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História Myosotis - Centelha


Escrita por: Nanna_chan

Notas do Autor


Oii minha gente, como vocês estão?
Desculpem a demora, essa semana foi uma semana muito agitada e triste para mim. Meu avô morreu domingo passado e eu não consegui concluir o capítulo mais cedo.
Sem contar que estou ainda começando a me adaptar a universidade, e a viver sozinha,então foram muitas mudanças em pouco tempo.
Mesmo que os capítulos demorem um pouco pra sair, não se preocupem eu pretendo continuar essa fic até o final.
Muito obrigada as pessoas que favoritaram minha fic! Fiquei muito feliz com isso rsrs *-*
Boa Leitura!

Capítulo 6 - Centelha


Sasuke correu através da porta pela qual o cara havia levado a Sakura, chegando a vários lances de escadas que desciam para o subsolo.

Ele desceu os degraus em alta velocidade, pulando alguns dos lances sempre que tinha a chance.

Sasuke havia visto toda a apresentação da Sakura, e cada um dos seus movimentos ficaram gravados em sua mente.

O cabelo dela deslizava como seda em seu rosto, e a pele clara parecia refletir a luz ambiente, fazendo com que parecesse que ela tinha um brilho próprio. Aquele vestido vermelho mostrava tanto a pele dela... Pele que ele nunca viu, já que a Sakura não costumava usar roupas que mostrassem demais as partes do seu corpo.

E os olhos...

Os olhos possuíam uma luz que ele nunca havia reparado. Toda aquela Sakura que ele havia visto era completamente diferente da Sakura que ele conhecia. E ele não sabia se aquilo deveria ser bom ou ruim, mas com certeza ele não havia gostado de ver ela daquela forma.

Ou talvez apenas não houvesse gostado de vê-la daquela forma na frente de todos aqueles homens que gritavam por mais.

Sasuke estava sendo consumido por um sentimento estranho que ele nunca havia sentido antes. E não sabia classifica-lo.

Ele estava irritado. Muito irritado.

Porquê?

Ele não tinha a resposta para aquela pergunta, mas queria arrasta-la daquele lugar assim que a encontrasse.

Sasuke chegou ao décimo quinto andar do subterrâneo, e se surpreendeu com a cena que viu diante dele.

Sakura estava sentada no trono ornamentado de madeira negra com as pernas cruzadas, lembrando a clássica postura autoritária da nobreza. A sala enorme tinha um buraco gigante em uma das paredes, e o cara que Sasuke supunha que seria o líder estava jogado aos pés dela, com o rosto e o corpo gigante de dois metros e meio completamente deformado.

— Chegou atrasado. – disse ela.

Sasuke caminhou até Sakura, parando apenas alguns segundos para olhar o cara que estava no chão.

— Não é o verdadeiro. É apenas uma marionete, parecida com aquelas que o Toneri usou quando sequestrou a Hanabi.

Sasuke encarou a Sakura.

— Vou te tirar daqui. – falou ele.

Sakura se levantou deu um passo largo saltando o corpo da marionete Kairo e parou na frente dele.

— E os outros? – perguntou.

— Eles estão bem. – Sasuke respondeu, pegando ela pelo braço – Você os verá logo.

Sasuke ainda sentia chakra fluindo da marionete e se concentrando ao redor deles, e aquilo não era um bom sinal. Ele queria tira-la dali o mais rápido possível.

— Você está me machucando, Sasuke-kun – Sakura tentou se soltar.

Sasuke diminuiu a pressão que colocava sobre o braço dela, mas continuava a puxa-la em direção a saída.

— Precisamos leva-lo. – disse ela, parando de caminhar.

— Eu vou voltar para pegar depois.

— Mas pode ser tarde demais. O verdadeiro pode vir aqui e limpar tudo para impedir que a gente descubra mais sobre ele, e...

