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História Na Ponta dos Pés - I'm Done


Escrita por: ItsMiao

Notas do Autor


AVISO SOBRE APOLOGIA: Antes de lerem essa fanfic quero deixar claro que, todas as cenas de criminalidade, drogas, sexo, festas, violência, bullying, e perseguição, NÃO INCENTIVO NINGUÉM A FAZER O MESMO. Eu Maria Isabela Oliveira, autora de Na Ponta dos Pés afirmo que esta é uma HISTÓRIA FICTÍCIA NÃO REAL, NÃO INCENTIVO NEM FAÇO APOLOGIA A NADA.

NÃO FAÇAM CÓPIAS. Valeu galeres

Capítulo 2 - I'm Done


Fanfic / Fanfiction Na Ponta dos Pés - I'm Done

Aquela manhã era o melhor dia de minha vida. Era estranho dizer que eu estava ansiosa

apenas para ir ao colégio. Porém eu tinha dezessete anos e as vezes que eu fiquei sozinha era para se contar nos dedos. Minha vida toda eu parecia estar condenada numa prisão domiciliar. Era esse o dia que eu conseguiria sair de casa e tentar ser uma pessoa normal.  Dezessete anos e eu estava começando a fazer coisas que alguém de 13 faz.

  Meus pais sempre foram muito rígidos, sempre me trataram como uma aluna de uma escola religiosa, misturado com militar então nunca tive uma forte conexão com eles. Até que os casos familiares nunca me atingiram muito, fui acostumada a ser tratada friamente, sou filha única e acho que isso só deixa meu caso de solidão um pouco maior, meu destino era estudar em casa, mas minha avó e eu insistimos muito para que eu pudesse estudar em um Colégio. Então o combinado foi os anos do ensino médio. Exatamente eu era aquela pessoa “riquinha” foi educada em casa, sei falar francês, alemão, espanhol e inglês. E claro não podia faltar o ballet. Pelo menos era aquilo que me alegrava, ballet foi a única coisa que pode aliviar meus problemas durante minha vida, é incrível como uma “simples” dança podia ter um peso tão importante em minha vida.

 

 

   Um ano depois ...

 

 

 

 

-Bom dia Elize!

-Oi Noah

 

Noah Springs, era a única pessoa que me dava animo para continuar indo ao colégio, mas ele não era aquele cara que eu pirava de amores, na real esse cara nunca existiu pra mim, Noah era só o meu melhor amigo, sim tinha minha ponta de romance por Noah aliás ele é lindo, mas não. As vezes parece que ele gosta de mim, mas eu não dou muita bola. A única pessoa que me faz sorrir todos os dias pode ter certeza que essa pessoa é Noah.

 

O que aconteceu foi que, quando estava no meio do segundo ano do ensino médio três bruxas, começaram suas bruxarias, Olivia Bloom, Melissa e Jhessy elas três criaram um blog, algo simples e basicamente inocente, mas não no mundo de hoje, era um blog, tipo Gossip Girl, pessoas são os principais alvos delas, o blog “incrivel” delas era: Shh it’s me! Esse foi o instrumento social que destruiu minha vida aos pedaços, depois disso vi o lado bom da minha prisão domiciliar. Até hoje no final do segundo ano, sofro de cyberbulling e perseguição, o porquê? Também gostaria de saber. Meus pais nunca foram amorosos, as vezes eu penso que sou adotada, mas não encontro provas suficientes para provar, fisicamente ainda somos um pouco parecidos

 Eu não podia participar do grupo de dança do colégio pois nunca me deixam em paz, sempre tem alguém atrás de mim, rindo, me xingando ou coisa do tipo. Por isso o clube de dança do colégio estava fora de cogitação. Minha professora particular se mudou para outro país e a escola boa mais próxima era longe para ir todos os dias. Pois no ballet profissional ou você dedica sua vida ou você desiste.

