História Mystery Man. - Capítulo 1 - Fantasma.

"Meu fantasma

Aonde você foi?

Eu não posso encontrá-lo no corpo dormindo ao meu lado

Meu fantasma

Aonde você foi?

O que aconteceu com a alma que você costumava ser?"

Hanzo escutou seu irmão bocejar pela quinta vez na aula, ele sabia que a aula de geometria é um pouco chata, mas não era pra tanto, ele havia planejado de forma correta e menos "chata", mas aparentemente fora não o suficiente.

O moreno suspirou e virou-se para seu irmão com impaciência, sabia que ele reclamaria, mas ele não poderia fazer isso, não na aula dele, não com seu professor de matemática.

- Genji, algo de errado?

O mais novo olhou para Hanzo – Nada não, apenas não dormir direito.

Insolência, era a palavra que descrevia o tom de voz de Genji nesse momento, será que Genji não percebeu que quem estava chamando-lhe atenção era seu professor? Ou era Hanzo que não estava conseguindo diferenciar entre o profissional e o pessoal, de qualquer forma, respeito é bom.

- Na próxima vez durma corretamente ou irá para fora de sala.

Deu para sentir o peso entre os dois, os alunos sentiam, o proprio Genji sentia, mas Hanzo não se importava, em partes, sabia que no final de tudo era apenas uma consequencia.

O sinal tocou e os alunos imediatamente se retiraram da sala, alguns sons de cadeira arrastando era ouvido e Hanzo observou os alunos entregarem suas atividades, mas assim que todos saíram Hanzo pode perceber tudo arrumado, parece que seus alunos sabiam exatamente o que ele queria, uma sala arrumada e disciplinada.

Hanzo sentou-se na cadeira e viu as atividades feita, umas completas, outras incompletas e poucas em branco, ele já imaginava de quem era. Ele organizou a mesa e saiu para a sala dos professores.

Chegando lá, sentou-se em sua mesa disiguinada e começou a correção, era a ultima aula daquele dia e muitas atividas para serem corrigidas, provavelmente iria demorar bastante, mas era de seu costume ficar altas horas da madrugada fazendo isso. Talvez a culpa da forma indiciplinada de Genji fosse toda sua por não está em casa, não talvez, mas com certeza.

Ele ouviu a porta abrir. Falando no diabo.

- O que foi aquilo?

Hanzo agradeceu por está apenas um professor na sala e agradeceu também por ele está dormindo.

- Aquilo...? - Hanzo sabia o que Genji estava falando, mas para ouvir o que o irmão tinha a dizer, deu-lhe uma porta para os argumentos que no final a resposta é que Genji é um adolescente rebelde.

- Voçe sabe do que estou falando – Cuspiu Genji – Como pode me tratar daquele jeito? Eu sou seu irmão!

Hanzo ignorou os questionamentos de Genji e apenas ficou em silencio esperando mais do mais novo, ele viu o olhar idguinado dele, ouviu sua voz de vítima, mas não disse nada.

- Me responda caramba! - Exclamou o mais novo.

Mas não obteve uma resposta vinda de Hanzo e Genji já estava para ficar louco, o que seu irmão queria?

- Aqui eu não sou seu irmão, mas sim seu professor de geometria. - Hanzo soltou as palavras rápidas, mas o suficiente para que Genji entendesse.

Genji soltou uma risada zombeira, mas engrossou a voz para o que iria falar – Você nunca foi um irmão de qualquer jeito.

Genji não esperou a resposta de Hanzo e saiu da sala, mas de qualquer forma a resposta nunca viria, afinal, Hanzo estava tão chocado que qualquer palavra nunca sairia. Ele nunca imaginou isso, não vindo de Genji. O mais velho encostou-se na mesa e olhou para os papeis das atividades e pensou quantos "D" ou "F" sairiam dali e pensou na nota que seu pai daria para ele. F. Sem duvidas. Hanzo encostou os papeis e a pasta no quanto da mesa e saiu da sala.

