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História Namorada de Aluguel - Capítulo 68


Escrita por: eitaschreave

Notas do Autor


Olá meus amores, como vão vocês?
Gostaria de prepará-los para um capítulo mega trágico, mas não se desesperem, por favor.
Boa leitura.

Capítulo 68 - Capítulo 68


    POV Narrador 

                                                                                       Dois meses depois... 

Os raios solares  irradiavam no belo - e completamente azul celeste - céu de Angeles, para uma manhã monótona de segunda-feira, o dia estava muito bonito. Fazia um calor inacreditavelmente insuportável, e ao contrário de estarem aproveitando o sol e o clima quente, America e Maxon foram trabalhar. Sim, trabalhar.  

No último mês, America havia começado a cursar Relações Internacionais na faculdade da cidade, com o intuito de assumir o lugar dos pais na empresa, futuramente. Desde então, a jovem tem trabalhado de segunda à sexta na corporação, como assistente do namorado.

Eadlyn e Ahren ficavam sob os cuidados de Paige - sua babá - em uma sala no mesmo corredor em que seus pais trabalham, para que pudessem matar a saudade dos filhos quando quisessem. 

Enquanto organizava alguns documentos, pôde perceber que Maxon mantinha uma expressão incomodada, com o cenho franzido e os olhos fixos em um ponto qualquer em sua mesa, repleta de papéis, parecia não estar gostando do que ouvia do outro lado da ligação; ao final dela, bufou, irritado, e jogou o telefone com força no gancho. 

- Você está bem? - America perguntou, arquivando a papelada. 

- Alguém está nos processando. - ele murmurou, afundando seu corpo na cadeira. 

- O quê?! Quem? - se aproximou, apoiando-se na bancada. 

- Eu não sei. - respondeu-a, dando de ombros. - James deve saber de algo, pode me trazer informações? 

- Claro. - levantou-se, e caminhou para fora da sala. 

O escritório de James ficava dois andares acima do de Maxon, aquela era a ala dos advogados -  ou, ala dos tubarões, assim chamada pelas atendentes. -, e, ao contrário do eventual, estava quase vazia. 

Ao chegar na sala do rapaz, não o encontrou, o que lhe espantou, já que ele sempre estava lá, enfurnado nos documentos.

De repente, America ouviu um estrondo, capaz de ensurdecer. 

- Que diabos foi isso? - perguntou-se, olhando para os lados. 

Preocupada, America começou a caminhar pelos corredores vazios do andar, até se deparar com uma cena deplorável. James estava jogado no chão, com a mão posta sobre a camisa, manchada de vermelho. Seu corpo tremia ligeiramente, e o rapaz gemia baixinho de dor. 

- O que aconteceu com você? - questionou, incrédula, agachando-se ao encontro do rapaz. 

- T-tem um atirador, aqui. - a resposta de James chocou America, de forma que seus olhos se encheram de lágrimas e as batidas de seu coração começaram a se acelerar. 

A jovem começou a desabotoar a camisa molhada pelo sangue de James, que gritou com o ato, revelando o hematoma provocado pela bala. 

- Você vai ficar bem. - ela segurou, com certa insegurança em sua voz. - Vou ligar para a Emergência e para a polícia, você vai ficar bem. - repetiu.

Antes que America pudesse se levantar, o rapaz segurou seu braço, impedindo-a. 

- Não. - balbuciou, em um sussurro. - Não vá. - ele grunhiu de dor. - Por favor. - James tossiu diversas vezes, molhando seu queixo de sangue. - Nós dois sabemos o que vai acontecer comigo, e o último rosto que eu quero ver é o seu. 

- Você não vai morrer, Jamie. - o antigo apelido usado por ela fez com que James sorrisse, mesmo no momento mais trágico. - Você não pode. 

- Eu vou. - esticou sua mão, oscilante, e entrelaçou  seus dedos nos dela. 

America limitou-se a falar, não podia negar, ele estava muito mal; mesmo que a ajuda chegasse, ele provavelmente não chegaria ao hospital com vida. 