 

A próxima aula era filosofia, ou seja podia cabular, para sentar e ler alguma coisa, o ponto ideal era o banco da cobertura, quase ninguém ia naquele lugar, não sei porque era lindo, com flores e bem limpo. Só que é a Califórnia, calor 24 horas por dia, talvez seja por isso, o calor em todo lugar era de matar. Me sentei no banquinho e coloquei minha mochila preta de lado, até que meu celular apitou, fechei meus olhos, respirei fundo e o peguei.

 

“Eliza! Sei que é sua de filosofia,  Olha isso que encontrei: www.yorkesdancers.com/concurso  pode me agradecer dps…Beijo até a Saída .”

                                                                                                 -Noah              

 

Entrei rapidamente no link aliás dança e New York no mesmo link era uma coisa interessante. Dei graças a Deus por ser só ele, e não mais Shh it’s me.

 

{...}

 

O sinal para a saída estava para bater, eu teria que ir sozinha até meu ponto de encontro com Noah, alguns dias eu conseguia andar sozinha com apenas três pertubações no mínimo, mas outros dias era difícil de andar pois todos me paravam, até que algum coordenador me visse. Até que aquele som penetrou meus ouvidos; a aula havia a acabado, minha liberdade estava perto, só faltava o caminho até ela.

 

O professor tinha sido mais rápido, ao tirar seus pés da sala, senti um leve tapa na minha cabeça, levantei meu olhar era Suzanne uma “amiga” que eu havia feito quando entrei no colégio, ela foi até na minha casa uma vez para fazer um, trabalho. A sala estava vazia;

-Qual o seu problema comigo? - Gritei enquanto me levantava com meu material em mãos. Ela riu e se dirigia para a porta até que eu precisei apelar pela violência. Larguei meus livros na mesa mais próxima, eu nunca fiz nada pra ela, eu não ia apanhar de mais uma pessoa, eu era atacada diversas vezes por dia, mas aquela foi a primeira vez com Suzanne. Puxei seu cabelo com força fazendo-a se virar, sua cara de espanto era clara, sem hesitar sua mão voou em meu rosto com uma força inesperada, eu realmente não esperava isso, eu tinha acabado de chamar uma briga, como eu ia fazer isso era outro papo, nunca briguei com ninguém. Segundos depois de me recuperar do tapa que eu havia recebido, a empurrei com toda força que eu ainda era capaz, fazendo-a cair sentada no chão, me sentei entre suas pernas que estavam meio abertas, fechei meu punho e disparei em seu queixo, pelo impacto seu rosto foi grosseiramente para o lado e eu senti meus ossos da mão arderem, ela me olhava assustada com a mão no lugar onde acertei o soco, aliás ninguém nunca espera nada de uma trouxa que é atacada não é mesmo.  Com a outra mão lhe acertei um soco no fim do nariz, minha outra mão doeu. Olhei para Suzanne seu nariz estava sangrando, me afastei rapidamente ainda sentada no chão, minha mão estava suja de sangue. Até que eu ouvi meu nome, logo olhei em direção a porta, e vi o rosto preocupado de Noah, Suzanne de repente começa  a gritar e chorar como um bebê quando quer algo. Noah se aproximou de mim correndo e me levantou segurando em baixo de meus ombros como se pega um bebê. Já de pé, ele delicadamente tocou meu rosto com seu polegar e indicador como se apreciasse algo; meus olhos já estavam abertos como uma represa estava chorando e eu nem tinha percebido, eu tinha acabado de ferrar tudo, provavelmente não poderia mais estudar lá, professores, alunos curiosos e alguns inspetores já haviam invadido a sala e de canto de olho pude ver celulares gravando tudo, provavelmente chamados pelo escarcéu que Suzanne fazia ao gritar. Noah em minha frente continuava calmo como sempre, como se nada em volta estivesse acontecendo, quando tive a coragem de encará-lo, seu olhar só aumentava meu arrependimento, ele olhou para minhas mãos e umas delas sujas de sangue, e as segurou firmemente, enfiei minha cara em seu peito como se isso pudesse apagar tudo o que eu havia feito, Suzanne se levantou com ajuda de alguns e saiu da sala, sabia que tudo aquilo não ia sair barato. Ele se afastou me encarando:

-Por que ?- Falou num tom calmo, fitei seus olhos por alguns segundos antes de dizer minha desculpa para tudo

-Eu cansei.

