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História My Verdict - Klaroline - The Dad Is Dead


Escrita por: nastyjomo

Notas do Autor


Desculpem o atraso, mas estava tudo muito corrido. Amanhã compenso com mais um capítulo.
Espero que gostem do capítulo. E como diz o título, não é um dos mais felizes 💔

Capítulo 20 - The Dad Is Dead


AUTORA'S POV

Caroline terminou a última prova do semestre e cancelou sua matrícula logo em seguida. Havia conseguido passar em todas sem maiores esforços. O que a incomodava era seu futuro incerto, suas dúvidas quanto ao que fazer e alguém para dizer o que era certo e errado naquela altura do campeonato. 

- Soube que está indo embora hoje. - Jennifer parou-a no corredor - Pode estar cometendo o maior erro da sua vida.

- É, estou... Não sei se cometi o erro vindo ou se vou cometer voltando. - disse sem jeito - Você e o Enzo terminaram mesmo?

- Sim. Não aguentava mais carregar um cara assim. Você teve sorte quando ele terminou com você. Nenhum homem merece uma mulher como você e como eu. Nós somos inteligentes e maduras o suficiente para saber quando se tem alguém decente do nosso lado. Klaus é a pessoa certa para você. - foi sincera - Por que não vai atrás dele?

- Não acho uma boa ideia. Além do mais, tenho alguns assuntos para resolver em Nova York. 

- Caroline, me desculpe pelas vezes que te tratei mal. Você é uma boa pessoa. Não deixe um cara como o Enzo achar que você não é suficiente.

- Desculpe também se alguma vez não fui educada. Enzo causou todo esse desentendimento e não queria que nada terminasse assim. 

- Eu também. Espero que encontre sua felicidade, seja lá ou aqui.

- Digo o mesmo. 

Elas se abraçaram. Era algo que nunca imaginaram fazer, mas que não havia motivos para não. Foi o pedido de desculpas que arranjaram para apagar todo o mal entendido que aconteceu por culpa exclusiva de Enzo, que agora estava sem ninguém. 

- Não vai se despedir de mim? - Troy cutucou Caroline - Vou sentir falta da minha única amiga da faculdade. Única não, uma das únicas.

- Não me diga que conseguiu a garota! - ele assentiu e ela ficou feliz - Você é incrível, Troy. - abraçou- o - Espero que tenha muito sucesso. 

- Você também.

- Acho que pode se tornar amigo da Jennifer. Descobri que ela não morde.

- Não mesmo. - sorriu - Período que vem vamos estudar juntos. Vai ser ótimo!

Caroline seguiu cabisbaixa seu caminho para casa. Ao chegar, se isolou no quarto e começou a arrumar suas coisas nas mesmas caixas e malas que trouxe na ida.

- Você vai ficar bem? - Elena perguntou sem entrar no quarto 

- Vou. - terminada de arrumar a sua mala - Meu carro vai ficar. Vou de taxi para casa. 

- Não precisa. Damon vai passar um tempo aqui comigo, ele me empresta o carro quando eu precisar. Não se preocupe comigo. - sorriu - Não quer mesmo que eu volte com você? Nós fizemos isso juntas.

- Eu estraguei tudo, não foi? Além de te tirar de uma faculdade, vou te deixar aqui. Desculpa. - se jogou na cama - É que eu estou perdida. Num momento eu pareço ter tudo, mas no outro sou uma gota no oceano.

- Não tem que me pedir desculpas. Você fez o que achava certo e não tem erro nenhum nisso. Isso se chama coragem. E devo dizer que essa "nova Caroline" ainda vai conquistar muita gente por ai. 

- Só você acha isso. - revirou os olhos - Opinião de melhor amiga é igual de mãe, não vale.

- Claro que vale! E Damon e Stefan também acham isso.

- E como está o Stefan? 

- Igual a você: desanimado, só pensa em estudar, comer e dormir e não vê a hora do período acabar.

- Eu vou me despedir dele. 

- Está indo hoje? 

- Sim. - soltou o ar dos pulmões - Só está faltando coragem.

- Siga seu coração. Tire um tempo para pensar na vida, em como vai ser daqui para frente. Não fique com medo do que está por vir, você sabe se virar.

- Obrigada por tudo. - correu até ela e deu um abraço apertado em Elena - Você é a melhor amiga que eu poderia ter. - não conseguiu conter as lágrimas - As vezes eu queria ser você. 

- Não precisa agradecer. Queria ser eu? Por que?

- Meus pais sempre te preferiram e eu sempre quis saber o motivo. Você é doce, meiga, linda e sempre foi mais dedicada do que eu. Seus pais foram duas pessoas de sorte ao te terem como filha e meus pais não tiveram essa sorte.

