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História Na estação do acaso, eu encontrei o meu bem. - Morena.


Escrita por: Laurafckzn

Notas do Autor


Notas finais.

Capítulo 12 - Morena.


Luíza POV.

Talvez a ideia de ter chamado Lara para sair não foi de um todo boa, considerando o fato de que, durante o caminho, eu perdi o equilíbrio da moto algumas vezes, quase nos derrubando da mesma. Tudo por culpa de Lara! A maldita estava apertando os meus quadris usando as coxas, segurava-me firmemente pela cintura e, a pior parte, pressionava todo o seu corpo em minhas costas. Senti que podia desfalecer a qualquer momento em cima da moto, qualquer mesmo.

Ao chegar no shopping, estacionei a minha moto perto de todas as outras. Lara desceu e me entregou o capacete, eu retirei o meu capacete e coloquei ambos presos junto a moto. Lara me encarava, parecia brava. Eu engoli em seco, aquele olhar penetrante estava me dando arrepios.

- O que eu fiz? - Perguntei relutante, com medo de tomar um soco ou sei lá.

- Você quase nos derrubou, Luíza! - Ela rosnou. - Não só uma, mas quatro vezes! Quatro vezes, Luíza! Eu confiei em você pilotar essa moto comigo nela e você quase nos derrubou QUATRO VEZES! Tá viajando é, desgraça?

- A culpa não é toda minha. - Retruquei. - Você estava retirando a minha atenção, como se a sugasse. A culpa é partilhada!

- Agora a culpa é minha? Deu a porra mesmo! Não era eu quem guiava a moto, desgraça! - A morena continuava a rosnar.

Fechei os olhos e inspirei o ar fundo, expirando em seguida. Passei a mão pelos meus cabelos e abri os olhos novamente. Lara ainda me encarava, porém parecia mais calma.

- Me desculpe, morena. - Pedi, manhosa, tentando persuadir. - Seu sotaque é muito bom.

- Tudo bem, Luíza. Pare de manha. - Ela sorriu. - Vamos entrar?

Apenas assenti e relutei em pegar a sua mão, mas a peguei. Eu queria sentir um pouquinho, segurar sua mão na minha, alisar as costas de sua mão com o meu polegar. Mas mesmo assim, há relutância. Eu sinto como se não devesse, sei lá, como se ela não quisesse. Mas ela não reclamou ou puxou a mão, pelo contrário, fez um carinho em minha mão e sorriu para mim. Eu sorri de volta. Tão linda essa baiana, vai me matar.

Dentro do shopping, ela que nos guiou para o cinema. Pois bem, a turista aqui sou eu, não faço a miníma ideia de como me mover dentro desse shopping ou de outros lugares aqui na Bahia. É tudo bastante diferente de Porto Alegre, o pessoal aqui parece mais animado, mais sorridente, lá em Porto Alegre não tinha muito disso. De qualquer modo, eu amo Porto Alegre, espero ter a oportunidade de levar Luíza lá.

- Luíza? - Ouvi ela me chamar, retirando-me dos meus devaneios.

- Sim? - A encarei.

- Vamos ver o filme da mulher maravilha, certo? - Perguntou.

- Sim, sim, claro! É o que eu quero ver. - Sorri e ela me sorriu de volta. Meu sorriso.

- Eu também quero muito ver. - Ela manteve o sorriso na boca, eu só tinha vontade de beijar aquela boca. Mas me contive. - A próxima sessão começa em dez minutos, temos pouquíssimo tempo para comprar a pipoca e o refrigerante.

- Certo, vamos. - Falei e ela me puxou para uma pequena fila, onde as pessoas estavam a comprar suas guloseimas para consumir durante o filme.

Lara encarava atentamente os sabores de refrigerante, de uns chocolates e do que colocaria na pipoca. Havia um sorriso travesso nos lábios da morena, o olhar tinha um brilho sapeca. Parecia uma criança encarando as melhores gostosuras possíveis, eu sorri com aquele pensamento. Lara é tão linda, soa injusto.

Após ela pedir duas pipocas médias, dois refrigerantes de guaraná também médios e alguns chocolates, estávamos prontas para a sessão. Nos guiamos para a sala de cinema, a segunda daquele corredor. A sala não estava muito cheia, mas também não estava vazia. Sentamos no meio, nem muito alto e nem muito baixo. Altura perfeita para assistir ao filme confortavelmente.

