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História Mysterious magic - Ao resgate


Escrita por: _naynay_21

Notas do Autor


Oi oi, gente! Amei de verdade esse capitulo, tomara que vcs gostem! Bjss

Capítulo 7 - Ao resgate


Fanfic / Fanfiction Mysterious magic - Ao resgate


Capitulo 6
    - Mace, leva a Fanny para cima. – mandei. Esperei até escutar os passos estarem no topo da escada. 
    A raiva fervia dentro de mim. Por que pessoas como pegaram a minha melhor amiga? O que eles queriam com ela? Era totalmente ilógico. 
    Ok, concentre-se Alisson; falei para mim mesma. Estiquei as mãos à minha frente e uma nevoa cinza e brilhante se espalhou. E...
    Era incrível. Eu via tudo. Por onde a nevoa passava eu passava. Vi as luzes neons do centro e os bares cheios. Vi os carros zumbirem de lá pra cá. Vi a solidão e tristeza da minha casa. Vi Mace abraçado a Fanny enquanto a nevoa procurava seu objetivo. Encontrar Katris. 
    Me concentrei mais ainda. Redobrei as buscas e a rapidez com que a nevoa passava. Eu precisava encontrá-la. Era a única que podia faze-lo. tentei ouvir sua voz, mas, pela primeira vez, só havia eu em minha mente. Eles eram como eu, poderiam machucar ela com um movimento de mão. 
    Um tremor passou pelo meu corpo. Não. Eu iria acha-la primeiro. 
    Passaram-se horas, eu não havia achado nem um rastro dela e havia tentado tudo o que eu sabia. Desabei de joelhos no chão duro e deixei as lagrimas rolarem pelo meu rosto. 
    - Ei – escutei Mace sussurrar, - a gente vai encontrar ela. 
    Ele se agachou na minha frente e passou seus braços ao redor de mim. Minha cabeça caiu em seu ombro e fiquei ali tremendo em seus braços. 
    - É culpa minha. – Funguei. – É tudo culpa minha. 
    - Não. – Ele pareceu indignado com a minha afirmação. – Não é culpa tua. Poderia ter acontecido com qualquer um. Pare de falar assim.
    - Ah, claro. – Falei com sarcasmo. – Ei, te contei que ontem fui abduzida por uns caras estranhos que faziam magia? Aham, e eles chegaram do nada em casa me raptaram e depois me deixaram em um lugar qualquer. 
    Ele fez uma careta. Odiava que usasse sarcasmo assim, com raiva ou em uma briga. Eu me calei. 
    - Não é culpa tua. De ninguém. 
    - Então, por que eles não raptaram qualquer outra pessoa deste mundo? Poderia não ter sido ela. Poderia ter sido você. Ou minha mãe – falei. Abaixei a cabeça e sussurrei -, se é que ela é minha mãe. 
    - Cara você é muito do contra. – Falou ele rindo. Minha cabeça se levantou na mesma hora. Come ele podia estar rindo? Pior, fazendo piadinhas e reclamando? – Eu te mandei parar de falara e você fala mais ainda. 
    Soltei uma risada sem querer. Era verdade. Eu praticamente tinha ignorado o comentário dele. 
    - Desculpa. – Murmurei. 
    “Alisson.” Alguém chamou em minha mente. Um som como de TV sem sinal veio junto com a voz presunçosa. Levei as mãos à cabeça e apertei com força. “Ah, doce Alisson. ”
     - O que foi? – A voz de Mace soou distante e preocupada. Eu toquei a sua cabeça e ele arquejou. 
Ele estava ouvindo. Ouvindo o mesmo que eu. Eu não sabia que era capaz de fazer isso. 
“É uma pena termos que fazer as coisas desse jeito. Enfim” ele, supondo que era um homem, fez uma pausa, “temos a humana. Mas se você quiser que ela volte para casa sã e salva, siga o sinal.” A imagem de Katris se debatendo em uma cadeira com cortes sangrentos espalhados pelo corpo passou pela minha mente e, pela respiração pesada, na de Mace também. Gritei, sentindo as lagrimas queimarem a pele por onde passavam. 
Ele limpou uma lagrima com o dedo e gemeu. Olhei de relance e vi que a ponta do seu dedo estava queimada. 
- Não. – murmurei me agarrando desesperada a camisa dele. – Eu tenho que fazer algo. 
- Shhhh. – sua mão acariciou minhas costas e meus cabelos. – Feche os olhos – fiz o que ele mandou. – Eles disserem para seguir o sinal, então o seguiremos. Visualize a cidade, procure ela. 
Fiz exatamente o que havia mandado. Era exatamente igual, a não ser por um brilho roxo que serpenteava por entre a cidade. 
- Consegue ver aquilo? A trilha? – ele perguntou com esperança. Assenti com a cabeça. 
- Sim. – limpei o rosto com as costas da mão e me levantei. – Não podemos deixar Fanny sozinha, ela uma criança. 
