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História My vampire - A cereja do bolo


Escrita por: Keityy

Notas do Autor


´´Um dia sem ele é igual a mil anos de tortura, seu amor é o que realmente preciso.. necessito, custe o que custar´´

Capítulo 6 - A cereja do bolo


Fanfic / Fanfiction My vampire - A cereja do bolo

Ao sair da sala senti que minhas pernas me carregavam, mas minha consciência ainda estava ali, presa naquele acontecimento estranho, mas que coisa, que cara abusado e que arrogante. Estava irritada com aquela confiança toda dele.

- Parabéns Clare! Sabia que iria conseguir estou orgulhoso – Alex primeiro me dava um aperto de mão e colocava a outra em cima da minha cabeça enquanto eu me sentia uma criança.

- Obrigada, você pode ir se quiser eu tenho uma aula pra assistir agora à tarde.

- Nossa já? Que bom use de cada minuto para adquirir conhecimento e se torne uma das melhores.

- Vou tentar senhor- disse batendo continência.

- Assim que se fala me ligue pra vir te buscar depois.

- Ok.

Por sorte tinha meus materiais comigo e um caderno e caneta para anotações, ficar ali de surpresa não era problema, mas o que estava me incomodando era aquela roupa careta demais.

Agora tinha que me virar para achar a sala e o horário da aula, passei por uma sala indicando secretaria em cima da porta.

- Por favor, sou nova aqui e gostaria de saber o horário da aula do senhor Kisame e qual a sala? – aquele lugar era imenso e estava com receio de me perder.

- Só um minuto, por favor – uma mulher vasculhava no computador, poucos minutos depois me entregou um papel que saia da impressora.

Aula de Literatura -13:00 horas  –Dr. Yukino Kisamen – 3º andar, corredor II, SALA 195.

- Obrigada.

- Por nada... Hann... Boa sorte com senhor Kisame – dizia com um sorriso torto no rosto.

- Como assim? Perguntei confusa

-As aulas dele, são poucos que passam nessa matéria.

Dei um sorriso sem graça e sai de lá, então essa seria o início de uma jornada sem um final feliz? Não podia me dar por vencida, se seria um osso duro de roer valeria pelos dois lados. Olhei no relógio eram meio dia, estava sem almoço e meu estomago roncava, comecei a sentir um cheiro muito bom que sem pensar fui seguindo. O cheiro me levou a um enorme salão aberto com muitas pessoas que em mesas independentes comiam seus almoços.

Era o refeitório mais incrível que eu já tinha visto, as paredes eram de madeira escura, algumas esculturas antigas decorando o lugar e plantas. No fundo havia o que parecia ser uma cozinha, mas não dava para ver, pois a abertura era embutida na parede e as pessoas tiravam seus almoços de lá.

Fui caminhando até o fundo olhando as pessoas, muitos de diversos estilos, alguns sozinhos lendo livros, outros em grupos que riam muito, me sentia deslocada ali, provavelmente ficaria sozinha. Ao chegar no balcão havia um cartaz escrito opções do dia, havia purê, hambúrgueres, salada, frutas, alguns sabores de suco e muitas outras coisas, lá dentro um refrigerador com alguns refrigerantes e sorvetes. Nossa realmente era incrível ali.

- O que vai querer – a senhora de touca e avental perguntava impaciente apontando outros que esperam atrás de mim.

- ah... Pode ser um hambúrguer

- com fritas? E vai beber o que?-Ela parecia nervosa

- Sim, e um soco de laranja.

Peguei a bandeja e virei para trás procurando um lugar para sentar, tinha muita gente, mas a esquerda bem no fundo uma mesa encostada na parede estava vazia. Bingo! Fui apressada antes que outro pudesse sentar, quando estava perto com a mão para puxar a cadeira um cara de cabelo arrepiado entrou na minha frente e se jogou na nela.

- Oi, você ia sentar?

- É... Acho e ia né.

- Fica a vontade vamos dividir a mesa, não há mais sobrando você se importa? – sorria em um tom sínico.

-Sim eu me importo – aquele cara invadiu minha mesa – pensei um pouco, não era bom começar já fazendo inimizades- hum... Vou sentar, não estou a fim de comer em pé.

- Legal, e aí para que você está estudando? Aliás, sou Peter.

- Quero ser escritora, sou Clare.

Enquanto mordia um pedaço do meu hambúrguer observava Peter. Sua pele era extremamente branca como a minha, cabelos pretos arrepiados naturalmente e olhos puxados bem discretos, tinha que reparar bem para perceber e eram verdes. Ele era bastante alto e magro, porém um físico compatível a sua altura, Peter vestia uma calça saruel preta com uma corrente no lado direito, uma camiseta cinza com o símbolo da paz em grafite preto e um coturno, um cara bem descolado por sinal.

- Hum... Interessante, mas uma garota bonita como você não tem cara de ser escritora – seu sorriso era brilhante.

-A não?- Senti minhas bochechas ardendo- e você o que quer se tornar senhor juiz?

