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História Mysterious magic - Faço ou não faço?


Escrita por: _naynay_21

Capítulo 4 - Faço ou não faço?


Fanfic / Fanfiction Mysterious magic - Faço ou não faço?

Capitulo 4

         Ai, meu Deus, falo ou não falo? Eu vou falar com ele... Não, não vou. Definitivamente não. Não com aqueles lindos olhos amendoados e...

“Tenho que pintar minhas unhas novamente.” Ele parecia tão estranho. Quer dizer ele estava normal, mas isso era estranho pelos acontecimentos do outro dia.

“I hate you, I love you...” Três minutos para o recreio. E se ele viesse falar comigo? O QUÊ exatamente eu diria? Borboletas mexiam-se insistentemente em meu estomago.

“Que aula chata, meu Deus!” Eu tinha de concordar com essa garota, odiava história; Qual foi o ano em que ocorreram os primeiros jogos olímpicos e onde? De que ISSO ia me servir ne vida?! Dois minutos para o recreio. Além do mais, não tinha com o que me preocupar, não é? Aquele beijo foi só um acidente, né?

“Aê, garota!” uma voz se destacou das outras. Divertida e algo sarcástica. “Calminha aí! A prova nem está tão difícil. Tranquila.” Ela estava certa, como sempre. Eu já sentia o ardor em minhas mãos começar. Eu tinha que me acalmar. Olhei no relógio, um minuto. Fechei os olhos e respirei longa e profundamente. Uma, duas, três vezes.

Se você acha que passou está muito errado. Não passou, a porcaria continuava tentando incendiar as minhas mãos. Um barulho alto suou e todo mundo saiu da sala de uma vez só. Me levante e comecei a caminhar até Mace. Faltava um metro para eu tocar o seu braço e a sensação de borboletas na barriga piorou e minha pele começou a pinicar. Desviei e corri para fora da sala, fugindo, de novo, dos meus problemas.

- Ei! Me espera. – Katris chegou por trás e me empurrou levemente. – Agora me conte seus problemas.

- O que? Que problemas? – tentei dissimular, mas as borboletas e o calor nas mãos não ajudavam em nada. – Não tenho problemas.

- Tá. – havia sarcasmo em sua voz e soava muito convencida enquanto fazia isso. – Então, suponho que o fato de tudo estar vibrando ligeiramente e o calor em volta de ti é só uma coincidência do destino.

Olhei ao redor para ver se alguém havia escutado, mas ninguém parecia prestar atenção em nós. Relaxei e me virei para ela com desespero.

- Conta rápido. Tenho mais coisas para fazer. -  repreendeu ela.

Contei a ela o mais rápido possível enquanto contorcia as mãos de nervosismo. Quando terminei ela me olhava sem entender.

- Espera um pouco – pediu. – Você poderia me explicar o problema disso?

Gemi e continuei andando. Como ela podia NÃO entender? Era bem fácil na verdade: o Mace que conhecíamos não era verdadeiro Mace por que ele sempre estava fingindo. Simples. Quantos segredos ele tinha?

E foi isso que eu disse pra ela, mas ela só deu de ombros. Puxei o seu braço para ela para e ela soltou um gritinho. Soltei-a e olhei para a queimadura vermelha em forma de mão no antebraço dela, olhei para as minhas mãos fumegantes e vermelhas e senti a culpa e o medo me invadir.

- Desculpa – murmurei. – Vou te levar na enfermaria, tá?

Katris me olhou nos olhos com segurança e compaixão, algo MUITO incomum por sinal.

- Não precisa – ela balançou a cabeça. – Não foi nada. – Mas foi ela terminar a frase e nós já estávamos na escada que dava para enfermaria. Katris olhou ao redor, se agachou e vomitou. – Da próxima, vê se avisa, sim?

Levei-a até a minúscula salinha branca da Dra. Asher, que se pôs imediatamente a ajudar na queimadura de Katris.

“Ei” escutei a voz dela se destacando dos diversos sussurros no fundo do meu cérebro. “Não precisa se preocupar com Mace. Ele sempre foi assim, sempre teve seus segredos e emoções guardadas para si. Eu soube disso desde o começo, mas você olhava para ele de um jeito diferente, como se ele fosse único e especial. Sim, ele é especial e todas essas viadagens, mas para ti ele era... sei lá, perfeito.”

Pensei em suas palavras o dia todo. Perdi as matérias, não comi no almoço e fiquei olhando o teto a tarde toda.

Se aquele não era o Mace real, então quem era Mace? E aquele brilho nos olhos dele o outro dia? Isso era estranho. Muito, muito estranho. E com isso adormeci.

 

Um ritual. Eu estava em um ritual estranho e assustador. Havia um bebê no centro de um círculo feito de pessoas entoando um cântico. Eram cinco, uma jovem com cabelos castanhos e feições suaves como de uns vinte anos estava de mãos dadas com um cara da mesma idade e cabelos mais escuros; ao lado dele estava outros dois homens mais velhos, um com cabelos avermelhados e o outro com cabelos negros. A outra mulher era loira e alta.

Estávamos em uma caverna iluminada por tochas e com moveis rústicos de madeira.

O cara jovem quebrou o círculo e gritou com frustração.

- Não está funcionando! – berrou ele para os outros que tinham parado de murmurar. Sua mão se mexeu e o móvel mais próximo foi lançado pelos ares e ao cair pegou fogo. A jovem caminhou até ele e tocou seu braço de leve.

- Temos que ter paciência, Henri. –sua voz era doce e carinhosa. – Ela é forte. Nossa menina saberá combater isso.

- Ela é um bebê, Haden, uma criança! – ele segurou a jovem, Haden, pelos ombros e a sacudiu levemente, como se estivesse reorganizando as ideias dela. – Como ela poderá combater esse mal? Que porcaria! Porque tinha de ser ela?

Ele fungou e vi uma lagrima escorregar pelo seu rosto sujo de fuligem. O homem com cabelos avermelhados se aproximou.

- Não podemos fazer nada que já não tenhamos feito, Henri. Agora é com ela. – ele apontou para o bebê. Henri abraçou Haden e chorou junto com ela.

- Ah, Alisson. – ele se lamentou. E ao ouvir a menção de meu nome as paredes começaram a se desfazer como nevoa e o único que persistiu foram os lamentos dos pais pela criança enquanto eu caia na vasta escuridão e acordava.

 

 



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