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História Nana, who are you? - II Temporada - Eight


Escrita por: cristiannadm

Capítulo 62 - II Temporada - Eight


Na sexta feira... 

 


Como previsto amanhã cedo teria uma aula em grupo e por isso não pensei nem na hipótese de ir a essa festa com Louis. Acabámos de jantar e Louis saiu da mesa em seguida. Olhei para ele vendo-o percorrer o corredor que levaria ao nosso quarto. Será que ele vai arrumar-se? 

Ajudei a minha mãe a levantar a mesa e fui rapidamente para o quarto. Louis ainda estava no banho e vi algumas roupas em cima da cama. Então ele ia mesmo? Que comece o show, Kate Bitch!!!

Comecei por me despir, ele até poderia ir mas antes veria o que tinha em casa e, com sorte, não me tiraria da cabeça. Quando estava completamente nua a porta abriu e Louis saiu de lá com a toalha pendendo na cintura. Mordi o lábio e percorri o olhar de cima abaixo vendo quando ele reparou em mim. O seu olhar abriu e repetiu a minha ação anterior, olhou cada parte do meu corpo. Passei por ele em direção ao banheiro e ri baixinho vendo que consegui afectá-lo. Louis não tirou os olhos de mim um segundo. 

Tomei um banho rápido mas cheiroso, ainda queria apanhá-lo no quarto. As minhas provocações estavam apenas a começar. Sequei o corpo com a toalha e escovei os cabelos molhados, secaria depois. Saí do quarto e Louis ainda se vestia na frente do espelho. 

 

 

 

- Não tens roupa? - perguntou um pouco incomodado, e até me surpreendi, não estávamos a trocar muitas palavras ultimamente. 

- Estou no meu quarto, com o meu namorado, não vejo problema nenhum com isso. - respondi e peguei no creme passando no meu corpo. Louis suspirou e virou-se ficando mortificado com a minha imagem. - Vais arrumar o cabelo? - perguntei despertando-o.

- Hum... acho que não, vou usar chapéu. - pegou rapidamente em um chapéu preto que estava no cabide e sentou-se na cama encostado à cabeceira da mesma, mesmo na minha frente. 

 

 

 

Segurei a vontade de rir, Louis só usou o chapéu para não perder tempo a arrumar o cabelo, assim poderia ver-me nua a perambular pelo quarto. Eu era muito boa a ser uma bitch, eu sei. Confesso que já estava com saudades de ser assim, mais ousada e arisca. Louis mexia no telemóvel só para disfarçar, eu podia sentir o olhar quente dele em mim, mas ignorava. 

Fui ao roupeiro e procurei o pijama mais curto que eu tinha, tendo cuidado para empinar a bunda enquanto procurava. Não encontrei nenhum que me interessasse. Então, vesti apenas uma calcinha de renda preta e fui à cómoda, que ficava perto de onde Louis estava, procurar uma camiseta dele.  

 

 

 

- Definitivamente, não tens roupa. - Louis falou e olhei-o provocante.

- Incomoda-te que eu use a tua roupa?

- Não. - respondeu curto desviando o olhar para o telemóvel de novo. - Não incomoda nada.

- Hum, podes passar creme nas minhas costas, por favor? - dei-lhe o produto e ele apenas assentiu. 

 

 

 

Sentei-me na sua frente com a sua camiseta no meu colo enquanto esperava ele passar o creme. As suas mãos demoraram-se, tendo certeza de que ficava tudo bem espalhado. Quando subiram para o meu pescoço, Louis apertou um pouco fazendo uma leve massagem. Gemi em aprovação, não tinha reparado o quão tensa estava. 

 

 

 

- Já está. - disse sem humor algum na voz. 

- Podias continuar, eu estava a gostar. - disse e olhei-o por cima do ombro apanhando-o a olhar para a minha bunda apenas coberta por um pequeno tecido. 

- Eu tenho de ir, não tenho tempo para isso. - levantou-se rápido e percebi-o um pouco perdido. Mas a forma como ele falou fez-me ter a certeza de que ele notou o que eu estava a fazer. 

- Já vais? 

- A Anabelle está quase a chegar. - nesse momento a campainha tocou - Acho que já chegou. Até depois. - despediu-se sem sequer me olhar. Apenas pegou na carteira e saiu. 

 

 

 

Vesti rapidamente a sua camiseta e fui atrás. Louis já estava perto da porta e ainda não tinha dado conta que eu o seguia. Anabelle apareceu quando a porta abriu-se e percebi que os seus cabelos estavam todos verde-água e não só as pontas. Louis sorriu e até pegou no cabelo dela achando graça. 

