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História Nana, who are you? - II Temporada - THE END


Escrita por: cristiannadm

Notas do Autor


Maior capítulo que já escrevi na vida. Desculpem algum erro, aqui já são 3h45 da manhã e não queria deixar de postar hoje, mesmo que já seja domingo hahah

Amanhã apareço para os agradecimentos finais e para vos contar da nova fanfic que virá <3 Amo cada um de vocês <3

Capítulo 82 - II Temporada - THE END


1 ANO DEPOIS

 

É hoje! É hoje! É hoje! O meu casamento com o Louis é hoje!!!!! Pulei da cama na casa dos meus pais com o coração a pular imenso, acho que nunca o senti assim. Louis tinha passado a noite na casa do pai dele e, aposto, que está tão ansioso quanto eu. Amélie e Rayna abriram a porta no momento em que coloquei os pés no chão.

 

 

- É HOJE! - Gritamos em uníssono e caímos abraçadas em cima da cama. 

 

 

Pietra preparou um banho maravilhoso, fiquei na banheira por uma hora a relaxar. Quando saí do banheiro as minhas amigas, as minhas irmãs, a minha mãe e a minha filha estavam ali, no meu quarto, vestidas nos seus roupões a arranjarem o cabelo, as unhas e a maquiagem. A equipa de beleza era bem numerosa e faziam tudo com o maior profissionalismo. 

O meu cabeleireiro pegou no meu braço e sentou-me em uma cadeira fazendo de tudo para me deixar esplêndida. 

Nem quis acreditar que era eu quando me olhei no espelho. O meu vestido era maravilhoso. Não tinha alças e ajustava-se perfeitamente aos meus seios deixando o meu peito e braços livres. Era justo até à cintura onde tinha uma espécie de cinto com brilhantes e, depois, abria como um vestido de uma princesa. Louis tinha, mais uma vez, substituído o pendente do colar, depois de ter a palavra Hope, Love, agora, tinha Mine (minha). O meu cabelo estava maior e decidi usá-lo solto meio ondulado com uma tiara. 

 

 

- Estás maravilhosa minha filha. - mamãe falou emocionada.

- Estou tão nervosa mãe. - confessei e ela riu fraco.

- Eu imagino. - suspirou - Mas hoje vai ser o teu grande dia, vais casar-te com o homem que mais amas no mundo, com a pessoa que sempre te amou e que nunca desistiu de ti. O rapaz que virou homem e preservou sempre o coração enorme e o amor por ti.

- O meu Louis... - murmurei e ela assentiu.

- Vamos, já está quase na hora meu amor. - assenti e depois de a abraçar desci. 

 

 

Papai ficou embasbacado e abraçou-me para não chorar na minha frente. 

 

 

- Estás perfeita. - acariciou o meu rosto. - Estás preparada? - assentiu.

 

 

As outras pessoas que estavam em minha casa tinham ido mais cedo, afinal, eles só me veriam na igreja. 

O caminho até lá pareceu mais longo que o normal. Tive tempo para apreciar o dia magnífico e solarengo que fazia, era Abril e a Primavera estava presente em cada esquina com canteiros de flores. 

 

 

***

 

 

Quando ouvi a marcha nupcial eu tentei beliscar-me, parecia um sonho. E era, um sonho real. Freddie e Niara seguiam na minha frente e de papai guiando-nos atá ao meu destino. Louis estava no altar com um sorriso imenso nos lábios, vestia um terno azul e tinha uma flor no bolso do blazer igual ao meu buquê. Ele estava tão lindo, com o cabelo arrumadinho e aquele ar jovial que o fazia parecer uma eterna criança. 

Os nossos amigos eram os padrinhos e estavam ali todos combinando. No momento que me aproximei dele, Louis estendeu a sua mão que segurei com força, sentindo a palma da sua mão tão suada quanto a minha, de nervoso. 

Eu passei os minutos seguintes a observar a beleza dele e o quão sortuda eu era por o ter na minha vida. 