- Talvez assuma a empresa de transportes do meu pai, mas estou na área da Sociologia por enquanto, é o que me interessa no momento – mordia seu canudo olhando pra mim e sorrindo.

- em que ano você está Clare?

- Por mais engraçado que pareça estou começando hoje.

-Sério? Ah você não perdeu muito.

-Clare? O que tah fazendo aqui? E vejo que já conheceu a ralé.

-Megan? Ela era um colírio pros meus olhos.

- Ah sua feiosa puxa uma cadeira – Peter e Megan pareciam se conhecer

- Conhece ele Megan?

-Sim, é meu amigo e estamos na matéria de psicologia de tratamento juntos, e se você está aqui provavelmente passou no exame – Megan bagunçou seu cabelo arrepiando de Peter e sentou.

- Ah, provavelmente faremos literatura juntos, que por sinal estamos atrasados – disse Peter.

 Olhei no relógio, cinco pra uma.

- Ah caramba ainda nem sei onde é essa sala –e já fui juntando minhas coisas doida de pressa.

-Não se preocupa vamos juntos, mas precisamos correr.

- Miga mais tarde te ligo perguntando da entrevista- gritava Megan já ficando longe.

Peter agarrava meu braço e corríamos tão rápido que nem via direito para onde estávamos indo, passamos por corredores, subimos escadas até dar em uma porta com uma placa a cima indicando 195 o numero da sala.

- Ufa! Chegamos – Peter e eu estávamos super afobados tentando respirar o ar que faltava – espera um pouco – ele ajeitava uma mecha do meu cabelo colocando-a para trás da orelha e ajeitando a gola da minha blusa, que me fez corar – pronto! Agora podemos ir.

Ao entrar na sala, a aula estava prestes a começar, Yukino abria sua maleta enquanto todos os alunos ainda se acomodavam. Que sala incrível era aquela, em forma de auditório com as bancadas dos alunos de forma crescente, a cada fileira era mais alta, a lousa e o professor ficavam abaixo. Havia muita gente, ao entrar percebi que Yukino me olhava de canto de olho e aquilo incomodava Peter ainda se agarrava ao meu braço me puxando pelo corredor até acharmos assentos vazios lado a lado.

-Vamos sentar aqui pode ser? Disse sorrindo

- Pode- quase não havia lugares disponíveis mesmo

Sentamos e a aula logo começou, meus ouvidos para o mundo se fecharam e só podia ouvir a voz de Yukino, era uma aula penetrante e ele ministrava com tanta paixão que só um idiota não perceberia o quanto ele amava o que fazia. Comecei a me fascinar por aquilo, ou por ele.

A forma com que seu cabelo caia nos olhos dava um ar sedutor a ele, como mexia as mãos enquanto falava à forma que se apoiava na lousa. Tudo aquilo pude absorver em um transe completo totalizado em duas horas inteiras de aula que não vi passar.

-Clare... Clare! Acorda

- Ai o que foi? Fui despertada

- Esse professor é tão legal assim?

- HÃ?

- A aula já terminou e você ai babando

-Aff, lógico que não, só estava distraída.

-Sei, vamos vazar daqui.

Todos já tinham saído, eu e Peter descíamos o corredor da sala e Yukino guardava seu material, dessa vez não olhou pra mim. Saímos pela porta e fazíamos o caminho de volta, dessa vez com calma e pude observar melhor o lugar que cada vez me deixava encantada. Peter conversava comigo, mas não estava prestando atenção, pensava no meu novo professor e a forma que ele estava mexendo comigo.

Quando pude perceber já estava na porta central de saída.

- Alguém vem te buscar?

-É... Sim, vou ligar pro meu pai.

- Ok, então vou para o meu dormitório.

- Você mora aqui?

- Sim – apontou para um dos prédios atrás da universidade- todos aqueles prédios são dormitórios.

- Deve ser legal!

- Sim, é bom ter seu próprio canto, meu colega de quarto desistiu e foi embora e agora sou só eu e Lucke.

-Lucke?

- Meu hamister, qualquer dia você vai lá conhecer, assim como foi legal te conhecer – Sua mão em meu ombro era quente e sorria pra mim.

- Sim, qualquer dia eu e Megan vamos lá – lógico que eu não iria a um quarto de um garoto sozinha e um que conhecia a poucas horas, então dei um jeito de meter Megan no meio.

- Beleza, até mais então.

-Até e valeu por me salvar hoje, não acharia a sala a tempo.

-Imagina, um sorvete paga- dizia correndo rumo ao prédio acenando com a mão.

Peguei meu celular e liguei para meu pai que não atendeu, então tentei no serviço.

- Hãn... P... Pai da pra vir me buscar? – ficava sem jeito de chama-lo de pai e falar apenas seu nome parecia frio demais.

-Clare agora não vai dar, estamos investigando casos sérios e estranhos agora, não posso sair, mas assim que abrir uma brecha aqui eu te ligo que estou indo ok?

- ok – fazer o que né, mas o que seria esse ´´estranho``?

