1. Spirit Fanfics >
  2. Nameless Future >
  3. The BeginninG

História Nameless Future - The BeginninG


Escrita por: pinkblooded

Notas do Autor


Acho que essa vai ser uma fic longa, já que quando planejei ela (a algumas horas atrás) o papel ficou entupido de coisas que tem que acontecer e/ou que eu quero mostrar na fic. E claro, não vou simplismente jogar tudo de qualquer jeito, então... é.
Dei meu máximo pra terminar de escrever esse capítulo e postar ainda hoje. Resultado: passei a madrugada em claro ISUDFIUASFBS
Espero que gostem <3

Capítulo 1 - The BeginninG


Fanfic / Fanfiction Nameless Future - The BeginninG

Ele de fato esperava ver qualquer coisa, menos aquilo. Nunca passara por sua inocente mente no auge de seus 23 anos não tão bem vividos assim, que procurar informações fosse resultar em presenciar uma situação tão constrangedora –se não assustadora aos olhos daquele moreno-, quanto aquela.

  Minutos antes, a banda the GazettE havia a não muito terminado sua pequena e simples apresentação naquela casa de shows localizada em um dos vários bairros de Tokyo; o vocalista, que apesar de não ter a estrutura mais imponente de todas tinha uma voz marcante, havia anunciado que a banda em formação estava procurando membros. De fato era algo perceptível, já que os únicos instrumentos -juntos aos seus respectivos donos é claro- que se encontravam no palco eram uma bateria e uma guitarra.

  Shiroyama Yuu, ou Aoi como alguns amigos casualmente o chamavam, se interessara em entrar para aquela banda. A forma enérgica como o baterista tocava, e neutra como o guitarrista fazia, o chamou a atenção. Impossível deixar de lado a voz forte do vocalista, que veemente cantava com o coração, colocando toda sua força de vontade naquilo. Era tudo o que ele procurava.

  O homem saíra então em direção do lugar onde a banda deveria estar, certificando-se de que era o camarim indicado, já que por ali haviam mais algumas bandas que haviam se apresentado naquela noite, mas nenhuma que se mostrasse forte aos olhos dele como GazettE fez em sua primeira apresentação em um palco com uma plateia que havia vindo especialmente para assistir à apresentação de bandas, já que suas outras apresentações até o momento haviam sido para eles mesmos na garagem –que chamavam estúdio- de uma casa. Estava tão animado –ou melhor dizendo, ansioso-, que acabara esquecendo de bater na porta. Certamente não o teria feito se soubesse com o que se depararia.

  Mal teve tempo de amaldiçoar a si próprio por ser tão descuidado ou mesmo de se perguntar se havia mesmo aberto a porta certa. Sua mente havia virado uma bela combinação de vento com o nada. A única coisa que conseguia fazer era escanear aquela cena com os olhos, seu cérebro a guardando em um lugar especial, certificando-se de que jamais se esqueceria do que viu: a pessoa que antes vira tocar bonitas notas na guitarra jazia sentada em uma das cadeiras do camarim, suas calças abaixadas até os joelhos e a cabeça com fios castanhos grudados em sua testa pendia para o lado, em completo deleite com a felação que seu membro rígido recebia de uma garota de cabelos curtos e negros. Via tudo pelo reflexo do espelho relativamente grande com lâmpadas amareladas à volta de sua moldura, que deixavam o ambiente com uma iluminação parca, mas suficiente para que fosse possível enxergar tudo o que nele havia.

  Aoi não percebera quantos minutos, segundos, ou talvez menos do que isso se passaram até que o guitarrista finalmente levantasse seu rosto, abrisse os olhos e visse pelo reflexo que havia alguém atrás de si; e ao contrário do que normalmente aconteceria, ao invés de se assustar, ele apenas revirou os olhos e murmurou algo que foi inaudível aos ouvidos do moreno mas claro aos da garota à sua frente, que retirou seu membro da boca e olhou pra frente, vendo a figura estática na porta. Ela então arregalou os olhos, pegou sem nem mesmo olhar para trás a bolsa que estava em cima da bancada em frente ao espelho e saiu correndo, abaixando seu rosto ao chegar perto de Aoi, em uma tentativa de que ele nunca reconhecesse seu rosto; coisa que pelo estado do moreno, era completamente desnecessária.

  Na mesma hora em que a garota saiu porta afora, o guitarrista de corpo esguio levantou da cadeira em que estava sentado, puxando suas cuecas e calças ao mesmo tempo e deixando-as em seu devido lugar, logo após fechando com habilidade a fivela do cinto de couro.

  Virou-se então para o moreno que continuava inerte na porta.

-Ah, cara. Faltava pouco pra eu gozar, francamente, não tinha hora melhor pra aparecer não? –fitou o rosto de Shiroyama, enterrando os dedos em seus cabelos tingidos de castanho e jogando-os para trás em um movimento praticamente sem utilidade, já que os fios não demoraram a voltar à sua posição inicial. O moreno continuava sem saber que reação ter quanto àquilo tudo. –Ah, ok, esquece.- revirou os olhos novamente como antes fizera. –O que quer?

