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História Mystery Town - Casa mal-assombrada, trabalho chato e fantasma suicida.


Escrita por: InfiniteVitium

Notas do Autor


Espero que gostem. Como não reli esse I ato, não sei se os capitulos dele estão tão bons assim. Qualquer critica é bem vinda.

Capítulo 4 - Casa mal-assombrada, trabalho chato e fantasma suicida.


Fanfic / Fanfiction Mystery Town - Casa mal-assombrada, trabalho chato e fantasma suicida.

O caminho todo para fora da escola fiquei olhando para aquela garota. Ela não é de falar muito na sala, mas mesmo assim tem um grande carisma, se não, como faria Hugh gostar dela? Foi bem estranho ficar naquele armário apertado ouvindo os dois conversando e mais ainda foi achar os dois juntos fofos.

Podem me matar, mas shippo eles.

Andar com ela, no meio daquela confusão que era o corredor no fim da aula, era bem desconfortante. Ela não falava nada, e apenas olhava para frente com uma postura impecável, enquanto eu andava todo desleixado.

“Você realmente... Gosta do Hugh? “ Perguntei engolindo em seco.

Ela parou na frente de uma sala, e antes de entrar para buscar as coisas que havia deixado lá, surgiu um sorriso em seu semblante.

“Ele é o último amigo que me sobrou. “ Ela respondeu com um ar melancólico e fechou a porta.

Como já havia guardado minhas coisas no armário, enfiei as mãos no bolso e fui para fora da escola esperar a ruiva.

Quando sai dei de cara com os três esperando por nós na escada.

“A Morgana tá bem? “ Perguntou Thomas enquanto tragava um cigarro. Rebeca não parecia nada feliz por estar perto de um fumante.

“Tá sim. Sabiam que ela... “ Pensei sobre o que ela disse, sobre ele ser o último amigo dela. “...É muito boa em matemática? ” Me lembrei dela resolvendo todos os problemas, até os que a professora não entendia, no quadro.

“Todo mundo sabe disso! “ Rebeca respondeu com uma voz engraçada, estava tampando seu nariz com os dedos de unhas bem-feitas. “Vamos embora! “ Ela exclamou. Seu rosto já estava ficando roxo de tanto prender a respiração, e Thomas estava se divertindo com aquilo.

Tragou mais uma vez e assoprou em cima da face da menina. Pela primeira vez, achei engraçado ver ela se dando mal. Quanto mais passava tempo com a morena, percebia o quão podre ela era.

“MEU CABELO! “ Ela gritou enquanto todos nós riamos dela. “VAI FICAR FEDENDO POR SUA CAUSA! “ Thomas estava sorrindo de um canto ao outro.

“Fico feliz em ser o causador de sua ira. “ Ele respondeu calmamente e depois jogou o cigarro no chão. Pisou em cima do mesmo e cruzou os braços olhando para a porta do colégio.

Morgana estava descendo as escadas, vindo em nossa direção. Ela lia um livro enquanto isso, passou direto por nós, mas ela nos viu.

“Vamos logo! “ Ela exclamou quando já estava no final da escada. “ Se a princesa quiser, na minha casa tem shampoo. “ Ela disse e todos riram enquanto Rebeca ficou vermelha de raiva.

 

Meus pés estavam me matando. Não me lembrava de ter de andar tanto para chegar a casa da ruiva. “Por que eu fui ir de sapatos altos para escola? ” Me perguntei.

“ESPEREM! “ Gritei, tirei os saltos e sai correndo atrás deles com eles nas mãos.

Finalmente chegamos na casa dela, continuava do mesmo jeito. Com a arquitetura gótica mais bonita que já vi em minha vida e sepulturas com estatuas mais bonitas ainda, aquela casa não me dava medo, nem quando eu era criança. Eu achava tão bonita quanto um castelo.

“V-você mo-mora num cemitério? “ O mais novo perguntou parado no portão de entrada. Todos nós viramos o olhar para ele, era engraçado ver a reação dele.

“Não seja idiota. Os mortos não vão te pegar enquanto você está aqui. “ A ruiva respondeu abrindo a enorme porta da entrada. “Só se você for ao banheiro. “ Ela disse entre risadas e entrou na sua casa.

“O que ela quis dizer com isso? “ Ele perguntou ao Dylan que com aquele sorriso perfeito, respondeu ao menino medroso.

“Ela só está brincando. “ Ele disse tentando tirar o medo do mais novo, quase que empurrando ele, entraram juntos na casa.

Não entendo por que as meninas acham o D. tão lindo. Concordo, ele tem traços perfeitos e tudo mais, mas apenas consigo imagina-lo como um amigo, se fossemos amigos.

