Capítulo 2 – My Memories
Lucy pov’s ----------------------//--------------------//-------------------//----------------
“Era hoje, iria contar hoje, não consigo mais esconder, já faz quase duas semanas que sei e ainda não consegui contar para ele, mas de hoje não passa.”
Com isso em mente levanto da cama decidida e vou me arrumar, escovo os dentes, tomo banho, me visto, tomo café, escovo os dentes de novo, pego as chaves do carro saio de casa.
--------------//--------------// quebra da tempo-30 min//---------------//------------
O QUE EU FAÇO!!!!???? Será que é muito tarde para desistir e contar outro dia? NÃO LUCY você vai contar hoje. Dou tapas leves em meu rosto, suspiro e entro na loja, e, simplesmente me encanto pelo lugar.
Estava olhando umas roupinhas quando uma das atendentes vem até mim.
- precisa de ajuda querida? – me viro para ela, um senhora de idade, aparência gentil, deduzo ser a dona da loja. Sorri fraco e assinto que sim.
- e com o que seria?
- bem... vou contar para o meu namorado que estou gravida, mas não sei como, então pensei em fazer um presente com algo que indique- confesso suspirando em seguida.
- ahh sim, já sei como resolver- me leva até um pequeno balcão com várias gavetas, abre uma e retira de lá uma pequena caixa, a coloca em cima do balcão, olhou para mim e fez sinal para eu abrir, abro ela meio relutante, ao abrir vejo um par de sapatinho brancos feitos de crochê, eram lindos, pego um e fico o admirando.
- fui eu mesma que fiz- olho admirada para a Senhora
- sério- ela assente- são lindos, obrigada por mostra-los, quanto que são?
- nada- a olhei confusa, como assim nada?
– você parece uma boa moça, e eu acho pagamento suficiente esse brilho em seus olhos quando você os olhou- ela coloca suas mãos sobre as minhas, a olhei admirada, não me segurei e a abracei.
- obrigada, mesmo- me separo e dirijo um grande sorriso para ela.
Depois de conversar mais um pouco vou para casa e coloco a caixa com o sapatinho dentro do armário, daria para ele depois do jantar, por falar em jantar, ele já está quase pronto, arrumo a mesa de jantar, e quando termino sinto alguém me abraçar por trás.
- yo abelha- me viro para ele
-yo blondie- ele me dá um selinho, sorrio quando ele se separa
- vamos se sente, já vou buscar a comida- vejo ele abrir um belo sorriso, sorri também, como será que ele vai reagir? Apesar de tudo eu o amo mais que tudo.
-----------------//-------------// quebra de tempo-10 min//-------------//------------
Não, de novo não, estamos brigando de novo, odeio isso
-PARE DE SER TÃO ARROGANTE- gritei novamente, não conseguia me segurar, nem me lembro o porquê dessa discussão
-ENTÃO PARE DE SE IRRITAR POR TUDO- grita ele de novo as lagrimas ameaçavam cair
- EU NÃO ME IRRITO POR TUDO- respondo indignada
- SE IRRIA SI- se auto interrompe ao ver uma lagrima escorrer pelo meu rosto, o vejo esticar sua mão em direção ao meu rosto mas desvio e corro em direção as escadas “preciso sair daqui, preciso sair daqui” quando chego ao quarto vou em direção ao armário pego uma bolsa e começo a jogar algumas de minhas roupas dentro, não conseguia pensar em nada apenas em sair dali por algum tempo
- blondie- ouço ele sussurrar, ignoro- o que está fazendo- seguro o choro e respondo tentando não desmoronar ali mesmo
- vou passar uns dias na casa do meu pai *suspiro*, estamos brigando muito ultimamente *suspiro*- dou uma pausa, a minha fala seguinte iria doer, e muito- vou dar um tempo
Me levanto e passo correndo por ele, desço as escadas parando em frente a porta, meu peito doía muito.
-BLONDIE – o ouço gritar o apelido que ele deu para mim, dava para perceber seu desespero de longe, e isso me fez despedaçar, as lagrimas desciam livremente agora.
- tchau Sting até outro dia- e sai correndo para o carro, as lagrimas embaçavam minha visão mas em ligava, entro no carro e dou partida, sem perceber apertava o acelerador cada vez mais forte, estava doendo, meu peito doía muito, meus soluços estavam cada vez mais altos e mais constantes, no pouco de visão que ainda me restava identifiquei uma tempestade “ótimo’’ foi meu pensamento.
Estou perto da casa do meu pai quando vejo um sinal vermelho e só ai percebo quão rápido o carro está, me desespero e piso forte no freio só que ele não para, “droga, droga, droga” piso mais forte e ele finalmente para, olho em volta tentando identificar aonde o carro parou, mas ao olhar para o meu lado direito vejo uma forte luz se aproximar rapidamente, olho melhor e identifico um caminhão, estava perto e rápido demais, não daria para escapar.
