1. Spirit Fanfics >
  2. Mysterious magic >
  3. Raptada

História Mysterious magic - Raptada


Escrita por: _naynay_21

Notas do Autor


Tomara que gostem!!!

Capítulo 6 - Raptada


Fanfic / Fanfiction Mysterious magic - Raptada

Capitulo 5

        - Mãe! – liguei a luz do quarto dela e entrei gritando.

            Eu estava cansada. Cansada de não saber o que estava acontecendo. Cansada de não ter respostas. Cansada de duvidar dos outros.

            - Alisson? – perguntou ela sonolenta. – O que você está fazendo?

            - Temos que conversar, mãe. – falei um pouco dura demais.

            Ela se sentou na cama e passou a mão pelo rosto cansada e querendo dormir. Mas, eu não queria dormir, queria respostas. E as queria agora. Ela me olhou sem entender e eu tirei a foto velha detrás de mim.

            - O que é isto, mãe? – gritei pra ela. Na hora em que ela viu a foto seu rosto perdeu cor e eu jurei que ela iria desmaiar. Ela não respondeu. – Mãe?

            - O.... onde...? – ela gaguejou, respirou fundo e depois tentou de novo. – Onde você encontrou isso, Alisson?

            Um tremor percorreu meu corpo e meus olhos se encheram de lagrimas quando lembrei do sonho. O que aquilo queria dizer? Aquele... homem... era o meu pai? E aquelas pessoas? Elas eram a minha família? Aliás, elas eram pessoas? O que EU era?

            - Não interessa. O que importa é o que isto significa. E eu quero saber, mãe. Eu tenho direito de saber. – minha voz ficou embargada e senti as lagrimas queimarem meus olhos.

            Alguns minutos se passaram, mas para mim pareceram horas de tortura. Porque eu não tinha as porcarias de respostas que queria?

            - Vem. – disse minha mãe após pensar, batendo de leve no lugar ao lado dela. – Vai ser melhor você se sentar.

            Hesitei, depois, sem toca-la, me sentei ao seu lado. Ela suspirou percebendo minha distância e hesitação e começou a falar.

            - Quando eu estava no final da escola eu conheci um garoto. Ele era lindo, carinhoso, educado... era tudo de bom. Nós nos apaixonamos e começamos a namorar e.... depois do bale, quando voltávamos, ouve um acidente. – ela fez uma pausa mais longa que as anteriores. – Na verdade, não me lembro direito do que aconteceu. – ela franziu o cenho e riu um pouco. – Só me lembro de acordar em casa. Me disseram que eu havia ficado em coma por meses, mas que agora eu estava bem. Não soube o que havia acontecido com ele, com o garoto. Bem, algumas semanas depois, quando já estava morando sozinha, era de noite e alguém bateu em minha porta. Eu fui abrir e o único que eu encontrei foi um neném em uma cesta e uma carta com ela.

            Ela sorriu e uma lagrima desceu pelo seu rosto. Imediatamente me arrependi de ter feito aquilo. Ela não merecia todo isso, nem antes nem agora. Me estiquei e segurei sua mão.

            - O que aconteceu?

            - O bebe era você. – ela olhou para mim. – A carta dizia que o bebe, você, era meu. E que ele sentia muito por tudo. Sim, a carta e você foram mandadas por ele.

            - Mãe, qual era o nome dele? – eu tinha medo da resposta, mas precisava dela e a curiosidade estava me matando. Ela pensou um pouco e depois respondeu com cautela.

            - Henri. Henri Livelace. – tomei bastante ar e o soltei tentando me acalmar. Henri era meu pai. Aquele homem do sonho era meu pai e ele era como eu. Mas e minha mãe? Ela não podia ter tido um bebe sem ninguém nem ela saber, podia? E muito menos estando em um coma grave como aquele.

            - Obrigada. – apertei a mão dela e saí correndo até meu quarto.

            Ela parecia não saber das minhas habilidades. Nem que Henri... meu pai... ele também era assim? Nossa, era muito confuso. Eu tinha que falar com alguém. Se não eu iria ficar louca.

            Empurrei a porta com força e assim que entrei eu já não estava mais no meu quarto. Senti o frio familiar, o buraco dentro de mim e fechei os olhos. Ouvi alguém arquejar e abri os olhos.