 

 

{...}

 

 

Lá estava eu sozinha de novo, dessa vez caminhando no meio das ruas largas e arborizadas de Los Angeles, voltando para casa. Sempre algum carro vinha me buscar, mas naquele dia, mandei uma mensagem falando para a assistente da casa que eu tinha companhia e que não precisava virem me buscar, era mentira. Depois da briga, o vice-diretor logo chegou e me levou para sua sala onde já trouxe minha advertência, era autodefesa! Eu poderia ter exagerado um pouco, mas eu era sempre atacada, uma advertência era desnecessária. Eu não sei por que eu continuava insistindo em ir para aquele lugar, ficar igual uma trouxa sendo maltratada. Talvez o melhor seja continuar em casa.

 

Noah’s P.O.V.

   O jogo ficava cada vez mais entediante, aqueles bancos de madeira velha e o sol quente só tornava tudo mais desconfortável. As vezes assistir aquilo só me deixava mais claro como que nós éramos idiotas, qual é o objetivo de se empurrar, para pegar uma bola? E como eu sou tão ruim nisso? Sendo que é algo tão simples?

 Algo me chama atenção ao lado, os curtos cabelos loiros de Olívia subiam a arquibancada, ela vinha minha direção; ela até que era uma visão agradável, mas por dentro mais podre que qualquer carniça.

 Olivia se sentou ao meu lado e como tão folgada que era foi colocando sua mão em minha perna; acompanhei sua mão, olhando com o maior desprezo que poderia transparecer em meu olhar.

-O que você quer Bloom? Não tenho nada que te interesse. - tentei ser o mais grosso possível.

- Você que pensa querido Noah, metade do Colégio quer sua boca, eu estou incluída nessa metade.- ela olhava diretamente para meus lábios- Mas nesse momento só quero informações sobre sua vadiazinha.

-Olha não sei de quem você está falando porque eu não te comprei pra ser minha vadia. - sorri com irônia

 

Olívia se levantou retribuindo meu sorriso irônico

 - Obrigada Noah Springs!

 

Com certeza ela estava falando de Elize, mas que informações? Provavelmente a briga.

 

  {...}

 

Estávamos indo para o carro de Nick, pois no final de todo jogo ele dava carona para a galera. 

 

- Mano sua mina desceu o braço na Suzanne. Fez um belo de um estrago na cara dela.- falou Tyler entusiasmado para mim. Eu ri. Nick se pronunciou

 

-Pois é, eu achava que briga de menina era só puxar cabelo e unhada. Mas a Elize meteu altos socos.

 

-Vocês acham que eu to brincando quando falo que ela é diferente né?

 

- Noah você embaça de mais cara. Tá anos ai enquanto nem pega ela, e nem sai dessa, porque metade da escola quer você mano. Se liga. – Tyler dizia rápido como se fosse minha mãe.

 

Sinceramente, eu amava Elize, mas era de uma forma estranha, porque eu queria mostrar que estava presente. Sim muitas vezes eu queria beija-la, mas não era uma paixão normal. Ah não sei.

 

- Sério Noah, você faz tudo o que um namorado faz, só que sem a parte boa. – Nick finalizou o assunto, assim que chegamos no carro.

 

 

Elize’s P.O.V.

 

 

 

Como sempre não encontrei ninguém ao chegar em casa, a hora que todos se reuniam era no jantar, eu teria que esperar até lá para contar minha decisão de voltar a estudar em casa e a advertência; pelo menos dava tempo de preparar minhas falas. Tomei um banho e fui ver o link que Noah tinha me mandado.