  A pergunta pareceu tirar Aoi de seu estado de transe, que com um leve sobressalto respondeu-lhe após alguns curtos segundos colocando as ideias em ordem.

-E... Eu vim aqui por causa do anúncio que o vocalista, como se chamava mesmo... Ruki? Deu no final da apresentação de vocês, e... Hã... –nervosamente apontava o dedão pra trás de seu ombro, levemente levando seu corpo junto no ato. Estava perdido com a situação em que se meteu e qualquer um seria capaz de perceber isso.

-Ah, sim, claro –arqueou as sobrancelhas, coçando a testa em seguida. –Quer entrar pra banda?

-Suponho que sim...

-Deixei uma ótima primeira impressão então, não deixei?! –ria debochado. –Enfim, vou chamar o Ruki e o Kai, devem estar na saída de trás conversando com o dono desse negócio aqui. Já volto –saiu caminhando calmamente como se nada tivesse acontecido a alguns momentos atrás, deixando Shiroyama sozinho com seus pensamentos que ainda tentavam, sem muito resultado, serem desembaralhados.

  Alguns minutos depois os outros dois membros surgiram na porta junto ao que foi chama-los. Aoi estava sentado em um pufe branco que era disposto do lado direito da bancada com espelhos do camarim, mas logo que os viu entrando levantou-se.

-Olá –disse simpático o dono da voz mais impactante que Aoi já havia ouvido. Não diria em voz alta, mas passou por sua cabeça que de certa forma ela compensava sua falta de altura. –Fiquei sabendo que está interessado em fazer parte da nossa humilde banda –riu.

-Hum, sim. Realmente gostei da performance de vocês, me chamou muito a atenção.

-Oh, que bom! Então, se é um futuro membro, acho que devemos no mínimo nos apresentar devidamente, não? Meu nome é Matsumoto Takanori, mas pode me chamar de Ruki. O baterista se chama Uke Yutaka –o mesmo sorriu para Aoi, levantando a mão direita e dizendo “yo!” e revelando um par de covinhas.- mas pode chama-lo de Kai, e esse completo idiota aqui é o Takashima Kouyou, ou Uruha –ao fazer a referência a Kouyou, o mesmo se virou para o mais baixo, largando um “hey!” que levou Kai a rir. Shiroyama até riria junto se isso não o tivesse feito lembrar-se das cenas que presenciara anteriormente. –E você, como se chama?

-Shiroyama Yuu, mas pode me chamar de Aoi –lhe dirigiu um sorriso fechado que acentuava seus lábios carnudos e chamava a atenção para o piercing negro inserido no canto direito de seu lábio inferior.

-Prazer em te conhecer então, Shiroyama-san –Ruki fez uma leve reverência.

-Igualmente –disse repetindo a ação do outro.

-Aqui não me parece ser um lugar apropriado para tratar de assuntos que têm que ser levados com calma como esse. Que tal combinar de nos encontrarmos em algum lugar para conversarmos devidamente? –sugeriu o baterista e líder da banda.

-Por mim, sem problema. Se me permite, perto da livraria em que trabalho tem um ótimo café. Há rumores de que eles tem o melhor mini naked cake de toda Tokyo –Aoi sorriu.

-Ótimo! Vamos nos encontrar lá então.

  Resolveram o dia e hora, logo depois cada um dos três recebendo um pedaço de papel com o endereço do tal café rabiscado em si, que descobriram não ser muito longe dali. Despediram-se e Aoi logo saiu da casa de shows, voltando ao seu apartamento feliz, mas ao mesmo tempo ainda com a mente bagunçada por causa do incidente com Uruha. Agora corava ao se lembrar do que havia presenciado, percebendo que era a primeira vez que via algo como aquilo pessoalmente. Se malemal via virtualmente, imagine o oposto. Lhe fora um completo choque.

  Chegou ao prédio ao qual seu apartamento pertencia, pagando o taxi sem deixar gorjeta. Se pudesse o faria, mas sua decisão de ir morar sozinho também consistiu em um grande corte de gastos. Não podia ficar desperdiçando dinheiro por qualquer coisa, seu salário lhe dava o suficiente para que pudesse viver de forma mediana, comprando os alimentos necessários e pagando suas contas –água, luz, telefone celular: tentava economizar o máximo de tudo, e pela mesma razão não tinha internet em casa. Usava o Wi-Fi disponível em seu local de trabalho quando precisava, e só.– Roupas não se faziam prioridade, vestia-se bem com o que tinha e apenas comprava novas quando de fato precisava.

  Tomou um rápido banho, pois o relógio não tardaria a marcar meia noite e no dia seguinte teria que, como sempre, acordar cedo para trabalhar. Não se deitou antes de ligar o ventilador –que era a única coisa da qual Aoi se dava ao luxo de usar para se refrescar-, pois ainda era verão e aquele dia em especial estava muito abafado. Tinha sorte de que seu apartamento pegava sombra durante o dia, do contrário não sabia se conseguiria sobreviver ali dentro com apenas um simples ventilador de teto. Não gostava nem de ponderar sobre isso.