            E comecei a rir. Gargalhei até Mace chegar perto de mim e botar a sua mão em cima da minha boca; então me calei.

            - Posso saber o que significa a tua visita inesperada? – grunhiu ele totalmente acordado. Como ele podia ter tanta energia se quando cheguei ele parecia estar dormindo profundamente? Sei lá.

            Levantei minha mão lentamente e tirei a dele do meu rosto com a mesma delicadeza. Suspirei.

            - Descobri algo. Algo importante. Acho. – me sentei na cama bagunçada. Mace esfregou os olhos e se sentou ao meu lado esperando eu falar. – É sobre meu pai. – olhei para ele, algo passou rapidamente pelos seus olhos. Medo? Pânico? não sei, foi-se tão rápido quanto veio. Ele engoliu em seco. – Eu... eu venho sonhando com ele.

            Lembrei-me do meu primeiro sonho.

            - No primeiro eu estava em uma casa queimada. Não sei se tem algo a ver com meu pai, mas foi como um déjà vu. Como se eu tivesse passado por aquilo mesmo. Enfim, eu estava lá e havia uma menininha caminhando nos destroços, ela procurava o pai dela. E ela o encontrou e começou a chorar. Um menino maior que ela chegou e a levou para longe. Acho estranho que quando vi o rosto do cara um pensamento veio a minha cabeça: meu pai. E eu venho escutando a voz dele. Não sei como sei que é a voz dele, mas sei que é. – olhei para Mace. Seus olhos brilhavam com lagrimas. – Hum... você está bem?

            - Sim. – ele tossiu para deixar a voz menos rouca. – E o segundo sonho? Como era?

            - Era um ritual, acho. Haviam cinco pessoas paradas em um círculo ao redor de um bebê. Quer dizer, uma, era uma menina e seu nome era Alisson. Eles todos tinham poderes e começaram a brigar. Estavam brigando por que a bebe teria que carregar uma maldição ou um mal, um negócio desse tipo...

            De repente senti como se algo tivesse batido com força na minha cabeça. A dor me tomou por completo, gemi e levei as mãos à minha testa. Um barulho se expandiu; parecia metal contra metal, como em uma luta de espadas só que mil vezes mais forte e doloroso para mim. Só depois de um tempo percebi que era uma risada.

            - Alisson? – chamou Mace ao meu lado. Ouvi a distância ele murmurar alguma coisa repetidas vezes, como um cântico.

            “Isso, criança. Venha até mim, cumpra o seu papel na maldição. Criança tola.” Era a mesma voz da primeira vez que Viajei, cruel, fria e afiada como uma lamina. Uma imagem veio à minha cabeça. Era uma mulher com um sorriso malicioso e olhar cruel, ela vestia um vestido preto e longo e suas unhas pareciam ter uns cinco centímetros. Seu cabelo era preto, liso e longo. Como um rio de pinche.

            Só percebi que estava de olhos fechados quando os abri. Vi os grandes olhos cheios de preocupação e carinho de Mace.

            - Alisson? – balancei a cabeça afirmativamente. Sabia o que ele queria dizer: ELA, a bruxa que vi a pouco, a que quase matou meus amigos. Ele soltou um suspiro aliviado e meu coração pulou. – Ah, graças a Deus.

            Percebi que estávamos no chão de madeira do quarto dele. Ele, literalmente, me carregava nos braços. Meu rosto estava a centímetros do dele. Um frio pior do que o de Viajar me invadiu. Comecei a me levantar, mas Mace me deteve. Bem, ele me abraçou e fungou. Eu fiquei exatamente onde estava, congelada como uma estátua, enquanto ele me abraçava.

            Seriamente, os garotos diziam que nós, meninas, éramos complicadas e os deixávamos confusos. Mas acho que eles nunca conheceram Mace, ele sim deixava as pessoas confusas. Principalmente eu.

            - Espera um minutinho. – me levantei e me afastei. Ele ficou ali me olhando como bobo sem entender o que eu estava fazendo. Ele se via patético assim no chão. Resisti ao impulso de rir e continuei. – Eu não estou entendendo. Antes de tudo, eu quero uma explicação. E não uma mentira qualquer, quero a verdade.

            Ele me olhou sem entender.

            - Como assim? Que verdade?

