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História Na Ilha com Hope - Essa ilha é nossa!


Escrita por: Elisa_Joo_Hyuk

Capítulo 28 - Essa ilha é nossa!


Moly Pov On

Paramos e nos agachamos atrás de um tronco grande, caído entre plantas baixas, deixando o local perfeito para nós escondermos. Meu coração parecia que iria parar a qualquer momento e as lágrimas não cessavam. Queria de todas as formas encontrar Hoseok, precisava confirmar que ele estava bem.

— Precisamos pensar em algo... - Taehyung falou olhando aos arredores pensativo. — Temos que buscar o Hoseok... - Acenei com a cabeça concordando e olhei para trás rapidamente, quando escutei um barulho.

Não havia ninguém, mas vi uma planta com as mesmas frutas que Taehyung comeu naquele dia, enxuguei minhas bochechas e o choro logo cessou, assim que tive uma idéia.

— Tae? - Chamei sua atenção. — Temos a areia movediça e essas frutas! - Peguei uma e mostrei a ele, fazendo-o sorrir instantaneamente.

— Precisamos pensar em um jeito de atraí-los até lá, mas mesmo assim, é um risco, eles estão armados. - Respondeu colocando a canhota no queixo, pensativo.

— E o Tampico? Ele pode pegar pra gente... - Respondi assim que lembrei do animal e os olhos do rapaz se encheram de esperança. — Eu disse que ele seria útil. - Tae disse orgulhoso e assobiou.

O que nos restava, era esperar. 

Pouco tempo passou e não tinha sinal algum dos homens se aproximando, o que nos tranquilizou um pouco.

As folhas se mexeram em cima de nós e o macaco surgiu, parando ao lado de Taehyung.

— Tampico! - Falou sorrindo, acariciando a cabeça do animal.

— Quero que nos ajude.


[…]


Poucos raios de luz podiam ser vistos pelo caminho, o Sol já estava se pondo e usaríamos a escuridão ao nosso favor, afinal, essa ilha é nossa e conhecemos cada parte dela, já eles não.

Com o pequeno macaco nos ombros e com o fôlego recuperado, andamos de volta à praia sorrateiros, pensamos que os homens estariam lá, nos esperando talvez, mas precisávamos mostrar para Tampico, o que ele precisaria pegar.

— Fique aqui! - O rapaz falou baixo, fazendo-me agachar atrás de uma árvore com matos altos, então seguiu mais a frente.

Ele parou atrás de um tronco com várias plantas próximas e se escondeu, apontando em seguida para o que Tampico precisaria pegar, suponho.

O coreano observava atento, enquanto esperava a escuridão se formar e depois de alguns minutos o pequeno animal desceu de seus ombros e então entendi que a primeira parte de nosso plano estava começando.

Ouvi as vozes dos homens mais altas e alteradas, mas não consegui entender o que diziam, o escuro já estava presente e a chama da fogueira que fizeram podia se vista de onde eu estava.

— PEGUEM! - Ouvi um grito furioso e logo Tampico retornou, com o objeto que que ameaçava nossas vidas e comemorei em silêncio, agradecendo mentalmente o animal.

Taehyung se levantou rápido e colocou a arma em sua cintura, começando a correr sem demora na minha direção.

As vozes e os passos ficaram mais altos em questão de segundos

— Vamos! - Ele segurou minha mão, fazendo-me segui-lo. — Acho que essa é a única arma deles. - Falou guiando-me, sem desviar seu olhar para mim.

— Viu o Hoseok? - Perguntei preocupada.

— Infelizmente não… - Respondeu cabisbaixo e meu coração começou a ficar cada vez mais apertado. Eu precisava vê-lo.

Os feixes de luz amarelo de suas lanternas, dançavam em nossa frente, as vozes gritando e os passos rápidos deles nos seguindo estava ainda mais alto, olhei para trás e os vi.

— Eles nos alcançaram! - Falei surpresa e apavorada. — Temos que nos apressar.

— VOLTEM AQUI SEUS MISERÁVEIS! - A voz rouca e assustadora ecoou pelo local, fazendo Taehyung olhar para trás ligeiramente. 

— Vai Moly! - Ele soltou minha mão e seguimos rumos diferentes.

— PEGUEM AQUELA VADIA! - Olhei para trás e vi o homem gordo e o mais novo me seguindo.

A areia movediça já estava próxima e fiquei mais "tranquila", olhei para trás e vi o gordo cair, o momento perfeito para mim desviar de onde poça de areia estava e os esperei do outro lado.

— Ei amorzinho! - O gordo falou um pouco ofegante, parando de correr, junto do mais novo agora próximos a lama coberta por folhas, assim como todo o local alí.

— Eu me rendo! - Falei levantando as mãos. — Por favor, só quero ver meu namorado! - Supliquei me aproximando devagar.

— Tudo bem, você vai ver ele. - O mais novo respondeu e quase não via seus rostos, por focarem a luz de suas lanternas em mim. — Agora venha aqui! - Ele continuou e sorrir, voltando a correr, fazendo-os me seguir novamente, mas logo foram forçados a parar, quando caíram na areia movediça.