 

 

 

- Wow, estás muito sereia. - disse-lhe e ela riu tímida - Gostei, na próxima podes experimentar outras cores.

- Vou fazer isso. Estás pronto? 

- Claro, vamos de táxi, hoje eu quero e preciso beber. 

- Então? - questionou interessada.

- Estou bastante tenso. - respondeu e sorri convencida, sabia que era o motivo disso. - Vamos. 

 

 

 

Assim que Louis preparava-se para fechar a porta eu segurei-a impedindo-o de realizar a ação. Ele olhou-me confuso e desceu o olhar pelo meu corpo vendo que eu estava apenas com duas peças vestidas e que as minhas pernas estavam todas de fora. 

 

 

 

- Olá Anabelle .- sorri cínica - Divirtam-se e tenham juízo. - disse olhando para Louis que ainda tinha os lábios separados a observar-me, já já mato o teu desejo meu amor, pensei.

 

 

 

Aproximei-me de Louis e rodeei o seu pescoço com as minhas mãos beijando-o em seguida. Subi uma mão para a sua nuca e acariciei-a. Com o acto inesperado, Louis encostou-se à parede, isso permitiu-me aprofundar o beijo. Ele cedeu passagem para a minha língua envolver-se com a sua e suguei o seu sabor para mim. Louis tinha uma mão no fundo das minhas costas colando-me a ele, enquanto a outra segurava o meu rosto, sentia o meu corpo aceso com esses toques. Terminei com mordidas e selinhos.

 

 

 

- Boa festa. - disse soltando-me, Louis olhava-me como se não acreditasse que eu tivesse feito aquilo. Pisquei o olho e fechei a porta. 

 

Ri só de imaginar como Louis estaria depois disto, aposto que vai passar a festa entre confusões internas tentando descobrir porque numa hora estou brava por ele ir nessa maldita festa e em outra hora estou tranquila. Esse era o meu objetivo, deixá-lo a pensar em mim, no meu sabor, no meu corpo, no meu beijo. 

 

 

 

 


Louis POV

 

 

 

- Bem, a Katerina tem personalidade. - Anabelle disse rindo quando a minha namorada fechou a porta, depois de me ter dado um senhor beijo. 

- Tem. - disse entorpecido ainda - Até mais do que uma. - constei e abanei levemente a cabeça.

 

 

 

Katerina estava a agir de um jeito diferente. Eu pensava que ela estava chateada e até enciumada por eu ir na festa com a Anabelle. Não esperava que ela reagisse dessa forma. Primeiro provoca-me andando nua no quarto, pedindo-me para a tocar enquanto passava o creme nas costas e, agora, beija-me. 

Eu quase desisti de sair para a levar para a cama e perder-me no seu corpo durante toda a noite. Mas eu acho que era isso que ela queria, e eu não lhe daria esse gostinho. Isso só me fez lembrar da Katerina que eu conheci, toda provocadora e sem limites, não olhando a meios para atingir os fins. Essa era a Kate Bitch. E eu não estava nada com saudades dela. 

 

 

 

- Ainda nem acredito que vamos para a área VIP, como conseguiste isso? - Anabelle perguntou empolgada a meu lado no táxi e, reparei que ela vestia uma calça preta justa e um top cinza que demarcava o seu decote. Ela sempre estava simples e confortável, como a sua forma de ser e estar na vida. Um pouco parecida comigo nisso. 

- Eu tenho alguns contactos, a minha mãe era cantora e eu conheço muitas pessoas da produção das boates, eventos e shows, essas coisas. 

- Por que a Katerina não veio? - questionou um pouco receosa.

- Ela tem uma aula amanhã cedo, ela está a fazer um workshop há cerca de um mês.  - reclamei e Anabelle olhou-me com as sobrancelhas franzidas. 

- Um mês? Isso não é demais para um workshop? Normalmente eles duram poucos dias, e tem uma duração de uma ou duas horas, por aí. Isso mais parece um curso. 

 

 

 

 


Olhei-a pensativo e, talvez, ela tivesse razão. Como eu não pensei nisso? Um workshop é algo rápido e produtivo, não algo duradouro. Além do mais Katerina estava a ir umas três vezes por semana, isso já era mais do que suficiente. Ela já teria de ter terminado a porra desse workshop. 

 

 

 

- Não sei, eu... - suspirei e passei a encarar a rua lá fora - Talvez seja mais longo. - dei de ombros só para finalizar a conversa, mas eu sabia que algo não estava bem. Por que o workshop dela tinha de ser diferente? Quanto mais rápido eu queria que terminasse, parecia que mais demorado ele era. 