- Você não sabe o que está falando. - balançou a cabeça negativamente - Seus pais me acolheram num tempo difícil para mim e eu nem sei como agradecer por isso, mas não pense que eles não te amam. Eles só não sabem como te alcançar. Só que agora você está diferente e não vai ter medo de mostrar seus sentimentos a eles, não é? Vai sem medo de ser feliz! 

E assim ela foi, mas não sem antes dizer adeus a Damon e Stefan, que tiveram um enorme papel no tempo que esteve lá. Passou um bom tempo conversando com eles e agradecendo por tudo que fizeram, além de mandar mil vezes Damon cuidar bem de Elena. Se ele fizesse alguma coisa que magoasse a amiga, ela iria fazê-lo pagar por isso.

Pegou a estrada com seu carro por insistência de Elena. Adotou o silêncio como música de sua viagem, não deixando que um mosquito atrapalhasse a sinfonia do clima pesado que se estabeleceu dentro daquele espaço. Essa era a hora de pensar como seria dali para frente, como ela organizaria sua vida a partir daquele segundo, daquele momento. 

Quando chegou, não pensou duas vezes e foi direto para a casa de seus pais. Marisa abriu a porta e ficou surpresa ao ver Caroline ali com duas malas na mão e seu rosto todo molhado de lágrimas e da chuva que caía.

- Menina, vai pegar um resfriado! Entre logo. - tratou de recolher as coisas do lado de fora - Seus pais estão na sala.

Ela saiu correndo até eles. Assim que os viu, jogou-se em cima deles como se não os visse fazia uma eternidade. 

- O que houve? - Liz acariciou a cabeça da filha - Por que está chorando?

- Não tinha que estar na faculdade?

- Eu desisti. - disse choramingando - Eu não ia conseguir ficar lá do jeito que estava. Preciso dizer a vocês que os amo independente de qualquer coisa. Por mais que eu não tenha merecido algumas coisas que fizeram por mim pelo meu comportamento, sei que fizeram por amor. E eu falhei, então vou fazer o que vocês quiserem que eu faça. Design, Economia, Arquitetura, Medicina, Artes... Qualquer coisa.

- Nós também te amamos, meu amor. - Bill sorriu com a declaração da filha - E é bom escutar isso de você.

- Eu esperei anos para escutar isso. - Liz sorriu - Tudo isso está realmente acontecendo, Bill? Nossa menininha está de volta.

- Estou. E espero que não tenha problema passar um tempo aqui. 

- Marisa, pode ajeitar o quarto de Caroline? Parece que alguém veio para passar uma temporada. 

- Claro, Sr. Forbes. Vai ser um prazer ter a senhorita Forbes novamente aqui.

- Senhorita Forbes, Marisa? Já não conversamos mil vezes sobre isso?

- Desculpe, Caroline. - sorriu - Posso te dar um abraço?

- Não precisa pedir. - foi até ela e se aninhou nos braços da governanta - Isso me lembra meus sete anos... 

- Se os senhores me permitirem, posso fazer o prato favorito da Caroline para o almoço? 

- Claro que sim. Hoje a comida vai ser estrogonofe de camarão.

[***]

Uma semana havia passado e Klaus não mandou nenhum sinal de vida para Caroline. Seus únicos contatos eram Stefan e Damon, que se falavam quando dava. Evitavam tocar em assuntos mais íntimos e que sabiam que levaria a uma conversa pesada e chata. Outra coisa que ainda não havia repercutido era a situação de Rebekah, o que ainda mantinha Aurora na cola de Klaus. Claro que ele não havia contado a ela o que sua mãe lhe contou, mas sua vontade era de esfregar na cara dela que tudo já estava resolvido e que daqui há poucos dias poderia voltar para Harvard e seguir sua vida.

- Klaus, pode me ajudar com alguns processos?

- Aurora, tenho compromisso.
 
- Por favor. - pediu manhosa - Não vou conseguir carregar isso tudo até o carro.

- Tudo bem. - disse contrariado

Seguiram até o carro dela, que não estava muito longe. Ele colocou as coisas no banco traseiro para ela e ficou parado esperando enquanto ela botava sua bolsa no carona.

- Obrigada. - conseguiu arrancar um beijo dele - Você é incrível.

- Aurora... Por que fez isso? Não vai desistir disso nunca?

- Enquanto eu tiver chance não vai se ver livre de mim.

