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História Na estação do acaso, eu encontrei o meu bem. - Todo o clã chorava.


Escrita por: Laurafckzn

Notas do Autor


Eu não sei escrever essas coisinhas sad, sinto muito.
Enfim, boa leitura.

Capítulo 32 - Todo o clã chorava.


Narrador POV.

As semanas não corriam como costumava ser, agora, elas se arrastavam. O clima de todo o clã estava o pior possível. O fato de Renan continuar em coma, não reagir bem aos medicamentos e exames deixava todo mundo extremamente triste. Cada membro do clã reagia de uma forma diferente, mas todos estavam arrasados com o quadro hospitalar de Renan.

Kevin era, obviamente, o mais abatido com tudo aquilo. Não tinha luz em seu sorriso mais – quando o rapaz sorria, pois isso não estava acontecendo mais com tanta frequência. Kevin se recusava a faltar aula, estava sempre na escola e até em atividades extraclasse, como basquete às terças e sextas-feiras. Sempre forçando sorrisos e formulando frases como “Eu estou bem, não se preocupe comigo”, quando o perguntavam como estava se sentindo.

Lara era a segunda mais abatida com os acontecimentos. Por mais que não tenha criado muitos vínculos com o rapaz em coma, ela se sentia culpada com tudo aquilo. No dia da festa, eles tinham um horário para voltar pra casa e por egoísmo da baiana, Renan decidiu ir mais cedo que o combinado. Lara praguejava-se bastante com isso, sentia muito remorso por aquilo, sentia que Renan estava naquela situação horrível por sua culpa e egoísmo. O sentimento era horrível. Sentia-se mal, porém não compartilhava isso com ninguém, nem com Luíza.

Heloisa se esforçava muito para animar Lara e Kevin, odiava ver os amigos naquela situação. Estava sempre propondo programas. Mas, também estava abatida não só pelo quadro hospitalar de Renan e sim pelo clima tenso e triste dos amigos.

Emanuel se via na mesma de Heloisa, tentando reanimar os amigos que pareciam mortos ambulantes. Por vezes tentou levar os seus amigos no boliche, na praia ou jogar Point Blank como nos velhos tempos. Sempre tinha os seus pedidos recusados.

Luíza se virava em trezentas para tentar reanimar a namorada, a enchia de propostas como: ver uns filmes, séries ou dar passeios. Lara já não aguentava mais tanta proposta, sentia-se sufocada com tanta atenção sobre si. Por vezes reclamava, mas Luíza não ligava, estava preocupada demais com a namorada para tal.

- Hoje eu tenho um plano que vai te animar. - Luíza assegurou, indo em direção ao aparelho de DVD.

- Fala sério, amor… Não quero assistir nada não.

- Mas você vai gostar dos filmes que eu escolhi, amor, eu prometo a ti. Hoje você vai amar a nossa programação.

- Não é que suas propostas sejam ruins, Luíza, não mesmo. É que eu não tenho clima algum para tal, eu só quero ficar deitada na minha cama, vegetando e me sentindo mal. É isso que eu tenho programado para o resto da semana, até uma notícia ruim nos alcançar.

- Notícia ruim? - Luíza perguntou, incrédula. - Bah, vira essa boquinha pra lá, já já o Renan sai dessa, paciência.

- Não consigo acreditar nisso, todo mundo diz isso.

- Olha só, eu tenho uma programação cinematográfica que vai te por pra cima, certo? Bom, assistiremos os seus dois filmes favoritos: Clube dos Cinco e Donnie Darko.

- Sério? - Lara perguntou sorrindo, com uma leve pontada de animação naquilo.

- Sim, seríssimo! - Exclamou Luíza, sorridente pois havia feito a namorada sorrir.

- Você é surreal, Luíza! Eu te amo. - A baiana falou sincera, olhando para a namorada. - Sabia que quando eu te vi, no primeiro dia de aula, sentada no quiosque lendo “no caminho de Swann”, eu te achei bastante parecida com a Allison de clube dos cinco? Estava toda isolada e antissocial.

- Não, você nunca me disse isso. E eu realmente quero que essa tal de Allison seja, no mínimo, charmosa.

- Ela é… - Lara mentiu, rindo internamente. - Ô se é.