Um concurso de dança em Nova York e da instituição mais RENOMADA do PAÍS Fui ler o regulamento:

 

I-DA PROMOÇÃO

 

 

ART.1. O The Dancer Talent 2016 é um evento cultural promovido pela instituição de ensino YorkesDancers. Através da Secretaria de Educação e Cultura do estado de NEW YORK.

 

ART.2. São objetivos do The Dancer Talent :

I-) oportunizar aos artistas demonstrarem suas habilidades de dança. As diferentes modalidades serão aceitas; dança de rua, hip hop, populares, culturais, clássicas.

 

II-) interar, aproximar e promover a troca de experiências entre grupos ou solistas.

 

 

 

II- DO CONCURSO

 

ART. 3. Poderão participar do concurso somente grupos que possui no mínimo 4 componentes e no máximo 30. Além de artistas solos.

 

ART.4. Cada participante sendo grupo ou solo, terá um tempo mínimo de 3 minutos e máximo 10 minutos de apresentação. O tempo de apresentação não influenciará nos resultados.

 

ART.5. Caberá ao participante sendo grupo ou solo, trazer o material técnico necessário para sua exibição, trajes, adereços e CD contendo apenas a música a ser executada, assim como deve estar claramente identificada.

 

III- REALIZAÇÃO DO CONCURSO

 

ART.6.  A comissão organizadora deverá informar o local, o dia e horário e a ordem de apresentação de cada grupo inscrito. Assim que estes passarem pela seleção visual.

 

ART.7. Fica estabelecido 02 minutos de tolerância para o grupo ou solista que exceder ao tempo determinado neste regulamento. Após os minutos de tolerância o grupo ou solista perderá 01ponto do total de suas notas.

 

ART.8. NÃO serão permitidas apresentações com o uso de:

 

a-) Cenário fixo, efeitos de maquinários, objetos que possam danificar o palco, ou que sirvam de ameaça a plateia, nenhum recurso cênico que possam prejudicar as apresentações posteriores, como: fogo, vela, óleo, purpurina, talco, água, animais vivos e outros

 

b-) Apresentação completamente nu, ou que exponham os objetivos do concurso

 

 

ART.9. Serão permitidos elementos cênicos simples, práticos e de fácil remoção, que ficarão a cargo de cada participante. O tempo será de 1minuto antes e 1minuto depois para a montagem e desobstrução do palco sem qualquer prejuízo para os participantes anteriores e posteriores.

 

 

IV-) DA PREMIAÇÃO

 

ART.10. Três participantes de dança de cada categoria que atingirem as maiores somas de pontos, serão classificados conforme sua pontuação em primeiro, segundo e terceiros lugares; receberão troféus e um prêmio conforme sua classificação.

 

CATEGORIA DE CLÁSSICAS

 

1°lugar R$ 700,00 dólares e uma vaga totalmente gratuita para o estudo na instituição

2°lugar R$ 400,00 dólares e uma vaga com 50% de desconto para o estudo na instituição

3°lugar R$ 200,00 dólares e uma vaga com 25% de desconto para o estudo na instituição

 

 

CATEGORIA DE TEATRAIS, FOLCLÓRICAS E ÉTNICAS

 

1°lugar R$ 500,00 dólares e uma vaga totalmente gratuita para o estudo na instituição

2°lugar R$ 300,00 dólares e uma vaga com 50% de desconto para o estudo na instituição

3°lugar R$ 100,00 dólares e uma vaga com 25% de desconto para o estudo na instituição

 

CATEGORIA DE DANÇA DE RUA E HIP HOP

 

1°lugar R$ 700,00 dólares e uma vaga totalmente gratuita para o estudo na instituição

2°lugar R$ 400,00 dólares e uma vaga com 50% de desconto para o estudo na instituição

3°lugar R$ 200,00 dólares e uma vaga com 25% de desconto para o estudo na instituição

 

 

 

V- DO JULGAMENTO

 

ART.11. A Comissão Julgadora será composta por 5 membros, sendo um o Presidente da Comissão Julgadora. São 3 profissionais de cada categoria, a diretora da instituição e por fim uma celebridade da área.