            - Não se faça de desentendido. Sei muito bem que você esconde muita coisa de mim. Quero dizer, de mim e Katris. Não entendo porque você esconde coisas da gente, não somos as tuas amigas? – eu praticamente estava suplicando. Mas Mace continuou igual. Eu poderia estar enganada? Poderia ser tudo uma ilusão criada pelo meu cérebro fértil?

Estava começando a desistir e a deixar tudo como era antes, mas ele fez algo inesperado. Ele suspirou pesadamente, se levantou e disse:

- Você está certa. – seu rosto demostrava derrota e cansaço.

- QUE? – eu quase gritei sem acreditar.

- Vou te dizer tudo o que você quiser saber. – ele falou se sentando na cama. Eu não disse nada. Estava surpreendida e sem palavras. Tentei buscar algo na mente dele, as pessoas estão sempre pensando, não é?

Franzi a testa quando uma parede barrou minha passagem. Milhões de outros pensamentos invadiram a minha mente menos os que eu queria ouvir. Demorei um pouco para expulsar os pensamentos alheios.

- Você não vai conseguir. – disse ele casualmente. Levantei uma sobrancelha.

- O que exatamente não vou conseguir? – no momento em que falei me arrependi da pontada de raiva e sarcasmo que me ouvi projetar.

- Você não vai conseguir... – disse ele lentamente. Mas não consegui escutar o resto por que uma voz conhecida me pegou totalmente desprevenida. Chamou meu nome e me desconcentrou do presente. Era carregada de medo e dor.

“Alisson!! Alisson! Por favor, me ajuda!!” Katris. Katris estava em problemas.

- Temos que ir. Agora. – disse para um Mace estranho. Eu não conseguia suportar os gritos dela. Eram horríveis. Eram produtos do medo e dor puros. Estremeci, fui até ele, segurei a sua mão e desaparecemos.

Sentimos o calor, depois o frio, o buraco e, por fim, o chão do quarto de Katris.

O quarto estava impecável. As paredes lilás com detalhes pretos, cinzas e brancos não tinham manchas. A cama estava bem arrumada com os milhões de bichos de pelúcia dela. Seu note estava sobre um escritório de madeira negra e com livros e canetas organizadas por cor.

Tudo estava bem.

Desci as escadas. Uma sensação estranha começou a crescer em meu peito. Sabia que algo estava acontecendo, mas o que?

Escutei algo romper o silencio. Um soluço. Fui até ele. Outro soluço. Havia uma porta debaixo das escadas, esperei. Outro soluço. É, vinha dali.  Girei a maçaneta, trancada. Dei um passo para trás, girei a mão no ar e a porta se abriu.

- Oi? Tem alguém ai? Katris? – perguntei para a escuridão do quarto. Isso me lembrava muito o quarto do Harry Potter na casa dos Dursley. Dei um sorrisinho.

- Alisson? – disse uma vozinha tremula. Definitivamente, não era Katris.

- Sim. Sou eu, Fanny. – disse com voz doce. Escutei Mace se aproximar justo quando uma mini Katris saia do pequeno quarto. A irmã da minha amiga era a cópia dela só que menor e isso sempre causava briga, mas agora o único que fiz e pensei ao ver aquela criança de seis anos assustada igualzinha à minha melhor amiga tinha acabado de pedir minha ajuda desesperadamente por telepatia foi abraça-la. – Fanny, por favor, você precisa me dizer onde está Katris.

A menina fungou em meus braços e começou a contar.

- Kat e eu ficamos em casa por que nossos pais foram festejar seu aniversário – ela fungou. – Estávamos vendo um filme e ela foi fazer pipoca. Escutei um grito e fui até a cozinha. Kat estava com uma panela na mão e dois caras lutavam com ela. Ela me disse para eu me esconder e eu fiz isso, mas...- ela soluçou de novo e limpei uma lagrima que caia pelo seu rosto. – mas, quando saí eles tinham levado ela.

- Como eles entraram, Fanny?

- Foi um buraco colorido na parede. Vem. – ela saltou dos meus braços e foi até a cozinha. – Foi ali.

Fui até a parede em que ela apontou. Eu conseguia sentir a energia da magia ainda vibrando. Virei-me para a garotinha e o meu melhor amigo mentiroso.

- Nós vamos salva-la. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...