Então Luíza conseguiu pôr o filme no aparelho e deitou se ao lado da namorada, sendo aconchegada pelos dois braços morenos e confortantes de Lara. A baiana fungava nos cabelos da gaúcha, inspirando fundo o cheirinho dos cabelos escuros, prestando atenção no filme e se perdendo no cheiro maravilhoso que sua namorada emanava.

No fim do filme, Luíza estava de birra por ter sido comparada à Allison. Fala sério, ela não era tão antissocial assim, igual a Allison. Depois de Clube dos Cinco, assistiram Donnie Darko. A gaúcha se viu em um paradoxo constantes, havia entendido pouco do filme, mas o suficiente para ficar com milhares de perguntas sem nexo ou respostas na mente.

Enfim, dormiram tranquilamente, abraçadas e apaixonadas, como tudo deve ser.

Era domingo a noite, elas tiveram uma noite agradável e uma madrugada de sono melhor ainda. Mas o dia seguinte era segunda-feira, e segundas-feiras são conhecidas por serem desagradáveis e ruins. Nas segundas-feiras, coisas se desmoronam e desandam. Nas segundas, as pessoas explodem, dizem o que não devem dizer. Elas se estressam, cansam de esconder o remorso, de esconder os sentimentos mais obscuros, querem desabafar.

Na segunda-feira, tudo começou a desmoronar.

Acordaram, naquela segunda-feira estranhamente fria, Lara e Luíza. Lara levantou resmungando, reclamando do barulho estridente que o seu aparelho despertador emitia.

- Eu odeio essa porra, argh! - A baiana rosnou, sentindo vontade de quebrar o despertador na parede ou algo assim. - Odeio muito!

- Bom dia, meu amor. - Luíza falou, sonolenta, espreguiçando-se e bocejando, sentada na cama.

- Bom dia um caralho, nossa, eu tô muito puta. - A baiana resmungava, sem conseguir desligar o despertador, que continuava berrando.

- Me dá isso aqui, deixa eu desligar essa joça. - Luíza pediu, pegando o negócio da mão de Lara e tentando desligar. - Acho que tem algo errado… - Observou. - Vou precisar de uma chave para abrir.

- Eu não aguento mais, estou tão frustrada. - Lara falou.

- Está frustrada por causa do despertador?

- Não, quero dizer, sim, huh, também. Porra! Argh! - Rosnou, andando para um lado e para o outro.

Se Luíza não fosse tão leiga, admitiria ter visto fumaça saindo pelo nariz da namorada. Assustador.

- TPM? - Luíza ofereceu.

- Não, não é TPM. Sabia que quando uma mulher está estressada, nem sempre é TPM? - A baiana falou, com grosseria na voz.

- Sabia, afinal, sou mulher. - Luíza riu, mas sua risada foi brutalmente assassinada pelo olhar assassino que sua namorada tinha. - Quer conversar?

- Não, não quero conversar. Sabe o que eu quero? Eu quero que o Renan saia daquela porra de hospital logo e que esse sentimento ruim saia de mim.

- Que sentimento ruim? Do que está falando? - A gaúcha levantou da cama, olhando para a namorada que parecia tremer de nervosismo.

- Eu estou falando dessa sensação ruim que me habita o peito, esse sentimento horrível que é o remorso. O peso na minha consciência, a vontade de vomitar constante quando penso que o Renan só está nessa por minha culpa.

- Sua culpa? Você não teve culpa, amor, não pense nisso.

- Eu tive sim. A gente viria para casa mais tarde, só que a egoísta aqui só pensou nela mesma, logo, pediu para virmos mais cedo. Sabe no que isso deu? Exatamente, no coma do Renan e na, muito provável, futura morte dele.

- Bah, meu dengo, não pense assim! - Luíza exclamou, puxando Lara para um abraço apertado. - Renan vai ficar bem logo, você vai ver.

- Quem que garante isso? Eu… eu odeio tudo isso, odeio sentir isso. - Lara se debateu nos braços da namorada.

- Vai ficar tudo bem, meu bem, tudo ficará bem. - Luíza usou da sua voz mais branda, beijando a testa de Lara.

Estava fora de cogitação a ida à escola, Luíza pensou. Prefeririam ficar em casa, Luíza sabia que havia de cuidar da namorada.

