Pov's Nina
- Não vai mesmo entrar? - Fitei Paul por alguns segundos.
- Entendo sua insistência, Niniz. Mas tenho assuntos para resolver. - Disse com um ar de gabação.
- Pelo amor de Thor, para de se gabar, tenho certeza que esses "assuntos" são jogar videogame com aquele seu amigo lá. - Disse se referindo ao que ele arrumou emprego.
- Caraca Niniz, do jeito que você fala dele, até parece que tem ciúmes. - Soltou uma risadinha.
Pode até ser que ele esteja certo.
- Sai, Wesley. - Revirei os olhos- Já que alguém não quer entrar, vou indo - Dei ênfase no "alguém".
- Tá bom, se cuida, Niniz. - Beijou minha testa e saiu indo em direção oposta que viemos, fiquei ali parada e o vi virar a esquina.
Entrei em casa.
- Mãe? Pai? - Disse quase gritando. - É, pelo jeito não tem ninguém!
Fui até a cozinha e adivinha? To sem almoço! Não sei porque o papai ainda não contratou uma cozinheira e empregada ainda, ele tem condições pra contratar 20 cozinheiros e empregadas. Não é exagero, mas a empresa do papai é milionária, porém ele diz não confiar em estranhos trabalhando em nossa casa, tá.
(...)
A preguiça me dominava, na hora do almoço tentei fazer bacon, ovos e arroz, porém fiz uma bagunça danada, o que importa é que eu comi, saúde em primeiro lugar.
Tomei um banho e vesti meu pijama já que não havia programado nada pelo resto do dia. Fiquei assistindo séries de investigação criminal o resto do dia e trocando mensagens com a Sophie.
"Boa tarde, garota que cai de cadeiras. S."
"Boa tarde, garota mente poluída HAHAHAHA. N."
"Shopping amanhã às 14:30? S."
"Tudo bem, Soph! Combinado, até amanhã. N."
Olhei para o relógio e era 18:34, o.k, cadê meus pais?
- Alô? - Disse papai atendendo a ligação que fiz.
- Onde o senhor tá, papai?
- Desculpa, pequena! Acabamos enrolando aqui na empresa - Senti uma sensação de alívio - Mas acho melhor a senhorita ir pedindo uma comida japonesa de janta.
- Mas por que? Vocês não vem jantar? - Senti um vazio me completar.
- Não, Nina. Sua mãe e eu vamos jantar na casa de um cliente, estamos prestes a fechar um grande negócio. - Ouvi sua risada, sorri também.
- Tudo bem, vai chegar muito tarde?
- Creio que não, mas não precisava se preocupar, tá?
- Uhuum, então tá, papai. Boa sorte, se cuida, te amo!
- Também te amo, filha. Obrigado! - Assim encerrou a chamada.
Comida japonesa? Ok. Barriga cheia? Ok. Dormir? Ok.
Estava pronta para dormir, estava deitada olhando pro teto, quase pegando no sono quando ouço o barulho do alarme.
Fui até o escritório do papai correndo, peguei o telefone e o Colt dele. Sim, é exagero pegar uma arma, mas sou muito medrosa. Desci em um pulo, desliguei o alarme, chegando no hall, vi que a porta estava aberta.
Céus.
Engatilhei a arma, e fui andando devagar para fora, virei de costas pra ver como a porta foi aberta.
Ela foi destrancada.
Quando me virei, trompei com algo, ou melhor, alguém.
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