— O QUE É ISSO? - O gordo falou assustado, com parte de seu rosto coberto de lama.

— EI, NOS TIRE DAQUI! - O mais novo falou completamente alterado. — JOSH!! - Um grito extremamente alto e rouco saiu de sua garganta, que fizeram as veias de seu pescoço saltar.

Eles gritavam e pediam, mas não me importava, apenas os via se debaterem na lama, ficando cada vez mais sujos e afundarem ainda mais rápido.

— Que garota má! - Braços fortes me surpreenderam quando prenderam os meus e apertavam cada vez mais forte.

Olhei para cima com um pouco de dificuldade e vi o rosto barbudo do homem alto.

— Agora você vai ter o que merece sua vadia! - Falou irritado, cerrando os dentes.

— Mostra para ela Josh! - Um deles falou animado.

— Ei, me tire daqui primeiro! - Suplicava o outro choramingando.

Enquanto os homens falavam, sentia me corpo amolecer, conforme os braços alheios me apertavam cada vez mais forte.

— Você é muito gostosa, sabia? - O homem ameaçou tocar um de meus seios e juntei as últimas forças em um grito alto e desesperado.

— TAEHYUNG!

— Seu amiguinho fugiu. - Ele sussurrou em meu ouvido, enquanto os outros riam, parecendo esquecer que continuavam afundando.

Ele estava mentindo, certo? Taehyung não me usaria para se esconder.

— Agora você aprenderá como se comportar... - Ele voltou a sussurrar em meu ouvido, onde ousou passar seu rosto barbudo, me causando grande incômodo e o medo começou a me preencher.


— SOLTA ELA… - A voz de Taehyung me fez agradecê-lo mentalmente e rapidamente os braços grandes me soltaram, fazendo-me cair no chão, quase sem forças.

Olhei para trás e vi Taehyung apontar o revólver para o homem que se virou lentamente para ele.

— Me dá essa arma garoto, aposto que nem sabe como usar! - Sorriu e se aproximou mais do coreano, fazendo-o recuar e destravar o revólver.

— Eu não apostaria nisso… - Taehyung falou confiante, com uma expressão séria e sorrir.

— Não teria coragem… - O homem continuou se aproximando. — Vai se tornar um assassino? Me dá essa arma! - Ele avançou e um disparo ecoou, fazendo-me tampar os ouvidos e voltar a atenção rapidamente para Taehyung, com a arma ainda apontada para o barbudo, agora deitado no chão, se contorcendo. — Seu bastardo! - Resmungou de dor, segurando a própria perna, enquanto sangrava.

— Ei, eu não quero morrer! - O gordo continuava choramingando.. — Me tirem daqui!

Olhei para os outros dois, agora cobertos de lama até o peito.

— Pega Moly! - O coreano me entregou algumas daquelas frutinhas alucinógenas e dei a volta, parando próxima dos homens afundando.

— Comam! - Falei autoritária.

— O que é isso? - O mais novo perguntou, olhando para as mesmas um pouco distante.

— Eu não vou comer… - O gordo protestou.

— São frutas… - Respondi. — Se não comerem, vão morrer dentro dessa lama. - Ameacei, tentando passar firmeza, mesmo não sendo sério, não queria ser uma assassina.

Joguei duas frutas para cada um deles e os esperei mastigar e engolir, causando o mesmo efeito que Taehyung teve, os deixando quase sem sentido.

Olhei para o coreano e vi o homem no chão também quieto, enquanto era amarrado por cipós, provavelmente, o rapaz já havia feito comer da mesma fruta.

Taehyung entrou na areia movediça e amarrou os cipós nas mãos dos homens, o ajudei a sair da areia, e juntos, puxamos os outros dois, e quando saíram da lama por completo, começamos a amarrá-los.

— Vou procurar o Hoseok! - Olhei para Taehyung, enquanto terminava de amarrar os homens em uma árvore e ele assentiu com a cabeça. — E onde aprendeu a atirar? - Perguntei curiosa, lembrando do acontecido e ele sorriu.

— Vídeo games? - Respondeu sorrindo. — Vá atrás do Hoseok! Ficarei para vigiar eles. - Falou e peguei uma das lanternas que os homens carregavam e saí correndo para praia.

Assim que cheguei, corri na direção da fogueira, olhando para todos os lados, focando a luz por todos os lados, procurando o rapaz desesperada. 

— HOSEOK? - Chamei por ele, mas não tive resposta. — HOSEOK? - Começava a senti as lágrimas molharem meu rosto e meu peito doer ainda mais, quando não vi nenhum sinal dele.

Levei minhas mãos na cabeça tentando raciocinar e dei uma volta olhando para os lados mais uma vez, então finalmente vi o coreano, jogado no chão, imóvel.

— Hoseok? - Corri até ele e ajoelhei-me ao seu lado, desamarrando suas mãos que estavam presas e colocoquei sua cabeça em meu colo.

Seu rosto estava levemente machucado, com alguns roxos e leves inchaços, o canto de sua boca tinha um pequeno corte, por onde saia um pouco de sangue e sua canhota sangrava.

