1. Spirit Fanfics >
  2. Mysterious magic >
  3. Como assim?!

História Mysterious magic - Como assim?!


Escrita por: _naynay_21

Notas do Autor


Sinto muitíssimo por ter demorado tanto! Espero que gostem!

Capítulo 3 - Como assim?!


Fanfic / Fanfiction Mysterious magic - Como assim?!

Capitulo 3

Uma vez mais. Uma vez mais. Repetia para mim mesma.

Eu estava no meu quarto. A casa estava vazia pois minha mãe havia ido à um jantar de comemoração da empresa dela.

Me concentrei na maçã à minha frente. Uma maçã vermelha e pequena. Uma maçã normal. Cerrei os olhos e desejei com todas as minhas forças. Vi a pequena e vermelha maçã mudar para uma pera, deixando uma nevoa branca para trás.

Comemorei e olhei no meu relógio de pulso as horas. 9:10. Meus pais já iam voltar. Corri até a cozinha e peguei um jarro com água e o botei em cima da mesa. Me concentrei, imaginei o que queria e fiz um movimento giratório com a mão para cima. Flores coloridas e vivas pareceram no jarro como se tivessem sido colhidas e colocadas ali recentemente.

Um sorriso apareceu em meu rosto e fui para a cama saltitando.

Tive outros sonho. Diferente mas igual de estranho.

Eu estava em uma cama com lençóis finos e brancos. Bem, meio brancos. Havia manchas de sangue nos lençóis e no chão. Me levantei da cama procurando ferimentos, mas não havia nenhum. Olhei ao redor e vi que estava numa casa simples de madeira e com poucos moveis. A casa era ligeiramente familiar com suas paredes azul bebê e o piano na sala. Olhei pela janela e ouvi as ondas batendo de leve na areia antes de ver o mar.

E então, ouve uma explosão e a casa se desfez em milhões de estilhaços de madeira que voaram para tudo quanto era lugar. Me agachei protegendo a cabeça e fechando os olhos. Quando os abri, não havia mais casa, mas sim os destroços flamejantes dela. Senti lagrimas queimar por trás do meus olhos, mas as ignorei e não as deixei cair. Comecei a correr pelos destroços e me detive ao ver uma figura pequena agachada sobre uma maior. Cheguei perto e percebi que era uma menininha de uns cinco anos chorando em cima de um homem robusto estendido ne chão. Provavelmente era o pai dela e provavelmente estava morto. Senti pena da garota e fui socorre-la quando ouvi alguém vindo em minha direção. Me virei e vi um garoto possivelmente um ano maior que a garota correndo até o lado da menina assustado. Observei ele segurar a garota pelos ombros e arrasta-la gentil mas firmemente. ‘Vamos’ dizia ele para ela com voz suave.

‘Meu pai’ ela gritou e quando me aproximei de homem no chão recuei horrorizada. Aquele era o MEU pai. Morto. À minha frente. Cai de joelhos nos escombros e chorei pela morte à minha frente.

Me sentei de uma vez só na cama. Estava suando e tremendo. Os sonhos eram vívidos demais.

A luz do sol da manhã entrava por entre as cortinas lilás e iluminava meu quarto. Me levantei e fui até a cozinha onde minha mãe preparava panquecas.

- Bom dia! – disse minha mãe alegremente. – Dormiu bem?

- Aham – menti. – Gostou das flores? Como foi lá?

Seu rosto se iluminou e seus olhos brilharam. Ela amava detalhes tal como amava a sua empresa. Era chefe de uma linha de cafés e isso a deixava muito feliz. Ela havia passado por muito e merecia ser feliz.

Enquanto eu viajava, ela tagarelava sobre os convidados e a decoração espetacular.

- Alisson – chamou ela, - você vai sair hoje?

- Ahn... sim, combinei com Katris e Mace de sair de tarde. – assenti e me sentei na mesa.

 

O calor ainda queima minha pele cada vez que eu me lembro daquele dia. As pessoas mortas. As casas destruídas. Ela. Apesar de ainda ser pequeno sabia que tinha de protegê-la, cuida-la do mal.  Sabia que a amava e faria de tudo por ela.

Levanto-me da cama e vou até a cozinha. Logo eu a encontrarei. Está acontecendo. Tudo igual. Lavo meu rosto e tomo meu café. Ela está descobrindo este mundo e será perigoso.

Tenho de ajuda-la.

É o meu dever.

 É pra isso que estou aqui.

Por Alisson.

