1. Spirit Fanfics >
  2. Namjin: 'Complete' >
  3. Jin: I'm unhappy what's new?

História Namjin: 'Complete' - Jin: I'm unhappy what's new?


Escrita por: thebaddestpark

Capítulo 2 - Jin: I'm unhappy what's new?


Fanfic / Fanfiction Namjin: 'Complete' - Jin: I'm unhappy what's new?

 Eu poderia dizer que não percebi quando é que tudo perdeu importância e que foi algo que simplesmente, lentamente aconteceu, mas isso seria uma mentira que nem eu, o maior mentiroso que conheço, contaria.

 Foi num dia quando tinha 12 anos. Estava na escola, naquele canto onde gostava de estar sem ninguém me chatear e estava observando os garotos jogarem um desporto qualquer. Eles eram brutos e competitivos e as meninas observavam e gritavam por eles. Tudo aquilo era uma competição por atenção de meninas e popularidade. 

 Desci do meu esconderijo e caminhei perto no campo deles com as mãos nos bolsos:

 -Yah Kim SeokJin! Quer se juntar? - Um deles perguntou.

 Olhei-o confuso:

 -Não, obrigado. - Continuei andando.

 Algumas das garotas preferiram me acompanhar para dentro da escola em vez de ficarem observando o show de aberrações que eles estavam dando e suponho que os irritou porque na hora de almoço depois de ir ao banheiro os garotos juntaram-se e decidiram bater em mim.

 -As meninas só gostam de si por pena, porque você não é normal. - Um chutou a minha barriga.

 -O que eu tenho com isso? - Perguntei tentando me desviar - Eu não quero a atenção delas para nada! Fiquem com as garotas!

 -Você não gosta de garotas? Isso é uma doença, os meus pais já me falaram. - O outro disso - Chama-se ser gay.

 -Ele é gay? - Outro falou histérico - Que nojo! Isso é contagioso!

 Eles correram e foram lavar as mãos antes de saírem correndo, rindo e gritando nomes ofensivos.

 -Gay? - Murmurei quando me sentei no chão.

 

 Quem diria que eles estavam certos? Engraçado como a vida dá voltas.

 Quando cheguei a casa naquele dia a minha mãe teve uma conversa comigo para me dizer que ela e o meu pai estavam se divorciando porque ela se tinha apaixonado por outro homem. Eu nem me lembro do que lhe disse mas nesse dia eu não estava entendendo nada. E sim, foi naquele dia que eu parei de me importar com tudo.

 Não me importei de mudar de casa no mês seguinte para ir viver com a minha mãe e um homem que não conhecia de lado nenhum; Não me importava de na escola todo o mundo me ofender pela minha suposta sexualidade contagiosa; Não me importava com a maneira como eu vestia; Não me importava com o que dizia; Apenas nada de nada importava.

 Até que cheguei aos 16 anos e fui para outra escola onde as coisas eram diferentes e as pessoas pareciam um pouco melhores. E quando fiz os meus 18 anos conheci um garoto com o nome de Lim Cholyeon que sorria imenso para mim e adorava me tratar com um cavalheiro. É, ele nunca viu que eu não era muito normal.

 Pouco depois ele começou dando em cima de mim e embora no inicio eu lhe rejeitasse, eu percebi que eu realmente era atraído por garotos e falei aos meus pais sobre isso. O meu padrasto e a minha mãe aceitaram bem mas o meu pai quis cortar o pouco contato que tinha comigo depois disso.

 Isso levou a mais um pedaço do meu mundo quebrar. Não era bem ele não querer saber de mim, já estava habituado. Era pelo o sentimento de desprezo presente. Eu olhava me ao espelho e não encontrava uma pessoa feliz.

 Logo aceitei namorar com Cholyeon e aceitei que odiava a minha vida. Não foi preciso muito tempo para descobrir que ele só estava usando-me. Ele queria ter a imagem que era gay para ele a prima adorável dele se puderem comer sem ninguém suspeitar. O idiota ainda pensa que eu não sei.

 Os meus amigos mais chegados perguntam porque eu ando com ele, como se não fosse óbvio. Estou usando ele para fingir que sou feliz. Resulta, as pessoas acreditam.

 A minha vida é apenas uma piada de mau gosto. Eu ganhei um certo gosto em me afastar de tudo e de todos por isso posso contar os meus amigos verdadeiros pelos dedos de uma mão.

 Mas no meio do escuro eu encontrei uma paixão que me distrai e isso foi a fotografia. Eu gosto de capturar o momento através de fotografia. Não sei, apenas gosto.

 

+ o º + º o + O + o º + º o + O + o º + º o +

 

 -Ei... - Chamei com alguma malícia no pensamento.

 Namjoon virou o rosto para ele com surpresa.

 -Pode me trazer uma? - Apontei para o congelador com um sorriso fraco que o deixou nervoso o que eu achei fofo.

 «Se há pessoa que você não devia fazer joguinhos provavelmente é o melhor amigo do YoonGi.» Pensei por um momento - Mas ao mesmo tempo o garoto era tão fofo...