Ele esperou, e esperou, mas seu irmão nunca voltou. Hanzo olhou para a mesa já bem aplicada para um jantar entre irmãos, mas ao mesmo tempo olhou para a porta, esperando Genji chegar, eram 23:09, será que ele deveria chamar a polícia?

Hanzo desesperou-se, suas mãos tremiam e sua mente lhe culpando por isso, ele estava reprovado, mas a diferença era que não havia como fazer uma recuperação para isso. Será o fim? Hanzo direcionou-se para a porta e a abriu e saiu. Lá fora, escuro, a noite era sem duvida o turno mais perigoso que tinha, nenhuma alma nas ruas, as casas ao redor estavam escuras, os postes tinha uma deficiencia de luz, a grama verde e baixa não lhe dizia nada, absolutamente nada.

Hanzo sentiu-se sufocado e seus olhos começaram a lacrimejar, ao seu redor lhe enfatizava nada, mas sua cabeça esta a mil, mas um barulho na varanda de cima lhe trouxe de volta e então andou até lá, até a varando de cima, a varando do seu quarto. A escada parecia maior que se lembrava, mas ele subiu e seguiu para seu quarto, ao entrar sentiu-se surpreso por ver tudo tão limpo, nunca mais tinha parado para ver seu quarto, nunca notara nada, apenas vinha para dormir ou apenas para deixar alguma coisa aqui e voltar para a escola.

O moreno viu a enorme porta de vidro aberta e as cortinas brancas voarem, mas, o mais importante era quem entrava em seu quarto. Um homem com vestimentas pretas, seu chapéu tinha uma faixa azul assim como o cachecol ao seu pescoço, ele usava um separe preto-azulado. O homem misterioso parecia pacifico e em seus braços havia Genji desmaiado. Hanzo engoliu a seco e seguiu o homem pelo olhar, viu-o deixar Genji no chão de forma cuidadosa e logo em seguida olhou para Hanzo, através daquela faixa, os olhos escuros por conta da noite, apenas a luz da lua sobre o quarto, o homem foi-se em direção da porta da varanda e quando Hanzo correu para seu irmão, assim que olhou para a varanda o homem não estava mais lá.

Hanzo estava novamente na sala dos professores, suas aulas ultimamente não estavam sento satisfatórias para o próprio homem, ele sabia do motivo, sabia que a imagem daquela noite o perseguem até nesse exato momento, mesmo já passando 2 semanas do decorrido. O caso fora encerrado pela polícia e Genji está a salvo e isso aproximou os dois irmãos, a ideia de passar mais tempo em casa do que se enfurnar na escola deu seus frutos, frutos de excelente qualidade. Hanzo nem acreditava que seu irmão foi pego em uma troca de tiros entre policiais e traficantes.

Mas a questão principal desde aquela noite era: " Quem era aquele homem?" E Hanzo ficou surpreso ao descobrir que ele era bem conhecido tanto nos jornais quanto na população, chamavam ele de "Mystery Man", o justiceiro da noite. Ele tinha vários fã-clubes e era admirado por muito e tinha o ódio de outros, típico de um filme de heróis. Hanzo era grato por ele ter salvo seu irmão, ainda assim com um pé atrás.

- Hey Hanzo!

Hanzo escutou uma voz lhe chamar, sabia quem era e sabia o que o homem queria – O que foi McCree?

McCree arrastou uma cadeira para perto de Hanzo e pôs alguns papeis sobre a mesa – Algumas alunas pediram para entregar para você essa atividade.

"Atividade atrasada" Pensou Hanzo enquanto pegava os papeis já direcionando para o lixo, mas fora impedido por uma mão grande e forte – Calma lá sweetheart!

- O que? - Hanzo soltou-se das mãos de McCree.

- Elas pelo menos fizeram, considere isso.

- Não considero atrasos, pare com esses apelidos e não me toque.

