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História Namjoon's reigns (Os reinos de Namjoon) - First Love


Escrita por: InfiniteVitium

Notas do Autor


Mesmo esse short film ter me feito quase chorar, esse capítulo foi bem simples. Espero que gostem.
Qualquer crítica é aceita.

Capítulo 4 - First Love


Fanfic / Fanfiction Namjoon's reigns (Os reinos de Namjoon) - First Love

“Há inúmeras maneiras em que Deus pode fazer-nos solitários e nos levar de volta a nós mesmos. Está foi a maneira em que Ele lidou comigo naquela época. ”

Quando cheguei na cidade, a primeira coisa que fiz foi sacar todo o dinheiro que tinha em minha poupança para a faculdade. Não preciso mais de faculdade. Não preciso mais fazer dos sonhos de meus pais, meus sonhos.

Depois de sacar todo o dinheiro e enfiar nos bolsos largos de uma calça que peguei do lixo, sai para fazer algumas compras. Comprei roupas e comida, fui atrás de um banheiro que você paga para tomar banho.

Tomei um banho demorado e frio. Precisava pensar em tudo o que havia acontecido.

Graças a Deus, a voz saiu de minha cabeça e meus pensamentos começaram, pela primeira vez, serem sobre meus problemas e não os dos outros.

Em toda a minha vida, tentei ajudar quem estivesse ao meu redor. Estava na hora de cuidar de mim mesmo.

Vesti a roupa nova. Uma blusa larga, calças com bolsos largos, um moletom preto e uma mochila para guardar o dinheiro. Não tinha medo de ser assalto, pois se fosse tinha uma faca no bolso direito da calça.

Acho que estava me sentindo muito invencível depois do que aconteceu no hospício. Me sentia tão aprova de balas quanto o Superman.

Andava pelas ruas de Seul, despreocupado, deixando meus pensamentos me levarem. Até que dei de cara com a loja de cds e discos que ia com meu irmão, quando mais novo. Parei na frente da vitrine e vi o piano da loja.

Entrei pela porta que fez um barulho de sino. O dono da loja não me reconheceu, nem nenhum dos atendentes ou algum cliente. Sentei no banco e comecei a tocar a música, a única que aprendi em minha vida. Uma música calma e simples.

“Essa música pode aquecer até o mais frio dos corações. “ Meu irmão me disse enquanto me ensinava.

Tínhamos invadido a loja durante a noite. O alarme era tão vagabundo, que não tocou.

Ficamos a noite toda lá, ouvindo as músicas favoritas de meu irmão e tocando piano.

Enquanto tentava aprender aquela música, alguém assobio na noite escura e fria. Eu e meu irmão nos entreolhamos e decidimos ir ver o que era. Saímos pelo lado direito da loja.

Saímos da loja tentando prestar atenção de onde via o som. Não tínhamos nem andado direito, mas já estávamos ofegantes por conta daquele mistério. Provavelmente é apenas alguma pessoa assobiando por assobiar, por sermos curiosos demais, não deixaríamos isso passar.

Tínhamos ouvidos muito bons, nosso pai sempre nos dizia isso. Dizia, também, que quem tem audição tão boa são os que entendem melhor de música.

Acho que ela foi minha primeira paixão, a música. Adorava todo tipo de música ou som. O tilintar de gotas d’água na banheira, as músicas que minha mãe escutava, o barulho de tinta espirrando na parede, as músicas que meu irmão escutava, vidros quebrando, as músicas que meu pai escutava ou, até mesmo, o som de passos.

Fomos para o lado direito da rua. Ficamos andando por um longo tempo, procurando o som, quando achamos que estávamos perto. Ele simplesmente parou.

“Já são quase 5 horas da manhã. “ Meu irmão disse olhando seu relógio. “Vamos para casa, antes que amanheça. “ Ele disse passando a mão em meu cabelo e começou a correr.

Corremos até chegar em casa.

 

 

Quando sai de meu devaneio, ainda estava tocando a música na loja. Todos estavam olhando para mim. Prestando atenção, quando terminei de tocar, para a minha surpresa, todos aplaudiram dizendo que toco muito bem.

“Você tem talento. ” Alguém disse.

“Queria saber tocar assim. “ Disse outro.

“Ei, menino! “ O dono que estava atrás do balcão chamou minha atenção. “Quer um emprego aqui? “ Ele perguntou com um sorriso em seu semblante.

 Aceitei sem hesitar. Meu primeiro emprego nessa nova vida.

O que tinha que fazer? Ficar tocando o piano, quais músicas quiser. O dono da loja até me deu folhas com músicas novas para aprender.

Aprimorei tanto em tocar piano que até estava orgulhoso de meu desempenho.

“Chefe! “ Chamei o homem que estava contanto dinheiro da caixa registradora. “Posso ficar hoje até tarde da noite? É que eu queria ensaiar mais músicas. “ Disse sorrindo e o homem assentiu.

“Claro! É só trancar tudo quando acabar. “ Ele disse.

Já esperava que concordasse, desde que comecei a tocar em sua loja, suas vendas aumentaram de uma forma gigantesca. Ele e eu sabíamos que meu emprego valia mais, mas o que eu recebia já era suficiente para alguém que nem casa tem.

 

 

Toquei músicas e mais músicas. Aprendi músicas que considerava as mais belas e outra que nunca havia escutado.

Foi quando o assobio, o mesmo daquela vez, voltou. Assustado parei de tocar. Levantei, peguei minha mochila, tranquei a loja e sai. Iria encontrar o dono do som, daquela vez. Saí pelo lado esquerdo da loja.

Andei por muito tempo, minhas pernas começaram a doer e minha vista cansar. Estava quase fechando os olhos e andava no meio da estrada. A noite estava calma e com um clima ameno de primavera. Enquanto quase cerrava os olhos, podia sentir o assobio aumentar, parecia estar atrás de mim, mas estava cansado demais para voltar.

De repente, um carro apareceu na estrada. Buzinou sem parar e o motorista perdeu o controle. Olhei para trás e vi o carro bater, exatamente, na loja de discos. Sai correndo para ajudar quem estava no carro.

Quando cheguei lá, vi o sangue espalhado em volta do carro. Quem estava no volante? Uma mulher, já de idade. Foi quando percebi que não era uma mulher qualquer, era minha mãe.

Cheguei para trás, pisando no sangue de minha mãe no chão. Não sabia o que fazer, apenas fiquei parado vendo mais uma coisa que me prendia ao meu passado ir embora. Minha mãe.

E além dela, o meu primeiro amor, pegava fogo sem parar. A fumaça se misturava ao cheiro do sangue e eu dava passos cada vez mais para trás. 

Sentei na calçada, do outro lado da rua. Em choque. Quanto mais tempo passava, mais pessoas apareciam, ligavam para ambulância, polícia e bombeiro. Sem chamar atenção, com o capuz preto sobre minha cabeça, joguei a chave da loja para dentro. O dono iria achar, mesmo que eu ache que ele não ficaria tão interessado em procura-la.

Me pergunto o que teria acontecido se tivesse ido pelo outro lado, se eu tivesse escolhido um caminho diferente.

Coloquei as mãos dentro dos bolsos largos da calça, e sai pelo lado da esquerda da loja. O sol começava a nascer do lado esquerdo. Esse dia vai ser claro. 



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