Subi as escadas e Mace veio atrás de mim. 
- Fanny! – a garotinha saiu do quarto da irmã e me abraçou. – Ei, me escuta. Você precisa ficar aqui em casa, tá?
Seus cabelos balançaram quando ela assentiu. 
- Você quer ver algum desenho?
Deixamos ela na sala vendo desenho e ao sair da casa bloqueei a residência com algum feitiço que veio a minha cabeça. 
Olhei ao redor e peguei na mão de Mace. Fechei os olhos e a trilha roxa apareceu em frente a mim. A segui rapidamente e quando abri os olhos não estava mais em frente à casa enfeitiçada da minha melhor amiga.
Uma porta enorme e enferrujada se erguia acima das nossas cabeças. Paredes de madeira gasta se estendiam pelas extremidades e um arrepio desceu pela minha espinha. Era exatamente como os lugares onde as pessoas entravam e encontravam os outros mortos.  
- Você está ficando boa nisto, hein? – falou Mace ao meu lado me cutucando com o cotovelo. Lancei a ele meu melhor olhar de repreensão e ele se calou. – Okay, entendi. Não é hora para elogios e piadas. 
    Levantei a mão e a porta se abriu com um estrondo. Entrei à passos largos e decididos. De repente, minha cabeça foi atraída a um espelho. Era uma superfície imunda qualquer, mas não foi isso o que me atraiu. E sim o que eu via refletido nele; não era exatamente eu, era a minha cara, mas eu vestia um vestido preto largo e brilhante e meu rosto estava carregado com maquiagem preta e perfeita. 
    Uma voz gargalhou em minha cabeça. A voz. Fechei os olhos, ao abri-los novamente e me olhar no espelho eu estava normal. Meu jeans, minha blusa azul claro e meu All Star preto.
    Continuei andando. 
    Um grito. Um grito de puro horror, medo e dor. Pânico cresceu dentro de mim e comecei a correr. 
    Ao meu redor as coisas passaram de um monte de maquinas enferrujadas a um salão grande e limpo. Velas brilhavam espalhadas pelo salão enorme lançando sombras assustadoras, o chão era de madeira polida e bem no meio estava Katris em uma cadeira. 
    Ela estava exatamente como eu havia visto. Amarrada à cadeira e sangrando. Porém, agora, ela não lutava. Ela estava imóvel. Caída igual ao sangue que caia pelo seu rosto. 
    Lagrimas brotaram em meus olhos. A cena era irônica e brutal. O salão era lindo, mas bem nomeio da beleza a crueldade reinava.  
    Meus pés se mexeram, mas Mace segurou meu braço. 
    - Me solta! – gritei desesperada. 
    - Não – o aperto aumentou. – É uma armadilha. 
    Olhei ao redor. 
    - Temos que tira-la daqui rápido. Antes que alguém chegue. 
    - Exatamente. Não está vazio. É uma armadilha. 
    Eu estava me virando para fugir do aperto dele quando palmas soaram do outro lado do salão. 
    - Parabéns. Acho que te subestimamos. – a voz presunçosa do recado de antes vinha de cara de uns dezessete anos. Seu cabelo tinha algumas mechas mais claras em seu cabelo castanho e sua barba estava crescendo. Ele poderia ter 1, 70 de altura e parecia se mexer como uma cobra. Seu olhar gelado se voltou para mim. – Vejo que veio à nossa humilde festa.  
    Mace grunhiu atrás de mim. Eu não queria tirar o olhar do homem a minha frente, mas não resisti. Nunca havia visto Mace com tanto ódio no olhar. Ele literalmente irradiava ódio, mas... por quê? 
    - Não viemos por ti. Viemos por ela e depois iremos embora. – grunhiu ele apontando para Katris. Agora, eu literalmente, não conseguia tirar o olhar de cima dele. 
    Eles pareciam já se conhecer. Ter uma história mais longa do que deveria. 
    - Ah, ingênuo – murmurou o rapaz com pena fingida. Seu olhar fixou-se em Mace e algo se passou entre os dois. – Eu me lembro de você. Você...
    - Já chega. 
    Pulei quando ouvi a ordem vindo da minha direita. Um homem mais velho saiu das sombras. Devia ter uns trinta anos e seu cabelo estava começando a ficar grisalho em alguns lugares. 
    - Não estamos aqui para fazer joguinhos, Jared.
    - Jared? – perguntei sem querer. Reconhecimento e esperança brilharam em seu olhar, mas foram embora tão rápido quanto apareceram. Mas será que esses garotos eram tudo assim? Confusos e evasivos? Senhor, dai-me paciência!
    Jared se retraiu e deu um passo para trás ao mesmo tempo que o outro homem estufou o peito e deu um passo à frente. Ele e o garoto tinham o mesmo olhar gélido e a mesma voz presunçosa. 