 -Namjoon, não é? - Olhei para o seu rosto quando ele pousou a lata de cerveja que eu tinha pedido à minha frente.

 -Sim... O Jimin te disse?

 -Mmh hum... - Abri a lata - Mas o YoonGi já me tinha falado sobre si. Muito.

 -Coisas boas?

 -Ele disse que você era parecido a mim, logo... não. - Bebi um pouco enquanto olhava para ele.

 -O que isso é suposto dizer? Você não parece mau.

 Olhei para ele debaixo a cima:

 -O Yoon disse que você era inteligente mas o que você acabou de dizer foi tão ignorante...

 Ele engoliu de seco como se tivesse sido queimado pelas minhas palavras.

 -Pois, acredito que sim. Como você se chama mesmo? 

 -Jin.

 -AH! Você é o Jin! Nossa... - Ele afastou-se rápido - O YoonGi não me disse que você... era assim.

 -Assim?

 -Hum... sim. Assim lindo.

 Eu abri a boca para fazer algum comentário venenoso e irónico de novo mas ele precipitou-se:

 -De aparência claro. - Bebeu da sua lata com o resto do pack na mão, antes de virar costas.

 Eu não tinha uma resposta para aquilo. Ele não me conhecia, talvez YoonGi tinha lhe contado o quão negra a minha personalidade era na verdade...

 Ele olhou para mim com um sorriso idiota nos lábios, mostrando duas covinhas e mordeu o lábio antes de sair a porta da cozinha:

 -Ei, onde você vai?

 Ele voltou para trás e segurou o braço à ombreira da porta com o sorriso rasgado:

 -Onde você quer ir?

 Ponderei por um segundo:

 -Onde você me quiser levar.

 -Então vem. - Apontou a cabeça para fora da cozinha e eu levantei-me seguindo-o.

 Saímos de casa do YoonGi com o resto das cervejas que Namjoon tinha tirado e seguimos até o elevador.

 -Então... onde você me vai levar?

 -Depende. O que você quer fazer?

 O que eu não queria fazer?

 -Eu quero beber muito. Você consegue lidar com isso? - Olhei para ele com esperança de o ter assustado.

 -Completamente. - Deu-me outra lata fresca para a mão.

 Já o odiava. Com aquele olhar intenso como se conseguisse ler os pensamentos de todo o mundo. Parecia-me um grande idiota.

 Mas afinal, socializar com pessoas que odeio já era um hábito.

 

  + o º + º o + 2 Horas depois [01:38] + o º + º o +   

 

 Eu não era experiente a beijar. Só tinha beijado o Cholyeon e os beijos dele não me agradavam nem um pouco. Eram quase, mecanizados. Ele mexia a língua agressivamente na minha boca e deixava-me sem ar fácilmente e como ele me enojava um pouco devido à sua personalidade falsa, eu não me conseguia controlar a que da minha parte, os beijos também fossem sem qualidade. A minha boca parecia que ficava dormente quando entrava em contato com a de Cheolyeon.

 Felizmente isso não aconteceu com Namjoon, senão eu teria ficado envergonhado.

 Não sei se era dos nervos mas os beijos dele eram lentos e eu gostava disso. Como se pudesse aproveitar cada segundo da boca dele na minha. Os lábios dele era macios, a língua dele era mansa e os movimentos dele eram simplesmente calmantes. Não sei se ele "sabia mesmo como beijar", ou se ele apenas sabia como me beijar a mim. Mas não estava interessado em saber, eu só queria me deixar consumir por ele, ali, sentando ao colo dele, naquele muro, daquela rua abandonada.

 Namjoon quebrou o beijo sugando o meu lábio inferior antes de começar um trilho de beijos do meu rosto ao meu pescoço, o que me fez arfar.

 -Há algo que eu tenho de perguntar. Mas eu sinto que vai estragar o clima. - Declarou.

 -Fale... - Passei os dedos pela testa dele para tirar os cabelos.

 -Não é a primeira vez que você trai o seu namorado pois não?

 Eu soprei uma risada e olhei para baixo:

 -Na verdade é. 

 -Porquê?

 Suspirei e olhei nos olhos dele:

 -Não sei. - Falei honesto.

 Namjoon baixou o olhar e depois acenou a cabeça:

 -Não temos de falar nisso, eu gosto como as coisas estão.

 -É... eu também. - Saiu um sussurro e ele deu-me um selinho nos lábios.

 -Então me diga... - Fez-me levantar o rosto com o seu nariz - O que eu tenho de especial?

 -Hum... Você deu-me álcool. - Fiz ele rir e sorri também - E até que é fofo.

 «Fofo...» Era óbvio que ele não era apenas um cara fofo. Ele tinha um rosto bonito: olhos bonitos, um nariz fofo, lábios carnudos macios e perfeitos; tinha mãos grandes e bonitas; tinha o cabelo castanho escuro que lhe assentava bem (embora já estivesse um pouco despenteado das minhas mãos); Tinha uma postura boa e confiante enquanto abraçava a minha cintura e sorria ao falar comigo sobre coisas que me faziam rir, e como eu estava adorando vê-lo sorrir.