Enquanto os trailers pairavam sobre o telão, eu parava para reparar em Lara. Seus traços brasileiros, pele bronzeada de sol, narizinho arrebitado, lábios carnudos. Eu me via hipnotizada por ela. Aquela baiana estava me tirando a sanidade mesmo.

- Você está me encarando muito hoje. - Lara se pronunciou, me encarando de volta.

- Não estou te encarando, estou te admirando. - Me defendi. - Você é admirável. - Elogiei, fazendo-a corar.

- Luíza… - Ela suspirou.

- O quê? - Arqueei as sobrancelhas.

- Não me fale coisas assim. Eu sinto vontade de te agarrar.

Oh..

Corei miseravelmente depois daquele comentário, Lara sabe muito bem como me deixar desconcertada. Prestei atenção no telão e o filme já começava, me peguei inerte no filme até o fim.

 

;X;

Ao terminar o filme, já não havia mais resquícios de comida. Lara havia devorado toda a comida dela e ainda roubou da minha, vê se pode?

Saímos da sala de cinema e começamos a andar pelos largos corredores do shopping, meus olhos se perdiam nas diferentes lojas. Os nomes das lojas não são conhecidos por mim, aqui existem lojas que não têm em Porto Alegre. Me atrai a atenção. Mas, há algo que atrai mais ainda. Lara, que não largou o meu braço e caminha lentamente comigo.

- Você parece perdida olhando as vitrines, está bastante voadora hoje. - Ela observou. - Parece em outro mundo.

- É que isso tudo é meio… não sei dizer, diferente. - Dei de ombros. - Acho que diferente é o melhor modo de dizer.

- Como assim diferente? Não entendo.

- As lojas. São distintas. Digo, não são as que eu estava acostumada a ver lá em Porto, entende? - Perguntei e ela assentiu.

Continuamos caminhando, até pararmos na McDonalds. Paramos porque o estômago da Lara denunciou fome, e ela estava muito ansiosa por um Mc Flurry. Perguntei, a mim mesma, para onde ia toda comida. Porque, diga-se de passagem, Lara é dona de um corpão invejável. Mas sabe brincar de comer.

- Não vai querer um sorvete também? Eu não recusaria. - Ela tentou me persuadir.

- Quero uma casquinha, mista, por favor. - Falei e ela assentiu.

- Certo, vou pedir.

Lara fez os pedidos e a atendente, gozando de um sorriso simpático, nos atendeu gentilmente. Fomos caminha até a saída do shopping, cada uma com seu sorvete. Fomos até o estacionamento e terminamos os nossos sorvetes silenciosamente, trocando olhares cúmplices.

Lara flertava comigo através do olhar; da arqueada de sobrancelhas; da jogada de cabelo; da risadinha travessa. Aquilo tudo me atraía, eu me via perdida na morena.

- Vamos ali? - Lara perguntou, o olhar sapeca estava ali.

- Ali aonde? Amanhã a gente tem aula, Lara! Não inventa nada muito longe e muito menos uma festa. Aula, entendeu?

- É tocante a sua confiança em mim. - Ela falou com desdém. - Eu só queria que fossemos à praia.

- Praia? - Perguntei sem acreditar. A gente havia ido à praia ainda naquela semana.

- Sim, gaúcha, praia! - Ela deu de ombros.

- O que te atrai tanto na praia, Lara?

- É o meu lugar favorito no mundo, em todos os aspectos. Eu me sinto em paz, segura, como se ali fosse o meu lugar. Se eu fosse filha de santo, seria filha de Yemanjá. Sinto como se o mar fosse a minha casa. A praia é o meu lar!

- Tocante. - Falei, sincera. - O que iremos fazer na praia? Nem de biquíni estamos, é uma ideia insana, Lara!

- Não vamos à praia para nadar, Luíza. Vamos só sentar na areia e observar o sol se pôr. Ele irá se pôr logo logo. Vamos, por favor.

Como eu poderia negar algo àquela morena em minha frente? Com a carinha pedinte, a vozinha dengosa? Não havia como. Assenti e ela sorriu, batendo palminhas. Revirei os olhos, mas o gesto era adorável. Me sinto submissa, droga.

Colocamo-nos os capacetes e seguimos em direção à praia, dessa vez o corpo de Lara não estava pressionado às minhas costas. Senti falta de seu calor, mas talvez fosse melhor assim, tanto calor emanado dela pode me fazer derrubar essa moto. E eu não quero isso. Não mesmo. Por outro lado, ela me guiava. Morar no litoral é muito interessante, o fato das praias serem tão perto de tudo é algo que me chamava bastante a atenção.

