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História Na Hora Do Pesadelo - Sonhando Acordada?


Escrita por: Rose-chi

Notas do Autor


Hellou!!! Como prometido! Domingo, e mais um cap. Tá meio curto, eu sei, mas é bom que tenha o cap, né? E esse tem várias informações, e você vai gostar!
Eu acho ._.

Capítulo 6 - Sonhando Acordada?


Na manhã seguinte, Zoey acordou com dúvidas na sua cabeça. Dúvidas que queria esclarecer com o pai. E fez isso no café da manhã, contando sobre os pontos de vista da mãe em relação à ele, e enfim, chega nas suas perguntas:

— Então, papai, você acha que sou ruim? Que sou má?

— É claro que não. — Respondeu Elijah, sem disposição alguma, fitando a filha com uma certa raiva no olhar. — Podemos parar de tocar nesse assunto agora.

— Eu ainda tenho outra pergunta: Se não gostava de me ter por perto, você aceitou ficar comigo por obrigação? — A voz de Zoey diminuiu; com tudo indicando que ela iria chorar.

— Zoey, já chega! — Tomado pela raiva, Elijah bateu as mãos contra a mesa. —Só por quê são as opiniões da sua mãe, não significa que estejam certas! Não são provas verídicas! — Ele se levantou logo em seguida, indo para outro cômodo.

A menina sabia que o irritaria, mas não estava preparada pela tamanha ignorância a sua pergunta. A raiva também tomou conta dela, e as lágrimas desnecessárias caíram, mas ela as enxugou nas palmas da mão com força, respirando profundamente. Joane, que ouvira tudo, se aproximou da criança; ela não apareceu durante a discussão, pois tinha meia culpa por mostrar o diário à menina, atiçando assim, a curiosidade desta.

— Calma, Zo. — Disse a empregada, tocando no ombro da menina. — Você conhece o seu pai, ele é sempre estressado pela manhã...

Sem querer ouvir, Zoey se levantou da cadeira, indo direto para o quarto. Joane não a seguiu, pois sabia que ela queria ficar sozinha por um tempo. Se não tivesse a empregada ali, o clima teria ficado mais tenso entre pai e filha, uma vez que ela conseguiu distrair ambos até a hora do almoço, onde os dois estavam mais calmos. Elijah deixou escapar um sorriso com alguma notícia que Joane contou, mas assim que viu a criança sentar na cadeira na frente dele, seu semblante ficou sério. E respirando fundo, falou:

— Estou com você por quê já me acostumei à sua presença. Nos primeiros anos, ser pai era bastante complicado, e envolvia muitas responsabilidades, entende? E estava tão ocupado e... Obcecado com meus materiais de espiritualismo, que a julguei daquelas coisas. — Zoey olhava para o pai, neutra. E ele continuou: — Foi errado o que disse e fiz. Acho que esse foi um dos motivos de sua mãe e eu... Nos separarmos.

— Vocês... — Zoey falou, calmamente. — Não estavam prontos para me ter?

— Pelo contrário. Queríamos muito. Mas achava estranho você ter aprendido tão rápido a falar e a andar que... Não deixo de desconfiar que tem algo em você que a faça diferente dos outros, fora você ser superdotada. Mas, por hora, agiremos normalmente com isso. Está bem?

Zoey assentiu, e ambos comeram o almoço que Joane preparara; como sempre uma delícia. À noite, ela lê outra página do diário da mãe:

“08/04/2007

O que digo à Zoey? Ela acordou hoje perguntando sobre o pai... Não sei o que dizer! Vai ser difícil para ela quando descobrir que o papai não mora mais conosco. Sabia que não seria fácil. Mas quanto tempo vou aguentar ouvi-la chamando pelo pai? Eu sabia que não ia ser fácil. Mas vou continuar com essa decisão. Daqui a alguns dias ela vai visitá-lo pela primeira vez. Espero que ele não a machuque!”

A última frase foi escrita mais forte, pois quase que a folha se rasga entre as palavras. Sem falar que as letras estavam marcadas até duas páginas depois dessa. Elijah abriu na porta, assustando a menina, até, já que essa estava em transe com as palavras um tanto fortes da mãe.

— Zoey, posso falar com você? — Disse, aproximando-se da filha com o diário nas mãos. A menina nem fez questão de escondê-lo. — Escute, não sei o que sua mãe escreveu sobre mim, ela mesma, ou sobre você. Mas é bom que, tudo que leia, fique só entre nós. Não conte a ninguém sobre isso. Nem mesmo à Anya.

— Sim papai. — Zoey deu um pequeno sorriso, copiado por Elijah, que saiu do quarto logo em seguida.

A partir daí, Zoey começou a ler o diário da mãe todas as noites, depois de ter escrito suas aventuras do dia a dia no seu. E na manhã seguinte, debatia com o pai; principalmente quando estava escrito algo sobre ele. Numa noite, sem querer, Zoey acaba parando numa das últimas páginas do diário, onde tinha uma lista de nomes. A criança volta uma folha​ antes, onde tinha escrito “Me Vingar de:”, e então os nomes: “Simon Turkers; Niegel Gorance; Kristen Meghan...” entre outros. Logo, concluiu que era uma lista de vingança contra as pessoas citadas. Isso faz Zoey imaginar o que aquelas pessoas fizeram contra a mãe, ou vice-versa. Afinal, era muito nova, e não sabia se a mãe tinha inimigos. Os nomes foram escritos a lápis, sendo apagados e reescrito outra vez. Será que a lista era ordenada pela raiva que Callie tinha em relação às outras pessoas? Talvez essa suposta obsessão por vingança explicasse o por quê de ser tão mal intencionada pelos vizinhos.

