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História Myosotis - Confronto


Escrita por: Nanna_chan

Notas do Autor


Oiii minha gente :3
Mais rápida que o Flash aqui estou eu de volta com mais um capítulo<3
Dessa vez os pontos de vista se abriram até o nosso Yuzu.
Como sempre, obrigada as pessoas que visualizaram os últimos capítulos.
Boa Leitura!

Capítulo 5 - Confronto


Às vezes eu imaginava qual seria a justificativa para o sofrimento que assolava nosso mundo.

E assim como todos os mistérios por trás da existência de algo, mesmo que todos criassem teorias sobre isso nunca haveriam certezas absolutas. E como tal, por mais que eu pensasse no porquê da dor, eu apenas não conseguia achar uma resposta. Pois para mim, aquilo que eu via diante dos meus olhos simplesmente não tinha uma explicação plausível. Não havia motivos lógicos para a dor que eu imaginava que aquelas pessoas estivessem sentindo.

A vila na fronteira com o país da Chuva, estava completamente marginalizada.

Os velhos doentes, com feridas e erupções por toda a pele, estavam jogados no meio das ruas. Em cada canto havia crianças morrendo de fome completamente desnutridas, abandonadas a própria sorte.

Era um caos.

Ino fechou os olhos e segurou a camisa do Sai, mostrando-se completamente enjoada e perturbada com o que via.

Eu também me sentia da mesma forma.

— Não olhe demais. – Yuzu sussurrou para mim – Isso pode te deixar bem desconfortável.

—Eu quero olhar. – respondi.

Eu não queria ver aquilo. Mas desviar o olhar seria ignorar todas aquelas pessoas, que provavelmente ninguém nem mesmo se dava o trabalho de lembrar o nome. Seria como negar a existência de cada uma delas, e isso era ainda mais insuportável para mim.

 —Chegamos. – Sai falou e parou.

Poucos minutos andando através da pequena vila e já podíamos avistar o local onde o leilão aconteceria.

Procuramos um lugar para poder trocar nossas roupas tradicionais por roupas de gala. Sai e Yuzu estavam devidamente caracterizados com ternos cinza.

Eu usava um vestido vinho, com um decote que descia ao longo do meu busto e parava apenas uns 9 centímetros acima do meu umbigo, o mesmo também possuía uma enorme fenda que se abria ao longo da minha perna direita, enquanto o salto prateado que eu estava usando complementava com perfeição a roupa.

O vestido da Ino era bem diferente do meu, apesar de seguir a mesma linha de sensualidade que provavelmente meus pais achariam excessiva. A garota usava um vestido azul curto e justo, com um decote atrás que deixava suas costas quase que completamente amostra.

Sai caminhou até ela e sussurrou algo em seu ouvido, o que a fez corar.

— Posso imaginar o que ele disse... – Yuzu se aproximou de mim.

— Tenho certeza que pode. – respondi – Fiquei bem nesse vestido? – sorri inocentemente.

Yuzu deixou os olhos correrem sobre mim vagarosamente de cima a baixo.

— Ficou bom... – ele levou a mão ao queixo, fazendo a clássica expressão exagerada de quem finge estar avaliando com atenção — Mas preferiria ver como ficaria sem ele.

Eu bati em seu braço, me divertindo com aquilo.

— Vamos em frente. – falei e comecei a caminhar até a entrada do leilão com os outros integrantes da equipe logo atrás de mim.

Sai e Yuzu haviam se infiltrado com sucesso na equipe organizadora do leilão alguns dias atrás, e haviam colocado eu e Ino para dentro sem nenhum esforço. O plano se resumia a eu e Ino nos destacarmos o suficiente entre as outras mulheres leiloadas, para que o chefe da organização, Kairo Yorc, quisesse adquirir – na melhor das hipóteses –  pelo menos uma de nós duas.

E se o plano A desse errado e nenhuma de nós fosse escolhida? Ai entraríamos no plano B, o mais fácil e prático de todos...

Eu destruiria todo o prédio.

