História Namjoon's reigns (Os reinos de Namjoon) - Mama

“Com o rosto que se assemelha a de seu filho, atemporal, sempre jovem e cheia de força interior, a bela mulher sorria com dignidade. Seu olhar era de cumprimento, ela cumprimenta um retorno. Silenciosamente, eu estendi minha mão para ela.”

Tive um sonho estranho.

Tudo era branco ao meu redor, eu vestia um pijama de quando era criança. Estava parado, encarando o vazio, quando alguém tocou em meu ombro, virei para trás e vi a figura de minha mãe.

Com um sorriso angelical, me abraçou muito forte, podia ouvi-la chorar em meu ombro.

“Mãe? O que...? “ Eu ia perguntar, e então ela saiu do abraço e puxou meu braço com a tatuagem do pássaro.

Ela apontou para o desenho preto em meu braço e balançou a cabeça para os lados, querendo dizer “não”.

“O que quer dizer com isso? ” Perguntei sem rodeios, mas ela parecia não poder falar, apenas continuava a balançar a cabeça.

Então, começou a andar para trás, subindo algo em meio aquele claro lugar. Pela primeira vez, minha mãe parecia feliz. Foi quando vi meu irmão e meu pai ao longe, tentei ir para eles, mas algo me empurrou para trás. Algo invisível.

Acordei com um raio de sol em cima de meu corpo, estava no container bagunçado e sujo. Passei a mão em cima da tatuagem ainda nova, sentindo a minha pele irritada. Me levantei rapidamente, podia sentir uma leve tonteira, mas ignorei e continuei a andar para fora daquele lugar.

Iria voltar para Seul, tinha que ter certeza se meu sonho tinha algo de real. Se minha mãe realmente estava morta.

Sai finalmente daquela cidade litorânea, deixando as lembranças mais felizes para trás. Voltando para Seul, criaria memória novas, tristes e melancólicas.  

Não consegui dormir a viagem de ônibus inteira. Estava curioso e preocupado, mesmo não me importando tanto com minha mãe, me sentia culpado por sua morte. Não deveria ter abandonado ela completamente, deveria ter ficado lá, ao seu lado. Assim como as mães devem ficar com os filhos quando estão doentes.

Quando sai do ônibus era 5 horas da tarde. Não parei para comer ou fazer qualquer outra coisa. Fui direto para o possível hospital onde ela estava. O hospital onde sempre íamos quando doentes e onde ela deu à luz a seus únicos filhos.

Na recepção, entreguei meus documentos, mas a mulher não acreditou que realmente era eu. Ninguém mais acreditava, eu havia mudado muito, mesmo sem perceber.

“Sinto muito, mas...” ela deu uma pausa que fez meu coração bater mais forte. “... ela já foi embora, uma irmã buscou ela e levou para morar na cidade natal delas. ”

Sai do hospital com um sorriso estranho no rosto. Me senti triste porque nunca terei a oportunidade de me despedi de minha mãe. Me senti feliz porque, finalmente, toda a minha vida passada se desprendeu de mim e poderia enfim viver.