 

 

- Katerina Marin Ashcroft aceita casar com Louis William Tomlinson?

- Sim. - disse sem rodeios e Louis riu fraco.

- Louis William Tomlinson aceita casar com Katerina Marin Ashcr...

- Sim. - disse antes do padre terminar a sala.

 

 

Fizemos todos os procedimentos necessários e eu só queria o momento em que o padre dizia "Podem beijar-se". Mas estava a demorar. 

 

 

- Katerina... - fui desperta dos meus pensamentos quando Louis segurou as minhas mãos e começou a dizer os votos, mas parou respirando fundo. - Eu quando te conheci tive medo. - confessou e mantive-me séria - Eu sabia que tu serias difícil, sei que me darias bastante trabalho e que virarias a minha vida de cabeça para baixo. Por momentos pensei que fosse demais para mim... tu parecias a Effy de Skins. - disse e ri. 

- É, eu acho que me sentia uma Effy Stonem, eu pensava o mesmo que ela, "Love? Love, love, love. What is it good for? Absolutely nothing."(amor? amor, amor, amor, É bom para quê? Absolutamente nada.) - interrompi Louis - Mas quando encontrei o meu Freddie McLair, que se chamava Louis, isso mudou, parafraseando novamente a Effy, "All I feel for you now is love, nothing else." (Tudo que eu sinto por ti agora é amor, nada mais). Eu era uma estúpida por pensar que o amor não valia a pena. 

- Como diria o Freddie, "It's all rigth. We're together. We'll be together."(Está tudo bem, nós estamos juntos, sempre estaremos). E foi assim, nós ficámos juntos e, embora, tu penses que eu ajudei-te, tu também me  ajudaste. Contigo eu tornei-me mais forte, mais responsável, mais cuidadoso. Havia dias que nem me reconhecia, porque eu sentia-me preso a ti e isso consumia-me, de um jeito bom e ruim. 

- Mas mesmo assim, mesmo eu sendo difícil e complicada, tu nunca desististe de mim. Assim como o Freddie nunca desistiu da Effy, mesmo que isso lhe tenha valido a vida- interrompi dizendo os meus votos ao mesmo tempo - Eras e és a única pessoa em quem eu confio cegamente, porque só queres o meu bem. Ás vezes eu sentia-me com medo do mundo, com medo de enfrentar o amanhã, pensei que a minha vida iria desmoronar sempre mas...

- Eu mostrava-te que não. - continuou e assenti - "Nothing bad is going to happen. I'm going to take care of you, now. I promise." (Nada de mal vai acontecer. Eu vou cuidar de ti, agora. Eu prometo.) - citou Freddie, outra vez .

- E nunca falhaste com essas promessas, sempre cuidaste de mim, até hoje, até mesmo quando não mereci. - sorri tímida.

- Estar contigo era ter o coração nas mãos, como se tu fosses uma bomba-relógio que iria explodir a qualquer momento. Eu vi o meu mundo desmoronar-se algumas vezes, quando tu estavas no precipício dos teus medos. 

- E aí, ensinaste-me a amar, ensinaste-me a ser uma nova pessoa que acredita na vida, que não tem mais inseguranças e que possui toda a força de vontade para conquistar o mundo. - falei. 

- Ambos nos moldamos um ao outro, ao ponto que, apenas nós éramos capazes de entender um ao outro. Quando nos separamos eu pensei que seria o nosso adeus, o adeus a tudo que construímos juntos, mas a vida sempre nos levava para junto um do outro. Eu não via o meu futuro sem ti.