 

 

 

Chegámos na boate e fui direto ao bar pedir a bebida mais forte. Não tomei conta de quantas tomei, mas dancei todas as músicas que o Avicii tocava. Anabelle acompanhava-me e via o quanto animada e feliz ela estava por estar ali. 

Quando começou a tocar "Gonna love ya" foi impossível não lembrar da Katerina. Aquela música era muito a nossa cara. 

 


I'm gonna love ya, like no one could
Make your heart feel the way it should
I'm gonna hold ya, when no one would
Cause I swear you deserve so good


Livin' up in California
Lovin' life but I've been waiting for ya
Turn my dreams and twist my fate
But God I hope it's not too late


I'm gonna love ya, I'm gonna love ya
I'm gonna love ya, I know I could  

 

 

 


Mesmo com tantas bebidas ainda podia lembrar-me e sentir o sabor do beijo dela, o toque dos seus lábios macios nos meus. A forma como ela segurava a minha nuca arrepiando-me por inteiro. O jeito que o seu corpo se encaixava no meu como se fosse feito para mim. As minhas mãos no seu corpo quente, apenas coberto por uma calcinha e a minha camiseta. Katerina sabia como me deixar louco e eu não conseguia tirá-la da mente. 

Eu amo-a como ninguém a amou e amará, eu faço de tudo para que ela perceba e sinta isso. Ela merece o melhor e eu luto para o ser. Eu sempre a amarei o quanto puder e, sei que pode ser bem mais do que alguém imagina. 

 

 

 

- Anabelle? - chamei-a quando o Avicii terminou a sua apresentação dando lugar a um DJ residente da boate. - Vamos embora?

- Já? Só se passaram duas horas ainda. 

- Mas o melhor já acabou, eu acho que bebi um pouco demais. - disse-lhe e ela riu assentindo.

- Tudo bem, também já estou cansada. 

 

 

 

Eu não estava cansado ou sequer tinha bebido tanto assim, apenas queria ver Katerina. Queria estar na presença dela. Com certeza, isso era o que ela queria e eu estava a obedecer às suas provocações e intenções. Mas nós estávamos a perder tempo com brigas quando poderíamos estar bem. Não me arrependo de ter saído esta noite, também não sou nenhum cachorrinho que faz o que ela manda. Apenas, sinto que tenho de estar com ela o resto da noite. 

Fui levar Anabelle em casa e depois segui para a da Katerina. Paguei ao táxista e entrei em casa sendo arrebatado por um silêncio enorme. Passei na cozinha e bebi um copo de água, a minha boca estava seca. 

Entrei no quarto e tirei o chapéu. Só quando fechei a porta e me voltei para a cama apercebi-me de como Katerina estava. Deitada de bruços com uma perna flexionada fazendo a sua bunda ficar mais arrebitada. A camiseta estava um pouco subida e os meus dedos formigavam para a tocar. 

 

 

 

Katerina POV 

 

 

Apercebi-me de quando Louis entrou no quarto. Quando ele foi ao banheiro aproveitei para ver as horas e já eram quase três da manhã. Esperava que ele voltasse mais cedo porque ficou intrigado com a minha atitude, mas parece que a boate estava mais interessante. Louis tomou um banho rápido e voltou para o quarto espalhando imediatamente o seu perfume que me deixava desorientada. 

Fingi que dormia e senti o colchão afundar a meu lado. Algo frio tocou as minhas pernas e percebi que eram os dedos ágeis de Louis que subiam pela minha carne. Quando alcançou a minha virilha passou a mão fazendo-me engolir um gemido, a mão de Louis estava fria e o meu corpo bastante quente. Quando a sua mão estava na minha cintura respirei aliviada por ele não tentar me provocar ainda mais. Mas estava enganada, pois os lábios de Louis beijaram a minha bunda e costas. Ele estava a tentar acordar-me ou a aproveitar-se do meu corpo exposto? Confesso que queria que fosse a última opção mas não esperava que ele o fizesse. A mão dele entrou dentro da camiseta e percebi que se dirigia para perto do meu seio. 

 

 

 

- Podes parar por aí. - disse assustado-o, pois ele tirou as suas mãos e lábios de mim no mesmo segundo.

- Foi inevitável, desculpa.

- Chegaste agora? - indaguei desentendida. 

- Há alguns minutos. - deitou-se ao meu lado e virei-me para o olhar. - Fiquei com saudades tuas. - ri irónica.

- Jura? Se tivesses mesmo nem tinhas ido. - respondi com um sorriso cínico no rosto.

- Assim como tu, se tivesses saudades minhas não irias amanhã nessa aula. - rebateu no meu tom.

- Foi bom sair com outra companhia? 

- Sinceramente... - pausou e olhei-o expectante - Foi bastante bom, a Anabelle é divertida e não é daquelas garotas que forçam as coisas ou são ariscas demais. 