Mais tarde, Zoey tem um sonho:

Está em cima de um galho duma árvore velha e seca, e está chovendo forte, e era de noite. Ela olha ao redor, e vê que está numa rua diferente das que ela conhecia, com uma estrada de areia. Não havia ninguém lá, exceto um carro cinza que vinha passando em direção à arvore onde Zoey estava. Ela ficou de pé, segurou no tronco, e começou a pisar com força o galho onde estava sentada, quebrando-o até cair em cima do carro. Com o peso, o galho esmagou o teto do carro, esmagando o motorista, que começou a gritar de dor, pelo peso do metal e da madeira, antes de silenciar, com grunhidos abafados.

Zoey acorda instantaneamente, percebendo que já tinha clareado. Olhou para os lados, certificando que estava no seu quarto. Então, entrou Joane, surpresa, mas feliz ao ver a menina:

— Já acordada? Então já ajuda! Vamos, o café vai estar pronto logo logo. Vá tomar seu banho, querida.

Um pouco atordoada e confusa pelo sonho estranho, Zoey esfregou várias vezes os olhos, até decidir se levantar, e depois vai à escola com o pai. Obviamente, não conta do seu sonho. Apesar de saber todos os detalhes dele. À tarde, depois do almoço, Elijah está na sala com a filha, ambos sentados no sofá, e ele a escuta contar da lista de vinganças da mãe, e toma uma decisão, depois que percebe que ela está muito curiosa com esse assunto:

— Bem, filha, essas vinganças já foram feitas pela sua mãe há muito tempo. Bem antes de nos conhecermos. Sabe, a família dela é de policiais, advogados, juízes... Enfim, é uma família grande, e todos atuam na área de direito. O pai dela é militar. E ao que ela me contou, desde pequena praticava auto defesa. Por isso ela usava uma adaga na bolsa. Não sei se você lembra... Mas então, ela foi, aparentemente, o único membro da família que escolheu o ramo da administração, e virou empresária. A mãe dela... Pelo que me lembro era advogada. Ela passou a morar sozinha com dezessete anos, passou em duas faculdades, ficou cinco anos, com vinte e dois anos se formou e começou a trabalhar como microempresária, progrediu, nos conhecemos, e... Ah, você sabe o resto. Bem, com o pai militar, ela era bastante pressionada para seguir o rumo da família. E quando saiu da casa dos pais, passou a desconfiar de todas as pessoas que encontrava e a andar com a adaga na bolsa por precaução. A verdade era que ela era bastante insegura.

— Nossa. — Murmurou Zoey. — E quanto aquelas pessoas que ela quer se vingar?

— Fácil responder: pela insegurança que ela tinha, foi alvo de rumores, pessoas hackeavam suas contas, nas quais ela conseguiu recuperar... Mas ela descobria em algumas semanas quem eram as pessoas que espalhavam falsas notícias sobre si, e invadiam suas redes sociais. Ela foi ficando tão furiosa que começou a querer se vingar dessas pessoas. Ah! E inclusive, algumas pessoas são antigos colegas de classe, de faculdade, e de trabalho. — Ele fez uma pequena pausa, para deixar a filha analisar o que estava sendo dito, então continuou: — Mas não tem nada com o que se preocupar. Sua mãe jamais cumpriu vingança alguma contra essas pessoas. Até acho que ela só queria dizer que iria ignorar aquelas pessoas pelo resto da vida.

Com essas informações, tudo que Zoey quis foi ter conhecido mais a mãe. Começou a pensar que a vida desta era pura adrenalina, e cheia de surpresas. Mais tarde, a menina fazia sua lição na sala de estar; Elijah estava no sofá ao lado, ajudando-a, enquanto Joane limpava a cozinha. Em certo momento, estava passando uma notícia, na qual a repórter dizia:

— Como o tempo era de chuva forte, a maior hipótese era que tenha sido um raio. Segundo a polícia, “o ex-presidiário, Simon Turkers, estava no lugar errado, na hora errada”.

Assim que a menina olhou para a televisão, quase quebrou a ponta do lápis com a surpresa que tivera: o galho que ela tinha quebrado, o carro cinza, a rua! Era tudo exatamente igual ao seu sonho! Até a posição que o galho se encontrava esmagando o teto do carro era idêntica. Ela estremeceu. E assim que ouviu o nome da pessoa que fora morta, quase que seu coração parou; era o mesmo nome da pessoa na lista da mãe! Seria apenas coincidência?


Notas Finais


A história da Callie confundiu um pouquinho? Acho que sim. Mas, faz parte. O passado dela ainda vai ser mais explorado, eu juro. Assim como o de Elijah.
E quanto a esse sonho conveniente da Zoey?
Hm... Suspenses!
Pensa aí, e até domingo que vem!
Kisses!!


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