 

ART.12. A Comissão Julgadora é soberana em suas decisões e não serão admitidos recursos.

 

VII- DOS QUESITOS DE JULGAMENTO

 

ART.13. Serão julgados, separadamente os seguintes quesitos:

                     Coreografia (criatividade e sintonia dos passos)

                     Interpretação Artística (desenvoltura ao representar e exprimir veracidade)

                     Harmonia (equilíbrio da melodia com o ritmo do dançarino)

                     Figurino (roupa típica e cenário)

                     Técnica (precisão em efetuar os movimentos de dança)

 

ART.14. Os jurados atribuirão para cada quesito julgado notas em uma escala de 05 a 10 pontos, não podendo atribuir notas fracionadas em meio ponto ou décimos.

 

 

VIII- DA RECEPÇÃO, HOSPEDAGEM E TRANSPORTE

 

ART.15. Ao ser selecionado na escolha visual, será cobrado 60 reais para que haja uma reserva de hotel para os três dias durante a estada em Nova York para a participação do concurso.

 

ART.16. Caso seja um grupo, apenas um representante ou o solista deverá se dirigir à recepção do festival, no horário das 08h às 23h, no dia da chegada em Nova York para a retirada das pastas e instruções sobre o concurso, bem como efetuar o pagamento.

 

 

ART.17. As visitas e locomoções sugeridas pela instituição já terão o transporte.

 

 

VIIII- DA INSCRIÇÃO

 

ART.18. Poderão inscrever-se no Concurso grupos e solistas residente no país Estados Unidos da América.

 

ART.19. As inscrições estarão abertas a partir do dia 15 de setembro até 25 de outubro.

 

ART.20. No ato da efetivação da inscrição, os participantes deverão encaminhar devida preenchida a ficha de inscrição, bem como a cópia dos documentos pessoais de identificação.

 

ART.21 Logo após o preenchimento dessa ficha de inscrição (clique aqui para a ficha), cada participante deverá enviar um vídeo de 30 segundos com sua dança. Esse vídeo será analisado e o resultado dos escolhidos para a participação do concurso em Nova York sairá dia 26 de outubro as 10:00.

 

ART.22. Os participantes que tiverem os vídeos escolhidos deverão estar em Nova York dia 28 de outubro para o começo dessa nova jornada.

 

 

Mais abaixo ainda tinham alguns agradecimentos, mas eu nem liguei. HOJE era o último a dia para a inscrição. O meu vídeo tinha que ser enviado ainda hoje. Rapidamente coloquei um collant preto de mangas longas e um belo tutu rosa cor da pele com diversos brilhos, um coque simples, e minhas sapatilhas de ponta. Coloquei o celular no corredor, e fiquei na frente da janela, que ficava no fim do corredor, a luz da janela vazia com que apenas minha silhueta ficasse clara. Coloquei meu pequeno mp3 preso no tutu, e os fones de ouvido, depois eu editava o vídeo colocando a música. Pois parecia que o som direto em meus ouvidos me deixava mais inspirada, assim podia improvisar e o que ficasse bom eu separaria no vídeo.

 

 {...}

 

-Eu não quero continuar indo para a escola. Acho que o melhor para mim, é estudar em casa. –

Meus pais me observaram orgulhosos, como se falassem, eu te disse;

 

-Por qual razão tomou essa escolha? Você sempre insistiu tanto para ir e agora depois de uma ano e meio já quer desistir? – Falou minha mãe realmente interessada no assunto.

 

- Hoje levei uma advertência, por bater em uma garota. Era autodefesa, ela me atacará primeiro. – Manti a postura como se nada tivesse acontecido, enquanto eles me olharam com um pouco de espanto.

 

-Okay, vá amanhã com Lucy desistir da matricula, não é preciso tanto escarcéu para tão pouco- Finalizou meu pai firmemente, como sempre.

