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História Mysterious Heart-Nas asas de Aruan Felix - Promise me


Escrita por: JuSalvattore

Notas do Autor


obrigada por todos os comentários durante os caps.
e...
obrigada pela paciência de acompanharem até aqui.
de vdd

boa leitura...

Capítulo 13 - Promise me


Fanfic / Fanfiction Mysterious Heart-Nas asas de Aruan Felix - Promise me

Meu corpo queimava tanto quanto o próprio inferno. Eu sentia meu coração palpitar descompassadamente. A dificuldade para respirar aumentava a cada momento. Eu me sentia presa em um caixão debaixo da terra.

Meu peito ardia e eu sentia o suor gélido descendo meu pescoço.

- O que você quer de mim? Que cicatriz é essa?- Minha mente trabalhava à turbilhões. Que maldito lugar era aquele? Como Aruan possuía aquelas filmagens?

-A marca...- Aruan respirou fundo e me lançou um olhar penetrante. A baixa iluminação avermelhada do lugar o deixava assustador.- Não tenho permissão pra falar...- Ele se aproximou lentamente e se abaixou na minha frente.

-Como não pode?- Berrei. Minha garganta ardeu.- Como apareceu essa cicatriz em mim também? O que está escondendo? E a filmagem? Como conseguiu? Como sabe do meu passado? O que você quer?- Soltei todas as perguntas indagadas de uma vez só. Contorci-me na cadeira como mísera tentativa de me soltar. Minhas mãos amarradas doíam.

Ele continuava me encarando com uma expressão um tanto preocupada, na verdade, pena... Era o que parecia.

-Me responda...- Mais lágrimas brotaram em meus olhos ao lembrar das cenas... nem eu mesma lembrava do meu aniversário... e de que mamãe estava filmando. Do passeio na praia, do acidente...

Eu não conseguia me lembrar de nada.

-Desculpa...- Meu coração disparou ao ouvir. Aruan respirou fundo fechando os olhos e balançando a cabeça lentamente um ´não´, ele parecia conversar consigo mesmo.

Eu o olhava, foi quando percebi que ele carregava em seu pescoço um colar de couro e um pingente idêntico ao pingente misterioso que havia aparecido na minha janela. Era um ying yang, mas ... parecia completar o meu.

Ele abriu os olhos e com o indicador da mão esquerda passeou pela cicatriz estranha em meu peito. Seu toque arrepiou meu corpo, adormecendo minhas pernas. Ele subiu o toque entre meus seios até a minha garganta.

-O que está fazendo?- Sussurrei ao vê-lo recuar a mão.

Com um leve sorriso de canto de boca, ele fitou a visão no bolso da sua calça enquanto retirava algo.

Arregalei os olhos. Meu pingente.

-Isso estava no fundo falso da sua mochila...- Suas palavras saiam lentas enquanto ele suspendia o pingente mais próximo de mim.- Por que não o usava?-

-Foi você não foi...?- Ignorei sua pergunta. Ele franziu o cenho e se levantou, caminhando lentamente para trás de mim.- Você deixou isso na minha janela... Não foi?- Tentei me soltar, mas nada.

-Se você diz...- Sua voz baixa e penetrante soou no meu ouvido direito, o ar quente da sua boca arrepiou meu corpo por inteiro.

Por trás de mim, ele colocou o pingente no meu pescoço e o amarrou, senti meu corpo eletrizar levemente.

-Ai!- A dor no meu peito aumentara e senti a cicatriz em meu peito se fechar ou sumir.

Aruan rodeou e se abaixou na minha frente novamente, ele parecia manquejar de uma das pernas.

- A cicatriz... permanecerá invisível enquanto você usá-lo.- Fitou meu colar.- Nunca tire-o.-

-Por q...?-

-Nunca.- Frisou. Ele me olhava como uma mãe que acudi o filho ao se machucar.- Me prometa...- Ele se aproximou mais de mim. Com suas mãos ele segurou o meu rosto.

-Não.- Respondi.- Você é um doente.- Cuspi em seu rosto.

A saliva escorreu na sua bochecha esquerda, que a limpou.

-Não adianta...- Ele respirou fundo.- Você saberá o por que... mas, sem pressa.- Ele não se irritou, ou aumentou o tom de voz. Eu havia cuspido nele. O mesmo que nada.

-Por que eu?- Mordi o lábio inferior.- Por que está me perseguindo garoto? Por que procurou saber sobre mim?- Eu ainda não entendia o por que? De absolutamente nada.

Eu sentia todo o incomodo das dores do meu corpo diminuir lentamente, o calor infernal, diminuía a cada instante.

-Você parece melhorar...- Ele suspirou, virando-se de costas e caminhando até um grande armário de madeira cheio de gavetas. Abrindo uma das gavetas, ele parecia procurar algo.

Em alguns momentos, veio em minha mente aquela imagem do primeiro dia de aula, e de como ele me encarava, com um olhar enigmático.

-Por que me tirou da casa do Rafael?-

-Por que?- Ele deu uma pausa.- Não é confiável.-

-Ele salvou minha vida...- Rebati.- De assaltantes.-

-Assaltantes?- Aruan virou-se para mim, com o cenho franzido em tom de desconfiança.

-Caras tentaram me assaltar na rua e o Rafael apareceu.- Tossi.- Ele me salvou dos caras.-

-Sei...- Com um sorriso sarcástico de canto de boca, Aruan trazia consigo uma seringa.