Os contras desse plano eram bem óbvios, todos os presentes poderiam sair feridos. E era para isso que o Yuzu estava ali bem perto servindo como guarda. Se tivermos que usar o plano B a Ino e o Yuzu ficariam responsáveis pela segurança das inocentes.

Sai nos levou pelas portas do fundo até chegarmos a uma sala lateral com celas, onde as mulheres estavam presas. Eram centenas delas amontoadas dentro de 3 celas que eram apertadas demais.

Sai abriu uma delas para que eu e Ino entrássemos, trancando logo após, enquanto Yuzu se posicionava em uma pequena porta que dava para o palco.

Sai falou algo no ouvido do Yuzu e saiu pela porta que havíamos entrado.

Longos 30 minutos passaram antes que o leilão fosse finalmente iniciado.

Yuzu acenou levemente com a cabeça para mim, enquanto a Ino me olhava com aquela expressão de quem está pronta para uma batalha sangrenta.

Uma por uma as mulheres foram sendo levadas e postas em fila no palco em grupos de vinte.

Yuzu abriu minha cela, me pegou pelo braço e me levou até a entrada do palco. Sua mão me apertava com força sem machucar. Ele parecia muito mais nervoso àquela altura.

Ele me soltou devagar e acenou para que eu andasse até o centro.

O brilho das luzes fortes sobre mim fez com que eu piscasse algumas vezes antes de meus olhos se acostumarem a claridade.

— Agora nós temos mais uma das beldades de Konoha, Senhores, ela possui inúmeras habilidades. Incluindo cantar, dançar e tocar instrumentos, além de saber cozinhar como uma Deusa. Você não sabe o verdadeiro prazer da comida se ainda não provou a da nossa belíssima número 135.

Eu parei ao lado de uma das mulheres que estavam na mesma cela que eu, e olhei para a multidão de velhos e jovens que se encontravam a minha frente, os quais começaram a gritar lances assim que o leiloeiro abriu espaço.

— Quero que ela dance.

Meu coração parou por um breve momento antes de se acelerar como um louco.

Um cara que aparentava ter uns 32 anos gritou da primeira fila, e os outros se calaram prestando bastante atenção ao que aconteceria.

“O líder. Só podia ser.”

Todos os olhos voltaram-se para mim, e leiloeiro acenou para que eu fizesse o que o cara havia pedido.

Levei alguns segundos para fazer as minhas pernas se mexerem, antes de finalmente andar até o centro do palco.

E de repente quando a música começou a tocar, foi como se algo tivesse se desligado dentro de mim. Meu coração desacelerou e a cada segundo eu ficava mais calma.

Eu fechei os olhos e respirei profundamente antes de abri-los de novo.

Não prestei atenção em mais nada após aquilo, minha mente apenas ficou em branco.

 

Sai puxou o braço do Yuzu, no momento em que a Sakura pisou no palco e o leiloeiro começou a falar das habilidades dela tentando convencer os homens da plateia a compra-la.

— Sasuke mandou um clone dele nos dar uma mensagem. – tudo que Yuzu menos queria ouvir no momento era o nome daquele cara – Ele pediu para que a gente cancelasse a missão.

O Uchiha nunca havia feito nada contra ele.

Nos exames chunnin o Sasuke havia até mesmo ajudado um dos membros do time dele, então por muito tempo Yuzu havia sido grato e o achava um gênio. Mas isso foi antes de ele conhecer a Sakura e de descobrir tudo que o Uchiha havia feito para ela.

Yuzu simplesmente não conseguia perdoa-lo por tudo como a própria Sakura havia feito. Então o ódio que ela não sentia por aquele cara, Yuzu sentia por ela.

— Por que? – Yuzu perguntou com um tom irritadiço na voz.

— Essa missão acabou de subir para o ranking S. A organização tem ligação com o clã Otsutsuki.

Uma explosão de gritos vinda da plateia fez com que Yuzu e Sai virassem bruscamente na direção do palco.

Yuzu não podia acreditar no que via. Ele nunca havia visto a Sakura daquele jeito.