 

- O que mais deseja falar? – Minha mãe tentava parecer que se importava com alguma coisa.

 

-Me inscrevi em um concurso de dança em Nova York, foi preciso enviar um vídeo de 30 segundos com minha dança, se eles gostarem posso participar do concurso lá. Se eu for selecionada, desejo ir para Nova York, até o dia 28.

 

- Você sabe que estaremos viajando no fim de semana do dia 29, e como você deseja ir para lá em menos de 3 dias? – Meu pai gostava de acabar com a alegria dos outros

 

- Acho que não há problema, tenho meu dinheiro guardado, se o senhor não quiser financiar a passagem eu mesma posso. Apenas preciso da permissão de um de vocês.

 

- Primeiro você precisa ter seu vídeo aprovado, não é? Então até lá veremos, quando sai este primeiro resultado?

 

- Amanhã- terminei toda conversa da noite.

 

 

Me deitei, pensando em como seria contar ao Noah que não iria para o colégio, e não era apenas por aquele dia, e sim pelo resto dos dias. Peguei meu celular e vi algumas mensagens dele.

 

 

Noah’s P.O.V.

 

Toda quarta eu dava “carona” para Elize, mesmo ela não precisando, haviam mais de 6 carros para leva-la se ela quisesse, mas combinamos que toda quarta iriamos juntos,

Mesmo assim perguntava toda noite de terça se estava tudo certo para o dia seguinte.

 

 

 

MENSAGENS

 

 

Noah: Lize?

Noah: Tudo certo para amanhã?

 

                                                            Elize: Oi

                                                            Elize: Então Noah tenho uma coisa pra te falar...

 

 

Noah: Diga

                                                             Elize: Não, tem que ser pessoalmente

                                                             Elize: Amanhã não vai dar pra ir com você.

                                                             Elize: Eu não vou pra aula

 

Noah: Tá tudo bem? Tem a ver com

           a briga de hoje?                     

                                                            Elize: kkkkk +/-  Noah rlx.

                                                            Elize: Me encontra no terraço, as 11:00

 

Noah: Blz

                                                            Elize: Boa Noite então <3

 

Noah: Boa Noite

 

 

 

 

Precisava ligar os alarmes do lado de fora da casa, me levantei do sofá, peguei meus fones e fui para fora. Me sentei nos degraus da porta, a música não deixava com que eu me preocupasse com minha vida, de tão alta apenas me levava junto com ela.

Algumas crianças passaram de bicicleta rindo, não pude escutar suas risadas, mas era aqueles momentos que você para pra pensar em toda sua vida. Recentemente eu vinha sentindo umas dores ferradas na cabeça, podia não ser nada, como podia ser algo importante. Minha mãe aparecia em casa menos que o normal, não sabia se era seu trabalho ou algo que ela não queria que eu soubesse. Vivíamos uma vida ótima por todo o dinheiro que eu meu pai enviava todo mês, ele é um cara podre de rico, então parecia que ganhávamos meia mega sena todo mês e sem o problema de ter ele por perto. Eu tinha uma “irmã”, ela é filha da mulher com que ele é casado no momento. Só vi aquela garota umas 3 vezes, ela era muito bonita, mas talvez minha “irmã”.

 E Elize, o que ela queria? “Você faz tudo o que um namorado faz, só que sem a parte boa” as palavras de Nick de repente vieram. Por que eu não pedia Elize em namoro? Nada me impedia disso, eu podia receber um não, esse só seria mais um que eu já recebi. Não sei por que fuck eu só gostava das pessoas que talvez não sentem o mesmo.

 

Elize’s P.O.V.

 

Eu estava assinando minha parte, estava responsável por me “desmatricular”, eu estava desistindo de algo que eu passei tempos pra conseguir, tenho um pouco de fé que vou para Nova York e ainda tirar o primeiro lugar para estudar lá, no Yorkes Dancers Institucion era algo bem impossível de entrar, era uma oportunidade incrível. Tinha que botar na cabeça que eu estava fazendo isso, apenas para me focar na dança. Na minha futura profissão.