McCree suspirou – Desculpe, mas apenas pense um pouco, elas gastaram tempo delas fazendo isso, você quer que seja em vão?

Hanzo virou o papel e mostrou para McCree – Nem sequer é a letra delas. - Hanzo deu uma pausa para olhar para McCree que tinha um olhar confuso – Você deveria saber melhor do que eu.

Claro, ele era o professor de Inglês.

McCree sorriu – Tão teimoso... Apenas, você sabe...

- Considerar?

McCree levantou as sobrancelhas em sinal de positivo. Hanzo olhou para os papeis e pôs sobre a mesa e voltou para a correção das atividades entregues no tempo correto. Mas para a infelicidade de Hanzo, o homem que o irrita ainda estava ao seu lado, parecia concentrado no que Hanzo fazia, ou pelo menos Hanzo achava que era isso.

- O que ainda faz aqui?

McCree sorriu malicioso – Você fica lindo concentrado.

Hanzo sabia que corou fortemente, sentia suas bochechas queimarem, mas deixou isso de lado – Saia.Agora.

O olhar mortal que Hanzo direcionava para McCree parecia está dando efeito já que o homem levantou-se da cadeira e arrastou de volta para o seu canto, mas claro, era McCree.

- Ninguém nunca lhe disse isso? - Perguntou ainda sorrindo maliciosamente – Sério, deveriamos sair algum dia darling.

- Saia.

Quando Hanzo escutou a porta da sala abrir e fechar, suspirou longamente, McCree era um professor popular na escola, todos conheciam ele, menos Hanzo é claro, não era de fazer amizade no trabalho, todos eram apenas seus colegas, mesmo Hanzo achando o professor de Inglês bonito, mas nunca iria admitir isso.

Hanzo pegou as atividades das alunas atrasadas e jogou no lixo, ele nunca considerava atividades atrasadas, afinal, seria injusto com aquele que tiveram que fazer o trabalho até o aprazamento, mas o Shimada sabia do motivo de mandarem McCree para esse missão impossível, ele é um homem galanteador, charmoso, sabia como conseguir as coisas, mas aparentemente isso não funciona em Hanzo.

A noite era um turno estranho, era escuro e as vezes a lua nem sequer aparecia, mas as pessoas insistem em andar pelas ruas da cidade nesse período. Ele suspirou, já tinha feito muitas coisas naquela noite, salvado uma velhinha de um assalto, em seus punhos ainda dava para sentir ele quebrando o nariz do assaltante, tinha salvado quatro mulheres diferentes de estupro e o mais importante e seu principal objetivo, investigou o trafico de drogas pela região, isso era uma sombra em uma cidade grande.

Mas, por algum motivo, ele sempre sentia-se cansado no final de tudo, bem, até acontecer de salva um garoto de uma troca de tiros entre policiais e traficantes, invadir sua casa e achar o homem mais lindo do mundo, ele ainda se lembra de por o garoto no chão e ao olhar o homem na porta, Jesus Cristo, a beleza do homem era de outro mundo e ele, por um momento, achou que a luz da lua o deixava mais lindo ainda. Depois daquela noite, ele sentia uma vontade muito grande de ir naquela casa, naquele quarto e passar a noite toda observando ele, mesmo achando muito estranho essa ideia, ele não era um maluco, talvez. Mas nunca fez isso, até esse momento que seu corpo o arrastou de volta para aquela varanda, a lua brilhante novamente, era como um replay, sem o garoto de cabelos verdes em seus braços. Mystery Man tinha suas artimanhas e conseguiu abrir a porta de vidro e abriu devagar, sem querer causar muito barulho e sentou-se na varando, vendo Hanzo dormir, parecia calmo, totalmente do que ele era no cotidiano, mas sempre bonito, seus cabelos negros pareciam seda, ele queria toca-los, queria tocar na pele pálida do homem, queria beija-lo, mas não fez nada disso, apenas observou até dá sua hora de ir.