Deliguei o telefone e sentei nos degraus de pedra, eram três e meia, mas o céu estava tão escuro que aparentava serem umas seis horas, as nuvens estavam carregadas e trovejavam. Não demorou muito até a chuva cair fina e aumentar a intensidade gradativamente, que ótimo era tudo que eu precisava, morrendo de frio aqui fora, sem nada pra fazer e uma chuva torrencial que sem dúvida era a cereja do bolo.

Levantei-me e fui pra perto da porta, que se abriu quase me derrubando para dentro e uma mão me sustentou por trás envolvendo minha cintura, apenas senti o baque e olhei para cima, era Yukino com uma expressão de supresa.

- Anda um pouco distraída senhorita Davidson.

- Me perdoe, acho que estava mesmo – sai logo daquela situação constrangedora esticando minha blusa envergonhada.

- Tome cuidado, não costumo tolerar atrasos.

Nossa que ótimo o que mais esse cara não tolerava a própria existência? Esse mau humor me irritava.

-Não vai acontecer de novo, fique despreocupado – usei o mesmo tom de ignorância.

-Essa chuva esta muito forte, e meu carro longe não conseguirei sair agora – falava olhando para chuva que caia forte – Venha, vamos esperar lá dentro, o vento esta forte e você vai se molhar aqui fora.

Não queria, mas tive que concordar, passei pela porta e ele veio ao meu lado.

-Você gosta de ler?

- Bastante.

- Então vou te levar a um lugar.

Ainda circulavam algumas pessoas no campus e estava claro e mais quente do que lá fora, fomos andando e ainda no primeiro andar entramos em um salão que era a biblioteca, gigantesca com alguns andares e escadas de madeira fixada nas estantes de alguns metros, a cima no centro um lustre enorme de vidro que imitava um globo geográfico e desenhos de leões azuis envoltos no emblema da universidade nas paredes.

- Uau! Simplesmente incrível – estava boquiaberta

-Sim, um dos meus lugares preferidos daqui.

Ele foi andando na frente e eu o seguia, entramos em um corredor com livros que eu conhecia apenas na internet.

- Não vai me dizer que esses são os clássicos literários mais cobiçados do mundo?

- Sim, e são todos originais.

- Caramba, são relíquias preciosíssimas, deve ser uma fortuna tudo isso aqui – era impossível disfarçar uma cara tão idiota quanto a minha como uma criança em vitrine de loja de brinquedos.

-Humss – Yukino suspirava em um riso olhando pra mim, coisa estranha de se ver – Toma, pegue esse – tirou um livro grosso com capa vermelha bordô e paginas envelhecida.

- Contos místicos medievais – li a capa

- Gosta desse tipo de literatura?

- Sim.

-Vamos sentar lá em cima – apontou para o andar de cima da galeria.

Afirmei com a cabeça e subimos a escada em espiral, lá em cima era mais aconchegante, havia poltronas e um sofá de canto com algumas almofadas, tudo em tons de azul, marrom e bege. Sentamos um de frente para o outro em uma pequena mesa redonda que tinha no centro, Yukino tirou seu casaco pendurando atrás de sua cadeira e pude perceber o reflexo de um brilho vermelho abaixo do pescoço na abertura de sua camisa preta.

Desviei o olhar e comecei  folear o livro, estava tensa de estar ali sozinha com ele, não havia quase ninguém por ali e acho que seria um pouco estranho uma aluna e um professor ali sozinhos. Ele começou a falar um pouco da história daquele livro e fui me envolvendo tagarelando sem parar, ao perceber que ele estava apoiado com a mão no queixo me observando e só eu falava, senti que podia enfiar a cabeça em um buraco e não sair mais. Abaixei a cabeça tímida.

- Acho que encontrei um pouco da emoção que faltou em você naquele dia – seu olhar era calmo e terno.

- Emoção? – sorri – acho que só foi empolgação ao falar do que gosto.

- Não, tenho certeza, nós vamos chegar lá.

Mordi o lábio nervosa, procurando algum ponto em que não fosse aquele olhar penetrante, Yukino se inclinava para frente cada vez ficando mais perto, a distancia entre nós era curta.

- Clare...

Um subto beijo me pegou de surpresa, seus lábios eram frios, mas uma sensação que me fazia arder por dentro. Ele se afatou arrastando sua cadeira ao lado da minha, ainda sentado, e estava congelada sem reação. Voltou a me beijar e dessa vez com mais intensidade, eu não sabia o que estava fazendo apenas seguia os ritmos de sua língua explorando a minha, sua mão entre meus cabelos. Um turbilhão de sensações que nunca havia experimentado e como era bom, podia ouvir os batimentos do meu coração.

Estava perdendo as forças e os sentidos, o que estava acontecendo? Agarrei a gola de sua camisa enquanto tudo ficava escuro, com certeza aquilo se tornara a cereja do bolo... E não vi mais nada.


Notas Finais


Hi!! As coisas estão esquentando por aqui, deixem seus comentários pf, saber a opinião de vcs é importante s2 bjs


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