;X;

- É por isso que eu estou tão preocupada, amor. - Heloisa pontoou, colocando a mochila preta no sofá. - Kevin nunca falta aula, aliás, nem nessa semana que foi deveras difícil, ele faltou um diazinho. Tem algo errado.

- Pode ter acontecido algo na casa dele, você mesma vive dizendo que a irmã dele tem umas convulsões, sei lá. A irmã dele pode ter tido uma crise, nunca se sabe. - Emanuel rebateu, sentando se no sofá de canto.

- Mas sempre que acontece algo com a Clarinha, ele avisa. Ele não mandou nenhuma mensagem, ou sequer atendeu minhas ligações. Não tem como eu não ficar preocupada, não tem mesmo.

- Acho que você está se preocupando muito à toa. - Emanuel falou, fechando os olhos rapidamente, para descansar as vistas.

- Vamos dar um pulo lá na casa do Kevin? Vai que ele tá em casa, ou sei lá. Preciso ver ele, vamos, por favor.

- Tá bom, vamos, então. - Emanuel cedeu, apenas para que a namorada deixasse de pilhar-se com isso.

Usou o carro do pai de Heloisa e dirigiu até a residência de Kevin, onde a dona Ana segurava a pequena Clara nos braços. Ambas no jardim.

- Ah, tia Ana, é bom te ver! - Heloisa exclamou, saudando a mulher que não via há tempos.

- Heloisa, veja como cresceu! Está uma mulher belíssima, veja esse cabelo! - Ana exclamava maravilhada. - Emanuel, quanto tempo, rapaz! Olha como está grande, está enorme, rapaz!

- Obrigada. - Heloisa falou envergonhada, não mais que Emanuel, que estava todo vermelho. - É, tia, Kevin está?

- Poxa, temo que não esteja, querida. Kevin foi à escola de manhã e avisou que teria basquete durante a tarde.

Heloisa sentiu seu corpo inteiro congelar, mas limpou a garganta e preparou-se para alimentar a mentira.

- Oh, sim. Eu o vi na escola pela manhã. - Heloisa mentiu. Havia de mentir para não acabar preocupando a dona Ana, mas estava morrendo de medo. - Não sabia que ele tinha basquete hoje, eu vim chamá-lo para irmos terminar um trabalho de sociologia, sabe? Esse ensino médio...

- Entendo, querida. Mas o mesmo está em atividade extraclasse no momento, é para amanhã?

- Não. - Tossiu, quase engasgando com a mentira. - É que eu queria adiantar, sabe? De qualquer forma, obrigada, tia. Tenho que ir agora.

- De nada, Helô. Apareça mais vezes. Até mais.

- Até mais, tia Ana.

Heloisa estava gélida, nada falou durante todo o percurso de volta para casa. Emanuel estava alheio, o rapaz realmente acreditara que o amigo estava no basquete.

Chegaram em casa e Heloisa tremia, a palidez estava estampada no rosto da menina.

- Amor, tudo bem? Está pálida. - Emanuel observou, pegando na mão de Heloisa. - E gelada também. O que houve? Quer que eu pegue uma água?

- Eu estou preocupada, amor, sinto algo ruim.

- Como assim “algo ruim”? Kevin está no basquete, lembra-se? Tia Ana falou e você mesma confirmou.

- Kevin só tem basquete dia de terça e sexta, Emanuel. Ele não está em extraclasse alguma, ele tá sumido.

- Como não? Você confirmou o que ela disse, ora.

- EU MENTI! - Heloisa explodiu, sentindo gotas de nervosismo espalhando-se por suas veias. - Ele não está na escola e nem em casa, está por aí, não sabemos onde.

- Deve ter ido dar um rolé, ué.

- Ele não iria dar rolé algum, Emanuel. Ele está mal, deve estar com a cabeça cheia, algo pode ter acontecido com o Renan e ele deu uma de doido.

- Puta merda! - Emanuel exclamou, finalmente encaixando as peças daquele enigma. - Ele deve ter ido ao cais!

- Cais? Que cais? - Heloisa perguntou, olhando atentamente para o seu namorado.

