História My voodoo doll - Bad omen

— Atenção alunos, quero esta lista de exercícios pronta para a próxima aula de amanhã. — O anúncio do professor resultou em vários resmungos pela sala de aula. — Estão dispensados !

Guardo meu material na mochila e saio rapidamente da sala de aula acompanha de Ray, que ficava reclamando sobre a aula entediante enquanto andávamos pelos corredores da escola.

— Quer almoçar lá em casa pra depois fazermos a lição de casa ? — Pergunto assim que passamos pelo portão do colégio.

Ray para de andar e pensa por uns minutos.

— Não dá. — A mesma responde com um sorriso amarelo. — Eu ... Eu tenho que resolver uns problemas. — Ray se despede me dando um abraço e logo em seguida parte.

Fico parada observando Ray se distanciar com o cenho franzido, desde que contei a ela sobre eu ter feito um contrato com os meninos há alguns dias atrás, Ray ficou um tanto sombria, ela ficou um pouco distante e quando estamos juntas, tenho quase certeza que murmurando palavras estranhas.

Balanço minha cabeça tentando afastar esses pensamentos e sigo caminho para minha casa.

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Andava devagar em meio ao local desconhecido, o vento gélido soprava contra meu corpo fazendo meus pêlos se eriçarem por baixo da fina camada de tecido do pijama que vestia.

Aos poucos, a névoa que encobria o espaço a redor foi se tornando menos densa, dando lugar a um cemitério envolto por uma floresta de árvores mortas.

Em um curto período de tempo, já estava andando por entre as lápides espalhadas pelo gramado. Continuo vagando até chegar nos limites do cemitério, paro em frente de um mausoléu que tinha a porta entreaberta.

Afasto a porta e entro lentamente, o local era iluminado pela luz de velas que encontravam-se espalhadas pelo chão, deixando apenas um espaço livre entre a porta e um túmulo no meio da cripta.

A medida que me aproximo do túmulo, o cheiro das flores de crisântemos se intensifica. Assim que estou perto o suficiente, observo melhor os detalhes do túmulo, o mesmo era decorado com a estátua de mármore de uma jovem repousando sobre a parte superior da construção.

Toco gentilmente a face branca dá estátua e fico contemplando a obra.

— Devia te-la visto viva, ela era ainda mais linda. — Uma voz ecoa atrás de mim me fazendo distanciar da estátua.

Viro em direção da voz e encontro um homem alto, com pele clara, trajando uma calça social escura e uma blusa social azul marinho que estava desabotoada até o terceiro botão, mostrando levemente seu tronco, me fazendo encarar descaradamente aquela região exposta.

O homem se aproxima de mim e fez um carinho em minha bochecha, fazendo com que eu corasse bastante.

— E-Eu te conheço ? — Perguntei com a voz baixa.

O homem apenas abriu um sorriso e aproximado seus lábios dos meus.

— Ainda não, mas vai conhecer. — Ele falou numa distância perigosa onde era possível sentir seu hálito quente chocar-se contra meu rosto.

Em uma tentativa estúpida de acalmar minha respiração que já se encontrava alterada, me separo do homem misterioso e dou alguns passos em direção às saída.

— Quem é você ? — Pergunto ainda tentando acalmar minha respiração.

Um sorriso malicioso brota nos lábios do desconhecido, seus olhos escuros e misteriosos me fitaram intensamente, ele se aproximou de mim novamente e segurou meus braços com certa força me fazendo encarar suas orbes escuras que continham um brilho quase psicótico.

— Seu maior pesadelo. — Sua voz rouca chegou aos meus ouvidos fazendo me arrepiar.

Logo em seguida, sinto meu corpo ser jogado para trás e ser envolto por sombras. A medida que caía na escuridão, o frio tornaram-se mais intenso e as sombras ficavam mais fortes, abafando meus gritos á pedido de ajuda e impedido qualquer tentativa de desvencilhar-me  daquele lugar.

Acordo soando frio e com a respiração acelerada, levanto da cama e vou para o banheiro, chegando lá, lavo meu rosto com água fria e fico encarando meu reflexo no espelho.

— Calma, só foi um pesadelo. — Repito enquanto deitava novamente na minha cama.