Ela estava explosiva.

Cada movimento dela era hipnotizante, os olhos da garota brilhavam e trasbordavam uma sensualidade que ele nunca havia visto nela. Talvez fosse a luz sobre ela, ou qualquer outro efeito de ilusão óptica, mas naquele momento não importava para ele.

Ele tinha certeza que se não já fosse apaixonado por ela, ele teria se apaixonado naquele exato momento.

O vestido vermelho se movia ao redor da Sakura ornamentando cada um dos movimentos. Então, se aquilo não era perfeição, Yuzu não sabia o que mais seria.

— Acho impossível parar agora. – ele falou para Sai.

— O corpo real do Sasuke estará aqui em menos de 20 minutos.

— Ele poderia ter mandado um dos seus pássaros trazer a mensagem, por que um clone?

— Ele queria uma parte dele aqui caso as coisas fugissem do controle antes dele conseguir chegar.

— Ele acha que não daremos conta? O que um clone das sombras pode fazer, que a gente não possa? – perguntou ele, com um tom de deboche na voz.

— Um clone do Sasuke? Provavelmente tudo que a gente consegue e mais um pouco.

Yuzu sentiu mais raiva ainda depois daquela afirmação.

Sakura havia acabado a dança e Yuzu a observava enquanto ela tentava controlar a respiração.

Um homem vestindo terno subiu ao palco, e começou a leva-la pela porta do lado oposto.

— Kairo, escolheu a Sakura. – Yuzu falou para Sai

— Vou selar o local.

Sai criou uma barreira em torno do anfiteatro, enquanto Yuzu abria as celas e libertava as mulheres uma por uma, guiando-as para fora pelo espaço que que Sai havia deixado aberto para rota de fuga.

As vinte garotas que ainda restavam no palco, incluindo a Ino, serviam de distração enquanto eles tiravam o restante dali.

Yuzu se dividiu em 2, e seu clone ficou responsável por levar cada uma das garotas ao lugar seguro que eles haviam preparado para elas.

 Uma por uma as mulheres do palco iam saindo, e seguindo pelo mesmo caminho das outras.

Ino foi a última a se apresentar, àquela altura todas as mulheres já estavam fora do prédio.

Sai acenou para que Ino começasse o Show, e bloqueou a rota de fuga, selando o prédio completamente.

— Ei líder. – gritou ela – Você escolheu a Sakura testa de marquise, e não a mim. – Ino falou, se referindo ao antigo apelido da Sakura quando era criança, e se aproximou do leiloeiro – Isso é uma afronta ao meu orgulho.

Ino chutou o cara na direção das arquibancadas, o que causou uma comoção.

Todos os guarda-costas se moveram para a frente de seus patrões.

Yuzu caminhou até o palco e parou ao lado de Ino.

— Acho que é hora do show. – sorriu ele.

Os minutos passaram, e naquele momento todos os compradores e seus guardas pessoais encontravam-se desmaiados no chão.

O barulho da porta da frente do anfiteatro sendo derrubada ecoou por todo o recinto, seguido pela entrada de dezenas de outros homens.

Os novos inimigos não eram simplesmente guarda-costas de segunda.

Se eles estavam ali dentro significava que tinham força suficiente para quebrar a barreira de isolamento do Sai.

Sai saiu de dentro da sala ao lado para o palco com um corte enorme e profundo no braço, e hematomas no rosto, o que indicava que ele havia lutado com alguém enquanto o Yuzu e a Ino cuidavam dos riquinhos do salão.

Yuzu deu três saltos para trás, voltando para o palco.

— Eles quebraram a barreira – Sai falou

— Isso é obvio... – respondeu Ino, rapidamente enrolando o braço ferido do Sai para estancar o sangramento.

— Dessa vez são realmente membros da organização. – completou Sai

— Precisamos achar a Sakura.

Naquela altura Yuzu já estava começando a se apavorar.

Ele olhou para sala de onde Sai havia saído e viu três corpos no chão.

