O vento batia em nossos rostos, fazendo com que todas as lágrimas que continuavam a cair por meu rosto, se secassem. 

  _Eu realmente não sei o que aquele velho fez para você mudar tanto.... ou melhor dizendo, Albafica.... – ela sorriu de canto, mas logo desfez tal gesto ao perceber que aquele era o meu real motivo de estar ali. – Ei, não fique assim...

  Deitei minha cabeça em seu ombro, procurando conforto e um pouco mais de segurança em seus braços. – Eu pensava que ter perdido a senhora, meu pai e meus avós já era uma grande punição por meus pecados.... – chorei baixinho. – Mas agora, posso ver claramente que minhas punições nunca tiveram um fim...  

  _E você acha que tudo o que aconteceu até agora foi algum tipo de punição? – questionou-me. 

  _Eu nunca fui feliz, minha mãe...

  _Nem mesmo quando esteve ao lado de Albafica? – tomou um pouco de distância para me olhar nos olhos. – Sage, Hakurei, Lugonis.... Melissa? Todas as pessoas que estiveram do seu lado nos momentos mais difíceis da SUA vida? – vendo-me abaixar a cabeça, franziu o cenho. – Manigold...! 

  _Eles estão melhor sem mim! – exclamei. – Sage não terá mais o trabalho de se preocupar comigo! Hakurei poderá trabalhar em paz, Lugonis nunca mais precisará olhar para minha cara, Melissa vai encontrar alguém que cuide bem dela e Albafica...! – as palavras morreram em minha boca. 

  Voltei minha atenção para o mar em minha frente, sentindo sua brisa bater em meu rosto com a intenção de aliviar minha dor, mas nada adiantava....

  “Com amor: Albafica”

  Senti minhas mãos serem cobertas pelas suas, fitando-a com um sorriso triste e recebendo um beijo na testa como resposta. 

  _Você precisa voltar – ela sussurrou. – Ele o espera....

  _Não há ninguém me esperando.... – pousou um se seus finos dedos em meus lábios, interrompendo-me

  _Não teime com sua mãe – ela sorriu, permitindo a si mesma chorar. – Sempre estarei com você, Manigold.... Eu te amo, meu pequeno....

  _Eu quero ficar com você – a abracei com força. – Não quero ficar sozinho....

  _Você nunca esteve.... – voltou-se para o mar, abrindo um leve sorriso para a pessoa que nos observava de longe.

  Seus pés eram atingidos pelas ondas calmas do mar, todos os fios de seu cabelo voavam com o ritmo do vento, batendo em seu próprio rosto. Um sorriso tímido formou-se em seus lábios ao retirar o tanto de cabelo esparramado por cima de seus belos olhos. Minha visão ficara turva, cocei meus olhos duas, três vezes, até que, finalmente, havia identificado aquela bela criatura que continuava a sorrir para mim. Sem ao menos pedir licença para minha mãe, corri em sua direção, agarrando-o pela cintura e afundando minha cabeça na curva de seu pescoço, inalando aquele delicioso aroma de rosas que eu tanto amava. Seus finos braços envolveram meu pescoço, retribuindo o abraço de maneira carinhosa, enquanto brincava com o meu cabelo. 

  _Pensei que havia perdido você.... – solucei. 

  Recebendo apenas seu silencio como resposta, Alba recuou alguns passos para trás, tomando meu rosto com suas delicadas mãos e enxugando todas as lágrimas que me restara. 

  _Por que você fez isso...? – sua fala soou baixa. – Por que os abandonou?

  Tomando suas gélidas mãos para mim, as beijei com carinho. – Eu não posso viver sem você, Alba... – acariciei-lhe o rosto. – Não posso... e não quero....

  Seus olhos brilharam por minhas palavras, mas um misto alegria e tristeza se destacara em seu rosto, demonstrando algum tipo de preocupação. E eu sabia exatamente a origem de seu remorso. 

