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História Namjoon's reigns (Os reinos de Namjoon) - Lie


Escrita por: InfiniteVitium

Notas do Autor


Se tiverem criticas construtivas, estarei feliz eu ler.

Capítulo 2 - Lie


Fanfic / Fanfiction Namjoon's reigns (Os reinos de Namjoon) - Lie

 

“Foi feito um reino na casa dos meus pais. Esse reino era relacionado a mim em quase todos os sentidos. Mãe e Pai. Amor e Força. Comportamento exemplar e escola. ”

Minha cabeça doía. Abri os olhos e me vi na enfermaria da escola. Tinha meus 15 anos e meus cabelos ainda eram castanhos e curtos. Passei a mão na cabeça e senti um galo em seu lado direito.

Me lembro desse dia. Estava jogando basquete com meus colegas quando alguém me empurrou e tudo ficou preto.

“De novo se machucou. ” Observou a velha enfermeira enquanto anotava algo. “Vou ter que ligar para seus pais lhe buscarem, ficar desmaiado por tanto tempo não é normal, Namjoon. ” Ela disse parando de anotar e pegou um doce para me entregar.

Quando ela se virou a sala que tinha janelas grandes sumiram, a enfermeira foi substituída por um enfermeiro mais novo e quando tentei levantar minhas mãos estava preso com amarras de couro. A sala era toda branca e os enfermeiros tinham os rostos tampados.

Não tinha mais 15 anos, voltei aos meus 21 com cabelos pretos e olheiras de preocupação no rosto.

Minha respiração começou a falhar, estava dento um ataque de asma.

“ME DEIXEM RESPIRAR! ” Gritei tentando me soltar das amarras, pude ouvir uma delas se quebrar. Antes que conseguisse me soltar completamente, fui sedado.

 

Acordei enquanto empurravam minha maca por um corredor branco. Olhei para os lados e pude ver várias salas com pessoas presas. Consegui ler algumas fichas que tinham nas portas, eram nomes comuns até que vi o nome de meu irmão e entendi o que iria acontecer. Eu ia morrer por completo.

Apaguei novamente.

Tive um sonho estranho, estava correndo pela cidade. Estava feliz novamente, mas não estava sozinho. Várias outras pessoas estavam comigo e meu irmão era um deles.

“Vem logo Kook, ou você vai ficar para trás. ” Disse um dos meninos que sorria como todos os outros.

Podia sentir o gosto do pirulito de cereja em minha boca como se fosse real.

“Pode deixar, eu vou ficar bem. ” Respondeu o menino que parou de imediato de correr, ficando para trás. Eu parei para ver o que ele iria fazer.

Encarei a jovem versão de mim e ele me encarou de volta, e então um carro o atropelou e o levou embora.

 

“MAMÃE! ” Uma versão mais nova ainda minha, de 6 anos, gritava pela casa. “Onde está o meu gato? “ Perguntei descendo as escadas, quando meu irmão me pegou por trás tampando minha boca. Bati nele e levei como resposta um sinal de silêncio.

Meus pais brigavam na sala.

“VOCÊ GASTOU TODO O DINHEIRO COM ESSE JOGO ESTÚPIDO? “ Minha mãe perguntava já sabendo a resposta, jogou todos os papeis de jogo no chão enquanto meu pai, de cabeça abaixada apenas escutava. “VOCÊ SABE O QUE VAI ACONTECER? “ Ela perguntou esperando que meu pai dissesse algo, mas ele parecia triste demais para fazer qualquer coisa.

Foi quando eu ouvi um barulho de carro na rua. Me soltei dos braços de meu irmão de 10 anos, e corri para fora da casa. Pude ouvir algo sendo quebrado lá dentro, mas nem fui ver. Sai correndo em direção a multidão na rua.

Achei meu gato, ele estava estraçalhado na rua e junto dele estava uma versão minha de 6 anos. Eu de 21, encarava eu criança abraçado ao meu gato morto.
Foi nesse dia em que minha juventude foi roubada. Daquele dia em diante perdemos nossa casa estável, começamos a viver de aluguel. Meu irmão e eu nos envolvemos em vários problemas enquanto corríamos dos outros que existiam em casa.

Corríamos, corríamos. Eu apenas corria procurando um caminho. Um caminho para longe daquele reino destruído e sombrio que era o da minha casa. Um caminho para me fazer parar, precisava respirar.

 

Acordei em uma cama em um quarto branco. Nele tinha um quadro com uma floresta azul, uma mesa com duas cadeiras e maçãs. Ainda não conseguia respirar direito, quando olhei para o lado vi um menino, e lembrei dele em meu sonho. Ele estava lá, correndo e sorrindo e agora estava na cama ao meu lado.

“Você ficou ai o maior tempão, ein? “ O menino falou e estendeu a mão. “Meu nome é Hoseok.” Ele se apresentou e eu apertei sua mão. “Isso aqui tá muito chato. ” Ele disse e apertou minha mão mais forte. O menino de cabelos castanhos pegou o travesseio da sua cama e bateu em minha face.

Por um tempo eu fiquei preso naquele estado de alegria, apenas observando aquelas penas caindo e sorrindo. Até que olhei para o menino que sorria da mesma forma. Peguei o travesseiro da minha cama e revidei o golpe.

E ficamos naquela guerra de travesseiros por um bom tempo, conversamos e até mesmo descobri mais sobre ele.

O menino Hoseok estava internado por ter depressão e ataques suicidas. Em um de seus momentos de lucides implorou para sua família que fosse internado e foi o que fizeram.

“To com fome. “ Ele disse e olhou para mim. Estávamos sentados no chão e ao nosso redor estavam as penas brancas dos travesseiros. “E você? ” Ele perguntou de forma amigável e eu concordei com a cabeça, e sem perceber ainda sorria.

Fomos até a mesa e pegamos uma maçã para cada. Enquanto nos entreolhávamos demos uma mordida na maçã juntos. Enquanto mastigávamos, a floresta azul ia ficando vermelha.

Fui me sentindo cada vez mais tonto, e então desmaiei junto com Hoseok. Quando acordei estava sentado na cadeira da mesa do quarto. Um médico estava do outro lado da mesa. Eu não estava amarrado, não tinham mais maçãs e nem o Hoseok.

“Quer saber onde está seu amigo? ” O médico perguntou e eu balancei a cabeça. “Ele está seguro, é tudo o que precisa saber. Agora me diga o que sente ao ver essas imagens. ” O homem pegou placas com desenhos pretos e foi me mostrando.

A primeira imagem era um círculo com as bordas moradas, pareciam assas de pássaros. Dei de ombros e ele anotou isso em uma folha. A segunda imagem era um círculo com duas mordidas, parecia uma maçã. Sem nem perceber dei um sorriso. O homem anotou tudo e se levantou.

“Muito bom, te vejo outro dia.” Ele disse e se dirigiu a porta. “E seu amigo suicida, não espere que ele volte. Isso não irá acontecer. “ Me alertou e saiu da sala. Me deixando sozinho, com meus pecados e suas mentiras malfeitas. 



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