Quando M. era mais nova todos eram mais unidos na sala, não existiam panelinhas e coisas do tipo. Acho que na verdade, apenas crescemos e odiava ver como isso nos deixou tão idiotas.

 

Sai acendendo as luzes da minha casa, já estava ficando escuro, então nem adiantava abrir as cortinas.

“Vão querer alguma comida? “ Perguntei e olhei para trás, todos estavam olhando para cima de mim com semblantes assustados. “Acham que podem me assustar? Eu criei essa brincadeira! “ Respondi, mas parecia sério até Thomas estava assustado.

Olhei para cima e não vi nada, voltei a olhar para eles que continuavam daquele jeito. A morena até deu um gritinho.

“Vocês são ridículos. Vou preparar alguma coisa, comecem o trabalho! “ Disse alto e fui em direção a cozinha.

 

Tinha um fantasma bem na nossa frente. Em todas as vezes que já fui naquela casa, nunca tinha visto nada do tipo, nem me assustado com nada.

Lembro que quando mais novo, não gostava de vir na casa da ruiva, por que não era um lugar tão aconchegante. Ainda mais quando a avó dela estava lá, ela sempre me olhava de uma forma estranha por causa da minha cor de pele.

“Mas que merda é essa? ” Rebeca e Thomas falaram juntos enquanto Francis se encolhia de medo atrás de mim.

“Vo-você fa-fal-falou que era brin-brincadeira! “ O mais novo falou atrás de mim, me senti como um irmão mais velho em relação a ele.

“Rebeca, Thomas e Francis corram para a biblioteca e lá comecem o trabalho. Deve ser apenas a nossa imaginação. “ Disse e todos me ignoravam estavam com muito medo daquela figura que brilhava em azul. “Vocês não viram a reação de Morgana? “ Perguntei olhando para eles.

“Eu estou muito ofendido. “ O fantasma falou e eu desisti de meu discurso. “Como podem dizer que sou um tipo de ilusão? Acham que sou um amigo imaginário? “ O homem que vestia smoking, cartola e usava óculos, pareci ser velho e todo seu rastro era como uma fumaça.

“Que isso! O que nosso amigo estava querendo fazer, era deixar a gente menos assustado. ” Thomas começou a falar com o fantasma? E ainda estava se desculpando? Devo estar louco. “Qual é, não estamos acostumados a ver... pessoas mortas. “ Ele disse e o homem pareceu mais tranquilo.

“Se era esse o problema, então está tudo bem. Fico muito contente que alguém possa me ver. “ O fantasma chegava a dar dó e ele não parecia malvado. Nem me olhava estranho. “Sabem, Morgana e Elizabeth nunca nos vêm ou vão visitar nossos túmulos. “ Ele disse melancólico. “ Já é triste o suficiente não conseguir sair deste limbo. “

“Você disse nós? “ O mais novo parecia ser o único ainda assustado.

“Por que o senhor continua aqui? “ Rebeca perguntou ficando mais relaxada a proximidade com o fantasma.

“Sabem, que sua alma, quando você morre por causas não naturais, fica presa na Terra por dois motivos: Ou você não perdoou alguém ainda ou não se recorda de sua morte. O meu caso é o segundo, não me lembrava nem onde guardava os remédios, quando vivo. “ O homem esfumaçado nos explicou.

“Você disse nós? “ Francis ainda estava preocupado com o fato de não existir apenas um fantasma na casa.

“Minha bisneta está vindo, diga a ela para limpar os túmulos, estão muito sujos. “ Ele pediu antes de sumir. “Não quero atrapalhar vocês...” Disse por fim, antes de sumir de nossa frente.

“Fantasmas podem desaparecer e aparecer. Fodeu! “ Francis exclamou se sentando na poltrona atrás de nós.

“Ainda dá tempo de a gente ir na biblioteca e fingir que começamos o trabalho. “ A morena disse e nós nos olhamos. “Não quero ouvir M. brigar com a gente. “ Todos concordamos e fomos correndo para a biblioteca.

 

Tirei meu bloco de notas do bolso da jaqueta.

“Ele quer um trabalho sobre... Iluminismo. Porra, que merda! “ Exclamei lendo as minhas anotações.

“O.K. Deve ter algo nessa biblioteca empoeirada... “ A morena disse passando os dedos pelos livros e tirando poeira dos mesmos.

“Certo, juntem todos os livros que encontrarem nessa mesa maior e depois a gente lê.” Dylan deu as ordens e nós apenas seguimos elas.

Depois de muito tempo, parei para ver nossas pilhas de livros. A minha estava toda bagunçada, a de Rebeca estava arrumada em ordem alfabética do ator, a de Dylan estava dividida em 3 e a de Francis...