Ah não... de novo não.

-Espera... o que vai fazer?- Engoli em seco.

-Anna...- Ele se abaixou diante de mim. Meu corpo eletrizou.- Nunca... nunca, confie... em ninguém.-

-Começando por você.- Rebati. Ele sorriu. Era o próprio sarcasmo encarnado.

-Pode ser...- Ele preparava a seringa.- São 2:03 da manhã.- Ele suspirou sem verificar em nenhum relógio.- Vou leva-la para casa.-

Apenas respirei fundo, era uma mistura de alívio e desespero que me deixavam confusa. Não via a hora de ficar livre dessas amarras apertadas.

-Sua febre passou...- Ele sussurrava de cabeça baixa mexendo na seringa.- Me prometa uma coisa.- Ele se aproximou bruscamente colando a sua testa na minha. O toque da sua pele na minha era como uma descarga elétrica.

Inexplicável.

-Prometa-me que isso ficará apenas entre nós dois...- Ele sussurrou, seus olhos castanhos pareciam ler minha mente.

-Por que eu deveria...?- O encarei.- Você nem sequer me deu explicações...-

Estúpido... pensei

-Não se faça de durona...- Bufou.- Nem sou tão estúpido.- Ele recuou seu rosto sentando-se no chão.

-O que?- Arregalei os olhos.- Advinha pensamentos?- Nunca me senti tão desesperada na vida. Mas tentei não demonstrar tanto.

-Não...- Ele deu de ombros e sorriu.- Está escrito...- Ele puxou a proteção da agulha com os dentes.- Você terá prova surpresa de Álgebra amanhã...- Desconversou.- Precisa descansar. Convenci o professor de passar um teste pros novatinhos.- Ele se pôs de joelhos.- Vou levar você para casa...- Sorriu.- Não vai querer perder o teste não é?- Me fitou.- Sua tia não gostaria nada de saber.-

Desgraçado.

-Como sabe da minha tia?- Berrei.

-Veja pelo lado bom...- Ignorou.- Você já sabe que a prova surpresa não é mais surpresa... você já sabe dela.- Ele lançou um sorriso irônico. Eu queria enterra minha mão na sua cara. -Isso...- Ele suspendeu a seringa com um líquido avermelhado.- Fará você repor o sono, até a hora da aula.- Ele me fitou.

-Quem disse que voltarei para aquele lugar?-

-Claro que vai...- Ele se espreguiçou.- Eu sei que vai.- Ele me jogou um sorriso indecifrável e um olhar penetrante.

Era como se ele soubesse... o quanto esperei para vê-lo na aula e não o vi.

Esse garoto era tão misterioso quanto qualquer coisa eu pude presenciar na vida.

Era como se fosse me devorar, a qualquer momento.

Ele se levantou, e caminhou para trás de mim. Ele segurou as amarras das minhas mãos e as puxou, rasgando as grossas cordas que prendiam meus pulsos.

Que força esse garoto tem ... pensei.

-Obrigado...- Suspirou ao caminhar para a minha frente.

- O que?- Senti que ele sabia o que eu havia pensado.

-O que?- Ele franziu o cenho. Enquanto me observava massagear os pulsos livres.- Não vai tentar fugir?-

-Por que tentaria? Capaz de me matar.- Eu respirava pela boca, ainda com dificuldades já que minhas narinas pareciam entupidas.

-Não...- Um sorriso leve.- Nunca mataria você.- Ele se aproximara lentamente de mim.  Se abaixando na minha frente.- Posso?- Ele insinuou a seringa,já preparada para uso.

O que eu poderia fazer? Me debater? Gritar? Tentar me soltar?

Sim, eu estava com muito medo, medo de apagar e não voltar mais. Medo de apagar e ele abusar de mim.

Medo de nunca mais rever minha tia.

Medo de muitas coisas...

Mas...

Algo me dizia, que o mesmo garoto que praticamente me ´sequestrou´ e me mostrou filmagens da minha vida que nem eu mesma lembrava que existiam...

Esse garoto, era o mesmo que um dia talvez, me mostre meu passado.

Eu estava com muito medo...

Mas precisava... confiar nele.

Nem que seja 1% sequer.

-Não vai doer...- Ele sussurrou.- Eu prometo.-

Respirei fundo e estiquei o braço esquerdo.

Lentamente ele segurou minha mão e virou o pulso.

O pulso?... indaguei comigo mesma.

-O pulso é meu lugar favorito.- Ele mordeu os lábios com um leve sorriso, apontando a agulha.

-Será que dá pra parar de ler minha mente?- O encarei.

-Ler mente?- Ele riu.- Tá assistindo muito filme.- Ele balançou a cabeça negativamente e se concentrou.

Eu queria chutá-lo.

Ele enfiou a fina agulha no meu pulso como uma leve picada de abelha, meu braço adormeceu assim como o meu corpo, gradativamente.

-Amanhã às 6:40...- Ele suspirou ao esvaziar a seringa na minha corrente sanguínea.- Esteja arrumada.- Sua voz parecia se distanciar, minhas pálpebras pesaram.- Vou buscar você.-

Antes que eu tivesse forças para uma resposta irônica, senti minha audição acabar assim como os meus sentidos.

Apaguei sem mesmo saber como ele me levaria de volta.

E fui abraçada mais uma vez por uma escuridão profunda.


Notas Finais


até o próximo cap.
:3


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