— Hoseok? Me responda, por favor! - Dei leves tapas em seu rosto, na esperança que ele abrisse os olhos, mas em vão. — Hope… - As lágrimas continuavam a deslizar pelas minhas bochechas e inclinei minha cabeça, apoiando minha testa na do rapaz. — O que fizeram com você? - Falei com a voz falha, fechando meus olhos.

— Nada pior do que poderiam fazer, se tivessem te pegado. - A voz grave e fraca do coreano, fizeram-me instantaneamente abrir os olhos e sentir uma enorme felicidade e alívio.

— Graças a Deus… você está bem! - O abracei forte e ele retribuiu, o encerrando em seguida.

Moly Pov Of

Hoseok Pov On

— Onde eles estão? - Perguntei assustado. — Cadê o Taehyung? - Me levantei apressado, mas com um pouco de dificuldade.

Meu corpo estava doído, graças aos chutes e socos que levei, quando tentavam me fazer levá-los até os dois que ajudei a fugir.  

— Está tudo bem! Pegamos eles… Os três estão amarrados e Tae está vigiando. - A garota respondeu e me senti mais tranquilo, suspirando aliviado. 

Moly tocou meu rosto com delicadeza, analisando meus machucados, acredito.

— Por favor, não faça mais nada parecido, okay? Sabe como me senti quando ouvi aquele disparo? - Falou com seus olhos marejados e suas bochechas completamente molhadas. 

Eu não queria deixá-la desse jeito, mas se eu não tivesse feito nada, as coisas estariam muito piores agora.

— Eu pensei que você estava mort… - Seus braços envolveram meu pescoço, me abraçando forte novamente.

— Ei, eu não vou a lugar algum, okay!?- A Interrompi. — Vou continuar cuidando de você por muito tempo. - Encerrei o abraço e levei minhas mãos em suas bochechas, enxugando as lágrimas com os polegares.

Se não fosse por uma força maior que fez e o homem mais novo desviar a arma da minha direção na hora do disparo, eu com certeza não estaria mais aqui.

— Precisamos ir naquele navio! - Falei acenando com a cabeça, fazendo a garota voltar a atenção para ele e me levantei, junto dela.

— E se tiverem mais homens iguais aqueles? - Ela perguntou preocupada.

— Não tem, ouvi eles conversarem entre sí e descobri que navegam sozinhos. - Respondi, segurando a mão da Moly, a guiando para o bote. — Podemos usar o rádio e pedir ajuda. 

Assim como expliquei, entramos no bote e nos direcionamos para o navio. As onda não foram grandes problemas, o mar não estava agitado naquela noite e a luz da Lua cheia iluminava bem o caminho.

Prendemos o bote com uma corda na escada lateral do navio e subimos. Parecia um navio comum de pesca por fora, mas dentro estava cheio de produtos diversos, provavelmente roubados e até carteiras, e identidades estavam espalhados pelo chão da cabine do capitão.

O que esses caras faziam? Roubavam e matavam quem vinham pela frente?

Procurei apressado pelo rádio, assim como Moly que procurava do outro lado da cabine.

— Achei! - Ela falou tirando o mesmo de baixo de vários papéis e andei apressafo até ela, parando ao seu lado. — Como se liga isso? - Perguntou confusa, procurando por algum botão ou algo parecido.

— Acho que aqui! - Consegui ligar o aparelho e um ruído alto tomou conta da cabine.

Depois de algumas tentativas frustradas de falar com alguém, uma voz masculina respondeu meu chamado depois de longos cinco minutos, fazendo meu peito se encher de alegria. Dei nossas coordenadas com a ajuda do homem que nos auxiliava com o mapa e então recebemos dez horas no mínimo para um navio de resgate nos achar. 

Voltamos para a praia animados, ainda sem acreditar que conseguimos ajuda.

O amarelo no horizonte, anunciava a chegada do Sol, um novo dia começava.

A garota me guiou até o local que Taehyung estava e os vi da mesma forma que Moly havia falado, pelo estado deles, o coreano continuou fazendo-os comer da fruta alucinógena.  

As horas se passaram e esperávamos aliviados e cheios de esperanças na praia. Quando o navio de resgate apareceu no horizonte, me senti muito leve e uma felicidade que não cabia no peito explodia.

— Estamos salvos! - A garota entrelaçou minha cintura e envolvi seus ombros.

— Sim, estamos salvos… - Respondi esboçando um sorriso. 

Taehyung se juntou ao abraço e assim que os marinheiros chegaram, fomos colocados no bote e os outros homens em outro, da policial provavelmente, ainda com o efeito da fruta aparente.

No navio recebemos os primeiros atendimentos médicos e finalmente estávamos voltando para casa.

Hoseok Pov Of  


Notas Finais


Então, espero que tenham gostado 😄
Desculpe se encontraram erros... É que postei as pressas. Não queria que esperassem mais tempo, basta o grande atraso para esse capítulo. Não foi minha culpa, aqui está chovendo muito e o sinal do wifi some..😢
O próximo capítulo será o último 😢 Adicionarei essa semana se a Internet cooperar😓
Beijos 😘


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