História Na Ponta dos Pés - Prólogo

Stalker’s P.O.V

Minha cabeça latejava, meus dedos batiam desordenadamente na mesa da recepção, o que pensar? O que pensar? Em quem pensar? Em quem?  Eu poderia fazer diversas coisas ao mesmo tempo, mas quando não tinha nenhuma inspiração era como se minha cabeça fosse um buraco sem fundo. Mulheres, eram a maioria das minhas inspirações, mas eu já havia me inspirado em homens também. Recentemente eu vinha pensando em colecionar minhas inspirações.

Pessoas são tão admiráveis? Por que não as admirar? O dia a dia, a forma como enfrentam problemas, quais seus objetivos? Tantas pessoas no mundo, e por que nenhuma delas pensam da mesma forma? Eram muitas as questões que eu ainda tinha que responder, apenas com minhas inspirações. O meu objetivo na vida era esse, observar pessoas, encontrar pontos interessantes na vida humana. Eu precisava encontrar alguma inspiração; mas todos que entravam por aquela porta de hotel, eram tediantes, não tinham a energia que eu observava em todas as minhas inspirações. Eu tinha um colega de trabalho que ficava na recepção comigo todo o tempo, ninguém poderia ficar sozinho, porém ele não tinha os requisitos necessário para minhas inspirações.

Até que ouvi mais algumas rodinhas de malas no piso frio de mármore (falso talvez), a garota que as carregavam, ali estava minha inspiração para o fim do ano. O que acontecia com minhas inspirações passadas? Esse é um assunto que eu deixo para a próxima.

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Elizabeth Smoak Hastings

O que você faz aqui?

Eu cansei de levar a vida na dança como um hobbie, quero me dedicar profissionalmente, quero aprender tudo. Encontrei uma oportunidade e aqui estou para tentar.

O que o ballet fez pela sua vida?

O ballet é minha base, sem ele não tenho minha alma, porque é no ballet que eu despejo tudo o que eu sinto. Foi uma das únicas coisas boas que minha família colocou em mim.

Pode começar sua apresentação Srta. Smoak

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Seus olhos irônicos me fitavam a cada giro, ponta e salto, tudo podia se distrair, mas seus olhos continuavam me seguindo, apenas esperavam a minha falha; aqueles olhos eram lindos, porém irritantes, eu odeio ele, eu odeio aqueles olhos, Justin eu odeio aquele nome, eu odeio aquela dança sem nexo, sem classe, sem regência, essa dança tem tudo a ver com ele.

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Eu não conseguia distinguir rostos, de repente alguém me agarrou pela cintura, as luzes piscavam incessantemente, ficava cada vez mais difícil me concentrar em alguma coisa ali. Lábios esbarraram nos meus, e apenas segui o ritmo daquela língua desconhecida dentro de minha boca.

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