História Namjin - STIGMA - Beijo

Jin

Acordei com uma forte dor no corpo, parecia que meus ossos estavam estraçalhados. Deus, não me sinto ruim assim a anos.

Firmo minhas mãos no colchão macio para poder me sentar.

Espera, esse não é o meu colchão. Olho em volta no quarto, esse não é o meu quarto. Onde eu to?

Um flashback da noite passada passa pela minha cabeça, clareando meus pensamentos. Meu Deus. Eu to na casa de Namjoon?

Um sentimento quente e aconchegante, passa pelo meu peito. Namjoon, o que você está fazendo comigo garoto?

Olho em volta, esse quarto é mais organizado do que eu pensei que seria.

Levanto, indo em direção a escrivaninha preta, que tinha no lado esquerdo do quarto. Sento na cadeira que continha ali.

Papéis e mais papéis. Como sou muito curioso, peguei o primeiro que vi na frente, e comecei a ler.

“Ele escreve letras de música?” - Falo comigo mesmo, um pouco surpreso, além de bonito, escreve muito bem. Congratulations, Kim Namjoon.

Já ia pegar outro, mas o barulho de passos do lado de fora, me tira a atenção. Corro de volta pra cama e me sento na mesma, fazendo a melhor cara de quem estava acabando de acordar.

“Jin?” - A voz grossa do mais alto, se faz presente. Com o corpo agora totalmente dentro do cômodo. Ele caminha em minha direção. “Está melhor?” - Perguntou, se sentando na ponta da cama.

“Ah, sim. Bem melhor obrigado” - Sorrio para o mesmo. Que bom que ele tinha chegado, na hora certa ontem.

“Ah, que bom. Você quer algo pra comer? Eu compro pra você” - Sorriu de modo que aparecerão suas covinhas. Me segurei para não ir lá e botar meu dedo.

“Ah, não precisa. Não tenho apetite de manhã” - Era mentira, mas não queria que ele me deixasse sem sua presença boa. “Você se machucou na briga?”- Perguntei apontando para o canto de seus lábios que continham um corte.

“Ah, bem. Isso não é nada” - Falou colocando a mão no local, e balançando a outra em sinal de tudo bem.

“Deixa disso, preciso retribuir o favor. Tem algum kit de primeiro socorros?” - Perguntei, vendo ele sorrir de lado.

“Tenho, está ali. Deixa eu pegar” - Falou apontando para a gaveta da cômoda, ele já ia se levantar para pegar, mas fui mais rápido e peguei o kit primeiro.

...

“Isso pode doer um pouco” - Falei com o algodão com álcool em mãos, mirando em direção ao corte.

Pressionei-o no local, recebendo apenas, um arfar entre dentes rápido da parte do mesmo.

 Já com o local desinfetado, peguei a pomada e passei delicadamente. Não deixei de reparar como a boca dele me convidava para um beijo quente. Mas me contive. Os prazeres vinham depois.

…

Nam e eu estávamos em uma lanchonete, ele acabou por me convencer, sobre ir comer alguma coisa. Pelo menos eu vim junto. Não iria ficar sozinho.

“Olá, o que vão pedir?” - Perguntou uma mulher com maquiagem carregada,

e peitos quase pra fora. Os tombando para o lado de Namjoon, para que ele os visse. É o que faltava.

“Hm, eu quero um suco de uva e um sanduíche normal. E você amor?” - Falou Namjoon, me dando um susto ao me chamar de amor. Pelo menos a mulher tomou seu lugar, e endireitou o corpo.

“Um suco de laranja e um pastel está bom” - Falei com um sorriso, de certa forma vitorioso, pela mulher está envergonhada agora.

“Já trago seus pedidos” - Falou, já se retirando.

Pra minha surpresa Nam, não falou nada sobre o amor. Parecia não se arrepender. Ou se quer preocupar.

Fiz o mesmo, até porque tinha amado, ele me chamar daquela forma.

“Você mora onde, princesa?” - Questionou Nam. Senti os pelos do meu corpo se arrepiarem com o apelido, saindo da boca do mais velho.

“N-no centro” - Me xinguei mentalmente por ter gaguejando.

“Depois daqui, você prefere ir pra casa?” - Questionou olhando fixamente para mim. Ele poderia ler todos os meus pensamentos se duvidasse.

“Eh… sim, acho.” - Não queria ao certo ir pra casa, queria ficar mais com ele. Sua companhia me trazia felicidade.

Ele riu nasalado, e tatou seu bolso do casaco a procura de algo. Pegando seu celular e em seguida, e o estendendo para mim.

“Me dê seu número?” - Meu coração se acelerou, ele queria manter contato? É isso mesmo produção?

“C-claro.” - Peguei o celular de suas mãos, salvando meu número no mesmo.  “Aqui” - Estendi-o de volta, e o entregando.

Dessa vez outra atendente, trouxe os lanches os deixando em cima da mesa e saindo.

Estava muito bom, comemos, e fomos em direção ao centro. Nam disse que iria me acompanhar, estava preocupado em me deixar sozinho. Claro, que me derreti todo com isso. Ele sabia ser fofo,quando queria.

…

Já estávamos em frente a minha casa. Eu já iria entrar. Mas as mãos de Nam me bloquearam me encurralando entre ele e a parede da minha casa.

“Não pense que eu esqueci o que você fez na casa de Hoseok.” - Antes de eu poder assimilar o que estava acontecendo. Seus lábios se encontraram com os meus em um beijo, sem muita pressa. Calmo, muito bom.

Deus, ele beijava muito bem. Senti suas mãos rodeando minha cintura. Me trazendo para mais perto de seu corpo quente.

Ficamos nos beijando por um tempo, sem se importar se havia pessoas ou não na rua. Era só eu e ele.

O maldito ar se fez presente, nos fazendo desfazer o beijo, mas antes de desfazer totalmente, Nam deu uma mordida no meu lábio inferior.

Me encontrava ofegante, ele não era muito diferente.

“Até amanhã, princesa” - Falou passando as mãos levemente sobre meu cabelo e os jogando para trás. E saindo em seguida em direção ao outro lado da rua.

Eu fiquei lá estático, tentando assimilar as coisas. Isso quer dizer que eu iria o ver novamente amanhã?

Passei minhas mãos sobre meus lábios, lembrando da sensação maravilhosa de minutos atrás. Deus.

Sorri contente para mim mesmo, e entrei dentro de casa. Namjoon ainda me mata.