  _Eles ficarão bem – puxei seu corpo para mais próximo do meu. – Seu pai, Melissa, todos....

  _Você também me abandonou, Manigold.... – ele soluçou. – Idiota.... Por que você teve que fazer isso...? Por que, Manigold...? Por que você teve que me abandonar...?

  _O-Oque? – balbuciei, confuso. – Alba...? 

  _Ele o espera. – minha mãe repetiu, aproximando-se de nós dois, acariciando o cabelo de Alba em seguida. – Eu realmente não sei o que esse garoto tem de tão especial para que você mudasse tanto, Manigold... – ela sorriu gentilmente, depositando um beijo na cabeça daquele que continuava a soluçar em meu peito. – Cuide bem dele para mim, Albafica.... confio em você.... – voltando-se para mim, ela acariciou meu rosto. – Confio em você também.... Eu te amo...

  ***

  Escutava um choro distante que se aproximava de mim aos poucos. Alguém chamava por meu nome com desespero, soluçando suplicas e xingamentos contra minha pessoa. Abri meus olhos lentamente, estreitando-os pela tamanha claridade que habitava aquele local. Senti meu corpo pesar, deparando-me com uma bela criatura de cabelos azuis e que cheirava a rosas silvestres, deitado sobre, chorando e chorando. Um leve e dolorido sorriso formou-se em meus lábios, levantando um de meus braços com dificuldades, sem que Alba percebesse. Acariciei-lhe os cabelos, assustando-o por meu gesto, mais ou menos, carinhoso. 

  _Manigold...? – boquiaberto, seus olhos inchados pelo choro encontraram os meus. 

  _....oi... – foi tudo o que consegui falara antes de ser pego de surpresa por um abraço apertado e nada delicado. – Alba...! Seja mais delicado....

  Uma risada misturada com um soluço escapou de sua boca. – Seu idiota! – bradou, irritado. – Você tem ideia do susto que me deu? 

  _Que EU te dei?! – recuperei minha voz. – Cara, a culpa desse susto foi SUA! Se você não tivesse me assustado daquela maneira...eu.... – perdi a voz novamente. 

  _Mani...?

  _Eu pensei que havia perdido você... – foi a minha vez de chorar. – Você.... Por que, Alba...?

  _Ei – ele sorriu dentre lágrimas. – Aquilo não passou de uma queda.... Eu estou bem... curado e pronto para cuidar de você.... – correu seus dedos sobre meu rosto. – Eu não corro mais risco Manigold.... Eu não sei como, mas eu estou bem... ficarei ao seu lado para sempre e sempre, até os fins de meus dias.... Assim como você planejou....

  _É impressão minha, ou você ficou mais confiante com a sua melhora? – brinquei, arrancando de si uma risada tímida e gostosa. – Sério, eu preciso ser o depressivo agora? Tipo: “Com amor: Manigold”

  _Bobo – riu. – Aquilo era para ser apenas uma carta de agradecimento, o porém é que passou daquilo que eu imaginava....

  _Sério? Nem havia notado! – fui irônico, sua risada ecoou pelo quarto. – Mas mudando de assunto: Albafica, você sabe o quanto eu te amo, não é? – recebi um aceno positivo seu acompanhado por um de seus mais belos sorrisos. – Que bom, agora eu posso falar sem problema algum: Você é pesado e eu estou todo quebrado. Por favor, saía de cima de mim! 

  _Ah, perdão! – deu um pulo para trás. – Perdão. 

  Fiz uma careta de dor, recebendo um carinho do mesmo logo em seguida. – Eu te amo. – falou, permitindo-me passar o restante daquele dia ao seu lado, só que dessa vez ao contrário, afinal, agora era ele quem cuidava de mim, com muito amor e carinho, do jeito que mamãe havia pedido.

   


Notas Finais


Surpresinha para vocês!!!
Muito obrigada por tudo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...