Ao chegar na praia, pude perceber que não havia quase ninguém ali. As pessoas costumam ficar mais nos quiosques e estávamos um tanto afastados dos mesmos. Enquanto eu ajeitava meu cabelo - como sempre faço após retirar o capacete -, Lara fazia o seu admirável ritual de sempre quando ia à praia. Encarou o mar e sorriu, fechando os olhos em seguida. Seu peito descia e subia lentamente, como se ela inspirasse e expirasse devagar, sentindo aquele cheiro de maresia praiana que parecia a agradar bastante. Me agradava também.

- Eu, realmente, amo a praia. - Lara falou sorrindo. 

- Bah... - Sorri também, me aproximando dela. - É, de fato, um lugar lindo. É notável seu amor. - Encarei o enorme mar azul em nossa frente, me perdendo na paisagem bonita que é ver as ondas se quebrando e se perdendo nas margens.

- Me trás paz, eu não sei explicar. É muito bom. - Lara falou, sentando-se na areia, sem tirar o olhar do mar.

- É a sua casa, como você mesmo disse. - A encarei.

- É a casa de Yemanjá. - Ela disse branda e eu franzi o cenho.

- Conheço pouco sobre Yemanjá, na verdade. Nunca pesquisei sobre, por mais que eu ache a religião muito bonita

- Eu gosto muito do candomblé, se eu pertencesse a uma religião, com certeza seria o candomblé. Me sinto conectada com Yemanjá.

- Por que não vira filha de santo? A religião pode ser um refúgio.

- Eu sei, é que… - Ela suspirou. - Filhos de santo têm obrigações. Digo isso porque grande parte da minha família advém dessa vertente religiosa, eu cresci em contato. Acho tudo de bom, acho lindo e massa. Mas essas obrigações me fodem. 

- Entendo. - Dei de ombros. - Preguiçosa.

- Não gosto de ser mandada.

- Por enquanto. 

- Ah, certo.- Ela riu. - Vai sonhando, vai...

Voltamos a encarar o mar, o sol já descia calmamente pelas águas, logo se perderia e escuridão azul da noite viria.

- Às vezes, você pode achar refúgio nas pessoas. - Lara falou, como se estivesse perdida em devaneios. - Você pode se sentir salva dentro de uma igreja, de um terreiro, de qualquer espaço religioso. - Ela suspirou, ainda pensando e falando. - Ou pode, apenas, sentir-se segura dentro de um abraço. - Me encarou. - Pode se sentir em êxtase em meio a um louvor a Cristo, a uma gira de Exu. Ou… - Se aproximou de mim, ainda me encarando, eu a encarava de volta. - Pode sentir o extremo êxtase em meio a um beijo.

Ao falar isso, ela grudou as nossas testas e depositou um selinho em meus lábios. Pressionando, com certa força, os lábios contra os meus.

- Ah, sei bem do que você fala. - Falei e não aguentei, prontamente suguei seu lábio, sedenta por um contato mais forte.

Ela entreabriu a boca, como se quisesse tanto quanto. Serpenteei minha língua por cima da sua, enviando arrepios à minha pele. Suas unhas acariciavam a minha nuca, enquanto a minha repousava em sua cintura. Mordi-lhe o lábio inferior, finalizando aquele beijo. Permaneci minhas mãos em sua cintura, a mantendo perto. Ela também não tirou as mãos de minha nuca.

- Assim que te trás êxtase? - Perguntei relutante, mas com um sorriso nos lábios.

- É, assim. - Ela respondeu. - O que você tá fazendo comigo, hein?

- Eu não sei, Lara, eu não sei. - Suspirei.

- Você tá bagunçando tudo. - Ela falou e eu franzi o cenho, preocupada. - Mas essa bagunça é tão boa, desgraça.

- Uma baguncinha não faz mal à ninguém. - Selei os nossos lábios de novo. - Não é?

- Você bagunçando, aí não faz mal mesmo. - Ela que selou os nossos lábios agora.

Beijei ela novamente, dessa vez com mais fervor, com mais necessidade. Suguei e chupei a língua dela com veemência, mostrando-lhe que senti falta daquilo. De um toque mais íntimo. Seus dedos emaranhavam-se em meus cabelos, puxando-os devagar toda vez em que eu lhe mordia os lábios. Sorri durante o beijo, sentindo-me bem por estar ali com ela. Apenas ela.