— Sakura! Pelo amor de Deus será que você poderia fazer o que eu digo sem tagarelar pelo menos uma vez na vida? – Sasuke não havia literalmente gritado, mas havia aumentado um pouco o tom de voz. E aquilo foi o suficiente para ele conseguir fazer Sakura arregalar os olhos e abrir um pouco a boca em um sinal de surpresa.

— Um dos garotos da profecia... – a marionete Kairo falou com sua voz robótica.

Sasuke de imediato se colocou entre Sakura e a carcaça falante.

— Ele me falou que a criança da profecia estava atrás dele, e que era para eu ter cuidado com os olhos lilases.

— Quem te falou? – Sasuke perguntou com um tom calmo e ameaçador.

— Os Deuses... – a marionete riu. – Tome cuidado garoto da profecia. Os Deuses não veem mais utilidade para você... Sugiro que volte para sua casa, e tente proteger o que ainda lhe resta. – a marionete riu mais uma vez com aquele tom robótico assustador – Se bem que eu não acredito que você possa fazer alguma coisa quanto a isso de qualquer forma.

Toda a energia se esvaiu da carcaça e se dissipou no ar.

Sasuke continuou tenso e em alerta por mais alguns segundos após a marionete finalmente ter parado de funcionar.

— Sasuke-kun... – Sakura chamou tirando-o do modo de alerta.

Ele virou para olha-la nos olhos.

“Verdes.” – pensou ele, percebendo que, em todos esses anos, ele tinha com certeza olhado nos olhos da Sakura e ele já sabia que eram verdes, mas que por alguma razão ele só havia de fato prestado atenção a eles agora.

Os olhos dela eram incrivelmente verdes, e agora ele se perguntava como não havia prestado mais atenção antes. Aquele tipo de verde era quase impossível de se ignorar.

 

Sasuke segurava meu braço com uma força tão grande que eu achei que fosse quebra-lo a qualquer momento. Assim que a marionete voltou a falar, ele havia se colocado entre mim e ela de forma protetora, o que me lembrou a vez em que ele fez o mesmo aos 12 anos.

Mesmo após a marionete ter de fato se desligado o Sasuke continuava segurando meu braço com força, e em modo de alerta.

— Sasuke-kun... – chamei.

De imediato ele endireitou completamente a postura e se virou para mim.

Seus olhos analisavam os meus com precisão cirúrgica.

E naquele breve momento, parecia que finalmente ele me enxergava.

De repente o ar ficou mais pesado do que estava dois segundos atrás. Minha pele começou a formigar ao redor do meu pulso, no exato lugar onde suas mãos se encontravam, como se meu corpo finalmente tivesse se dado conta de qual mão o estava tocando.

O calor que a proximidade dele provocava percorreu todo meu corpo desde o lugar em que ele tocava, até lugares que eu não ousava mencionar.

Ele parecia tão grande daquela posição, fazendo-me perceber que eu ficava na exata direção do seu peito, o que mostrava a grande diferença de altura que havia entre nós.

Alguns anos atrás essa diferença não era tão perceptível quanto agora, então era estranho ver o quanto ele havia crescido em tão pouco tempo.

Eu abaixei minha cabeça o suficiente para olhar o enorme decote no meu vestido, finalmente voltando a me lembrar do que eu estava usando naquele momento.

Eu ruborizei, sentindo o calor se espalhar pelas minhas bochechas.

Até aquele instante eu não havia me importado com a forma como estava vestida, mas na frente do Sasuke aquilo parecia muito constrangedor.

Eu levei o braço que ele não segurava até a frente do decote, tentando minimiza-lo pelo menos um pouco, mesmo que aquilo parecesse bem inútil àquela altura.

Sasuke soltou meu braço, tirou a capa longa que usava para cobrir seu próprio corpo e a colocou sobre meus ombros.

— Sakura.

Eu me virei abruptamente, me assustando.

