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História Namjin: 'Complete' - Jin: Was it special


Escrita por: thebaddestpark

Capítulo 5 - Jin: Was it special


Fanfic / Fanfiction Namjin: 'Complete' - Jin: Was it special

Eu estava louco. Quer dizer, eu sempre fora louco simplesmente ultimamente é que me importo com isso.

Aquele cara da festa continuava na minha mente, aquele melhor amigo do YoonGi que eu ainda não tivera o prazer de conhecer, o Namjoon. O YoonGi sempre falava dele quando se tratava de música, eles os dois tinham esse sonho em comum, pelo que ele me dizia. YoonGi também dizia que eu e Namjoon éramos parecidos quando se falava na minha melancolia e das minhas filosofias, mas eu não tinha noção do quão fascinado aquele garoto me ia deixar quando o conhecesse. Eu tive dúvidas sobre ele mas ele era algo tão inesperado que eu estava obcecado.

Ele tinha me dado um momento especial mas eu desejava mais. Quem diria que o ia encontrar na noite seguinte?

-Ei. - Senti alguém me empurrar sem muita força contra a parede do banheiro do club.

Havia pouca luz a iluminar aquela parte e a que havia era vermelha.

-Se lembra de mim? - Namjoon colocou as mãos na parede atrás de mim.

-Difícil esquecer. - Admiti sorrindo - O YoonGi não me disse que você vinha, vai competir nas battles?

-Vou. Na verdade vim falar consigo por isso mesmo.

-Hum...?

-Quis vir pedir um beijo de boa sorte. Considerei que se o fizesse à frente do seu namorado lhe daria problemas.

-Só quer um?

-Pode dar os que quiser. - Declarou relaxado aproximando se.

Juntei os nossos lábios com saudade da noite passada. Namjoon manteve uma mão na parede e colocou a outra no fundo das minhas costas como apoio enquanto eu Abracei os ombros dele. Sentia me tão bem a fazer aquilo.

-O que vai fazer logo? - Perguntou sem diminuir muito a distância dos nossos rostos.

-Vou para casa.

-Eu levo você.

-O Cholyeon deve querer me levar.

-Não consegue despachar ele para bebermos um copo e eu te levar?

-Vou tentar. - Dei lhe um último beijo - Boa sorte. "

Consegui despachar Cholyeon e acabei por ficar no club um pouco mais com o Namjoon até que ele me levou para casa. Foi tão estranho mas eu sentia que aquilo era correto. Ele fazia me rir é segurou-me no caminho para casa de um jeito confortável. Quase que parecíamos um casal a sério. Quando chegámos perto da minha casa trocámos contatos. Fiquei feliz por finalmente ter a possibilidade de poder falar com ele.

 

*3 dias depois
 

 -...São dois cafés, por favor. - Namjoon olhou para a empregada que sorriu ao receber o pedido antes de nos deixar sozinhos na mesa.

 Era estranho estar ali, sentado à mesa com ele, como se fosse tudo normal.

 -Você parece muito mais normal durante o dia.

 -Isso quer dizer o quê? - Sorri ironicamente.

 -Não sei. - Olhou para baixo esfregando a mão na mesa de madeira.

 Eu não poderia não sentir medo. Estava ali, em público, com aquele cara.

 -Não parece você mesmo, é o que eu queria dizer.

 -Como você sabe o que é eu "ser" eu próprio? Você não me conhece.

 -Sim, é uma ilusão eu pensar o contrário, eu sei. Mas tenho um pressentimento sobre você que não me deixa à vontade com esse assunto.

 -Pare de falar como se eu fosse um assassino a tentar esconder os meus crimes.

 -Mas eu acho que você seja... - Ele olhou para mim honesto e eu sorri - Como vão as coisas com o... outro?

 -Neste caso, não será você o outro?

 -Não, neste caso não. - Respondeu sarcástico e eu revirei os olhos sem esconder um sorriso.

 -Deve estar ótimo, não falo com ele há dois dias. - Cruzei os braços e as pernas encostando-me às costas da cadeira.

 -Problemas no paraíso?

 -Talvez. - Olhei para a mesa e vi dois copos de cartão a serem pousados na mesa por mãos finas.

 -Bom proveito. - A empregada sorriu de novo antes de se retirar, de novo.