Continuamos nos beijando enquanto o sol se retirava de nossas vistas, era o cenário perfeito, com a protagonista perfeita. Eu me perdia nos lábios daquela morena, nas unhas em minha nuca, arranhando, maltratando. Nos sorrisos sapecas em meio ao beijo, nos selinhos, nas mordidas. Eu me sentia acesa, ela me deixava acesa. E quando ela mordia minha boca.

Oh...

Subimos na moto para voltarmos à casa já beirava às 18h30, agora, Lara mantinha-se bastante aninhada ao meu corpo. Apertava meu quadril com suas coxas e mantinha seus braços entrelaçados à minha cintura. Mas, agora eu me sentia bem, não vacilei e nos guiei tranquilamente até a casa de Lara. Sem vacilos.

- Está entregue. - Falei assim que parei a moto em frente a casa da morena. Observei ela tirar o capacete e me entregar. Continuei sentada na moto.

- É estou… - Ela mordeu o lábio inferior, ainda me olhando.

- O dia foi maravilhoso. Obrigada por me proporcionar isso. - Sorri. Fui sincera, eu realmente amei dia de hoje, tudo graças à ela. Essa morena de sorriso travesso. - Uma praia assim, do nada. 

- Muito obrigada pelo dia de hoje. Sua companhia é um prestígio, Luíza. Amo estar contigo, vou continuar fazendo as coisas "do nada".

- Já a sua é de um mérito relevante. - Sorri. - Até amanhã, morena.

- Até amanhã, gaúcha. - Me lançou uma piscadela e foi até a porta de sua casa, entrando lá em seguida. Ai, essa morena.

Neguei com a cabeça e me peguei a sorrir, ligando a moto e seguindo meu trajeto de voltar para casa. A saída com Lara me fez desligar-me do mundo ao redor, eu me sentia bem, leve, renovada. A companhia de Lara tinha poder sobre mim, eu me sentia muito melhor com ela por perto. A companhia dela me fazia sentir melhor.

Cheguei em casa e guardei a moto na garagem, juntamente dos capacetes. Entrei em casa e meus pais não estavam na sala, estranhei, não era tarde. De qualquer forma, subi para o meu quarto e tomei um banho, retirando o excesso de areia do meu corpo. Saí enrolada na toalha e procurei algo confortável para passar a noite.

- Cher filler, está em casa? - Ouvi o sotaque francês do meu pai na porta do quarto.

- Estou, pére. - Respondi e comecei a me vestir com a calça moletom e uma camisa cinza. Confortável, pensei.

- Sua mãe pede que desça. O jantar está posto. Quero conversar com você e ela, tudo bem, filler? - A voz grossa do meu pai me arranca risos, ele ainda tem o sotaque puxado.

- Sim, senhor Henri. - Sorri, mesmo sabendo que ele não estava vendo por estar do outro lado da porta.

Terminei de me vestir e desci as escadas com o celular em mãos, visualizando algumas mensagens perdidas no whatsapp, havia algumas do grupo nomeado ‘clã’. Sentia saudades deles, estava ansiosa para segunda-feira. Logo eu, ansiosa para aula. Cômico. Sentei à mesa e encarei meu pai, que parecia um tanto chateado com algo. Não sabia o que era, mas odiava vê-lo assim.

- Bom… - Meu pai limpou a garganta. - Eu terei de voltar ao trabalho amanhã, terei de voltar à empresa logo. Desculpe...

- Mas já, pére? O senhor havia dito que só voltaria a viajar na quarta-feira. Das outras vezes permaneceu aqui mais tempo. - Falei, com tristeza em minha sentença. 

- Eu sei, cher filler. A empresa, ultimamente, tem precisado bastante de mim. Mas eu pretendo voltar no sábado ou, em um mais tardar, no domingo. Eu morro de saudade de estar com vocês duas sempre, mas não há outra maneira, eu preciso manter essa casa, a nossa vida, você compreende isso, Luíza?

- Eu desgosto da empresa Là Valliéry. - Bufei. - Sempre tomando o senhor de mim. Eu sinto sua falta, pére. Sinto falta de ficarmos juntos o dia todo, assistindo Tarantino e discutindo sobre política. O senhor anda tão ocupado.

- Eu sinto bastante falta também, Luíza, mas eu tenho que ir. Eu prometo recompensar todo esse tempo perdido depois, tá bom?

- Tudo bem… - Suspirei, derrotada, cansada.

- Je vous aime. - Ele falou, intercalando o olhar entre mim e minha mãe. - Amo muito. Amo as duas.

- Eu também o amo, Henri. - Minha mãe sorriu docemente para o meu pai.