    - Que descortês da minha parte. George, prazer. – ele fez uma reverencia exagerada. George, esse nome me soava familiar. 
    Com o canto do olho vi um movimento e virei a cabeça tão rápido que meu pescoço doeu e fiquei um pouco tonta. Agarrei o braço de Mace para recuperar o equilíbrio e percebi que o movimento tinha sido de Katris. 
    Reprimi um gritinho e a observei acordar. Soltei um suspiro de alivio. 
    - Ah, sim. Sua amiguinha humana – disse o homem com desprezo. – A isca. 
    - Não chame ela assim – grunhi. – Qual é o problema de ser normal?
    - Os humanos são desprezíveis. – ele juntou as mãos com um baque surdo. – Bem, como ela já não nos serve acho que podemos descarta-la. 
    Meus olhos se arregalaram e minhas mãos começaram a tremer. 
    George esticou a mão e o chão abaixo de Katris se abriu. Tudo aconteceu muito rápido. O grito agudo dela penetrou meus ouvidos. Mace deu alguns passos à frente, mas a adrenalina fez eu me mexer mais rápido. Meu braço se esticou, meus dedos se mexeram e Katris parou no ar. Ouvi Mace e ela arquejarem e sentia alivio. 
    Jared se mexeu e um raio vermelho se aproximou da gente. Minha outra mão se levantou e bloqueou o ataque. Essa gente pensava que eu era o quê? Que faria uns negócios loucos e veriam duas Alissons fazendo diversas coisas ao mesmo tempo?
    - O, pessoal. Eu não sou duas, não. Se quiserem nos matar me avisa de uma vez. – disse com voz esganiçada. Mace se virou para mim e levantou as mãos. Eu sabia exatamente o que se passava em sua cabeça. 
    “Cara, o que você está fazendo?” Olhei nos olhos dele. Aqueles lindos olhos, que em minutos só expressavam dor. 
    - Mace! – me ouvi gritar. Eu queria correr até ele, mas fiquei paralisada. Vi seu corpo se contorcer com a eletricidade pura que corria pelas suas veias e depois cair no bizarro chão brilhante do lugar. 
    Com lagrimas nos olhos, bloquei outro ataque e me virei para Katris. Choque e horror marcavam seu rosto sujo de sangue e fuligem. Levantei a mão e sal cadeira levantou junto. Com um simples pensamento a desamarrei e a deixei atrás de mim, segura. 
      - Nós... n.... – ela gaguejou e limpou a garganta. – Temos que dar o fara daqui e levar o Mace junto. 
    Mexia a cabeça freneticamente. Meu olhar voou até meu amigo no chão e depois para o único que estava nos atacando, Jared. 
    O ódio e a raiva me invadiram. Minha mão se fechou em um punho. Jared ficou branco como mármore e levou as mãos à garganta. Seu corpo começou a emagrecer rapidamente e deu para ver alguns de seus ossos saltando da pele. Ele começou a se parecer mais ainda com seu pai depois como provavelmente seu avô. 
     Meu olhar não se desprendeu do dele e percebi que eu murmurava alguma coisa enquanto o encarava. 
    George finalmente demostrou sentimentos e correu até seu filho com desespero. Gritou seu nome, sacudiu seus ombros, deu-lhe um tapa no rosto... mas, Jared não desprendia seu olhar do meu e a cada minuto que me olhava ele envelhecia alguns anos a mais. 
    - Você o está matando! – ele gritou para mim com pânico. 
    - Alisson – chamou Katris incrédula. – Alisson, para. 
    Ela sacudiu meu braço uma e outra vez. 
    - Alisson, para! Ele está realmente morrendo! – ela parou na minha frente e buscou dentro dos meus olhos algo. – Você vai ser uma assassina, não se rebaixe ao nível deles. 
    Seu rosto focou e vi o medo em seus olhos. Desviei dela e olhei para o Jared no chão. George aninhava sua cabeça no colo e chamava seu nome com lagrimas brilhando no rosto. 
    - Eu... – eu quase o tinha matado. Agora ele estava voltando ao normal, mas eu podia tê-lo matado só com meu pensamento. 
    - Alis, temos que ir embora. – ela me sacodiu de novo e eu assenti ainda distante. 
    Corri até Mace e peguei a mão de Katris. 
    - Perdão – gritei para aquela família destruída que quase a estraguei mais. 
    Fechei os olhos e sentia aquele calor e frio familiar. 
    Eu era um monstro. Senti o medo Katris. “Ela estava com aquele vestido negro de novo.” Pensou ela. “Seus olhos... eles eram gélidos e cheios de puro ódio.”
    Eu era um monstro. 



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