História Namjin por trás das câmeras - Globo de cristal

Nós não voltamos exatamente, continuamos como antes, algumas fodas, carícias, encontros secretos, nada mais. Faz pouco mais de três meses desde a nossa “reconciliação”, foi na mesma noite em que soube da morte do meu filho. Rachel veio aqui uma semana depois que saiu do hospital, dei uma boa quantia à ela e não à vejo nem tenho notícias sobre ela desde então. Tive que conter Taehyung quando ele soube que ela veio buscar mais dinheiro, nunca o vi com tanta raiva. Jin teve uma pequena crise de ciúmes quando soube que fui conversar com ela, mas nada fora do normal. A Isa mantém a mesma relação afetiva com o Jin, mas agora com o namoro quase oficial entre ela e o Taehyung, não sinto tanto ciúmes. Parece que os dois começaram a sair pouco mais de um mês, se não me engano. Ela está em um hotel enquanto arruma suas coisas para voltar à França, seu pai quase morreu com um derrame e ela tem que tomar a frente dos seus negócios. Apesar do Taehyung não demonstrar sua tristeza, ele está muito abalado com a notícia. 
Bom, neste exato momento, estou aqui na sala de estar. Todos estão reunidos ao redor do Jin, cantando e batendo palmas. É o aniversário dele hoje, ele está muito contente e com um sorriso estampado no rosto. Sopra as velas sob os aplausos sucessivos dos outros. Juro que não estou conseguindo prestar atenção em nada à não ser o seu sorriso. Deixei meu presente para o final, afinal quero dá a ele á sós. 
Todos conversaram e brincaram por algumas horas, até que ficou tarde e todos se dispersaram para seus quartos. Jin senta ao meu lado no sofá, bufando.
- Estou muito cansado! - Apoia a cabeça em meu ombro. 
- Não pode estar cansado, você tem que ver o meu presente antes de dormir. - O puxo pela mão, guiando-o até a porta. 
- O que seria o seu presente? - Desce as escadas e o guio até o carro. 
- Vai ser uma coisa que você nunca ganhou antes. 
- Nós vamos demorar muito? Eu quero dormir, Namjoon. - Entra no carro. 
- Confie em mim, você não vai se arrepender. 
Durante a viagem ele ficou falando sobre alguns fatos engraçados que aconteceram mais cedo, ri junto à ele, mas não consegui lhe dá minha total atenção. Parei o carro algum tempo depois, sorrindo. 
- Chegamos. 
Ele olha ao redor, franzindo o cenho. 
- Aqui é...
Ponho o meu casaco em seus ombros. 
- É melhor se agasalhar. 
Saio do carro e abro a porta para ele. Vejo-o um pouco tenso quando pego sua mão e o guio pela grama até a cerejeira solitária na ponta da montanha. Olho para o céu estrelado, estava tudo perfeito!
- Me lembro disso como se fosse ontem. - Ele toca nas nossas iniciais na madeira, inspirando entrecortadamente. 
- Você está chorando? 
Seus olhos estavam marejados quando ele olhou para mim, coçou os olhos e sorriu. 
- Foi apenas um cisco. 
- Tudo bem, tudo bem. Venha aqui. 
Corro com ele para o outro lado, parando à poucos metros de uma enorme fenda. 
- Está vendo o céu? 
- Sim. 
- É lindo, não? 
- Sim, é sim. 
- É seu. 
- O que? - Ri, apertando o casaco contra seu corpo. - Obrigado, Namjoon. Sempre quis ter um céu. Só acho que não terei como levá-lo para casa, o porta-malas do carro não vai aguentar. 
- Acho que dá sim. - Tiro um globo de cristal transparente do bolso. - Abra as mãos. 
Ele abre e eu as junto em formato de concha, ponho o globo no meio delas. 
- O que isso faz? - Franze o cenho. 
- Ponha-a um pouco para frente. 
Ele faz, segundos depois o globo se torna azul como o céu e os pequenos pontos cintilantes que surgem no vidro são os reflexos das diversas estrelas.
- Que lindo! - Fica boquiaberto, trazendo-a para mais perto de si. - Isso é muito lindo Namjoon! Veja!
Estica o globo de cristal em minha direção, à aprecio com ele, sorrindo. 
- Feliz aniversário. - Sorrio. - Gostou? 
- Amei! - Ele me dá um rápido abraço e volta a atenção para o globo. - Isso é lindo. Muito obrigado!
- Esse foi o único lugar que lembrei que tinha muitas estrelas no céu. 
Acaricia o globo com o polegar, seus olhos brilham como os de uma criança entusiasmada com um brinquedo novo. O seguro pela cintura e o levo de volta para a cerejeira, deitamos lado à lado em baixo dela.
Ele continua olhando para o globo distraidamente. Eu poderia ficar aqui o resto da vida, acariciando o seu cabelo enquanto o vejo brincar com o globo de cristal. 
- No que está pensando? 
Ele sorri de lado. 
- Neste lugar. Em nós dois. Nas nossas brigas. Nas nossas transas. - Dá de ombros. - Esse lugar está me deixando nostálgico. 
- Quer ir embora?
- Não. - Põe o globo entre nós. - Aconteceu tanta coisa nos últimos tempos... Eu estive pensando nesses dias... Não quero continuar assim. 
- Como não? - Meu coração acelera. - Do que você está falando?
Ele amplia o sorriso e acaricia meu peito. 
- Quero namorar com você. - Passa  dedo indicador pelos meus lábios. - Só que desta vez nós faremos tudo certo. 
- É verdade? - Sorrio e o beijo demoradamente. - Eu te amo tanto, Jin...
- Me ama mesmo? - Arfa contra meu pescoço, beijando minha clavícula. 
- Claro que sim. 
- Então eu quero te experimentar novamente. 
- O que? 
- Nossa noite aqui nunca saiu da minha mente. - Sussurra. 
O afasto um pouco. 
- Você está querendo...? - Ele assente, sorrindo maliciosamente. Engulo em seco. - Não faz isso...
- Por favor. - Faz beicinho. - É meu aniversário.
Analiso seu rosto com cautela, acaricio seu cabelo e o beijo. Meu membro endurece com rapidez quando sinto seu quadril o pressionando. 
- O que eu não faço por você, - beijo sua mão - meu amor?