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História Mysterious magic - Não estou entendendo


Escrita por: _naynay_21

Notas do Autor


Tomara que gostem!!!! Bjssss! Boa leitura!

Capítulo 8 - Não estou entendendo


Fanfic / Fanfiction Mysterious magic - Não estou entendendo

Capitulo 7

            - EU VOU MATAR ELES!

            Nós voltamos para a casa de Katris e no instante Mace e ela desabaram no chão gemendo. Seus machucados eram evidentes e me causavam dor e tremores só de olhar.

            - Não. – murmurou Mace. Suspirei e fui ao encontro dos dois para ajuda-los a se levantar.

            Tentei várias vezes, mas depois de algum tempo desisti de levantá-los e passei a tentar cura-los.

            - Alis, no banheiro tem um Kit médico. – Resmungou Katris apontando para o banheiro. Nesse momento ouviu-se uma vozinha vinda lá de cima.

            - Ah, não. – Corri até a minha amiga e coloquei a minha mão em sua testa, me concentrei em tirar dor. Senti a magia correr em minhas veias, dor se espalhou pelo meu corpo e gemi. Eu não estava tirando a dor, estava transportando ela. Abri os olhos e vi que Katris parecia bem melhor.

            Engoli em seco e fui até Mace. Repeti o gesto de antes e desabei no chão. A dor era insuportável. Não sentia meus braços nem pernas, minha cabeça parecia explodir e não conseguia focar em nada.

            - Kat? – Ouvi Fanny correr até a irmã e se jogar em seus braços. Pelo menos eu a havia salvado. Cumpri a minha missão. Apesar... apesar das coisas estranhas... Jared? Eu conhecia algum Jared. Ah, mas ele era gato. Disso sim eu tinha certeza. Muuuito gato. E...

            - Alis? – O rosto de Mace apareceu em meu campo de visão. Para falar a verdade, bem na minha frente. Mas parecia borrado, como se meus olhos estivessem cheios de lagrimas. Talvez fosse assim. – Alis, você está bem?

            - Claro, quem não estaria com aquela imagem linda do paraíso. – Em minha mente apareceu uma imagem de Mace e Jared misturados, como um só. Sorri como boba e pareceu-me ver Mace fazer uma careta.

            Ele botou a mão em meu rosto e o analisou. Pouca coisa me lembro desse ponto em diante, mas um ímpeto tomou conta de mim, me inclinei para frente e o beijei. Obviamente, ele se afastou. Pelo menos, eu acho que se afastou.

            - Você está fervendo de febre. – Sussurrou ele. Então virou-se para Katris e gritou. – Ela está fervendo em febre. Onde eu posso deita-la?

            As garotas saíram e ficamos só os dois.

            - Isso uma quarto só pra nóis. Ei, sabia que cê beija bem? – As palavras se arrastaram para fora de minha boca. Ouvi um barulhinho como de choque e olhei para as minhas mãos. Elas brilhavam com eletricidade. Ri e fiquei olhando para elas. Era engraçado como os pequenos fiozinhos vorazes dançavam pelos meus dedos.

            - Agora não. – disse Mace parecendo aborrecido. Seus olhos e suas mãos brilharam com uma luz verde e seus dedos se fecharam sobre os meus. – Meu Deus! Você parece uma criança. Não, perece estar bêbada.

            Eu gargalhei como louca, depois apaguei repentinamente.

           

            A luz do sol bateu em meu rosto. Ela parecia gritar: “Acorde! ”

            Gemi e rolei na cama. Mas, não era a minha cama. Franzi a testa e me deitei na cama de novo, incapaz de pensar direito com a minha cabeça latejando como se eu tivesse batido ela na parede.

            - Alisson? Você acordou? -  Mace entrou no quarto sem camisa e com um pano na mão. Dei um gritinho e me escondi debaixo das cobertas.

            Uma ideia me ocorreu e olhei para a camisa suja que eu estava usando. Bem, não era suja. Estava um pouco manchada, mas tinha um cheiro bom de amaciante. Minhas mãos começaram a tremer e eu engoli em seco.

            Escutei ele ir até o guarda-roupa e esperei um pouco para me certificar de que ele já estava vestido. Baixei a coberta e olhei para ele corando cada vez mais. Eu limpei a garganta e reuni coragem para fazer a pergunta que me roía por dentro.

            - Nós... ah, você sabe. – Minha voz tremeu.

            Ele empalideceu e riu nervosamente. Minhas mãos tremeram mais ainda e senti tudo explodir por dentro. Meu Deus do Céu! O que é que eu tinha feito? O que eu tinha na cabeça? E o pior, não me lembro de nada. Será que eu bebi?

            - Espera, Alisson. – disse Mace alarmado quando me levantei e comecei a procurar a minha roupa. Ele esticou os braços e deu um passo à frente tentando se explicar. – Não é nada disso que você está pensando. Nós não... não aconteceu coisa alguma entre nós.