- Felizmente, nós tivemos um final mais feliz do que o Freddie e a Effy. - falei já emocionada - Hoje, eu sinto-me completa, e percebo que tudo que tu és e trouxeste para a minha vida, foi para somar. Tu ensinaste-me isso também. - ele assentiu sorrindo - Quando te conheci, eu tinha um buraco aqui. - coloquei a mão no meu coração - Mas tu também tinhas um aqui.  -coloquei a mão no seu peito - E eles combinam. Effy podia ser uma depressiva psicótica enquanto eu apenas estava perdida na vida, mas eu identifico-me com o que ela disse naquela cena do parque, "The moment I saw you, I knew you'd be the closest I'd ever get to being... close. I didn't know what to do with that feeling... happiness" (No momento em que te vi, eu sabia que tu serias o mais próximo que eu ficaria de... me aproximar. Eu não sabia o que fazer com este sentimento... felicidade). Mas agora eu sei o que fazer com a felicidade, com o amor, com todos esses sentimentos bons. Eu sei isto porque tu estás do meu lado e isso é a minha forma de atingir e sentir tudo isso. 

- Eu voltaria atrás milhões de vezes para viver tudo que vivemos, se isso significasse ter-te em todas essas vezes no final do dia. Eu faria tudo que fiz, porque valeu a pena, para ter esta mulher incrível e especial só para mim. - suspirou e segurou mais forte as minhas mãos - És minha.

- Sou tua. - confirmei - Tu és meu.

- Sou teu. 

- Para sempre. - dissemos em uníssono e o meu rosto já estava banhado de lágrimas. 

 

 

O padre nem precisou dizer mais nada, Louis inclinou-se em minha direção e beijou-me como se estivéssemos só nós, ali. 

 

A nossa festa seria num jardim ao ar livre, as paredes do espaço eram feitas de luzes. Era a coisa mais encantadora.

 

 

Cada vez que alguém me dava os parabéns e me desejava felicidades, eu sentia-me a pessoa mais feliz do mundo. Era como se eles me relembrassem o que o dia de hoje significava. 

Eu fiquei sozinha por momentos, quando fui ao banheiro e, quando voltei, vi Louis a conversar com Anabelle. Torci o nariz e fui para perto deles. Posso dizer que eu e ela, somos quase amigas. Temos uma relação à base de picardias e ironias, tal e qual como a de Amélie e Rayna, embora elas hoje sejam super amigas. 

 

 

- Nem no meu casamento, dás-me sossego? - indaguei brincando e Anabelle olhou-me rindo.

- Tens de aceitar que sempre que deixares o Louis sozinho ele virá para mim. - rebateu.

- Aceita, também, que és a segunda opção. - sorri cínica e abracei Louis que apenas assistia rindo - Ele é meu, apenas meu, querida.

- Tens sorte que ele é persistente e quando sente as coisas, é intensamente. Porque se ele fosse apenas mais um, seria fácil atraí-lo para mim.

- Eu sou uma sortuda mesmo, vai atrás de alguém que realmente te queira Belinha. - brinquei e ela fuzilou-me.

- És uma bitch.

- Prazer, eu mesma. - disse e caímos na risada. 

 

 

Na hora de atirar o buquê, todas as minhas amigas solteiras juntaram-se para tentarem a sorte ou o azar, dependia da perspectiva. Quando me virei para ver quem apanhou, vi Pearl segurar as flores contra o peito e Liam ajoelhado na sua frente. Oh meu Deus, a minha melhor amiga tinha apanhado o ramo e de brinde, o Liam pediu-a em casamento. 

Aos poucos todos iam fazendo as suas vidas e trilhando o seu próprio caminho da felicidade. 

 

 

- Amo-te. - Louis disse abraçando-me por trás. 

- Amo-te. - devolvi. 

- És a mulher dos meus sonhos.

- E tu és o homem que eu nunca pensei merecer, mas hoje mereço e muito. - sorri meiga e ele selou os nossos lábios. 

 

 

A lua-de-mel foi passada no Brasil, em Jericoacoara, ou como eu dizia, um pequeno paraíso na terra. 

Nos últimos dias, Louis disse ter uma surpresa para mim. Entramos no avião e aterrámos em Las Vegas. Adivinhem! Casamos novamente e aproveitamos cada noite daquela cidade agitada. 

 

 

5 ANOS DEPOIS

 

Louis trabalhava na clínica dos nossos pais e, era um dos psiquiatras mais requisitados. Todos os adolescentes queriam ser consultados com Louis e ele adorava. Sempre se entregou nessa profissão de coração. 