“Mas que merda é essa? “ Perguntei olhando os títulos dos livros que o mais novo escolheu. “Por que você está escolhendo livros ligados a família dela? “ Peguei um dos livros.

“Desculpem, tenho problema de atenção. Acho que os primeiros têm a ver com iluminismo... “ O loiro parou na frente de sua pilha e começou a ler. “É, o primeiro tem sim. Mas o resto começou a ir em ordem com os meus pensamentos. Lembrei do fantasma, peguei livros de terror. Lembrei que me falaram sobre a família de Morgana ter vindo da França, peguei livros sobre a família dela. ” O menino explicou e todos nós ficamos o encarranco. “É involuntário. “ Ele disse se sentindo culpado.

Comecei a folhear o livro sobre a família dela e comecei a rir com aquilo. Rebeca tirou o livro da minha mão.

“Você é um gênio não compreendido, tampinha! “ Exclamei bagunçando o cabelo dele.

“Como você pode ser tão cagão?! “ A morena disse se rindo e Dylan pegou o livro da mão dela.

“A família da Morgana tem ligação forte com o iluminismo. Uau! “ O mais alto exclamou e o clima menos tenso.

“Perdi alguma coisa? ” A ruiva perguntou entrando com dificuldade, enquanto carregava a bandeja com biscoitos e refrigerantes.

Sem hesitar, fui ajuda-la.

“Tem certeza que podemos comer aqui? “ O tampinha perguntou e todos já haviam começado a comer.

“Se algo estragar não tem problema. Essa nem tem os exemplares originais, a maioria que estão aqui são copiais. Os originais ficam em outra biblioteca. “ A ruiva deixou ele mais tranquilo e resolvemos dar uma pausa para comer.

 

“Posso perguntar uma coisa? “ Dirigi minha pergunta para M. enquanto ela lia um dos livros que F. escolheu. “Por que você e sua mãe não conseguem ver os fantasmas? “ Perguntei e a ruiva ficou com confusão estampado em seu semblante.

“Não existem fantasmas aqui. “ A ruiva respondeu sem desprender os olhos do livro.

“Hm...” Respondi e peguei um biscoito. Depois me afastei da poltrona onde ela lia o livro e fui até a mesa grande, onde os outros estavam.

“Francis. “ Chamei o loiro que me fitava com a cabeça apoiada na mão.

“Oi? ” Ele perguntou olhando em meus olhos.

“Tem um fantasma atrás de você. “ Encenei minha melhor cara de assustada e ele levou um susto acordando de seu devaneio.

“Não sei vocês dois, mas eu estou tentando ler o livro. “ D. estava realmente concentrado.

“Eu não estou! “ T. Respondeu fechando o livro. “O que estão pensando em fazer? “ Ele perguntou olhando para eu e F.

“Eu quero ajudar aquele fantasma. “ Respondi de forma verdadeira. “Fiquei com pena dele! “

“Eu-eu fi-fico. “ F. respondeu se encolhendo na cadeira.

“Se você for com a gente eu... “ Quando ia terminar a frase, T. passou o braço pelos meus ombros e continuo por mim.

“Começa a andar com a gente. “ Ele fedia extremamente a nicotina.

“Eu ia dizer que ia beijar ele... “ Novamente fui interrompida. Odeio isso!

“Por mim pode ser as duas coisas. “ F. respondeu sorrindo com os olhos, ele ficava fofinho daquele jeito.

“Foda-se! Você vai acabar fugindo mesmo. “ Disse de forma maldosa. As vezes era assim e ficava mal por isso.

“Isso é uma aposta? “ D. perguntou e T. respondeu com a cabeça. “Se a Rebeca se apaixonar pelo Pi.. Francis até o final do ano, eu começo a andar com vocês também. “ T. parecia feliz com aquilo.

“Sua vez, ruiva! “ T. exclamou voltando seu olhar para M.

“Se o Thomas parar de fumar, eu começo a andar com vocês. “ A ruiva disse e parecia que todos tinham apostado algo.

“Não se esqueça de me beijar. ”  T. advertiu ela e me puxou para fora da biblioteca. “Boa leitura para vocês. “ Ele disse saindo comigo e o loiro.

 

“Como vocês pretendem ajudar o fantasma? “ O tampinha perguntou e eu tirei de meu bolso meu bloco de notas.

“Anotei várias coisas aqui, como a maneira que a maioria dos parentes da ruiva se mataram. “ Os dois me olharam estranho. “Que foi? Eu também estava querendo ajudar. “

“Mas como vamos saber o nome dele? Ele não se lembra de nada! “ A morena disse parando de andar na entrada da casa, em frente a escada.