 

- E ai? – pergunto toda sorridente ao chegar perto de Mace e Katris. Escolhemos um lugar mais afastado, ou seja o velho estacionamento abandonado. Olho para cima, para a montanha gigante à nossa frente. Sim, o estacionamento está no pé da montanha.

- Hummm. E posso saber por que a senhorita está tão sorridente? – Katris debochou. Fiz um gesto para eles me seguirem e fiz o mesmo de antes. Me concentrei e imaginei o que queria. Escutei um arquejo atrás de mim, abri os olhos e vi um arranjo de flores brancas lindas. Lírios. Me concentrei nas flores e elas desapareceram. Virei-me e ai estavam. Um dos lindíssimos lírios brancos estava no cabelo de Katris e o outro no bolso de Mace.

- São lindas, Alisson. – disse ela cheirando a flor. Meu sorriso cresceu mais um pouco e depois diminuiu.

Mace olhava para a flor melancolicamente, como se está o lembrasse de algo ou alguém. Não havia falado nada desde que eu chegara e isso era muito estranho.

Toquei seu braço levemente e levei um choque inesperado. Afastei a mão rapidamente e a sacudi soltando um chingamento baixinho, isso pareceu tira-lo de um transe e ele olhou para mim. Por um momento pensei ter visto medo e compaixão, mas depois não havia nem um vestígio destes sentimentos.

- Ei! – falei suavemente. – Está tudo bem?

- Fantástico. – ele abriu aquele lindo sorriso e tudo pareceu derreter, principalmente eu.

- Bom, vamos começar. – Katris bateu palmas. – Que tal conseguir uma Ferrari para mim, hein?

Depois de duas horas aparecendo e desaparecendo coisas que eram cada vez maiores, fomos comer algo. Graças a Deus! A parte ruim disso era a incrível ideia de Katris de EU transportar eles.

- O.k. Eu não me responsabilizo por membros fora ou em outros lugares do corpo. – avisei. – Segurem-se firme de mim.

Os dois assentiram. Mace precavido e preocupado e Katris quase vomitando arco-íris de tão animada e excitada que estava. Respirei fundo, fechei os olhos e me concentrei na imagem de uma rua perto do shopping. Lá vamos nós, pensei. Uma lufada de vento morno nos levantou do chão e depois senti como se tivesse mergulhado em um lago no inverno. Tudo pareceu sair de orbita e eu parecia estar oca por dentro. E, então, meus pés tocaram o asfalto solido e desabamos todos no chão quente.

- Caramba! – exclamou Katris sem folego. – Foi incrível! Meu Deus, que demais!

Ela está avançando bem e rápido demais, disse uma voz doce e familiar em minha cabeça. Mace. Mas como...? Uma voz cruel e afiada como uma lamina interrompeu meus pensamentos. Perfeito! Em breve poderemos começar.

- Alisson? – senti uma mão no meu rosto e ouvi a voz doce e preocupada de Mace me chamando.  – Consegue me ouvir?

Arregalei os olhos e engasguei ao notar a proximidade do rosto dele do meu. Assenti com a cabeça dolorida e percebi também que eu estava deitada no asfalto e na sombra. Tentei me levantar, mas Mace não se mexeu e... bem, eu estava cansada e aturdida demais para processar a boca dele acidentalmente colada na dele. Me afastei rápido com o rosto queimando e desviei o olhar.

Arrisquei um olhar a ele e me surpreendi ao ver que ele estava envergonhado e vermelho. Ele olhou para mim e nossos olhares se encontraram. E façamos assim só nós encarando com vergonha do que o outro poderia pensar.

- Ei! Gente, consegui a comida. – gritou Katris vindo na nossa direção.

- Ótimo. – Mace se virou para recebe-la. Ele parecia... normal, como se nada tivesse acontecido. – O que você trouxe? Estou morrendo de fome.

Depois os dois me sentaram alegando que eu tinha que descansar mesmo que eu tivesse protestado e comemos juntos os hambúrgueres com batata frita e refri. Eu não conseguia parar de encarar Mace, confusa. Ele... eu sei lá. Era sempre assim? Ele fingia estar bem e nós não percebíamos? Quantas vezes ele estava triste, desiludido, com raiva, incomodo ou qualquer outra coisa e ninguém percebeu? As dúvidas me encheram e senti tristeza e compaixão por esta pessoa que ao que parecia pouco conhecia.

Quanto eu sabia dos meus amigos? Quanto poderia confiar neles? Quanto sei sobre mim?



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...