Ainda era super cedo quando acordei. Louis abraçava-me por trás mantendo-me colada a ele. Sempre dormíamos assim nos últimos cinco anos em que estamos casados. Casar só melhorou as nossas vidas. Todos os dias eram dias para festejar, nem que fosse por termos um ao outro nas nossas vidas. Eu amava Louis um pouco mais a cada dia. Levantei-me devagar e, fui fazer algo para tirar a dúvida com que vivia nas últimas duas semanas. 

Quando tive a certeza das minhas suspeitas  corri para a cama e pulei nela de joelhos acordando Louis. 

 

 

 

- Louis acorda, amor acorda. - gritei feliz e emocionada.

- Hãm. - ele murmurou abrindo os olhos lentamente.

- Eu estou grávida, eu estou grávida.-  soltei e Louis arrastou-se para trás assustado.

- O quê? - disse atordoado ainda.

- EU ESTOU GRÁVIDA.- gritei para todos ouvirem.

- Grávida. - Louis disse e inclinou-se para trás mas caiu no chão - Puta que pariu. - grunhiu e engatinhei até à beira da cama.

- Estás bem papá? - perguntei inocentemente e ele olhou-me e riu.

- Eu vou ser pai de um filhinho do teu ventre! - afirmou e levantou-se rapidamente enchendo-me de beijos. - Nós vamos ser os melhores pais do mundo, como temos sido com a Niara e o Freddie. Eu amo-te tanto, tanto. 

 

 

Começamos o dia nos fundindo, em meio a gemidos e corpos suados, mas felizes. 

O restaurante ia cada dia melhor, sentia-me tão bem quando pisava aquele espaço. O meu espaço. Louis sempre aparecia para almoçar e jantar, trazendo as crianças. Estava a inspecionar as mesas quando o meu telemóvel tocou. Era Louis.

 

 

- Amor vem ao Colégio, por favor.-  pediu preocupado.

- O que aconteceu?

- O Freddie envolveu-se numa briga, a Rayna vai para lá também, mas a briga envolveu a Niara e é melhor tu ires também.

- Claro que eu vou. Até já. 

 

 

Entrei no meu carro e corri para o Colégio. Os nossos pequenos tinham 12 anos e a relação deles era maravilhosa, acredito que a briga não foi entre ambos. Freddie de tanto conviver comigo passou a chamar-me de "timãe". Era um nome adorável e eu adorava quando ele pronunciava essas palavras. 

Cheguei no Colégio que um dia foi meu e entrei, Louis estava perto da diretoria e que saudades eu tive de estar ali com ele. Niara estava abraçada a ele e quando me viu passou a abraçar-me. 

 

 

- O que foi? - perguntou sentindo a mão de Louis procurar a minha para segurar. 

- Um menino da turma deles chamou a Niara de macaca. - disse com indignação, nós temíamos que isso acontecesse, afinal pessoas preconceituosas existem em todos os lados, só não esperava que fosse uma criança - E o Freddie bateu-lhe. - concluiu e nessa era Rayna saía da diretoria com ele que chorava.

 

 

Freddie olhava para o chão e parecia ter medo de algo. 

 

 

- O que o Marshall disse? - Louis perguntou.

- Só poderia ser um Tomlinson a fazer tal coisa. - contou e revirou os olhos. Louis segurou o riso. 

- Filho, vem cá. - chamou Freddie que aproximou-me um pouco.

- O que ti fizeste, realmente?

- Dei-lhe um murro e quebrei o nariz dele. - Louis arregalou os olhos.

- Tens assim tanta força? - perguntou e Freddie levantou a cabeça - Uau. 

- Pai, não estás chateado?

- Eu não sou a favor da violência, mas sei que se o fizeste foi porque tinhas motivos, estou certo? - o pequeno assentiu - Só protegeste a tua irmã, foi isso que te ensinámos. E se precisas de arrebentar uns narizes de uns racistas por aí, fá-lo. 