Ele parou para avaliar o que havia acontecido. Os beijos de Aurora não chegavam aos pés do que recebia de Caroline, mas sabia que talvez nunca mais os tivesse. Por mais que pensasse em voltar para Harvard, sabia que nada seria a mesma coisa. As coisas mudam de um segundo para outro e nessa situação não seria diferente. Ele só sabia que Caroline havia realmente voltado para Nova York, mas não sabia o rumo que havia decidido dar à vida dela. Pensou até na hipótese de ela estar com Enzo, o que era bem improvável, mas não impossível. 

Quando chegou em casa, viu que estava um falatório fora do normal. Aproximou-se com cuidado para escutar o que estava sendo falado. Notou que Mikael tentava falar e Rebekah, que estava em cima do sofá, não deixava. Esther estava sentada numa cadeira sem falar nada, apenas observando. Elijah estava com Ethan num canto enquanto Hayley e Freya tentavam puxar Rebekah de onde estava.

- Vocês esperaram vinte e três anos para me contar isso? - ela chorava - Dói saber que eu fui fruto de uma noite só e que a minha vida toda foi uma mentira! E dói mais ainda saber que minha mãe verdadeira está morta. - gritou - Morta!

- Rebekah, desde daí. - Klaus pediu

- Você sabia disso, Nik? Eu não sou sua irmã. 

- Claro que você é minha irmã! E eu sabia... Mas não a tanto tempo.

- A história dessa familia só tende a melhorar a cada ano! - Kol se fez presente 

- Se não tem o que falar, cale a porra da boca. - apontou o dedo para ele

- Klaus, não se exalte. - Esther pediu

- Eu quero que todo mundo cale a boca!! - Rebekah gritou mais uma vez - Eu quero falar! - bateu no peito - Quem são vocês? Por que mentiram esse tempo todo para mim? Ninguém aqui é de verdade, eu não pertenço a essa família.

- Rebekah, eu queria ter te falado naquela hora no hospital. Por isso você achou o assunto estranho. Independente de qualquer coisa, você é minha filha. Eu te amo muito e isso nunca vai mudar. 

- Eu não estou falando disso, você não tem culpa. Dói saber que você não é minha mãe de sangue, mas dói mais saber que esse homem que é meu pai te machucou e te fez tomar conta de uma criança que te fazia lembrar todo santo dia do quão cachorro ele foi com você. 

- Eu vou deixar você e sua mãe conversarem sozinhas. - Mikael abaixou a cabeça - Não era para ser assim.

- Quem me deve satisfações é você e não ela. Fotos... Quero ver a minha mãe, aquela que morreu e me deixou para lembrar que meu pai é um babaca que dorme com a primeira que acha sem nem se importar com sua companheira que está em casa cuidando de três crianças que não sabiam quem o pai realmente era. Não... A mulher que morreu não é minha mãe. Mãe é aquela que cuida e da amor, como Esther fez. Eu encho a minha boca para chamá-la de mãe. Independente de tudo, eu te amo. - disse olhando para Esther - Só preciso de um tempo para digerir isso tudo e vou para Cambridge. Ninguém vai me impedir. - olhou para o pai - Ninguém.

- Quer que eu vá com... - Freya começou a falar

- Não. Quero ir sozinha. - finalmente desceu do sofá - E não ouse me controlar mais, muito menos os meus irmãos. - disse ao pai - Vou pegar o primeiro voo e quando eu chegar vocês saberão. 

Só deu tempo de ela pegar um casaco, sua bolsa com seus documentos e bater a porta com força. Todos ficaram se olhando até terem certeza de que tudo aquilo realmente havia acontecido. 

- Agora eu quero explicações. - Freya ficou na frente do pai - Não acredito que fez isso com a mamãe. 

- Fiz e me arrependo. Só que eu a amo demais.

- Eu fiz o possível para ser seu braço direito, mas agora eu acho que cada um deve seguir sua vida... - Esther segurou a mão de Mikael - Eu quero o divórcio. Você não é mais aquele cara que eu conheci. O que fez com nossos filhos foi algo terrível. Eu não teria aceitado uma ameaça para esconder ainda mais esse segredo e afastá-los das pessoas que eles amam.

- Eu não sabia que o que Klaus sentia por essa menina era real. - fitou o filho - Está na hora de seguirmos novos horizontes. - concordou - Klaus, me desculpe. Eu vou passar a noite num hotel. Quero dar um tempo a vocês.

- Dar tempo? Você acabou com a nossa família e quer dar tempo a gente? Tem desculpa melhor pada isso. 