Do nada vejo minha vida passar diante de mim como um filme, lembranças a tempos esquecidas e outras recentes, sinto as lagrimas descerem mais fortes e sussurro
- Adeus Sting, pai, amo vocês- e sinto o forte impacto, não queria deixa-los
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Fim
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Sqn
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Estava escuro, muito escuro, forço os meus olhos a se abrirem, só que ao se abrirem me arrependo e os fecho novamente, muito claro, os abro de novo só que dessa vez devagar e pisco várias vezes para me acostumar com a claridade, ao me acostumar me levanto e olho em volta, não tinha nada, me lembro do acidente e começo a chora, não queria deixar meu pai e principalmente deixar o Sting, e saber que o meu bebê morreu comigo me machuca ainda mais.
- porque choras tanto jovem? – alguém me pergunta, nem me dou ao trabalho de olhar quem é
-não queria deixá-los, queria ter me despedido, principalmente do Sting, a gente brigo, eu queria me redimir com ele- digo com pesar
- vou realizar seu desejo, quando eu me ver de novo vai ter que tomar uma decisão, pense bastante, você vai saber sobre o que, até mias- sinto como se algo me puxasse e quando abro meu olhos, me espanto, estou em casa, em minha casa.
- “... teve a jovem identificada como Lucy Heartfilia” – depois dessa fala escuto uma baque como se um corpo tivesse caído, corro até a sala e vejo Sting de joelhos em um estado horrível, me agacho em sua frente e tento consola-lo
- ei abelha eu estou aqui, estou bem, não se preocupe, se acalme por favor, você sabe que odeio ver pessoas chorando principalmente você então pare por favor- começo a chorar de novo, percebo que ele não pode me ver nem me ouvir, não me importo com isso e o abraço bem forte e sinto ele se acalmar mesmo que pouco, isso já me deixa melhor, o escuto sussurrar algo como “seja um pesadelo” não entendo muito bem, ele sai do transe, e eu também, pelo celular ele se levanta e vai atender e eu apenas fico viajando nos meus pensamentos, me livro deles quando vejo Sting sai correndo porta a fora em direção ao carro, corro até ele e vou junto.
--------------//--------------//quebra de tempo-30min//--------------//--------------
Chegamos ao hospital, então era isso, vejo Sting travar ao sair do carro, vou ao seu lado e pego sua mão a apertando tentando lhe transmitir forças, por um momento pensei sentir sua mão apertando a minha de volta, sorrio fraco
-vamos, você tem que se manter firme, por mim vai- sussurro em seu ouvido, depois da minha fala ele suspira e entra no hospital seguindo caminho para o necrotério e eu me mantenho ao seu lado.
Quando chegamos ao necrotério fomos olhar meu corpo, era estranho olhar meu próprio corpo morto, o Doutor chama o Sting mas eu fico olhando meu corpo, passei a mão no ventre do meu corpo e comecei a chorar novamente, me ajoelho ao lado do corpo mantendo minha mão ainda em cima do ventre
-me desculpe, eu nem tive a capacidade de te deixar viver, de lhe deixar crescer em mim, nem de deixar você nascer. Me desculpe- depois de me recuperar voltei para o lado de Sting
-perda? – parece que cheguei numa hora ruim, fico na frente de Sting, olho em seus olhos e começo a dizer, mesmo sabendo que ele não ia me escutar.
- é Sting, eu estava gravida de você- abro um pequeno sorriso- íamos ter um bebê, só não tive tempo de te dizer isso, me perdoe- depois disso me calo, estava alheia as falas do médico, apenas observava as reações do abelha, e, na hora que pelo que deduzi o médico falou de minha gravidez ele ficou desolado e eu apenas o abracei extremamente forte, pelo menos de minha parte era só o que eu podia fazer.
E foi assim por semanas eu tentando consolar ele como podia, e quando ele achou o sapatinho foi horrível, nunca o vi chorar ou se culpar tanto, apenas o abracei e fiquei repetindo que estava tudo bem e que não o culpava, Sting visitava o meu pai vez ou outra e os dois consolavam um ao outro, soltava alguns sorrisos com isso, e essa era minha situação atual, vendo os dois conversarem, até que aparece alguém do meu lado, reconheço como a pessoa que “realizou meu desejo”
- então já se decidiu Lucy- me pergunta enquanto também olhava a conversa
-sim já me decidi- viro para ele
- e o que vai ser? – se vira para mim
Respiro fundo e digo firme- irei renascer- sorri fraco- quem sabe não os vejo nessa outra vida- ele ri um pouco
- seu desejo é uma ordem- depois disso simplesmente apago
------------------//--------------// em outro lugar//-----------------//-------------------
O choro de bebê invadia o local antes silencioso, a enfermeira enrola o pequeno bebê em uma toalha e o entrega para sua mãe
-Parabéns senhora Dragneel é uma linda menininha, se me permite como será o nome- a jovem mulher pega a criança e olha os belos olhos achocolatados que a mesma possuía e sorri logo respondendo a enfermeira
- Lucy, seu nome será Lucy Dragneel.
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