_Não e da sua conta- volto a olhar para a frente.
Não ouço respostas, eu estava de costas para ele, fiquei me perguntando se ele ainda estava ali de pé me olhando. Comecei a sentir um alivio,(acho que ele foi embora); Até que ouço passos, era ele, eu sentia o seu olhar em cima de mim, eu olhava para o chão torcendo para que ele fosse embora e me deixasse quieta no meu canto.
Ele se abaixou e ficou me fitando, aquele silencio era aterrorizante, eu queria que ele fosse embora a presença dele me deixava angustiada, até que finalmente ele quebrou o silencio e disse.
_ Por que você não levanta ? – sua voz soou baixa , mais com uma intensidade gigantesca.
Surpresa com a sua pergunta volto a olhá-lo _Eh!..eu...eu quero ficar aqui assim um pouco- engulo em seco.
Um breve silencio _Você não consegue não é?
_ ahahahah!! Claro que...que eu consigo, dá on- ele me interrompeu colocou seus braços por de baixo da minha perna e me levantou _ O QUEEE?? ME COLOCA NO CHÃO!!! AGORAAA!!!
_xuuuu! E melhor maneirar, todos estão olhando, agora seja uma boa menina e peça desculpas pela sua escanda-lo.
_ O que??? Você bebeu? Me solta no chão!!!
Ele soltou um leve sorriso_ Pelo jeito não e uma boa menina- seus olhos me fitaram, aqueles olhos penetrantes, me fazia queimar por dentro _ Você não consegue andar não é? – ele começou a andar em direção a um dos edifícios mais caros dali.
_Pa...para a onde esta me levando?- eu estava em seus braços, meu coração estava batendo tão forte
que eu tinha medo que ele pudesse ouvir( afinal que diabos esta acontecendo comigo ?)
_. Me solta! Eu estou bem.
Adentramos em um edificil luxuoso, a sala de espera dos hospedes era espetacular, com mesas decoradas com flores, com sofás de todos os tipos de conforto, o lustre com pingos de gato de cristal, até mesmo o chão brilhava.
Claro que acabamos chamando mais atenção do que o necessário, afinal como se passar despercebida no colo de um idiota?
Embora os funcionários tivessem de certa forma estranhado com a situação que eu estava, ninguém falou nada.
_me solta, por favor! – a minha voz saiu rouca, eu me escondi entre o ombro daquele troglodita, não estava suportando aquela situação.
_Não liga para eles- eu senti sua respiração sob os meus cabelos, eu não gostava de como as coisas tinham chegado e pra falar a verdade só estava esperando um momento oportuno para sair correndo, porém neste momento eu estava com as mão atadas.
Eu senti o elevador subindo, se já e desconfortante a sensação do elevador quando estávamos no chão imagina quando se está no colo de um idiota. Ele não falou nada do percurso do elevador ate chegarmos a um apartamento.
Quando entramos o apartamento tinha um tom de luxo, porém simples, as cores não eram forte, tudo tinha exatamente o seu lugar.
Ele me colocou no sofá( que por sinal era bem macio)
_ Já volto eu vou pegar alguns curativos.
_curativos? Para que ? –olho para as pernas e para o meu braço eu tinha esquecido disso.
_ Sua perna está machucada. Parece que e mais durona que eu pensava- sorriu de canto _E uma característica de um ogra- sorriu
_ Que? Você não tem moral nenhuma para falar assim - ele deu um sorriso largo antes de sair_ Qual e a graça? Era só o que me faltava- resmungo.
O tipo dele, me trás aqui a força e ainda me chama de ogra, na minha cara e na minha presença! Quem ele pensa que é.
Meu excesso de raiva passa, quando eu finalmente percebo que eu estava sozinha, o momento perfeito para sair dali correndo.
Me levanto com um pouco com dificuldade e vou em direção a porta, porem vejo o vulto dele vindo para a sala ( Droga! Ele tá vindoooooooooo) pulo com uma perna para chegar no sofá o mais rápido.
_ Eu acho que isso e o suficie... Você está bem?- perguntou notando que eu estava sentada no sofá totalmente errada( também... quase que não da tempo)
_ só estava me arrumando- desconverso.
_ hum! não achei muita coisa, mas isso serve- diz vindo até a mim e se abaixando logo em seguida- deixe me ver- ele pegou a perna direita e calmamente limpou o sangue. As mãos dele segurando a minha perna e isso me deu calafrio. Olhando seus olhos concentrados entre seus cabelos, me fez lembrar daquela noite na sala de aula com aquela garota em cima, e percebendo bem, não parecia haver mais ninguém ali além de nós e isso me deixou apavorada.
_ O...obrigada! mais... mais isso não e necessário- engulo em seco.
_Olha só a ogra sabe agradecer- sorriu.
_estou tentando ser educada aqui, mas esqueci que pra isso tem que ter pelo menos um serumano, não um objeto não identificado-
Sorriu novamente_ parece nervosa- fez uma pausa _ será que e por causa daquela noite? Eu sei que era você- desviou sua atenção no que estava fazendo para olhar diretamente para mim
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