- Louis! - Ray repreendeu-o - Não lhe podes dar força para fazer algo assim, ele não devia bater em ninguém.

- E nem ninguém deveria maltratar a minha princesa. - rebateu e Rayna suspirou.

- Só não quero que ele seja violento.

- Ele não será, é meu filho, só entra numa luta se tiver razões. - abraçou o menino que agora já sorria.

- Obrigado papá, eu não sou mau, mas quando eu vi a Nini a chorar eu tinha de fazer alguma coisa. 

 

 

A Niara soltou-se de mim e abraçou o irmão. 

 

 

- Obrigada por seres o meu herói, irmãozinho. 

- Sempre estarei do teu lado bonequinha.

- Será que no futuro vocês poderão ser os super-heróis do vosso novo irmãozinho ou irmãzinha? - perguntei acariciando a minha barriga.

- Estás grávida, mana? - Ray perguntou surpresa e assenti recebendo um abraço apertado. - Eu também. - contou e soltei-a para a abraçar novamente.

- Eu vou ter dois irmãos? - Freddie perguntou e quando assentimos ele gritou e saltou feliz. 

- E eu um irmão e um primo. - Niara concluiu e festejou com Freddie.

- Parabéns cunhadinha. - Louis brincou abraçando Ray. 

- Obrigada, e parabéns também papai. 

 

 

Uma manhã que começou bem e que, poderia terminar com um péssimo momento, terminou no restaurante com muita comida boa. 

 

 

Louis POV

 

Ver a barriga de Katerina crescer e saber que eu quem fiz fazia-me um homem bem convencido. Eu amava ser pai e tinha a mulher perfeita para realizar esse meu desejo, Katerina amava ser mãe. Quem diria, não é? 

Voltei mais cedo para casa e, hoje, Katerina estava de folga, mas disse que iria visitar a nossa família. Os nossos filhos ficariam em casa de Rayna e James esta noite. A minha irmã estava a viver com Niall na Irlanda e eu tinha saudades dela. Resolvi fazer uma video-chamada e ela atendeu sorridente. 

 

 

- Louis, tenho tanto para te contar. - disse entusiasmada.

- Podes começar. - pedi animado. 

- Vou casar. 

- Vais o quê? - perguntei assustado.

- Casar, tu sabes, ter um casamento, usar alianças, ter um marido que é Niall... - explicou vendo a minha cara de idiota.

- Como assim? Ele não me pediu autorização.

- Não és o meu pai, e o senhor Max autorizou. - disse cínica e suspirei.

- Eu serei o padrinho, certo? 

- Certíssimo. 

- Então que venha essa casamento. - disse festejando e ela riu, pensava que eu iria ficar chateado.

- Outra novidade é que terminei a residência no hospital mas apareceu uma proposta irrecusável. A gravadora que trabalhava com a mãe convidou-me para lançar um disco e quem sabe, começar uma tour.

- Tu estás a um passo de ser cantora? - ela assentiu não segurando a emoção. - Eu sabia, eu sabia que ias conseguir Hanna, eu sabia.

- És o melhor irmão do mundo. - estava tão feliz por ela. Ouvi a porta bater e deduzi que Katerina tinha chegado.

- Tens de voltar dentro de uns meses para conhecer o meu bebézinho.

- Eu irei, com certeza. 

 

 

Conversamos sobre outras coisas e Katerina nunca mais aparecia ali. 

 

 

- Lou, amor. - chamou-me e quando me virei quase caí do sofá onde ainda falava com Hanna - Apresento-te os teus dois irmãos, Taú e Zaky. - disse apontando para os garotos já pré-adolescentes ao seu lado. O meu pai e a Ashanti estavam logo atrás abraçados. 

- Vocês adotaram? - perguntei-lhes e eles assentiram. - Eu sou a porra do homem mais feliz do mundo. - fui até eles e abracei-os.