-----

  Involuntariamente acordara antes mesmo que o despertador tocasse, observando que ainda não passava das seis e quarenta da manhã. Aproveitou os quase trinta minutos adiantados para tomar um banho gelado, pretendendo despertar e tendo certeza de não ir trabalhar com cheiro de suor ou algum outro tipo de odor que pudesse vir a surgir.

  Mesmo depois de ter feito tudo mais lento que de costume, ainda acabou chegando dez minutos adiantados no trabalho, tendo que ficar sentado na calçada em frente à livraria esperando que o gerente chegasse e viesse abrir as portas para que pudesse finalmente entrar, colocar seu uniforme, organizar algumas coisas e começar a rotina de sempre.

-----

  Logo após largar, mais ou menos às sete horas da noite, dirigiu-se ao café no qual o encontro com a banda tinha sido combinado. Ficou feliz por Kai ter decidido marcar logo no dia seguinte, pois assim não corria riscos de morrer de ansiedade. Chegou lá não mais do que dez minutos depois, levando em conta que o café era realmente próximo de seu local de trabalho.

   Escolheu uma mesa mais reservada, ao fundo do estabelecimento. De fato ele havia apenas ouvido os comentários sobre o tal melhor bolo de Tokyo, pois nunca havia chegado perto nem de sentir o cheiro. Tentava evitar aquele tipo de lugar, pois sabia que faria gastos desnecessários. Bom, aquele dia era uma exceção.

  Enquanto seus provavelmente futuros colegas de banda não chegavam, Shiroyama observava o lugar. Não era muito grande e nem muito pequeno; era de um tamanho bom para suportar a quantidade de clientes que passavam diariamente por ali. O local suportava em torno de umas dez mesas, estas que eram adornadas com típicas toalhas bancas com uma sobreposta na vertical em estampa xadrez vermelho; algumas menores, para duas pessoas, e algumas um pouco maiores, para quatro. No centro de cada uma havia um número esculpido em um pedaço ligeiramente grosso de madeira, que ficava em pé por conta de um suporte também feito de madeira. Os números serviam para que os garçons e garçonetes não acabassem trocando os pedidos e os entregando nas mesas erradas, deixando assim clientes insatisfeitos.

  Antes que pudesse reparar em mais detalhes, os três a quem estava esperando entraram juntos pela porta de vidro do estabelecimento, fazendo o pequeno sino que ficava em cima da mesma tocar, anunciando sua chegada a todos ali presentes.

  Andaram na direção da mesa em que Aoi se encontrava, mas antes que pudessem chegar a ela, uma garota parou Uruha no meio do caminho. Kai e Ruki decidiram continuar a andar e sentar antes do amigo, com educação cumprimentando o moreno antes de qualquer coisa.

-Yo Shiroyama-san, como vai? Esperou muito?

-Na verdade, não muito –riu imaginando como aquilo parecia a típica sentença que casais pareciam querer insistir em repetir a cada encontro. –Quem é aquela garota?

-Sei lá, deve ser mais uma das garotas que o Uru pega, usa e depois nem se lembra mais do rosto. Aposto que está fingindo que se lembra dela –riu soprado em um tom de desdém, seus olhos discretamente entristecidos, coisas estas que não passaram despercebidas por Aoi, que resolveu não fazer ademais perguntas. Até porque a garota já havia ido embora e Uruha vinha se juntar com eles.

-E aí –disse o acastanhado, sentando ao lado esquerdo de Shiroyama, de costas para as outras pessoas do lugar. –Foi voyeur de mais quem hoje? –encarou-o de forma mesquinha, fazendo o moreno arregalar os olhos e virar seu rosto pra baixo na direção oposta à dele, corando em seguida.

“Hã?”-pensaram Ruki e Kai ao mesmo tempo, franzindo o cenho. Resolveram, para a sorte de Aoi, deixar aquilo passar sem perguntar nada.

  Kai chamou a garçonete e fez os pedidos que não tardaram a chegar. O atendimento daquele lugar era realmente eficaz, não era à toa que sempre havia clientes por ali.

  Enquanto comiam o tão falado naked cake, conversavam sobre horários de ensaio, pretensões que a banda tinha para o futuro e outras coisas importantes. No fim, foi decido que agora Aoi era parte da banda, fazendo par em solos com Uruha e por vezes tocando violão, já que o mais alto não gostava de fazê-lo e Yuu não se importava. A única parte da qual não havia gostado muito era a de ter que conviver mais próximo do que imaginava do outro guitarrista. Ele não parecia ser do tipo mais fácil do mundo de se lidar, previa dificuldades mas tentava não pensar nisso, pois tinha certeza de que mesmo que demorasse, algum dia as coisas entrariam nos eixos.

  E aquele era apenas o começo.


Notas Finais


Comentários, por mais curtos que sejam, alimentam e fazem bem à alma de quem escreve ;)
See ya guys~


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...