            Suspirei momentaneamente aliviada. “Pelo menos, não do jeito que está pensando. ”

            - Como é que é? Como assim “pelo menos, não do jeito que está pensando”? Aliás, poderia, o senhor me explicar como e porque estou com estas roupas. – Minha voz se elevava a cada oração.

            - É que... bem, as roupas foi a Kat que trocou e.... eu dormi no sofá. – Ele tentava se explicar desesperadamente. – Você não podia ir para casa naquele estado. E também não podíamos deixar os pais dela te verem, então sobrou a minha casa. E foi assim. Mas nada aconteceu...

            - Mas... – ele havia deixado a frase como se tivesse mais a dizer e também não parecia tão convencido. Seus olhos e mãos estavam inquietos e suas bochechas estavam coradas.

            - É só que... sabe, você... – ele parou e seus olhos pareceram cheios de dúvidas. Fechei os olhos e tentei procurar a sua mente para lê-la, mas não conseguia ver, ou melhor ouvir nada. – Você não se lembra de nada?

            - Como assim?

            - Qual é a última coisa que você lembra que fez ontem? – Ele caminhou ao meu encontro e me segurou pelos braços cruzados em cima do meu peito, afinal eu estava só com a camisa dele e a calcinha.

            Procurei em minha mente pela última coisa que eu havia feito. Eu...

            - Desci no porão de casa, mas não lembro o porquê. – Me esforcei um pouco mais. Isso era muito estranho. Eu podia ver a preocupação nos olhos dele. Seus dedos apertavam a minha pele como garras, mas eu sabia que era só o suspense e o desespero. Por um minuto eu percebi o quão próximos estávamos e corei. – Depois... depois eu fui à tua casa, mas também não lembro porquê. Lembro que era tarde da noite. Mas....

            Senti o desespero tomar conta do garoto à minha frente. Um conflito acontecia dentro dele. Eu estava confusa. Eu havia ficado desde ontem ali? E porque eu estava na casa dele? Porque eu não podia voltar para casa? Em que estado eu estava?

            “Eu não acredito que vou fazer isso.” O pensamento de Mace chegou até mim, mas não tive tempo de perguntar o que ele queria dizer com aquilo porque exatamente nesse momento ele me beijou. E eu lembrei.

            Lembrei do sequestro, de como quase matei Jared, de que absorvi a dor dos meus amigos, que beijei ele. Lembrei do meu pai. Mas...

            No meio das minhas lembranças imagens apareceram. Não eram coisas que eu tivesse visto. Meus lábios ainda repousavam nos de Mace quando as vi, e ele e eu começamos a tremer.

            Vi a mesma cena do meu sonho. Aquele da criança nos destroços de uma casa. Mas eu via tudo dos olhos do garoto. Sentia sua dor e seu sofrimento. Ele não tinha ninguém mais. Ele tinha uma responsabilidade enorme nos ombros. Ele... ele parecia familiar. Vi ele perseguindo a garotinha que corria pelo parque. Ele passava fome e frio, mas sua preocupação com aquela garota era maior. Ele era responsável por ela, ou isso parecia.

            Mace tremia, mas suas mãos estiveram suficientemente firmes ao me empurrar para trás. Tropecei e cai na cama. O próprio Mace tropeçou para trás, se apoiou na escrivaninha e derrubou um pote. As canetas e os lápis coloridos se espalharam pelo chão.

            Levantei o olhar e encarei aquele que era meu amigo apesar de eu não saber nada dele.

            - Mace? – ele tremia e suava muito. Seu olhar estava perdido no chão e dava para perceber as lagrimas rolando pelo seu rosto. – Mace você está bem?

            “Como pude deixar isso acontecer?” até nos pensamentos sua voz parecia desesperada e tremula. “Ei, não precisa ficar assim. Nem sei o que aconteceu. Deve ter sido eu, parecia muito um dos meus sonhos.”

            Sua cabeça se levantou e ele prendeu meu olhar no seu. Seus olhos eram ferozes e brilhantes. Com um brilho meio avermelhado. O medo me dominou e fiquei completamente imóvel. Literalmente. Não conseguia me mexer.

            “PARA DE TENTAR LER A MINHA MENTE.” Ele deu um passo à frente e caiu no chão. Suspirei e me mexi. Mas... como? Me levantei e andei até ele meio hesitante. Me agachei.

            - Mace? – coloquei a mão em seu ombro. Ele estava de quatro e com a cabeça para baixo, mas eu sentia seu medo. – Por favor, me diz o que aconteceu.

            Ele se levantou e me puxou para perto. Seus braços me esquentavam enquanto eu lembrava novamente que estava só com as roupas de baixo e a camisa dele.

            - Me desculpa. Me desculpa. – ele repetia com as suas lagrimas molhando meu ombro. Eu não sabia o que fazer, então simplesmente o reconfortei.

            - Não precisa de desculpar.

            - Não. Me desculpa.

            - Filho, você vai tomar café? Filho?

            Me afastei e me senti corar. De novo. Olhei para a senhora bem vestida e perplexa na porta. É, não sei se poderia piorar.

- O...Oi...  

 



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