- Eu nunca consegui esquecer você. - ele confessou, deixando uma lágrima cair de seus olhos. - E nunca vou conseguir, porque você é o meu primeiro, e único, amor. - gemeu, sentindo novamente aquela dor torturante. - Você seguiu sua vida, namorou meu melhor amigo, teve filhos com ele, e eu continuei aqui; me envolvi com muitas garotas, mas, nenhuma delas era como você. 

America mal conseguia controlar seu choro; James pôde  não ter sido o melhor namorado, mas ele não merecia estar naquela situação. 

- Minha dor está parando. - ele disse, preocupando-se. - Isso não é bom.

- Acho que não. - admitiu, acariciando os cabelos negros e suados do ex-namorado. 

De repente, a luz nos olhos azuis de James foi se esvaziando, tornando-se opaca e sem vida, assim como sua pele.

- James, não... - ela insistiu, tentando estancar o sangramento de seu abdômen com uma das mãos. 

- Está tudo bem, e-está tudo bem. - murmurou. - Não poderia estar mais do que perfeito. - arfou, tentando respirar para dar continuação à sua fala. - Eu estou nos braços do meu primeiro amor, a mais bela, e única, America Singer. 

E aquelas foram as últimas palavras de James, antes de seu rosto atingir uma completa tranquilidade. Assim que fechou os olhos do rapaz, deu-lhe um beijo em sua testa, em despedida.

America saiu dali correndo assim que lembrou do que havia ouvido.

"Tem um atirador, aqui."

As primeiras pessoas que lhe vieram à mente foram Maxon, Eadlyn e Ahren. Como e onde estavam?

Afundada em suas preocupações, America acabou chocando seu corpo com o de outra pessoa. 

- Me perdoe. - resmungou, sem sequer olhar para o indivíduo, e continuou a correr. 

Momentaneamente, uma certa pressão atingiu seu ombro esquerdo, e em seguida, ardência e dor. America levou a mão até o local, e percebeu que o mesmo estava molhado. Aquele toque lhe causou uma dor inigualável a qualquer outra. 

Havia levado um tiro?

Logo, virou-se, se deparando com um homem, apontando um revólver para o peito da jovem. 

- Não se lembra de mim, garotinha? - em questão de segundos, America conseguiu assimilar a voz e a face do sujeito. Ele era um dos capangas dos Andersen que havia sequestrado ela e Maxon. - Por que está assim? - ironizou, vendo o vestido branco que ela usava todo manchado com o sangue de James. 

- Você o matou. - acusou-o, enojada. - Você é abominável. 

O homem riu alto. 

- Ainda vou matar muita gente. - ameaçou. - E você será uma dessas pessoas. 

America desviou o olhar, encontrando com o de Maxon, que balançava a cabeça negativamente diversas vezes, incrédulo. A ruiva tentou murmurar um 'eu te amo' a ele, sem que o tal assassino percebesse. Seu corpo se enrijeceu quando ouviu a arma ser desengatilhada, e fechou os ao ouvir o estrondo do tiro. 

Nada. 

Como uma pessoa leva um tiro e não sente absolutamente nada? Era assim a morte? 

Lentamente, a jovem abriu seus olhos, já não encontrando mais o atirador na sua frente. Apenas mais um corpo ferido em sua frente. Maxon. Ao seu redor, havia uma poça de sangue, que não parava de crescer e inundar o chão. 

- Não! - ela gritou, a plenos pulmões, jogando-se no chão, e cravando seus dedos na camisa do rapaz. America chorava como uma criança desesperada.

- Eu não seria capaz de ver você morrer. - sussurrou, com uma expressão dolorosa. - Por favor, cuide de Eadlyn e de Ahren. - implorou, piscando várias vezes, lutando contra a inconsciência... - Eu amo todos vocês. - mas, infelizmente, dando-se por vencido à ela. 

Ver James morrer à sua frente e levar um tiro, definitivamente, não doía tanto quanto perder Maxon. 

 


Notas Finais


Esse cap foi muito, mas MUITO, difícil de escrever, então não sei se desejo que gostem, ou se não desgostem da fic.
Só quero saber o que acharam.
Vejo vocês aqui embaixo, beijos e até o próximo capítulo.


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