 -Obrigado. - Namjoon respondeu agarrando no copo antes de o levar à boca.

 Ele ficava bonito a beber café, mas o que é que eu poderia fazer sobre isso? Apenas ignorei e bebi o meu também.

 -Ele descobriu algo que não devia? - Olhou para a janela ao nosso lado e viu o trânsito na rua.

 -Não, não é isso. Não é esse problema. Ele nunca repara ou descobre nada... - Abanei a cabeça sem lhe olhar.

 -Talvez esse seja o problema, mesmo. - Levou o copo de novo à boca - Ele não entende a evidência à frente dele. A ignorância dele, é um problema?

 -Eu sempre a vi como uma solução aos meus problemas. Ele nunca vê quando eu estou mal, não faz aquele pergunta irritante de «Você está bem?». A resposta é óbvia, então não entendo a pergunta sequer. 

 Ele olhou-me em silêncio com um olhar sereno e eu encolhi-me antes de continuar:

 -O problema é a incompatibilidade natural. Eu odeio-o, vai sempre haver um conflito interno.

 -Eu nem acredito que preciso de o perguntar, mas porque raio você quer estar numa relação auto-destrutiva?

 -As pessoas nunca vão entender. - Sorri tocando no copo quente com as pontas dos dedos.

 -Se você não explicar...

 -Eu tenho espetativas. - Interrompi ele sorrindo - Para si. Se você se mantiver interessado como atualmente, eu sei que você vai entender.

 -Isso é um truque para eu andar atrás de si?

 -Claro que não. - Neguei ofendido - Eu posso me odiar a mim mesmo mas eu não me considero uma pessoa mesquinha para fazer tal coisa.

-SeokJin, vamos fazer um acordo.

-Que tipo de acordo?

-Se eu conseguir perceber o porquê de você estar namorando ele... Você termina o namoro.

-Mmmh não. Não pode ser assim tão simples.

Namjoon sorriu fazendo me olhar para baixo.

-Qual é o interesse em mim? - Perguntei e ele sorriu ainda mais.

-Isso pergunto eu. Porquê que você o traiu comigo?

Tive de sorrir e desviar o olhar:

-Não tenho a certeza. Você faz com que isso pareça correto. Os beijos e os toques... parecem cada vez atrativos quando é você e não ele. E porquê? Só se passaram 4 dias que nos conhecemos, parece uma brincadeira de crianças.

-Talvez seja. - Mexeu no seu copo - Então é só isso? Parece correto?

Eu tinha noção que aquilo era uma pergunta que podia estragar tudo mas ao mesmo tempo, o que havia para estragar? Nós não tínhamos nada. Apenas tínhamos trocado uns beijos e uns risos em noites em que eu estava bêbado.

-Por agora é o que é. Mas o que interessa?

Ele deu de ombros:

-A situação toda é estranha. Como se fosse num mundo à parte. Ou melhor, a analogia perfeita para nós é um sonho.

-Um sonho? - Sorri confuso. Um bocado infantil, um sonho...

-O que acontece entre nós não tem sentido, mas parece correto; normalmente estamos juntos quando é de noite, quando deveríamos estar a dormir e não a ter aventuras; Não sei quanto a você mas na manhã seguinte eu só me lembro de fragmentos de quando estamos juntos, como um sonho. E é confuso. Mas parece correto.

Eu sorri:

-Parece bonito como um sonho.

-Mas é uma ilusão.

-Você adora essa expressão. - reparei.

-É útil.

-Posso perguntar algo? - Olhei-o nos olhos e ele mordeu o lábio inferior acenando - É uma ilusão pensar que naquela primeira noite, o que aconteceu foi especial?

Sentia me ridículo com aquela pergunta.

-Se foi especial para si não quer dizer que seja uma ilusão aquela noite ter sido especial, mesmo que eu não o ache. - Fez me olhar fixamente para ele embora eu tivesse vergonha de o fazer - Mas para responder à sua pergunta verdadeira, foi especial para mim também.

Eu não evitei em sorrir e desviar o olhar o que o fez sorrir também:

-Está bem então.

-Eu fui honesto e simpático, você pode parar de fingir que não se importa por um momento? - Fez me rir - Eu sei que você gostou tanto quanto eu. Foi especial qual é o problema em admitir isso?