- O Cais, é… lembra-se da época que o Kevin estava se descobrindo? Sexualmente falando. - Emanuel perguntou e Heloisa assentiu. - Então, ele não havia contada nem a você e nem a Lara, mas a mim sim! Costumávamos ir para um cais na lagoa, ele chorava em meu ombro e eu enchia ele de conselhos.

- Não faço ideia de onde isso seja, onde que fica isso?

- Não me surpreende, você nunca foi lá. Lara chegou a ir umas duas vezes, bom, a Letícia levava ela lá.

- Então, você acha que ele está lá nesse tal cais?

- Sim, tenho quase certeza. Vou ligar para Lara e mandar ela ir lá, tem uma chance de Kevin estar nesse cais. - Emanuel falou, procurando o celular no bolso.

Discou o número, ligou e Lara prontamente atendeu.

- Chico? Aconteceu algo? Onde está Heloisa? - A voz sonolenta de Lara fez-se presente do outro lado da linha.

- Temo ter te acordado, desculpe-me. É que… bom, não surta. É que o Kevin faltou aula hoje e, bem, nós fomos para a casa dele atrás de uma justificativa. Kevin não estava em casa e a tia Ana falou que ele saiu de manhã, dizendo ir para a escola e que também teria basquete a tarde. O que é mentira, já que basquete ele só teria amanhã.

- Onde você quer chegar com isso? - Lara perguntou, alheia ao que estava acontecendo, com sono demais.

- Quero chegar no fato de que: Kevin está sumido! Provavelmente o quadro hospitalar do Renan piorou e ele tenha ido rolê para espairecer. Teoria de Heloisa.

- Ai, meu Deus! - Lara exclamou do outro lado. - Acorda, amor!

- Luíza está aí? - Emanuel perguntou.

- Sim.

- Ótimo! - Emanuel exclamou. - Olha, lembra-se do cais o qual a Letícia te levou umas duas ou três vezes para encontros romanticos?

- Lembro-me bem, por quê?

- Kevin provavelmente está lá, minha teoria. Lá é o lugar favorito do Kevin, eu acho que ele foi pra lá.

- Devemos ir pra lá? Luíza está de moto. - Lara perguntou.

- Claro, né, porra! Adianta os passos!

E chamada encerrada.

;X;

Lara apressava a sua namorada a se arrumar, pois Luíza parecia funcionar dez mil vezes mais lenta ao acordar.

- Vamos, ligeiro, Luíza!

- Espera aí, amor, eu tô com sono. - Luíza choramingou, fechando o botão da sua calça jeans. - Eu nem entendi direito para onde estamos indo.

- Para um cais, o qual está servindo com hábitat da bad do Kevin.

- Explique-me isso melhor.

- Kevin faltou aula hoje, o que nos leva a pensar que algo aconteceu com o Renan, o que consequentemente leva a bad de Kevin a um nível altíssimo, tão alto que o mesmo faltou aula. Logo, Kevin deve ter ido para o cais, que é o seu lugar de pensar, chorar e sorrir.

- Que teoria doida, não faz sentido. Ele deve estar em casa assistindo Skam e shippando Evak.

- Não, não está. Heloisa e Emanuel já foram na casa do Kevin e o mesmo mentiu para a mãe, falando que iria para a escola e a tarde teria atividade extraclasse. Quando na verdade, ele deve estar se afundando no fundo do poço.

- Onde fica esse cais?

- Vamos subir na moto e eu vou te guiando.

E assim fizeram.

;X;

Lara e Luíza chegaram ao mesmo tempo, usando a moto, de Emanuel e Heloisa, usando o carro.

- Eu sou foda! Kevin está aqui mesmo. - Emanuel falou, apontando para o carro estacionado do amigo.

- É, ele está… - Lara murmurou, olhando para a ponta do cais.

Todos olharam para o local e sentiram o peito embrulhando-se em uma dor imensurável.

Estava frio, o céu estava coberto de nuvens cinzas e o vento que batia naquelas bandas era gelado. Kevin estava sentando na ponta do cais, usando uma calça azul escura, um casaco moletom fechado até em cima, com seu capuz. Tinha uma garrafa de vodca até a metade em sua mão.

- Oh, céus… - Lara falou, correndo pelo cais e chegando até o seu amigo, visivelmente abatido. - Kevin..