Se três daqueles caras conseguiram ferir o Sai naquele nível, o que dezenas deles poderiam fazer com os quatro?

Bom, Yuzu não tinha a mínima vontade de ficar ali para ver.

Os caras da organização, tiraram uma pequena pílula do bolso, e engoliram.

­— Lá vem... – Sai falou, se posicionando na frente da Ino de maneira protetora.

O corpo dos homens que estavam parados próximos as portas principais começaram a crescer. Os músculos se expandiram mais e mais, e agora todos eles tinham mais de dois metros e meio de altura.

Os homens rugiam como bestas ferozes, mostrando os dentes pontiagudos.

Em apenas dois segundo umas das bestas que estava na frente deles se teletransportou para trás do Yuzu, se posicionando entre ele e o Sai.

O cara foi tão rápido que  Yuzu mal percebeu quando o braço enorme acertou seu rosto fazendo com que ele voasse para o outro lado do salão se chocando contra a parede.

Sai e Ino se desviaram do segundo soco que a criatura lançou contra eles.

Tudo começou a girar ao redor do Yuzu, fazendo com que ele curvasse e vomitasse assim que tentou ficar de pé novamente.

Yuzu procurou Sai e Ino com a visão um pouco turva, e viu que os dois estavam com dificuldades até mesmo para desviar dos golpes que a bestas lançavam contra eles.

“Sakura...” – Yuzu pensou.

Ele precisava achar a Sakura.

“Rápido!” – ele gritou mentalmente para si mesmo, entretanto suas pernas não estavam obedecendo.

Yuzu sentiu o hálito quente e podre, antes de visualizar a besta a sua frente.

O Hyuga sacou sua kunai e se preparou para receber o golpe do monstro que mais uma vez se preparava para mata-lo, quando Sasuke apareceu diante dele.

E então, algo que ele achava humana e fisicamente impossível, aconteceu diante de seus olhos. Com uma velocidade superior ao som, Sasuke se posicionou entre ele e o soco que o Homem-Besta disparou em sua direção, sacou sua espada e literalmente partiu o corpo maciço da besta ao meio.

Mesmo com os olhos privilegiados do clã Hyuga, Yuzu quase não foi capaz de acompanhar aquela velocidade insana. Todos as ações daquele momento haviam acontecido em menos de um segundo.

Sasuke se teletransportou para as bestas que atacavam Ino e Sai sem piedade. E as partiu ao meio na mesma velocidade que usou com primeira.

— Sasuke! – gritou Ino – O que você tá fazendo aqui? Deixa pra lá, você devia ter aparecido mais cedo.

— Vocês sabem para onde a Sakura foi levada? – Sasuke perguntou, ignorando completamente a Ino.

—Não fazemos ideia. – Sai respondeu – Esse lugar tem mais de 30 andares.

—Precisamos acha-la. – Yuzu falou, finalmente conseguindo se mover, caminhando com um pouco de dificuldade até o grupo.

Eles se viraram  para os outros homens-besta que rugiam ferozmente e se preparavam para avançar nas gargantas deles.

Ino, Sai e Yuzu tencionaram o corpo e entraram em alerta máximo, se preparando para o ataque.

— Kirin. – Sasuke murmurou.

Raios cortaram todos os andares acima deles abrindo caminho até o grupo de bestas que corriam em suas direções, torrando-as quase que completamente.

E mais uma vez todo o local foi inundado pelos gritos, que mudaram de ferozes para dolorosos.

O cheiro de carne queimada tomou todo o lugar assim que os raios cessaram, e os monstros caíram um por um.

Os raios do Sasuke destruíram os 15 andares superiores.

E abaixo deles, outra explosão acontecia, fazendo todo o chão tremer.

Todos olharam inconscientemente para o chão sob seus pés.

“Sakura...” – pensaram.

E na mesma velocidade que havia chegado, Sasuke desapareceu.


Notas Finais


Obrigado por terem lido até o final
Vocês gostaram? Espero que sim ^-^
Até o próximo *-*


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