Mikael foi em direção à porta, mas não conseguiu chegar até ela. Sentiu-se fraco e caiu no chão. Elijah foi o primeiro a correr até ele e sacudi-lo, mas não houve estímulo. Freya ligou para a ambulância e em menos de cinco minutos ele já estava sendo levado para o hospital. Klaus tratou de ligar para Rebekah, mandando que voltasse imediatamente. 

- O senhor Mikael sofreu um princípio de infarto e se encontra na UTI. - o médico disse - Devo dizer que a situação dele é grave. Ele deve ter passado por alguma situação de estresse e pode ter causado tal fato. Se vocês demorassem mais um minuto para chamar a ambulância o desfecho seria outro. 

- Podemos entrar para vê-lo? - Esther estava sendo apoiada por Klaus

- Um por vez. E evitem fazer com que o paciente gaste energia. Ele está desacordado, mas pode escutar tudo o que falam.

- Vá você, mãe. Qualquer coisa é só nos chamar. - Freya tentou sorrir - Pode ir...

Assim começou a visitação. Esther entrou e desabafou algumas coisas para ele, mas era como se estivesse falando sozinha. Kol foi depois e tudo que conseguiu falar foi sobre o dia em que disse que amava ele, o que só aconteceu uma vez. Freya não falou muito, só segurou sua mão e pediu para que ele ficasse bom logo. Elijah estava desolado, mais até do que todos. Por ser o mais velho, sentia a responsabilidade de ser o chefe da família e zelar pelo bem de todos enquanto ele não estivesse presente. Disse também que Hayley não podia estar lá por causa de Ethan, mas que estava torcendo por sua recuperação. 

- Cadê ele? - Rebekah chegou esbaforida - Klaus, cadê ele?

- Está na UTI. - abraçou a irmã - Pode ir falar com ele. - indicou o caminho com a cabeça - As notícias não são animadoras.

Ela fez seu caminho até a porta branca localizada no final do corredor. Ao abrir, viu o pai cheio de fios e aparelhos em volta. Chorava igual a uma criança. 

- Por que você fez isso? - ficou ao lado dele - Por que mentir? Eu ainda te amo, mas não agora. E apesar de tudo que falei, eu te perdôo. Eu só queria que conseguisse ser mais humano em relação à vida dos seus filhos. Nós temos coração e tudo o que mais queremos é viver nossas vidas sem alguém controlando nossos passos...

Ela foi interrompida pela mão de seu pai, que tocou a dela. Seus olhos faziam um pedido de desculpas, já que não podia falar por causa da máscara de oxigênio que cobria quase seu rosto todo.

- Chame Klaus. - fez um esforço para falar, após tirar a máscara - Preciso falar com ele. E Rebekah, eu te amo. 

- Tudo bem. - ajeitou a máscara e Rebekah saiu se respondê-lo

Rebekah voltou para a sala de espera e chamou o irmão, que fez o mesmo caminho feito anteriormente por ela. Ao ver o pai debilitado, não teve coragem de se aproximar. Ficou olhando a situação dele por longos minutos, até que o viu tirar a máscara de oxigênio.

- Niklaus... 

- Estou aqui. - se aproximou aos poucos - Pode falar. 

- Espero que me perdoe por ter te feito largar o que era importante para você. - tossia sem parar - Volte para Harvard e volte para Caroline. - tossiu novamente - A sua felicidade é o que realmente importa. Quero que cuide da sua mãe e dos seus irmãos como sempre fez...

- Pai, você não vai morrer.

- Meu filho, eu já estou morto... - sorriu sem humor - Só quero que dê a sua palavra de que vai fazer o que seu coração está mandando e que, sem pressa e com muita paciência, vai ajudar Elijah e Freya com a empresa. 

- Te dou a minha palavra.

- Ótimo... Ótimo... - tossiu e buscou ar - Quero que seja feliz. Eu te amo e amo a todos lá fora.

- Eu também te amo, pai.

- Será que essa é a última coisa que vou ouvir?

Quase simultânea a fala dele, o aparelho que media a frequência cardíaca ficou em linha reta com aquele barulho que deixa qualquer pessoa maluca. Klaus correu para chamar médicos e enfermeiros, que vieram correndo assim que ele chamou. Queria entrar no quarto para ver o que estava acontecendo, mas foi barrado e colocado no corredor.

- O papai... O coração dele parou! - chutou uma cadeira

 


Notas Finais


Rebekah descobriu tudo e Mikael está morto (?). O que acharam? Muitas reviravoltas no final da fic, não é mesmo? Espero que tenham gostado do capítulo.

Então, viajo na quarta e vou tentar postar amanhã, segunda e terça para acabar a fic antes da viagem. Espero que esjetam aqui juntinhos comigo para esse final!

Bom finalzinho de semana! 😘💜


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