“Hm... Vamos procurar fotos dele. Deve ter em algum lugar! “ O loiro disse algo inteligente e o encaramos. “Que foi? Eu não sou tão idiota assim. “ Ele disse e começou a subir as escadas. “E quero muito aquele beijo. “ Completou e a morena começou a rir correndo atrás dele.

Engraçado como parecíamos crianças novamente.

 

Passamos horas, e horas procurando por alguma coisa que lembrasse aquele homem. Fomos até no porão e aquela casa é tão grande que fazia parecer que estávamos perdidos.

“Buuuuh! ” O fantasma do homem apareceu atrás de mim.

“PO-POR QUE FE-FEZ ISSO? ” Perguntei sentido que começaria a sofrer de asma ou ataque do coração depois daquele dia.

“Não sei... “ O velho respondeu com um olhar avoado. “Bem, descobriram algo? Parecem estar adorando investigar. “ O fantasma que expelia uma luz azul fantasmagórica disse e nós entreolhamos.

Realmente estava sendo muito divertido investigar ele, mas precisávamos de ajuda.

“O senhor, não saberia nos dizer se nessa casa tem algum tipo de corredor com quadros de cada pessoa dessa família? Tipo, como nos filmes. “ Rebeca parecia ser a mais interessada de todos.

“Hm.... tem o corredor da ala leste. É só passar pela escada principal e ir para direita. No entanto, acho melhor não irem. Lá estão concentrados os fantasmas das famílias, a maioria bem birutas. Seu amigo pode ficar muito... “ O interrompi começando a andar para esse tal corredor.

“Desculpe, mas eu preciso de um beijo! “ Fui andando decidido e sem medo algum.  

“Se a Rebeca fizesse isso com todos os soldados em momento de guerra, aposto que teríamos muitas mais mortes. “ Thomas disse indo atrás de mim e a morena deu um tapa nele.

“Cala a boca! “ Ela exclamou vermelha, não sei se era de raiva ou vergonha.

 

Eu não podia estar ficando apaixonada pelo Pig. Meu Deus! Qual o meu problema? Eu tinha prometido a mim mesma que só iria me apaixonar na faculdade, por um menino muito bonito. Em vez disso estou gostando de um perdedor qualquer, só porque agora ele estava sendo mais corajoso e... tem um sorriso fofo.

Chegamos a porta que dava para o corredor. Paramos antes de entrar e olhamos um para o outro. Abrimos a porta juntos e damos de cara com um corredor cheio de pinturas antigas. As pinturas eram incríveis, e cobriam a parede inteira, na frente do rosto de cada um tinha seu nome.

Obvio que não teriam só as pinturas, atravessando as paredes, teto e chão fantasmas brilhando em várias cores diferentes gritavam e riam.

Começamos a sair a procura do nosso fantasma, nos separamos para achar mais rápido.

Os fantasmas brincavam de mexer no meu cabelo ou apertar minha bochecha. O estranho é que eu estava gostando, era divertido.

Thomas não tinha nem fantasmas perto dele, pareciam ter medo dele. Francis era o mais adorado pelas fantasmas mulheres, elas pareciam ter o achado um gracinha.

Voltei minha atenção para procurar o homem, e depois de muito procurar o encontrei.

“ACHEI! ” Exclamei e T. veio a minha direção com seu bloco de notas, enquanto passava os fantasmas se afastavam dele. Como se fosse um repelente. Acho que é o cheiro de nicotina. “O nome é Henry Spohr de Valois. Uau! “ Exclamei e T. procurou o nome dele em seu bloco. “Ela tem parentesco com a família real? Que estranho...”. Fui interrompida de novo, estava começando a me acostumar.

“Ele se matou na banheira. “ T. disse e um momento de tristeza passou por nós. Ele se matou quando já idoso, isso era muito triste. “Vamos? “ Ele perguntou com tristeza em sua voz.

“Cadê o Francis? “ Perguntei olhando o redor e ele fez o mesmo. “Será que... “ Nos olhamos e saímos procurando por ele, deixando os fantasmas lá.

 

 

“Descobriram? “ O fantasma de Henry nos perguntou enquanto corríamos para a biblioteca.

“O senhor, se matou na banheira, Henry Spohr de Valois. “ Rebeca respondeu e paramos na entrada da biblioteca.

“Muito obrigado, crianças. “ Ele respondeu sorrindo enquanto uma luz branca o invadiu, a luz era tão forte que poderia nos cegar. Puxei a morena para trás e protegi seu rosto.

Quando acabou vimos apenas cinzas no chão. Morgana e Dylan tinham saído da biblioteca e viram tudo. 



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