– Como assim ? – Fiquei mais confusa ainda com a pergunta de Julian.
O mais velho me conduziu para fora da estufa e ficamos andando sem rumo pelo extenso jardim da mansão.
– Você ainda não respondeu a minha pergunta. – Julian falou enquanto olhava para alguns arbustos.
Minha boca ficou seca enquanto tentava formular uma resposta, além de saber um pouco sobre a infância de Leo, eu não sabia praticamente nada sobre os seis rapazes. Julian soltou um riso soprado notando meu silêncio.
– Deixe-me adivinhar, toda vez que você perguntava eles mudavam de assunto ?! – O sorriso de Julian aumentou ainda mais quando eu afirmei com a cabeça. – Gostaria de saber sobre o passado deles ? – Os olhos do mais velho brilharam ao notar minha curiosidade.
– Quem garante que o que fale seja verdade ? – Perguntei exitante.
– Não confia em mim pequena flor ? – Ele perguntou enquanto ajeitava uma mecha do meu cabelo em meu rosto.
O toque dos dedos de Julian em contato com a minha pele gerou uma onda de eletricidade arrepiando todo meu corpo, ainda um pouco atordoada com aquela sensação, nego fortemente com a minha cabeça em resposta a pergunta do mais velho, algo me dizia que Julian era perigoso.
– Por que não confia em mim ? – Julian parecia desapontado.
– Bem, para começar, tudo aponta que você me sequestrou e me trouxe para cá, você tem aterrorizado meus sonhos durante esse último mês e eu nem te conheço ! – Soltei tudo de uma vez quase atropelando algumas palavras no processo.
– É muito justo. – Julian sorriu sem mostrar os dentes. – Gostaria de te mostrar uma coisa. – Ele segurou meu pulso sem muita força e me levou para uma floresta floresta atrás da mansão.
A medida que entravámos naquela floresta, sentia que aquele lugar não me era estranho e a sensação aumentou ainda mais quando chegamos em frente de um mausoléu, o lugar era idêntico aos meus sonhos, inclusive a cripta que ficava dentro do mausoléu.
– Quem é ela ? –Pergunto apontando para a estátua que enfeitava a cripta.
– Essa é JiEun. – Julian acaricia a face pálida da estátua. – Ela era minha irmã mais nova, quero dizer, meia-irmã. Apesar de só ter metade do sangue da minha família eu a amava muito.
Me aproximei de Julian e percebi que o mesmo lutava para não derramar as lágrimas que se formavam em seus olhos.
– O que aconteceu com ela ? – Perguntei olhando fixamente para a expressão suave da estátua.
Julian me encarou com o rosto todo vermelho e molhado devido as lágrimas que escorriam.
– Seus bonecos. – Julian falou amargo e eu fiz uma careta, confusa. – Eles a mataram.
* Leiam as notas finais, é importante.
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