 Eu podia arriscar e dizer, o sorriso dele não era simplesmente fofo e amigável. Ele chegava a sorrir de um jeito sensual e eu gostava. Eu nunca tinha sido seduzido mas ele parecia querer ser uma exceção e vamos ser honestos, eu já estava no colo dele, com o casaco dele vestido e os braços à volta dele sem o querer largar.

 Eu estava confortável com ele. Talvez pudéssemos vir a ser bons amigos até.

 -Você não tem frio mesmo? - Perguntei de novo.

 -Não, não se preocupe. - Sorriu.

 -Eu peço desculpa, mesmo. Nem acredito que me esqueci da minha jaqueta em casa do YoonGi.

 -Não tem problema, já disse. - Insistiu - O casaco até fica melhor em si do que em mim.

 -Fica largo... que estranho, você não é assim tão mais alto que eu...

 -Eu gosto de roupa larga. - Justificou.

 -Ah pois é... Eu esqueci isso. - Olhei para ele e ele ficou confuso - Você é o amigo rapper do YoonGi.

 -Ah ele contou isso para você... - Baixou o rosto envergonhado.

 Eu perdi o meu sorriso ao prestar atenção aos detalhes da sua expressão envergonhada ao mexer os lábios:

 -É... Eu sempre amei a música. Acho fascinante esse jeito de nos expressar-mos através da harmonia. É brilhante na minha opinião e eu conheci muita gente nesse meio. Acho que a música é o melhor que já experimentei na vida.

 O seu tom transmitia honestidade e eu senti o seu coração a acelerar ligeiramente quando se tocou no assunto.

 -Não... estou aborrecendo você, pois não?

 -Claro que não. Você pode mostrar para mim? Um dos seus raps?

 -A-Agora? Você... quer mesmo?

 -Depende. Você é alguém que realmente pensa no que diz ou apenas compõe rap sobre bebida, dinheiro e coisa fúteis?

 -Eu... escrevo sobre o que sinto. - Olhou para mim como se encontrasse a resposta nos meus olhos.

 -Então por favor me mostre. - Sorri fraco murmurando.

 Ele respirou fundo e começou sem olhar para mim:

 -...Tomei apenas 1 copo de soju e senti isso: Viver é consecutivamente consciência e solidão / Se você tem muitas pessoas a sua volta ou não / O pequeno eu dentro de mim está sempre solitário / Por que não há uma palavra que é o oposto da solidão? / Será porque as pessoas, até morrerem não possuem momentos sem ser solitários? / Mesmo que o nosso entorno seja barulhento nós precisamos encontrar momentos em que possamos ficar sozinhos / Sim, essa é a vida, nós vivemos em perigo / Pela recompensa que nos torna capazes de ver este belo mundo / Roupas à prova de balas, postes, e carros potentes /Até o momento em que morremos perfeitamente, não conseguimos proteger tudo. / Desde o momento em que tudo nasce a vida é mais bela sabendo que tomamos um empréstimo em caso de morte / Até mesmo a luz é mais valorizada quando há escuridão./ O sol aparece depois de termos passado pela tempestade / Vida, se apaixonar… A vida fere as pessoas, e o vento é solitário / Nós queremos estar certos porém sempre errados...

 

 Seria possível aquele ser, ali presente, a recitar aquelas palavras melancólicas e honestas, me conhecesse melhor que qualquer pessoa que alguma vez tinha interagido comigo?

 -...Você... - Abanei a cabeça calmamente ainda tentando recuperar mesmo depois do silêncio - ...De onde você foi buscar essas letras?

 -Foram apenas pensamentos que tive numa madrugada. - Abanou a cabeça - Porquê?

 E pela primeira vez, em muito tempo, chorei à frente de alguém. Não levantei o rosto por medo e vergonha e raiva dele. E depois ele abraçou-me, surpreendendo-me mais uma vez naquela noite. Como ele podia agir assim?

 -Largue-me...! - Tentei o empurrar mas ele não deixou - Você próprio o disse, todos estamos sozinhos, não tente me consolar, você não me conhece...!

 -Ei...! - Agarrou nos meus pulsos - Não é preciso conhecer você para perceber que você não está bem. Eu percebi isso desde o momento que te vi. O que está acontecendo com você? É por causa do seu namorado? Você está se sentindo mal por ter traído ele?

-Traições, namoros, sucesso, o que interessa tudo isso na vida? - Olhei para ele irritado - É tudo tão vazio. 

-Só uma pessoa que não conhece felicidade é que diria isso. 

-Uau, você descobriu o meu segredo. - Respondi sarcástico com o mesmo tom de irritação.

-Não é segredo para ninguém. - Namjoon sorriu para mim surpreendendo-me. Parecia sempre tudo tão simples com ele.  



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...