- Talvez ela goste da mesma fruta do que tu.

- Ou talvez ela respeita o facto de eu ter namorada. - revirei os olhos e virei-me de costas para ele. - Por que me beijaste mais cedo? 

- Porquê, pensaste naquilo durante a noite toda foi? 

- Por acaso, pensei. - admitiu e sorri, tinha conseguido o que queria. 

- Tens aí a tua resposta. - respondi debochada e ele suspirou fundo.

- Então tu achas que voltares a agir como a bitch que eras antes vai fazer com que eu mude alguma coisa? 

- Quem disse que voltei a ser? - indaguei voltando-me para ele de novo.

- Eu conheço-te muito bem, love. - disse sarcástico - Mas fica a saber que não vai adiantar de nada continuares assim. Naquela época, quando nos conhecemos, eu até caía nas tuas provocações, mas deixa-me relembrar-te que eu também te queria, não penses que eu tinha medo de ti ou do que eras capaz de fazer, porque podes ter a certeza de que não tinha. 

- Já te ensinei para não brincares com fogo, Louis, então cuidado para não te queimares. - avisei e ele riu dando-me costas. 

 

 

 

Veremos quem ri por último Louis. A manhã de sábado estava chuvosa para minha surpresa, mamãe aconselhou-me a ir de táxi, visto que não tinha muita experiência com o carro e poderia dar merda. Aceitei o seu conselho, até porque, estava com sono demais para conduzir. Depois da conversa com Louis na madrugada demorei para adormecer. Cheguei na casa do professor em cima da hora e as outras pessoas já ali estavam. 

Fizemos imensas receitas e pela primeira vez consegui cortar uma cebola rapidamente sem me magoar ou enganar. 

 

 

 

- Acho que o teu telemóvel está a tocar. - o professor avisou-me com um sussurro ao ouvido que fez os meus pelos arrepiarem e pedi licença para ver o que era. 

 

 

 

Louis mandou-me uma mensagem a avisar que estava na casa dele com Freddie, para eu passar por lá e almoçar com eles. Pensei em pedir para ele me buscar na casa do prof. Michael mas isso só me fez ter uma ideia ainda melhor. Respondi que estaria lá, apenas isso. 

No final da aula, o professor distribuiu um monte de comida pelas pessoas, seria uma pena desperdiçar. Deixei-me ficar para o final e quando estávamos sozinhos, aproveitei para colocar a minha ideia em prática. 

 

 

 

- Professor Michael, sabe me dizer se há algum ponto de táxi aqui perto?

- Táxi? Não vieste no teu carro? - neguei.

- Estava a chover, achei mais seguro vir de táxi.

- Hum, fizeste bem. - sorriu - Mas não precisas de táxi, eu posso levar-te.

- A sério? - questionei só para fazer doce, porque eu queria mesmo que ele me levasse. Louis iria ter uma surpresa. - Não se importa mesmo?

- Claro que não, até faço questão. - sorriu de canto e pegou no recipiente que eu iria levar com a comida, espero que Louis ainda não tenha pedido nada. 

 

 

 

No caminho fomos a conversar sobre imensas coisas. Reparei que a chuva tinha dado uma trégua e o sol começava a aparecer entre as nuvens. Assim que estava a chegar pedi para Louis abrir os portões, eu não ficaria apenas na porta. Avisei para o professor entrar dentro da propriedade, queria que Louis visse com quem eu estava a chegar. Ele veria que não brinco em serviço. 

Quando o carro entrou aproxima-mo-nos da porta principal mas fomos surpreendidos com uma bola batendo no vidro do carro. 

Assim que olhei para a frente vi Freddie com as mãos na cabeça e um ar assustado e, mais atrás, Louis com as mãos na cintura e um sorriso debochado no rosto. Com certeza, tinha sido ele. Freddie nem tinha tanta força assim. 

 

 

 

- Desculpe professor, desculpe mesmo. - apressei-me a dizer, que vergonha. 

- Não tem problema. Não estragou nada. 

- Obrigada por me trazer. - sorri enorme para ele.

- Sempre que precisares. - apertou a minha perna de leve. - Tem um bom fim de semana, Katerina.

- Igualmente. -aproximei-me e dei-lhe um beijo no rosto sabendo que Louis estava a arrancar os cabelos a esta hora. Quando afastei-me fui puxada de volta e senti os lábios do professor no meu rosto, retribuindo o meu gesto. - Até segunda.

- Até segunda, Katerina. - sorriu sedutor e saí do carro como se nada tivesse acontecido. 

 

 

 

Louis fuzilava-me e sorri cínica em sua direção, eu avisei amorzinho.



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