 

Olhei o relógio do meu celular era 10:58, logo terminei de assinar alguns papeis, passei a caneta para Lucy, e disse para os presentes;

- Acho que preciso ir ao banheiro- me aproximei de Lucy para que apenas ela me ouvisse – Me espere no carro por favor, vou demorar um pouco.

 

Corri rápido até a escada de emergência para subir até o terraço, a região de emergência era assustadora, um pouco escura, bem cena de terror; era preciso subir 5 andares. Abri a porta e o sol escaldante clareou meu rosto, minha visão demorou alguns segundos para se recuperar da troca de iluminação; logo vi Noah sentado em nosso banquinho. O banquinho ficava bem perto do parapeito, tinha como vista todo o bairro, e a esquerda era possível ver o Hollywood Sign bem distante.

 

Ele se virou ao ouvir o bater da porta de emergência, abriu seu sorriso encantador, enquanto passava a mão em seu cabelo, parecia feliz e preocupado ao mesmo tempo.

Me aproximei com um abraço, ele retribuiu, mesmo sendo bem alto ainda sim era confortável. Me sentei, ajeitando o vestido em meus joelhos, ele observou meu movimento com os olhos um pouco fechados por causa do sol.

-E a bomba qual é?

-Eu não vou mais voltar. Resolvi voltar a estudar em casa. – ele se espantou com minhas palavras, logo foi se acalmando, deu um sorriso sem graça.

-Tudo isso por causa do que você fez ontem? Ela te atacou Lize, você vai desistir de tudo por causa disso?

-Sabe Noah eu to sofrendo todo esse bullying das meninas do Shh, Its me desnecessariamente, sendo que é só eu sair da escola.- ele olhou para o horizonte pensando.

 Meu celular apitou, olhei rapidamente era um email, olhei para Noah ele permanecia com o olhar perdido, resolvi abrir. Quando li o nome Yorkes Dancers no email eu gritei:

-PUTA MERDA!!!!! – me levantei do banco, Noah tinha levado um susto, joguei meu celular em suas mãos- LÊ ISSO NOAH, LÊ.

 

-Querida Srta. Smoak, gostaríamos de parabeniza-la, pois, o seu vídeo foi aceito pela nossa primeira comissão julgadora. Sua inscrição foi oficialmente feita para o concurso em New York, as instruções que a Srta. Deve seguir estão claramente indicadas no regulamento.    

  Entraremos em contato.- Noah me olhou sorrindo completamente pasmo, eu estava descabelada de tanto que mexia no cabelo enquanto ele lia. Comecei a rir e a dar pequenos pulinhos.

Noah colocou meu celular no banco e se levantou, sem hesitar o abracei novamente, ele suavemente foi me empurrando para o parapeito ainda enquanto estávamos abraçados. Minhas costas encostaram na parede levantei meu rosto para encara-lo, seu olhar estava sério e se concentrou em meus lábios. Ele tinha um leve sorriso em sua expressão. Sem perceber meus braços já estavam em volta de seu pescoço, e estávamos muito próximos, fiquei na ponta dos pés para que pudéssemos encostar nossos lábios. Começou como algo bom, calmo e tranquilo, até que fomos se desesperando, como se algum de nós fossemos morrer sem aquilo. Tentei me sentar no parapeito por que minhas costas estavam doendo naquela meia parede, mas sem sucesso, Noah percebeu minha tentativa falha e me deu impulso. Fiquei sentada no parapeito e entrelacei minhas pernas em sua cintura.   Continuávamos nos beijando feito loucos, eu tentava ao máximo respirar em algum ritmo, mas cada vez mais menos ar entrava. Até que eu me afastei para tomar algum fôlego. Ele me olhou com um lindo sorriso, eu sorria de volta.

 

- Noah, eu estou indo para New York...    


Notas Finais


Pessoas se gostarem comentem... OBRIGADA bjks Não se preocupem Justin chega próximo capitulo


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