- Demoraram para vir, por quê? - Kevin falou, sua voz estava curta e grossa.

- Como sabia que a gente viria? - Emanuel perguntou, confuso.- Vocês são meus melhores amigos, presumi que viriam rápido. - Kevin sorriu sem mostrar os dentes. - Está frio, não está? É raro um dia frio.

- Kevin, por que você está aqui? - Heloisa perguntou, tentando ver o rosto do amigo.

- Porque o dia está frio… - Kevin virou o rosto para o lado.

Suas olheiras estavam mais presentes do que nunca, o lábio estava roxo, o nariz e os olhos vermelhos. Ele parecia bêbado. E triste. Um bêbado triste.

- Kevin…

- Ele morreu, tá bom? Ele está morto. - Kevin falou e levantou-se, encarando todos os amigos. - Eu acordei com uma mensagem do pai dele! Advinha o que tinha na mensagem? Isso mesmo, uma porra de um sinto muito!

Lara explodiu em um choro forte, as palavras advindas de Kevin doíam demais. O sentimento de culpa estava presente na baiana, novamente. Luíza abraçou sua namorada, sentindo uma vontade colossal de chorar.

- Eu fui correndo para a porra do hospital, afinal, na mensagem só tinha um sinto muito. O que é um sinto muito, enfim? Podia ser por qualquer coisa. Fui abordado pela mãe do Renan, chorando, aos prantos, pedindo desculpa, falando que sentia muito. Era uma mãe desesperada, uma mãe sem o filho!

- Kevin! - Emanuel exclamou, sendo atingido fortemente pelas palavras.

- Não, eu vou falar! Eu tenho que falar. - Kevin disse, tomando mais um gole longo de sua cachaça. - E vocês vão ouvir tudo. Eu amava o Renan, droga, eu nunca havia amado ninguém na minha vida. Renan foi arrancado de mim, de uma forma bruta, sem cerimônias, o meu namorado! - Kevin chorava e sentia sua garganta rasgando a cada palavra proferida. - Estou aqui, meus amigos, porque eu não aguento mais. Eu vim para esse cais porque está doendo. Dói, dói muito, a dor do luto, dói demais. É um interminável, nunca amarei novamente, sentirei esse buraco no peito para todo o sempre.

- Eu sinto muito, Kevin. - Emanuel falou, tentando puxar o amigo para um abraço. Sem sucesso.

- Não fale isso, Emanuel, isso é a pior coisa para se ouvir agora. Vocês sentem, apenas isso. EU, - Bateu no próprio peito. - Eu sou o único que sente MUITO aqui. Eu sinto demais, eu não sei porque dói tanto.

- Dói porque há de doer, amigo, eu não sei o que te dizer nesse momento. A ficha cai depois de um tempo, as lágrimas rolam sinceramente. Mas não há mais nada para fazer, resta aceitar e chorar até secar.

- Vou secar logo, pois o que eu chorei só hoje, esse meio litro de vodca não repôs.

Emanuel não sabia o que fazer. Ao seu lado, sua namorada chorava com as mãos no rosto. Do outro, Luíza e Lara estavam chorando fortemente, abraçadas. Na sua frente, Kevin embriagava-se em meio as lágrimas.

Lara se sentia mal demais, o sentimento de culpa gritava em seu ser. Por mais que sua namorada repetisse, em seu ouvido “você não tem culpa”, o remorso estava mais presente do que nunca. Você não tem culpa, Você não tem culpa, Você não tem culpa… Luíza repetia como um mantra. Lara só se punha a chorar mais.

Emanuel abraçou Heloisa. A mesma estava se sentindo horrível, chorava de luto, chorava por seus amigos estarem tão abalados. Emanuel também se pôs a chorar.

Todo o clã estava frágil.

Todo o clã chorava.


Notas Finais


É isto.

ALIÁS, GOSTARIA DE RECLAMAR QUE, INICIALMENTE, ESSE CAPÍTULO TERIA 4 MIL PALAVRAS. Só que, graças a uma maldita queda de energia na minha casa, o arquivo do capítulo não foi salvo. Eu tentei reescrevê-lo e ficou só 3k, sinto muito. TÔ BRAVA GRRRRRRRRR


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