- Je t’aime, pére. - Falei ao mais velho, que sorriu ao me ver falando que o amo em francês.

Por mais que a empresa sugue muito dele, eu não consigo desgostar do meu pai, eu o amo tanto. Meu pai e minha mãe sempre estiveram comigo e eu sou imensamente grata a tudo isso. Todo esse carinho, todo esse apoio. Por mais que ambos estivessem um tanto ausente da minha vida desde que nos mudamos para cá, meu sentimento ainda é o mesmo.

Após o jantar, fomos todos guiados até à sala. Dispostos a ver um filme do diretor favorito do meu pai (e meu também): Quentin Tarantino. Nós temos os mesmos gostos pseudos cinéfilos, gostamos do mesmo tipo de filme e partilhamos o mesmo diretor favorito. Bastardos inglórios, do Tarantino, passava na televisão.

Meu celular deu sinal e eu abri o whatsapp, analisando as mensagens do grupo.

‘Clã’

Heloisa: Tá de pé a carona amanhã, não é, Kevin?

Kevin: Sim, Helô. Tudo nos conformes. Mesmo horário.

Emanuel: Não vou à escola amanhã. Estou cansado!

Kevin: Ué, por quê? O que você fez?

Emanuel: Passei o dia na piscina na casa da Bea, tô cansadão, preciso de umas horas descansando. Bea me deixou exausto, se é que me entendem. Haha.

Heloisa: Bea? Hm

Heloisa: Massa!

Isso soou como ciúme. Desconfio que a Heloisa goste do Emanuel.

Eu: Eita.

Emanuel: Vou dormir, até mais, clã.

Kevin: Lara, você vai à escola amanhã?

Diz que sim, diz que sim, diz que sim.

Lara: Aham, vocês não vão se livrar tão fácil assim de mim. Haha.

Heloisa: Eu vou dormir, estou cansada. Até amanhã, minha gente.

Kevin: Também vou dormir, até amanhã. :*

Lara: Ficamos só nós duas, Luíza.

Eu: Vem de pv, então.

Lara: Claro, gaúcha!

Heloisa: Hmmmmmmm!

Lara: Vai dormir, cacete. Credo.

Dei risada baixinho para o meu próprio celular, esperando que Lara mandasse um sinal de vida no meu chat privado do whatsapp.

“Hey.” - 21:03.

“Hey, morena” - 21:03.

“Gostei bastante desse novo apelido que me deste, aliás, tenho uma música pra lhe recomendar.” - 21:04.

Eu realmente amava as recomendações que ela tinha para mim, as músicas sempre eram as melhores, os textos/livros sempre eram magníficos e os filmes eram intrigantes. Eu poderia considerar Lara como a rainha das recomendações pois ela, realmente, mandava bem neste quesito.

“Fala aí, que música?” - 21:05.

“A música se chama morena, do Los Hermanos. Escuta, é maravilho. Toda vez que escuto essa música lembro de ti agora, por conta do apelidinho novo. :)” - 21:05

“Irei ouvir antes de dormir, prometo.” - 21:06.

“Faz bem em ouvir, sério. É boa demais.” - 21:06.

“Suas recomendações sempre são as melhores, devo confessar!” - 21:06.

“EU SEI QUE SÃO, EU SOU MUITO BOA COM RECOMENDAÇÕES MESMO. UM ÍCONE.” - 21:07.

Oh, ela se exaltou.

“Que exaltação, morena! :)” - 21:07.

“Desculpe.” - 21:08.

Continuamos o papo por alguns bons minutos, até ela confessar estar sentindo sono. Desejei boa noite aos meus pais e segui para o meu quarto, deitando na cama e buscando o fone para ouvir a mais nova recomendação feita por Lara. Ao achar o meus fones brancos, pluguei em meu celular e procurei pela música recomendada no spotify. Assim que achei, deixei que a música invadisse os meus canais auditivos, deliciando-me com a melodia gostosa e a letra cheias de sentidos.

Me lembrava tanto Lara.

Eu só conseguia mantê-la em minha mente, ela reinava na minha mente. Só aquela morena. Sambando livremente em minha mente, bagunçando a minha mente, reinando sobre os meus pensamentos, me fazendo sorrir. Só ela. A morena.

Que um dia…

Será minha!


Notas Finais


Faz muito tempo que eu não posto, eu sei, tive uns problemas aí.
Mas, acredito que ninguém sequer sentiu falta.
De qualquer forma, até o próximo.


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