-Não há problema nenhum. Você é que está agindo como se tivéssemos transando ou algo. - Peguei no copo e bebi um pouco mais do café que já estava a ficar frio.

Namjoon riu e eu observei o seu sorriso bonito com gosto:

-Ainda não chegámos aí.

-Talvez um dia. - Provoquei ele.

-Não brinque com o coração de um homem assim, Seokjin. É cruel. Não combina com o seu rosto bonito. - Abri a boca para lhe responder mas ele continuou - Mas no final é só uma ilusão essa sua doçura e inocência. - Bebeu o resto do seu café.

Eu sorri e pousei o cotovelo na mesa para apoiar o maxilar na mão, enquanto o observava a beber. O maxilar e o pescoço dele pareciam esculpidos.

-Sinto me muito ofendido, eu sou muito inocente.

-Oh sim. - Concordou irónico.

-Pergunte ao meu namorado.

-E o que ele sabe da vida? Nem sabe como tratar de você.

-Eu também não quero que ele ou ninguém trate de mim.

-Independência é algo que eu respeito muito, mas você sabem bem do que eu estou falando.

Eu sorri arrogante e bebi o resto do café no meu copo.

-Ele sabe que eu sou uma pessoa muito quieta, inocente e reservada.

-Você não é nada disso. Apenas não mostra o que realmente sente. Agora é aquela parte em que eu tenho de adivinhar os motivos não é? - Sorri em resposta - Infância reprimida? - neguei - Pais abusivos? - neguei - Bullying? - Mordi os lábios sorrindo sem o olhar - Ah então é isso. Quão mau era?

Dei de ombros:

-Levei algumas surras. Era posto de parte. Não era completamente abusivo mas não era saudável.

-Que tipo de Bullying é saudável?

-Você sabe o que eu quis dizer.

-Porquê que te faziam Bullying?

-Nunca fui exbicionista como os outros garotos; Não era fã de andar em grupos e seguir um líder, gostava de estar sozinho; Sempre fui muito passivo.

-Mmh... Crianças são realmente terríveis. - Divagou - Os seus pais sabiam?

-Eles estavam se separando na altura, não quis chorar sobre isso com eles.

Ele ficou quieto:

-Porque é que estamos falando sobre a minha infância, sinto que você se está sentindo mal por mim...

-A nossa infância molda a nossa personalidade quer queiramos ou não. - Disse como se respondesse a tudo.

-Você é sempre tão lógico ou...?

-Desculpe... - Sorriu envergonhado mostrando as covinhas.

Ele devia era pedir desculpa por me fazer babar.

 -Eu gosto de raciocinar sobre essas coisas. Psicológicas e coisas lógicas. Filosofia... Tudo isso.  

 -Nota-se que você é daquelas pessoas que pensa demasiado.

 -Isso é mau?

 -Porque é que tem de ser mau ou bom?

 -Eu fiz mal a pergunta... É um defeito?

 Eu já sorria naturalmente como se fosse normal estar assim sempre tão sorridente:

 -É uma característica sua.

 -Você nunca é objetivo. -Suspirou.

 -E você é demasiado. 

 -Então sempre é um defeito... - Declarou e deixou o seu sorriso crescer.

 Tinha caído numa armadilha e nem tinha dado por isso.

 -Você... Não gosto que me enganem assim.

 -Ninguém gosta de ser engando, Jin. - Olhou para o seu relógio - Eu tenho de ir trabalhar.

 -Mmh... Sim, está ficando tarde.

 Levantámos nos da mesa em silêncio e saímos do café. Seguiríamos por caminhos diferentes.

 -Espero que não tenha sido demasiado constrangedor.

 -Só um pouco. - Falei indiferente - Foi agradável. - Olhei nos olhos dele.

 -Certo. Ligue-me quando quiser. 

 -Eu ligo mesmo. - Garanti.

 -Ótimo, porque não quero ficar desesperado. - Admitiu surpreendendo-me com a naturalidade dele.

 Eu acenei e decidi tomar a iniciativa de beijar o rosto dele para me despedir:

 -Vejo você por ai. - Dei-lhe um sorriso antes de virar costas.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado :)


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