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História Na noite passada - Capítulo Único - Sem memórias


Escrita por: KMaddyZ

Notas do Autor


Oie

Não digo nada além de: se preparem

Capítulo 1 - Capítulo Único - Sem memórias


Capítulo Único

Akira se sentia exausto por mais que tivesse acabado de acordar, aliás, ele nem se lembrava de ter ido dormir, não se lembrava de nada da noite anterior e nem de ter bebido e não constatou nada de anormal naquela manhã. Havia acordado ao lado de seu esposo e o quarto estava impecável como sempre, tudo tranquilo, tranquilo até demais. 

O loiro se levantou, olhou para o pequeno corpo ao seu lado, Takanori dormia tranquilamente, seu rosto sustentava uma expressão serena e bela, porém, era possível ver alguns vestígios de lágrimas, o que preocupou o maior que ainda tentava se lembrar da noite passada. 

Ainda sem deixar de se perguntar o que havia acontecido com sigo, o Suzuki se levantou e rumou em direção ao banheiro onde escovou seus dentes e despiu-se para tomar um banho. Debaixo do chuveiro, o homem não parava de se perguntar porque não se lembrava de nada da noite anterior e o que havia acontecido na mesma, também se preocupava com o cônjuge, pensava se havia feito algo que magoara Takanori e por isso das lágrimas, amava muito o menor e não poderia nem sequer pensar que havia o ferido que já se sentia horrível.

Ficou longos minutos divagando no banho e, assim que a pele de seus dedos começaram a enrugar, desligou o chuveiro e se enrolou numa toalha para sair do banheiro que ficava no quarto, ao passar pela porta pôde ver Takanori se levantando da cama.

–Bom dia, amor. –Takanori esboçou um leve sorriso para si. –Você dormiu muito rápido, nem deu tempo de te parabenizar. 

Se antes Akira estava confuso agora ele poderia se considerar um ponto de interrogação ambulante. 

–Me... Parabenizar? 

–Sim, parece que seu curso de inglês anda sendo bem efetivo, me surpreendi quando chegou em casa falando minha língua fluentemente. –O Suzuki mais baixo caminhou até si e o deu um selinho na bochecha antes de entrar no banheiro e começar a escovar seus dentes, a porta permanecia aberta, assim, facilitando o dialogo dos dois. 

–Como assim, Ruki? Eu não faço aquele curso já faz um mês, você sabe que eu desisti porque não entendia nada. –O loiro olhava para seu marido de cenho franzido, ele nunca conseguiu aprender inglês por mais que tentasse, já Takanori, havia nascido na Inglaterra e tinha morado lá até seus doze anos, quando seus pais se separaram e ele foi para o Japão com sua mãe, nascida na terra do sol nascente. 

O castanho olhou para o cônjuge por alguns segundos com uma expressão séria para logo depois desatar a rir e enxaguar a boca. 

–Não minta, Suzuki, você chegou aqui com um inglês maravilhoso, até sotaque inglês você tinha. –O menor disse ao começar a se despir. –E pode começar a fazer suas malas. 

–Para que? –Indagou confuso recebendo um suspiro do menor. 

–Você sabe, Akira. –Disse com um olhar triste.

–Não, eu não sei, não lembro de nada da noite de ontem, só lembro de estar dirigindo de volta para casa e mais nada. O que aconteceu? 

Takanori parou de se despir com apenas a camisa do pijama no corpo e olhou confuso para Akira. 

–Você chegou em casa já falando em inglês, reclamou do trânsito e falou sobre a empresa em que trabalha, coisa que você nunca fala só quando... Conversa com meu pai, e ai... –O menor respirou fundo antes de continuar. –Você disse que recebeu uma ligação de um hospital de Londres dizendo que meu pai havia falecido.

Akira estava muito assustado, era tudo muito incomum e bizarro, ele nunca levava os problemas do trabalho para casa, não achava certo misturar a vida pessoal com a profissional, apenas fazia isso com o sogro que adorava falar sobre seu emprego, ele também não sabia falar decentemente nem uma simples frase em inglês, quem dirá conversar fluentemente. Outra coisa que o perturbou foi a parte da ligação anunciando a morte de seu sogro, ele lembrava claramente de que isso não havia acontecido pois naquele dia havia deixado seu celular em casa e não recebera ligação alguma no serviço. 

–Taka.... Isso é impossível! Eu sou péssimo em inglês, não falo sobre a empresa com você e mais, eu não recebi ligação alguma hoje, meu celular nem estava comigo! 

Takanori sentiu um frio na sua espinha, ele estava com medo. 

–Você disse isso tudo e que iriamos hoje no enterro do meu pai... Ai você desmaiou, simplesmente caiu na cama e dormiu, eu achei que você deveria estar cansado pois disse que teve um dia corrido e também estava em choque com a notícia do meu pai. –Takanori disse em voz baixa. –O que está acontecendo, Aki? 

–Não sei, Taka, isso tudo é muito estranho, mas não se preocupe, seu pai deve estar vivo. 

–Não... Eu liguei para minha tia que mora perto dele para pedir se poderíamos ficar com ela por um tempo e ela disse que sim, conversei com ela e ela me disse que meu pai morreu ao cair da escada de sua casa. Meu pai morreu mesmo, Akira. 

Akira estava amedrontado, Takanori estava amedrontado, eles não entendiam o que se passava. 

Eles já estavam com muito medo de toda aquela situação, até que viram um vulto passar pelo quarto e um barulho de algo caindo no primeiro andar foi ouvido. 


Notas Finais


As vezes há coisas que não precisamos lembrar

Kissus


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