 

 

Eu nunca imaginei que pudesse ser irmão daqueles meninos que "salvei" na África e com quem criei uma bela amizade. Mas a vida teimava em surpreender-me e mostrar-me que tudo acontecia do seu jeito e não do meu, e o primeiro jeito era muito melhor. O meu pai agora vivia meio ano aqui e a outra metade na África a ajudar com as missões de solidariedade. Ashanti era uma pessoa maravilhosa que, com certeza, teve a benção da minha mãe para fazer o meu pai feliz. 

 

 

*** 

 

 

Estava no consultório a terminar uns relatórios quando o meu telemóvel tocou. Era Katerina.

 

 

- Amor. - atendi mas não era ela do outro lado.

- Papá... 

- Filho? -  comecei a ficar preocupado. Parei o que fazia e levantei-me sabendo que se fosse algo grave teria de sair a correr.

- A timãe vai ter o bebé. - disse e o meu sangue sumiu.

 

 

Saí imediatamente do consultório e fui avisar o Andrew, Katerina estava vindo para a clínica e pedi que preparassem o melhor quarto. O tempo que esperei foi passado a zanzar de um lado para o outro nervoso. Quando Katerina  chegou, apertou a minha mão com toda a força e sorriu mas as contracções ficaram mais fortes e ela substituiu os sorrisos por caretas de dor. 

 

 

- Vamos lá ter conhecer o nosso menino. 

- O nosso Ashley. 

 

 

Quando o meu filho estava em meus braços eu revivi a sensação de sentir o meu mundo ali. Aconteceu o mesmo com Freddie, eu chorei feito uma criança e agora não era diferente. Katerina ria e acariciava a cabecinha do pequenino. 

 

 

- Obrigado. - foi o máximo que consegui dizer. 

- Papá, timãe, a minha mãe vai ter o bebé. - Freddie anunciou entrando no quarto e olhei Katerina.

- Parece que decidiram sair todos hoje. - ela falou e rimos. 

- Eu até iria dar uma força ao meu primo, mas eu não consigo desgrudar desta coisinha. 

- Pede para a trazerem para aqui. - pediu-me e assenti. 

 

 

Quando Rayna chegou no quarto onde Katerina estava, ambas engataram numa conversa e não havia jeito de calarem a matraca. Falavam dos bebés e das coisas que fariam juntas. James babava na Yasmin em seu seu colo e eu no Ashley. 

Niara e Freddie estavam a nosso lado a encarar os bebés e a rirem com as expressões que eles faziam. 

 

 

- Parece que nós somos as mães deles e não aquelas duas faladoras. - James brincou.

- Eu ouvi. - Rayna resmungou. 

- Ainda bem amor, não és surda. - segurei o riso.

- Eu vi esse sorrisinho aí Louis. - Katerina disse apanhando-me no flagra.

- Ainda bem amor, não és cega. - respondi como James e rimos. Nós éramos uns completos idiotas mas amávamos aquelas duas garotinhas como se fosse a nossa vida. 

 

Os nossos amigos apareceram para  visitar as mamãs e os bebés e fomos surpreendidas com a gravidez de Pearl e Amélie. É, seríamos uma grande família de amigos. 

 

 

 

Meses depois...

 

Era final de ano na escola e fui com Katerina levantar o boletim de notas das nossas crianças. Como sempre, passaram de ano com ótimos resultados. Assim que saímos da sala onde falamos com a diretora de turma deles, eu tive uma ideia. 

Puxei Katerina para o banheiro masculino. 

 

 

- Louis. - gritou repreendendo-me - O que estás a fazer?

- Apenas a reviver a nossa vida de estudante. - fechei-nos num dos cubículos e ataquei imediatamente o seus lábios. 

- Eu lembro-me muito bem deste momento, tu estavas puto comigo porque pensavas que eu te deixaria depois de termos feito sexo pela primeira vez.

- Estava puto mesmo. - admiti - Mas tu garantiste que não eras burra de trocar tudo por nada e eu dei-te um belo orgasmo aqui mesmo. 

- E hoje...

- Vou te dar outro. - sentei-me e sentei-a em meu colo invadindo a sua saia e a sua calcinha rapidamente. 