Yuzu estava parado na entrada, com hematomas no lado esquerdo do rosto. Sua boca estava levemente cortada, e área ao redor do olho começava a ficar roxa.

Eu corri até ele.

— O que houve com você? – perguntei preocupada.

— Nada demais, não se preocupe.

— Deixe eu olhar isso.

— Não precisa eu estou bem... Ai!- Yuzu gritou, quando eu apertei o exato lugar que ele tentava proteger com o braço.

­— Você não está bem. Provavelmente quebrou uma costela. – falei encarando ele com uma expressão irritada. – Você devia ter ficado lá em cima esperando.

— Precisava ver se você estava bem o mais rápido possível.

Yuzu olhou profundamente em meus olhos, e analisou cada canto do meu rosto procurando alguma lesão.

Diferente do Sasuke, Yuzu era apenas alguns centímetros mais alto que eu, o que tornava a distância entre nossos rostos bem menor, mesmo que eu estivesse exatamente na mesma posição em que me encontrava com o Sasuke minutos atrás.

Yuzu levou a mão até uma mecha do meu cabelo e a colocou atrás da orelha, com uma lentidão maior que o normal, e a pressão da presença do Sasuke atrás de mim fazia aquele gesto simples parecer algo aterrorizante.

Um calafrio percorreu meu corpo.

Sasuke passou por mim me lançando um olhar de esguelha, e subiu as escadas.

Eu havia capitado a mensagem que ele me mandou com aquele olhar. Aquele olhar de “faça o que eu mandei”. Eu quase conseguia ouvir a voz dele em minha mente dizendo “suba” ou “me siga”.

Yuzu fuzilou as costas do Sasuke.

— Vamos – falei, colocando o braço dele ao redor dos meus ombros para que eu pudesse ajuda-lo a subir as escadas.

Yuzu agiu como um bom garoto e não reclamou quando eu lhe ofereci ajuda, o que era bem incomum.

Em poucos minutos estávamos de volta ao palco.

— O que houve aqui? – perguntei, olhando para os pisos acima completamente destruídos, e para os corpos no chão.

— Sasuke, destruiu tudo. – Ino respondeu, enquanto se concentrava para curar o Sai.

Sasuke estava um pouco mais afastado, quando seu pássaro mensageiro pousou em seu braço.

— Você pegou o líder? – Sai perguntou.

— Não, ele era apenas uma marionete. O verdadeiro não estava aqui. – respondi.

— Temos que prender todo mundo aqui antes de irmos...

­— Vamos embora. – Sasuke interrompeu o Yuzu, e se aproximou novamente do grupo.

— Nossa missão aqui ainda não acabou. – Yuzu voltou a fuzilar o Uchiha com os olhos.

— Acabou sim. A Anbu estará aqui em pouco tempo para arrumar tudo, nós vamos embora, ordens do Kakashi.

— Não antes de eu cuidar dos ferimentos do Yuzu.

Sasuke olhou para mim me analisando por breves segundos.

Seu olhar estava completamente diferente. O vazio havia voltado e tomado o lugar daquela centelha de reconhecimento que havia brilhado minutos atrás.

— Seja rápida – falou e voltou a andar pelo salão, analisando os corpos gigantes.

A noite estava tão fria quanto as outras noites de inverno, e o vento nos atingia sem piedade enquanto nós voltávamos para casa em meio a conversas aleatórias.

Naquela mesma madrugada eu me despedi do Sasuke com um “até amanhã” que foi respondido com um leve aceno de cabeça.

Mas aquele “ amanhã” não chegaria no dia seguinte, porque quando eu acordei naquela tarde de domingo, o pôr do sol inundava o meu quarto com um tom alaranjado e quente, contrastando com o vento frio que soprava balançando as cortinas, enquanto a chave do apartamento do Sasuke repousava silenciosa na mesinha ao lado da minha cabeceira. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado do capítulo.
Até o próximo ^-^


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