 

 

Quando saímos do banheiro, fomos parados pelo diretor Marshall.

 

 

- O que estavam a fazer aí trancados?

- Hum... - cocei a nuca sem saber o que dizer.

- Diretoria, os dois. - disse e rimos.

- Não somos mais adolescentes, diretor.

- Mas acabaram de se atracar como dois coelhos aí dentro. - rebateu e Katerina ficou vermelha. - Sempre os mesmos. - brincou - É bom revê-los e saber que estão bem sucedidos e felizes.

- Obrigado diretor.

- Valeu a pena todas as repreensões Tomlinson. - bateu no meu ombro e saiu. 

 

 

Quando chegámos em casa, encontrámos Leonard a cuidar de Ashley juntamente com Niara e Freddie. O meu cunhado já tinha os seus 22 anos e, acreditem ou não, ainda namora Violet. Terminou a faculdade no ano passado em engenharia informática e era um dos rapazes mais íntegros que tive o prazer e orgulho de ver crescer. 

 

 

- Ainda bem que chegaram, vim entregar um convite. - pegou num envelope dourado e entregou-o à irmã.

- Vais casar Leo? 

- Não, ainda é cedo Louis. - respondeu rapidamente - É apenas o convite da minha festa de aniversário. 

- Ufa, pensei que o meu bebézinho ia virar homem cheio de responsabilidades. - Katerina comentou.

- Mas vai preparando esse coração de irmã ciumentinha, porque em breve quero prender aquela garota a mim para sempre. 

 

 

6 ANOS DEPOIS

 

Katerina POV

 

Hoje fazia dez anos que casei com Louis. Dez anos que posso dizer com todas as letras que sou a pessoa mais feliz do mundo. Tinha um marido incrível, filhos maravilhosos e uma família sempre presente. 

Tirei o dia de folga e deixei Niara e Ashley na casa do meu irmão Leonard, que casou há dois anos e adora ter os sobrinhos por perto. Freddie disse que dormiria em casa da mãe dele, o que me permitia colocar em prática o que eu tinha em mente. Uma noite cheia de muito amor com Louis, merecíamos. 

Estacionei o carro e vi Louis fazer o mesmo com o dele. Estranhei, ele só viria no fim do dia, mas não vou negar, amei que ele veio mais cedo.

 

 

- Pensavas que só tu terias folga, quero aproveitar este dia o máximo contigo. - confessou e beijou-me os labios. 

 

 

Estámos tão envolvidos naquela nossa bolha que, começamos a caminhar para a entrada da nossa casa, aos amassos. Abri a porta enquanto Louis mordia o meu pescoço. Ele pegou-me ao colo e entramos fechando a porta com o pé. 

Quando chegámos na sala paramos abruptamente. 

 

 

- Uau, porno grátis. - Freddie falou no auge dos seus 18 anos. Era a cara do Louis e a personalidade também, como já perceberam. 

- Vai te catar. - respondi e atirei-lhe uma sobrancelha, só então reparei que ao seu lado estava uma menina loirinha alheia a tudo, ela comia lentamente uma omelete, aquela omelete que Louis fazia para mim e que ensinou o filho a fazer. 

- Filho, sabes que se não for para causar eu nem me dou ao trabalho.-  Louis brincou - Quem é essa menina?

- Ah, é a Alice, minha amiga. - ela sorriu triste e aquela cena era-me tão familiar, a primeira vez que conheci a casa de Louis quando descobri a traição do meu pai. 

- Não sabia que estarias aqui, garotão. - disse-lhe.

- Ela precisava de espairecer um pouco. - explicou sem muitos detalhes - Pai, depois preciso de um favor teu.

- Freddie... - Alice disse baixo segurando o braço dele - Não, por favor.

- O que está a acontecer? - Louis intrometeu-se.

- Eu vou falar Alice, tu precisas disso. - disse sério para a menina - Ela está com problemas em casa, os pais dela só discutem e descontam nela. Ela só sabe chorar e fechar-se, além do mais, tem algumas atitudes violentas e perde o controlo rápido. 

 

 

 

Louis olhou para mim e eu para ele. Sorrimos um para o outro. Aquela era a nossa história a repetir-se. Alice tinha problemas como eu, Freddie queria ajudá-la como Louis. 

 

 

- Eu vou ajudá-la, leva-a ao consultório amanhã. Agora, filho saiam e vão divertir-se para outro lugar, esta casa será alvo de muito porno esta noite. 

 

 

Bati no braço dele que ria com o filho. Alice deu um sorrisinho tímido para mim e retribuí enquanto eles saíam.  

 

 

- Parece que o meu filhão vai ser exatamente como eu, sem tirar nem pôr. - assenti e rodeei o pescoço do meu marido retomando de onde ficámos há minutos atrás. 

 

 

Foi uma noite cheia de prazer, onde apenas descasávamos uma hora antes de retomar tudo de novo. Não me cansava de Louis nem ele de mim. Éramos insaciáveis. 

 

Passaram-se alguns meses e, como era domingo, resolvemos passá-lo no Hyde Park com os nossos filhos e a nossa família constituída por irmãos, pais, cunhados e amigos. Freddie resolveu levar Alice apresentando-a para a família como sua namorada. Niara ainda não namorava por opção,  mas tinha-se tornado numa mulher linda e tinha uma longa fila de candidatos para tormento de Freddie que ainda a protegia de qualquer coisa.O nosso pequeno Ashley era calminho e lembrava muito Leonard. 

Deitei-me ao lado de Louis na relva (grama-BR) e ficámos a encarar o céu tentando encontrar desenhos nas nuvens. 

 

 

- Acho que no fundo todo o ser humano quer isto. - Louis disse chamando a minha atenção - Ser amado, conquistar os seus sonhos, viver sempre com motivos para ser feliz. Mas acho que poucos conseguem.

- Acho que os únicos que conseguem são aqueles que encontram a sua metade. - disse e Louis olhou-me.

- Somos a porra de uns sortudos. - rimos.

- Obrigada por me amares. - falei quando ficámos sérios de novo. 

- Isso não é uma obrigação para mim. É uma forma de viver. - respondeu e sorri.- Amar-te a ti e aos nossos filhos. 

- Esse amor chega para mais uma menininha? - coloquei a mão na barriga e Louis riu não acreditando.

- Tu nunca paras de me surpreender?

- Essa é a minha forma de viver, surpreendendo-te Louis Tomlinson.

- És uma bela caixinha de surpresas, Katerina Tomlinson. - sorri e selei os seus lábios antes de Louis se levantar e gritar para todos que seria papai novamente, desta vez de uma menina. 

 

 

Tenho 34 anos e passei metade deles na escuridão, tentando esconder quem eu era de verdade. Até que Louis apareceu na minha vida em forma de luz. E é essa luz que eu sigo até aos dias de hoje. Louis deu-me uma nova vida e juntos, trouxemos ao mundo outras vidas. 

Louis sempre seria o meu bad boy com o melhor coração do mundo e eu seria a sua princesinha provocativa. Éramos perfeitos, mesmo que nada no mundo o fosse, mas nós gostávamos de ir contra todos os ideais e fazer as nossas próprias regras. 

 

Não tenham medo de amar, não há nada mais gratificante do que isso. Pode assustar, pode doer, mas também pode mudar uma vida e fazer alguém feliz. Amem com tudo de vocês, coloquem amor por onde forem, no que fizerem, no que disserem. Amar é um dom que todos temos, mas nem todos são corajosos de fazer uso dele. Amem e não pensem sequer em poupar no amor. 

Ah, já me ia esquecendo, a nossa filha irá chamar-se Claire, Claire Tomlinson. Louis não faz ideia ainda. Eu sou uma caixinha de surpresas mesmo.  

 

"If you close your eyes you see darkness. But if you keep them closed for long enough... you'll see light."

- Skins

 

 

FIM

 



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